História I really like you - Capítulo 20 - Consequências do ciúme

Evitei visitar Tori nos ensaios, evitei até qualquer contato com ela fora da escola, o que talvez tenha diminuído consideravelmente o nosso tempo juntas, já que nestas ultimas duas semanas estávamos constantemente ocupadas, ela com os ensaios da peça e eu com a organização de tudo e a nova música em que o Beck estava trabalhando e pediu a minha ajuda, segundo ele, eu era uma boa compositora.

Hollywood Arts, Sexta-feira

Cheguei com pressa a escola, dormi as 03:00 da manhã, estava trabalhando na música com Beck e acabamos perdendo a hora, praticamente corri até a sala de aula, mas no caminho fui brutalmente puxada para a sala do zelador. Fiquei tonta com o ato e demorei alguns minutos para me dar conta de quem me puxava. A porta também sofreu danos parecidos com os meus, já que também foi violentada sendo fortemente batida para fechar.

Ainda meio desnorteada, busquei os olhos do meu suposto agressor e tomei um susto ao dar de cara com Tori visivelmente chateada encostada contra a porta de braços cruzados.

- O que raios você pensa que está fazendo? - Questionei irritada por ela me sequestrar daquela forma, o que custa simplesmente me chamar pra conversar?

- O que raios VOCÊ pensa que está fazendo? - O seu tom era descontrolado, era parecia extremamente chateada e eu tentei buscar na memória um motivo para que eu me sentisse culpada diante daquela situação, mas não achei nenhum.

- Do que você está falando? - Eu estava confusa, aquela conversa estava confusa.

- Você me evita na escola, some quando não estamos aqui, não atende as minhas ligações, não responde as minhas mensagens. - Disse em um só fôlego e eu notei os seus olhos marejarem.

- Tori, eu... - De fato, eu estava evitando ela. Por quê? Porque eu simplesmente não suportava ouvi-la falar sobre aquela maldita apresentação, mas agora olhando pra uma Tori transtornada e prestes a chorar eu percebo o quão estupida eu fui. Suspirei derrotada. - Me desculpe.

- O que aconteceu, Jade? Você não me quer mais? É isso? - As lágrimas agora caiam livremente pela face da minha latina e eu senti o meu coração doer e quis bater a minha cabeça na parede por ter agido estupidamente com ela. Puxei Tori pra contra mim pela cintura e a abracei, forte, quase fundindo os nossos corpos. Escondi o meu rosto em seu pescoço e deixei vários beijos naquela região.

- Me desculpe, eu fui, sou uma idiota. - Levantei o rosto que estava em seu pescoço e olhei pra ela, por mais difícil que fosse vê-la chorar eu precisava olhar nos olhos dela e esclarecer as coisas. - É claro que eu te quero, Tori. Eu te quero mais que tudo e todos, eu só fui estupida, me desculpe. Eu não estava aguentando saber de você naquela peça, com aquele... - Tori não me permitiu terminar, me empurrou, fazendo-me quase cair por cima de uma latas de lixo vazias que tinham por ali.

- EU NÃO ACREDITO! - A sua voz saiu forte, exalando raiva, ela serrou os punhos e veio pra cima de mim me dando socos pelos meus braços, eu tentava me defender, mas aparentemente Tori ganhou uma força milagrosa e eu não conseguia fazer nada além de ficar quieta apanhando. - Você estava me evitado por ciúmes, sua estupida. Idiota! Qual é o seu maldito problema? - Quando eu percebi que ela já estava quase sem forças, agarrei os seus pulsos. Tori me lançou um olhar magoado.

- Tori, se acalma, por favor, meu amor, me desculpa. - Eu suplicava. Se alguém nos visse pensaria que estávamos brigando por traição, quase ri com o pensamento, mas logo me concentrei em acalmar a latina furiosa. - Eu, eu não quis chatear você, droga, Tori. - Deixei os meus ombros caírem e soltei os seus pulsos. - Você não entenderia.

- Mas é claro que eu entenderia. Você está com ciúmes. - Agora ela parecia mais calma. - Porque você fez isso? Faz ideia de como eu fiquei? Pensei milhares de coisas e cheguei a acreditar que você não me queria mais, que decidiu seguir em frente, ou sei lá.

- Como eu poderia seguir em frente sem você? - A puxei delicadamente pela orla da blusa até que nossos corpos se chocaram. Beijei e mordi levemente o seu queixo. - Como eu poderia fazer qualquer coisa sem você? - Beijei a sua testa. - Como eu poderia viver sem você? - Olhei em seus olhos e sem cerimonias ataquei os seus lábios, sim, ataquei, como um leão faminto. Eu estava louca de saudades do beijo dela, da sensação boa de se sentir completa quando estou com ela. Como eu pude ser tão estupida a ponta de me afastar dela por tanto tempo assim?

- Você é uma idiota. - Tori sussurrou quando separamos o beijo para recuperar o folego. Apertei a sua cintura e a puxei mais pra mim, Tori envolveu os seus braços em meu pescoço e entrelaçou os seus dedos em meus cabelos.

- Sua idiota. - Respondi antes de nos entregarmos a mais um beijo desesperado, onde as línguas gladiavam por domínio. Suguei a língua de Tori, mordi, mordi os seus lábios, suguei-os também, tentei transmitir através daquele beijo o quanto eu a queria. Minhas mãos desceram de sua cintura até as suas coxas, apertei e subi arranhando-as, aproveitando para deixar bem marcado, e eu até faria questão que o vento levantasse a sua saia quando estivéssemos em publico pra que os outros pudessem ver as marcas e tomar como aviso que ela tinha dona. Tori me pertencia e eu pertencia a Tori.