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História I Sin With Pleasure - My sin


Escrita por: whosfrankiero

Notas do Autor


Hey!

Não passou nem um dia e eu já estou aqui novamente. Isso porque, como falei, já estava com o capítulo pronto e acho que este chap vai ser um pouco mais esclarecedor quanto o rumo que a história vai tomar.

Acho que não tenho muito o que falar aqui, então nos vemos lá embaixo.
Enjoy <3.

Capítulo 2 - My sin


Fanfic / Fanfiction I Sin With Pleasure - My sin

 

Gerard observava atentamente cada pessoa que passava por ele. Algumas pareciam calmas e sem pressa nenhuma, outras corriam desesperadamente para algum ponto, até mesmo derrubando algumas malas no caminho.

 

Ele estava sentado num dos bancos da sala de espera do aeroporto. Mal podia acreditar que havia viajado até o país vizinho sozinho. E mal podia esperar até encontrar o motivo pelo qual ele estava no Canadá.

 

Frank o ligara antes de embarcar no avião e pediu que o avisasse quando chegasse, que seus pais iriam buscá-lo. Gerard concordou sem pestanejar, afinal, eles estavam o fazendo um favor, mas, no fundo, Way estava um tanto nervoso para conhecer os Iero mais velhos. Por mais que eles próprios não soubessem, eram os pais do seu namorado. Namorado esse cujo ele aguardava ansiosamente para poder tocar e ver pela primeira vez.

Logo ele avistou um garoto de baixa estatura passando em sua frente, lançando olhares ligeiramente perdidos para todos os cantos. Os olhos amendoados e os fios castanhos não lhe eram uma combinação nada estranha e Gerard não demorou muito para reconhecê-lo. Seu coração disparou assim que sua mente deu um breve estalo e passou a repetir somente um nome, como um mantra: Frank.
Frank. Frank. Frank. Frank. Frank. Frank. Frank. Frank. Frank.

 

Quando deu por si, já estava de pé, acenando para o pequeno garoto, tentando e conseguindo chamar a atenção do mesmo. Assim que os olhos de Iero alcançaram o menino que balançava os braços no ar tão freneticamente, sentiu seu coração parar.

Os olhos verde-oliva, o nariz perfeito -- e que ele tanto sentia vontade de apertar e morder --, os fios negros e compridos num corte completamente adorável. E assim que Gerard mostrou os pequenos dentes num sorriso caloroso, Frank passou a caminhar lentamente em sua direção, retribuindo a linha tênue em seu rosto de uma forma completamente abobada e sem ao menos perceber. Gerard Way era lindo. E Iero confirmou isso assim que chegou perto o suficiente. Na verdade, perto demais.

 

Way não se assustou quando o mais baixo pôs-se na ponta dos pés e apoiou-se em seus ombros, erguendo o rosto na altura do seu. Tão igual ao que ele via pela tela do computador que nem mesmo acreditou que estivessem frente a frente. Mas as mãos de Frank em seu ombro eram quentes demais para não serem reais. Os olhos amendoados brilhavam ao fitarem-no tão de perto e Gerard não resistiu. Colou seus lábios aos dele com carinho, este ato sendo um simples selar, somente algo como uma confirmação de que aquilo tudo era real.

E teriam ido além, mas logo a consciência tomou Frank e ele percebeu o que estavam fazendo. Próximos demais no meio de um aeroporto cheio; Iero preferia não arriscar encontrar alguém conhecido ali que pudesse dedurá-lo aos seus pais. 

 

Tão repentinamente quanto se aproximou, Frank afastou-se, deixando Gerard confuso por alguns segundos antes de sorrir fraco para o mesmo, finalmente pronunciando-se. - Oi, Gee. - o mais baixo não era tímido como o mais alto, que sorriu bobo ao ouvir a voz de Frank pronunciar seu apelido e o respondeu com um baixo e acanhado "Oi, Frankie", fazendo o coração do mesmo aquecer-se. Frank sentiu vontade de jogá-lo na parede ali mesmo e beijá-lo, só para fazê-lo perder a suposta timidez. Mas conteu-se. Ele não queria criar uma ereção e ter de resolver o problema. Não podia. Suspirou com o pensamento e logo retirou uma das malas da mão de Gerard, apontando para um ponto mais atrás de ambos, indicando que eles deveriam ir para lá. - Meus pais estão nos esperando lá fora. - falou por fim, sorrindo mais uma vez para o mais alto.

 

Way era alguns bons centímetros mais alto que Frank, o que o deixava ainda mais encantado. E não que ele fosse, algum dia, confessar que gostava de caras mais altos -- isso estava fora de cogitação. Frank mantinha a pose altiva como uma forma de assegurar a si mesmo que ele era e sempre seria o ativo, qualquer que fosse a relação.

 

Gerard ficou um tanto tenso ao ouvir tal sentença, mais do que se encontrava antes. Bom, pelo menos Frank estaria lá, certo? Ambos precisaram segurar-se um ao outro para chegar à saída, ao que o aeroporto estava parecendo um formigueiro -- os turistas apareciam em peso naquela época do ano --, logo, levando-os a atar as mãos. Gerard tinha plena consciência da situação em que estava: os Iero mais velhos não sabiam que ele era namorado de Frank e, obviamente, os dois teriam de esconder isso, então não reclamou quando o outro soltou sua mão repentinamente, ao que atravessaram a grande porta de vidro do local.

 

Frank parecia um gato, ao que se espremia entre a confusão de pessoas em frente ao aeroporto, deixando Gerard um tanto assutado por quase se perder do mesmo umas três vezes até finalmente alcançarem o meio-fio da calçada, Iero parando ali para esperar o sinal fechar. Do outro lado, os pais de Frank os aguardavam, dentro de um carro preto que Gerard não sabia identificar -- seu conhecimento sobre carros era nulo.

 

Os dois continuaram aguardando por alguns segundos, Gerard evitando fitar o carro estacionado a uma distância considerável e Frank evitando olhar para o garoto ao seu lado, a fim de não correr o risco de ficar distraído com a beleza do mesmo ou qualquer outra coisa igualmente gay. Assim que o semáforo fez-se verde, o mais baixo cutucou levemente o ombro do mais alto, fazendo-o despertar antes que fossem atropelados pela quantidade exacerbada de pessoas que atravessavam a larga rua. Era uma das principais de Toronto, a que mais recebia turistas, ao que o aeroporto internacional da cidade localizava-se na mesma.

 

Os dois garotos não demoraram a chegar no carro; Frank podia ter pernas curtas, mas era ligeiro e Gerard teve que acelerar o passo para não ficar pra trás. Frank abriu a porta dos passageiros para Way, postando-se ao lado da mesma já aberta, e esperou pacientemente até que ele entendesse o que deveria fazer, ao que o mais alto ficou alguns bons minutos travado no meio da calçada super movimentada, dividindo o olhar entre a porta e Frank sucessivas vezes. Certo, ele definitivamente estava ansioso para conhecer os mais velhos.

Passado todo o drama para finalmente adentrarem o veículo, a senhora Iero virou-se bruscamente na direção de Gerard, com um sorriso assustadoramente animado no rosto. - Olá, querido! Você deve ser o amiguinho do Frank, certo? - seu tom de voz carregava a mesma emoção que suas feições; as sobrancelhas erguidas no alto da testa e o desenho dos lábios formando uma linha totalmente curva. Ela não usava maquiagem alguma e suas roupas eram simples; o cabelo era longo e com certeza precisava de hidratação -- Gerard poderia ensiná-la tudo o que sabia e deixá-la completamente deslumbrante, mas logo lembrou-se que os pais de Frank eram extremamente religiosos e que sua sogra provavelmente o afogaria em água benta caso ele ousasse comentar sobre tais superficialidades.

- Sim, hum... Eu sou o Gerard Way. - respondeu por fim, desviando de todos aqueles pensamentos que o acometeram num primeiro momento, ao que seu senso crítico para estética agiu mais rápido do que qualquer outra coisa.

- Bom, nós somos os pais do Frank. Pode nos chamar de senhor e senhora Iero ou Anthony e Linda, como quiser. - os mais velhos sempre teriam aquele ar receptivo, era de sua natureza afinal, e Gerard até mesmo chegou a duvidar de tudo aquilo que Frank sempre dissera sobre os mesmos. Eles não pareciam tão sérios e centrados assim. Porém, Way tinha consciência de que não os conhecia o suficiente para julgá-los e preferia ainda não se impor discordante do namorado. Assentiu com a cabeça vagarosamente, retribuindo o sorriso gentil que recebia do sogro pelo retrovisor do carro. Era estranho pensar que eles eram seus sogros e nem ao menos sabiam disso. - Como foi de viagem, filho? New Jersey é muito quente? - e, como era de se esperar, as perguntas logo iniciaram-se. Frank não conseguiu evitar rolar os olhos, já habituado com a ideia de que, enquanto Gerard fosse novidade ali, seriam raros os momentos de paz entre os dois.

Way, ao contrário de Frank, não se incomodou com a curiosidade dos mais velhos e respondeu todas as perguntas da melhor forma que pôde. Desviava seus olhos para o garoto recostado na janela por vezes, percebendo que este carregava uma expressão de completo tédio no rosto, o que o deixou ligeiramente divertido. Frank parecia um bebê emburrado, a face ainda sem qualquer sinal de pelo. Ele era perfeito demais, por Deus.

 

Após a quase uma hora de viagem do aeroporto até a residência dos Iero, Gerard já estava exausto. Havia sido uma longa jornada de avião e, a casa onde ficaria por aqueles dias não era tão longe de onde havia chegado, mas o engarrafamento era dos grandes. Way não estava tão acostumado com trânsito, Belleville era uma cidade pequena e sem graça demais. Agora estava sentindo na pele o que era a cidade grande; barulhenta e mal cheirosa, continha todos os tipos de poluição possíveis.

 

Os pais de Frank fizeram questão de carregar as bagagens do visitante -- ainda que Gerard só houvesse trazido duas mochilas, os Iero afirmaram que era muito peso para o mesmo carregar sozinho escada acima. Subiram até o segundo andar, sendo acompanhados por Frank e, obviamente, Gerard, ao que o mesmo se viu obrigado a acompanha-los.

- Frank, mostre a casa ao seu amigo, aloje-o em seu quarto, ajude-o a desfazer as malas e deixe-o o mais confortável possível. Entendido? - se fosse qualquer outro no lugar de Gerard, o mais novo reclamaria e discordaria da mãe, mas, convenhamos... Frank faria aquilo mesmo que sua mãe não pedisse e teria o maior prazer. Os dois ficariam no mesmo quarto, o que significava que dormiriam próximos o suficiente à noite. Talvez não o suficiente suficiente, Gerard dormiria na cama debaixo da beliche -- a beliche em seu quarto era um fato curioso, ao que Frank sempre fora filho único e muito provavelmente continuaria assim --, mas estariam próximos o bastante para não precisarem fazer qualquer barulho comprometedor para que se tocassem como bem entendessem.

 

E, de fato, Frank ficou extremamente excitado com a situação -- não no sentido ludibrioso da palavra, é claro, isso era estritamente proibido. Ainda que duvidasse arduamente da manutenção de sua castidade temporária enquanto estivesse tão próximo do garoto que mais desejava há quatro anos -- alguns pensamentos impuros já o acometeram desde a chegada do mesmo --, Iero tinha esperança de que tudo fosse correr bem. Era o que a igreja o ensinava sempre, afinal. Ter fé e nunca desistir. 

 

Ele não desistiria de Gerard, nem que isso o custasse o mundo; já havia esperado tempo demais para tê-lo frente a frente, senti-lo de verdade, sentir a carne, o calor. Frank sabia que isso, todos esses desejos, tudo era extremamente carnal e pecaminoso; ainda mais quando eram nutridos por alguém do mesmo sexo; seus pais o julgariam o Diabo em pessoa, mas Iero realmente não se importava.

 

Se pecar era tão bom e o fazia tão bem; se, acima de tudo, Gerard era seu pecado, então ele pecaria. Pecaria com todo o prazer do mundo.
 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Bom, é isso. Agora a história começa de verdade, amores.

Beijinhos <3.


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