ANTERIORMENTE NESSA FANFIC...
Os olhos dela brilharam.
— Perfeito! — ela sorria de orelha a orelha — Sabe onde eu moro?
— Na verdade não, mas sei onde fica sua loja.
— Então vai me buscar lá?
— Vou sim.
Ela o pegou de surpresa com um beijo e foi embora saltitante. Naruto sorriu por vê-la tão feliz e saber que era o responsável por isso não tinha preço, justamente a garota que mais o maltratou na escola fazia de tudo para fazê-lo feliz e ser feliz junto com ele. Ela merecia um encontro de verdade e assim faria. Não via a hora de chegar o dia de amanhã...
CONTINUA...
Temari estava em frente ao espelho cuidando dos últimos detalhes da sua aparência. Estava estranhamente empolgada e ansiosa para seu encontro com Naruto e queria ficar o mais bonita possível para si mesma e, não negava, para ele também. Escolheu sua melhor roupa para a ocasião e agora passava seu melhor perfume, que não era nada barato, mas fazia questão. Não pôs muita maquiagem, preferiu manter suas feições naturais, além de usar sandálias de salto médio e para terminar, seu vestido preto com pequenos detalhes em renda, pequenos mesmo, que chegava ao meio das coxas e deixava boa parte das pernas à mostra. Sabia bem os gostos do Uzumaki desde a época que o provocava de propósito na escola e hoje usaria isso para o bem dela (e dele também).
— Daqui a pouco ele chega. — ela sentou na poltrona de sua loja — Faz tanto tempo que não tenho um encontro. Será que ele vai gostar mesmo dessa roupa? Que ansiedade...
Esse nervosismo se transformaria em satisfação em breve...
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Naruto estava no ônibus a caminho da loja de Temari. Desde a primeira cena que gravaram, não mais voltou àquele lugar, mas lembrava bem onde ficava. Quem diria que um dia estaria a caminho de pegar a sua perseguidora na escola (no mau sentido mesmo) e a levando em um encontro, era surreal demais e se há alguns anos alguém dissesse que isso aconteceria só riria da cara da pessoa. A vida era mesmo estranha e dava voltas...
Olhava a paisagem pela janela e pensava na vida. Era tão estranho esse ritmo tranqüilo que passara a ser rotina que ele até duvidava que realmente fosse verdade. Hoje o máximo que tinha que se preocupar era se manter em forma e fazer de tudo para não ficar doente, seu trabalho era fazer sexo com uma mulher mais gata do que a outra e ganhava muito bem para isso, finalmente parece que virou o porto seguro delas que fazem de tudo para agradá-lo. Definitivamente não se sentia a mesma pessoa, a mesma essência. Paciência.
Chegando em frente à loja, que estava aberta, ele entra e olha para o balcão vendo que não tinha ninguém, talvez ela estivesse lá dentro. Para matar o tempo resolveu dar uma olhada nos produtos disponíveis ali, já que não teve chance da última vez. A variedade era grande e estava maior do que antes.
— Cara, elas usam mesmo isso? — disse enquanto pegava um vibrador cuja “cabeça” era igual a do homem-aranha — Doideira...
— Gostou?
Temari apareceu de repente por trás dele o assustando.
— Que susto! Nem te vi chegando...
— Eu vi. — ela riu — Mas vi que gostou do vibrador. Posso te dar desconto se levar.
— Vai pra lá! Eu hein... — o colocou de volta no lugar — Mas...
— Mas...
— As mulheres realmente usam isso? Quer dizer, elas precisam mesmo desse troço?
— Sabe como é... Nem todas acham alguém que as satisfaça. Então recorrem a esse tipo de brinquedinho. Algum problema?
— Por mim nenhum. Cada um sabe o que faz.
— E saiba que vende bem.
— Você usa isso?
— Já usei. — admite — Mas hoje não preciso, já achei alguém que me deixa satisfeita...
O olhar que ela lhe lançou não era nada sugestivo...
— Caham... — pigarreia — Enfim, está pronta?
— Sim, mas antes...
Ela dá uma voltinha.
— O que acha?
O que tinha para responder? Ela sempre foi bonita e não seria uma roupa errada que iria mudar os fatos, mas o que aprendeu em seus anos de fracassos e sucessos é que mulher gosta de ouvir que está bonita, mesmo que já saiba disso.
— Está linda!
Ela cora e segura seu braço.
— Obrigada! — sorri — Agora vamos!
— Espera, não precisa me puxar!
Ela rapidamente fecha a loja e o segue pela rua. Como eles combinaram de decidir na hora o que fariam, seus saltos médios seriam os mais confortáveis (na verdade o mais confortável seria um calçado sem salto, mas ela queria ao menos um pouco), então seguiram pela rua por alguns minutos e ela pergunta:
— O que faremos?
— Bom, eu pensei em um lugar onde você pode descarregar o estresse e relaxar.
— Esse lugar... — ela cora — É perto?
— Pertinho daqui. Vamos?
Temari pensou que ele já iria “fazer um gol” (se é que me entendem...), mas o lugar que eles entraram foi...
— Um estande de tiro? — ela pergunta surpresa.
— Sim! É um ótimo lugar para tirar a tensão.
— Mas eu pensei que...
— O que?
— Nada...
Eles entraram e a barulheira tomou conta do ambiente. Ela ainda estava relutante em fazer aquilo, mas resolveu tantar, vai que funcionava e realmente a acalmava, não custava tentar não é?
BAM! BAM! BAM! BAM! BAM!
— Aaaahhh! Que divertido!
Temari mal controlava a empolgação e atirava como louca contra o alvo à sua frente que mais parecia uma peneira de tantos furos.
— Vai com calma. Já destruiu três alvos.
— É mesmo... — ela pensa e se volta ao funcionário — Ei! Troca o alvo!
Bom, pelo menos estava funcionando.
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Após o “tiroteio”...
— Você tinha razão Naruto. Me sinto relaxada. — Temari agarrava seu braço, agora mais tranqüila.
— Eu disse que funcionava.
— Costuma fazer isso sempre?
— Só fiz uma vez e faz muito tempo.
— E o que tinha te deixado nervoso?
— Bem...
Ele não podia dizer que era por causa de uma das enésimas vezes que seus mangás foram recusados, já seria uma queima de sua reputação como artista, se é que ainda tinha uma.
— Já esqueci o motivo, mas que funcionou, funcionou. Por isso te levei lá, sabia que precisava de algo do tipo.
— Como assim?
Ele a olha.
— Você está diferente. Vive tensa e escondendo o que realmente sente. Acha que eu não sei?
— Eu...
— A antiga Temari jamais me chamaria para um encontro, por melhor que eu fosse na cama.
— Ei! — reclama — Não te chamei para sair por causa disso!
— Também sei disso. E é por isso que sei que está triste com alguma coisa. Você parece que se sente... Como posso dizer...
— Sozinha...
Ela mesma completa e se senta em um banco na praça por onde passavam.
— Eu me sinto sozinha desde que terminei meu namoro. — respira fundo — O pior é que eu não me arrependo do que fiz.
— Se sentia feliz?
— Sim, mas não como eu esperava.
— O que aconteceu?
— Muitas brigas, ele não aceitava que eu fizesse cenas, mas ele não queria parar de fazer também.
— Entendo...
— Não tinha mais a mesma paixão de antes, o mesmo sentimento de ansiedade para ver a pessoa que amamos, aquele sorriso sem querer que abrimos quando ela se aproxima, aquele arrepio gostoso nos beijos... Nada mais tinha.
— Então por que estavam juntos mesmo assim?
— Não sei, talvez por conveniência. Era confortável o que tínhamos.
— E agora?
— Me sinto livre, mas não consegui me desfazer desse apego.
— Não sei o...
— Até na cama! — ela o interrompe
Ela o olha intensamente e prossegue.
— Nos últimos tempos nós mal fazíamos fora de cena. Como uma pessoa tem preguiça de transar com a namorada?
— É... — ele não sabia responder.
— Mas eu posso entender... Ele tem um monte de garotas que fazem de tudo com ele na produtora, é só ter no roteiro que por mais estranho que seja elas vão fazer. Então por que se contentar com algo simples com a namorada não é?
Ela deixa uma lágrima cair.
— O que eu queria... — ela continua — Era um namorado que me quisesse mais que tudo! Que sentisse tanto desejo por mim que não se importaria de me foder até no meio da rua se fosse preciso! — o olha — É errado querer isso?
Mas a mente dele está em outro lugar.
— Então... — ele fala — Teria coragem de foder no meio da rua?
Ela fica vermelha quando pensou no que disse, mas em um acesso de coragem...
— Claro que sim! Se eu amar a pessoa quero ser dela o máximo que puder!
— Olha, eu sei que somos só amigos e que você não me ama, mas o que acha de fazer essa loucura?
O que é isso? Ele estava por acaso...
— Você quer dizer... Fazer de verdade?
— Isso aí. — ele sorri malicioso — Você disse que queria...
— Mas aqui?
— Aqui não, ali. — aponta para um canto ali perto — Olha bem. Escondido pelos arbustos, quase não tem ninguém passando... — ela falava se aproximando — É só não fazer barulho que não tem problema nenhum. O que acha?
Ela não iria mentir, estava louca para fazer isso, seria algo louco que a faria lembrar dos velhos tempos, mas também a idéia de ser possuída ali, com vigor e a expectativa de serem pegos... Ela esfregou as pernas em expectativa.
— Aceito! — ela levantou e correu o puxando — Vamos!
Naruto riu da empolgação dela, mas a obedeceu. A pracinha estava vazia, e bem iluminada, arbustos verdes e brilhantes e uma estátua ficava no centro enfeitando o ambiente, por sinal, uma bela obra de arte. Ela chegou ao local indicado e logo que chegou já o agarrou e beijou com vontade.
— Você já esperava isso não é safada? — disse entre os beijos.
— Não imagina o quanto... Ah!
— Silêncio! — tapa a boca da garota — Ninguém pode nos ouvir...
Ela assente e ele tira a mão.
— Agora vem cá... — puxou ela para o colo recebendo uma verdadeira chave de perna em volta da sua cintura — Agora vamos fazer rápido antes que alguém chegue...
— Vamos logo...
Eles voltam a se beijar com fervor e logo o vestido dela vai subindo devagar...
— Que roupa curta é esse hein?
— Gostou?
— Adorei, mas prefiro você sem ela...
Ela estava totalmente entregue ao tesão e nem escondia o quanto estava feliz enquanto mordia o ombro do homem que a acariciava. Tão envolvida estava que tomou um susto com o que pensou ter visto.
— Naruto...
— O que?
— A e-estátua!
— O que tem?
— Os olhos dela mexeram.
Naruto olhou para trás e viu a escultura do mesmo jeito de antes.
— O que está dizendo Tema?
— Eu... Aaahhh!
Ele a penetrou sem dar chance dela retrucar, também para tirar essas outras coisas da cabeça. Ela relaxou e se deixou levar pelo prazer e pelo carinho recebido.
— Se entrega vai... Esquece as outras coisas...
— Hum...
Enquanto ele investia, ela o arranhava onde podia e tentava segurar os gemidos. Aquilo era diferente de tudo o que ela já havia feito e admitia: estava adorando!
— Ah... Mais... — Temari ofegava — Mais rápido...
— Mulher gostosa do caralho!
Ele agarrou sua bunda com força e a prensou mais forte na parede, investindo contra ela com força. Agora Temari estava realmente com medo de ser descoberta e volta e meia abria os olhos para ver se tinha alguém por perto, mas em uma dessas vezes...
— Naruto eu... Eu vou... Ah!
— Eu também...
Eles se abraçaram apertado e degustaram de uma onda de prazer indescritível, além de alucinante. Naruto fez questão de derramar até a última gota dentro da loira e ela ficou tremendo enquanto sentia os jatos quentes dentro de si. Ela relaxou e ficou no colo do Uzumaki até ele decidir descê-la, logo arrumando o vestido e o cabelo que estava amarrotado, além de recuperar o fôlego.
— E aí? Gostou? — Naruto pergunta divertido.
— Demais! Só a adrenalina de não querer ser pego deixa tudo tão excitante.
Eles riram, até que...
— Agora é sério. — Temari fecha a cara — Essa estátua se mexeu de novo.
— Ainda com isso? Vamos conferir isso de perto.
Eles se aproximaram da estátua e a examinaram de cima abaixo, a rodearam e notaram algo. A estátua tinha unhas? Mas o que significava isso? A não ser que...
— Ai!
Naruto pegou um pauzinho e deu uma “martelada” no dedão do pé direito da “estátua” que logo abaixou para esfregar a parte machucada.
— Então era uma estátua falsa hein?
— Desculpa, não queria enganar ninguém. — a moça que fingia ser estátua esclarece — Meu nome é Lucy e eu trabalho como artista de rua. Sou estátua humana.
— Legal! — Naruto fica empolgado — E é difícil?
— Não, mas só...
— Espera! — Temari interrompe — Se você estava aqui o tempo todo, quer dizer que você viu a gente correndo?
Ela assente.
— E viu tudo o que fizemos depois?
— Vi... — cora
— Tudinho?
— Tudinho.
— Ah! Que vergonha!
Naruto, pelo contrário, começa a rir recebendo uma cara feia da loira.
— Do que está rindo?
— Disso tudo ora. — ele para de rir — O que importa se alguém viu? Eu não me importo e acho que o que a Lucy não viu aqui não foi o pior que ela já viu não é?
— Pode ter certeza que não...
Temari acalmou-se e segurou o braço dele. Se despediram e quando começaram a ir embora...
— Espera! — Lucy o chama
— O que foi?
— Vocês são namorados?
— Não. Por quê?
— Pode me dar seu telefone? Podemos sair um dia desses...
— Ele não pode dar não! — Temari exclama nervosa — Vamos!
Ela o puxa rápido para longe dali sendo observada com espanto pelo Uzumaki. Ele mesmo não tinha entendido nada daquela reação. Por acaso seria...
— Que reação foi aquela Temari? Parecia uma namorada com ciúmes.
— Eu não gostei daquela atirada... — vira o rosto
— Me senti importante agora. Uma gata tendo ciúme de mim não é algo que acontece sempre. Hahahaha!
Ela o abraça pela cintura.
— Idiota...
— Como assim?
— Não percebe mesmo não é? As sementes que você está plantando em nós...
— Sementes?
— Isso, sementes. Sementes de esperança... — ela suspira e o beija na bochecha — E saiba que um dia elas vão brotar e dar frutos. Espero que assuma a responsabilidade quando esse dia chegar.
Naruto ficou sem palavras, mas o que poderia responder? Quais frutos eram esses? Ele via Temari sorrir como uma criança e logo deixou de lado esse pensamento. Ainda devia o restante do dia de encontro a ela.
— Vamos lá! — ela o puxou mais forte — Quero ir ao cinema! Você paga!
Sim, ela estava mais do que feliz e ele também se sentia assim. Tudo o que fez valeu a pena afinal.
Tudo...
CONTINUA...
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