História I really like you - Capítulo 21 - Ele

Naquele dia eu e Tori não nos desgrudamos, ela fazia questão de estar engatada em meu pescoço ou em minha cintura a qualquer lugar que eu fosse. Ela até inventou uma desculpa para faltar o ensaio da peça só pra ficar comigo, o que eu me senti mal de início, mas adorei depois que chegamos a casa dela e passamos a tarde e a noite nos amando e tudo ficou bem.

POV Tori

Despertei com a claridade do sol em meu rosto e um calor insuportável, quase fui pega por um péssimo humor matinal quando me dou conta de como estou, nua com os braços de uma certa morena de olhos verdes ao redor da minha cintura, ela também está nua, posso sentir o calor do seu corpo no meu. Delicadamente saio de seus braços e vou até o banheiro fazer a minha higiene matinal. Saio e ela ainda está dormindo, pego a sua blusa e visto, o cheiro dela em mim é a melhor coisa. Opto por descer e preparar um belo café da manhã para nós.

A noite com Jade foi, como eu posso dizer, intensa, definitivamente sexo de reconciliação é o melhor. Sorri com o pensamento, mas logo fui invadida pelo porque de precisarmos de um momento de reconciliação e aquele medo que tanto me rodeou nos últimos dias me atingiu em cheio. Jade estava distante, me dispensava sem motivos. Eu entrei em pânico ao pensar que ela não quisesse mais nada comigo, mas ontem eu pude me acalmar, ou melhor, ela me acalmou. Não conversamos direito sobre tudo isso, mas eu tiraria essa história a limpo, não acho que ela me daria esse gelo todo apenas por ciúmes, se bem que Jade é bem radical quando se trata deste sentimento em particular.

Estava preparando panquecas quando sinto seus braços envolverem a minha cintura e os seus lábios beijando a minha nuca, o que me fez arrepiar dos pés a cabeça.

- Bom dia. – Ela sussurrou em meu ouvido.

- Bom dia, amor. – Respondi enquanto colocava as panquecas nos pratos e apagava o fogo. Virei de frente, envolvi os meus braços em seu pescoço e selei nossos lábios, mas Jade queria mais, assim como eu. Ela segurou firme em minha cintura e iniciou um beijo calmo, sem língua, apenas uma dança sincronizada de lábios. Suas mãos desceram até a minha bunda, arranhando e apertando em seguida. A língua de Jade pediu passagem em minha boca e eu cedi sem rodeios. O beijo ficou intenso assim como a pegada de Jade, acabamos ficando sem folego e paramos o beijo aos poucos com selinhos.

- Hummm. Que ótima maneira de começar o dia, não é? – Sorri distribuindo selinhos pelo rosto dela.

- Devíamos fazer isso sempre. – Ela sorriu.

- Bom, depende. – Disse meio triste e o sorriso dela sumiu.

- Amor, eu sinto muito, realmente. – Ela estava de fato arrependida da sua atitude estupida, mas eu ainda queria tirar essa historia a limpo nos mínimos detalhes.

- Tudo bem. – Selei os nossos lábios. - Vamos comer?

- Vamos. – Ela sorriu de novo e eu não pude evitar de sorrir também.

Jade estava com um moletom meu e calcinha, do mesmo jeito que eu, porém eu estava com a blusa de mangas compridas listrada dela. Tomamos o nosso café entre brincadeiras e mimos, quando terminamos, voltamos pro quarto e nos afundamos na cama.

Eu estava com a cabeça apoiada entre os seios dela enquanto assistíamos a um filme qualquer, ela fazia cafuné em meus cabelos e eu quase peguei no sono se não fosse a duvida batucando em minha mente.

- Jade. – Chamei e ela desviou a atenção da tv pra mim.

- Oi amor. – Apoiei o meu queixo no vale de seus seios e a encarei.

- O que você andou fazendo esses dias? Hum? – Tentei parecer divertida pra camuflar o meu desespero.

- Ah, coisas da escola, realmente fiquei sem tempo. – Ela pareceu um pouco nervosa.

- Verdade? – Ela se limitou a um aceno negativo de cabeça. – Tudo bem.

Não toquei mais no assunto. Eu confiava em Jade, ela me amava, ama, na verdade, certo?

Passamos a manhã de sábado trancadas no quarto até que Jade precisou ir pra casa. Eu não queria que ela fosse embora, estava morrendo de saudades ainda. Ta, eu sei, super grudenta, mas me deem um crédito, ela passou dias ausente comigo.

A tarde eu iria até a escola, como faltei ontem, resolveram fazer um ensaio extra hoje, afinal, a apresentação estava chegando e era necessário que tudo estivesse perfeito para o grande dia.

A tarde estava quente e Trina não faço ideia de pra onde se enfiou, então peguei um táxi e fui pra escola. Como Jade havia dito que iria estar ocupada, não me preocupei em avisá-la que ia sair. O táxi me deixou em uma lanchonete próxima a escola, eu estava faminta e resolvi parar pra um lanchinho. Grande erro.

Assim que entrei no local meus olhos caíram automaticamente pra uma mesa no canto direito, ela estava de costas para a porta, então não conseguiu me ver e ele estava não distraindo brincando com as mãos dele que não percebeu a minha presença. O meu sangue ferveu e eu quis acabar com a raça daqueles dois ali mesmo. Antes de marchar até lá, observei só um pouquinho mais e pude ver ela puxando as suas mãos do contato dele, ela parecia um tanto desconfortável, bom, talvez por esse pequeno detalhe eu não arranhe o seu rosto. Não esperei mais nenhum segundo sequer e fui até a mesa.

Bati forte as duas mãos na pequena mesa de alumínio e os dois se assustaram, olhei no fundo dos olhos dela e vi o pânico se espalhar por seu corpo, logo voltei a minha atenção pra ele que já parecia mais relaxado com um sorrisinho no rosto.

- O que merda isso significa? – Perguntei alterada.