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História Ilha do Medo - 48 horas


Escrita por: MissRedfield

Notas do Autor


Olá, espero que estejam gostando de acompanhar tanto quanto estou amando escrever haha

Capítulo 5 - 48 horas


CLAIRE REDFIELD

-Claire, vai embora daqui! –Leon gritou em meio ao tiroteio buscando abrigo atrás de outro carro, só havia restado ele e mais um único segurança que estava com o braço ferido. Os outros dois estavam mortos. Rastejei até o corpo de um deles e peguei a arma e a chave do carro.

-Sherry? –a menina abriu os olhos inundados de lagrimas e me encarou. –Nós vamos sair daqui, mas você precisa confiar em mim, ok? –ela assentiu se esforçando para conter o desespero. Abri a porta do carro e Sherry foi a primeira a entrar, em seguida entrei e assumi o volante.

Os tiros foram direcionados para mim, mas o carro era blindado, mesmo assim minhas mãos continuavam tremulas pela adrenalina e o nervosismo. Eu precisava tirar Sherry daquele pesadelo sã e salva. Posicionei o carro próximo a Leon e o segurança ferido.

-Entrem agora! –gritei destravando a porta do banco de trás. Leon deu cobertura para o segurança entrar e em seguida saltou para dentro do veiculo. Os tiros começaram a vir de todos os lados. Não era apenas um atirador. A ação fora premeditada.

-Repito, estamos sendo atacados e precisamos de reforço! – o segurança gritava para o rádio em sua mão. Sherry, ainda apavorada, mantinha os olhos fechados e as mãos sobre os ouvidos.  Leon estava em estado de alerta tentando enxergar de onde partia a saraivada de tiros. Dei a ré com o carro ainda sendo atingido pelas balas que dessa vez atravessaram o vidro.

-Mas que merda! –Leon gritou se abaixando.

-Segurem-se! –sai em disparada pelo estacionamento batendo em um dos carros que estava mal estacionado pelo caminho.

-Desgraçados. –Leon esbravejou, olhei rapidamente para ele e percebi que seu ombro havia sido atingido. Ele estava sangrando.

-Tudo bem, o hospital fica bem próximo daqui. –falei, tentando conter o nervosismo. Estava quase anoitecendo e as ruas estavam congestionadas. Peguei um atalho pela estrada em sentido contrário que estava livre. Pisei fundo no acelerador. Isso me daria uns 15 minutos de vantagem, talvez eu tivesse a sorte de encontrar uma viatura policial pelo caminho, me sentiria mais segura se...

-Claire, cuidado! –Leon gritou, mas já era tarde demais. No cruzamento, não vi que o sinal havia fechado, então o caminhão que vinha em sentido contrário nos atingiu em cheio. O mundo começou a girar rápido demais, fechei os olhos e fui engolida pela escuridão.

A dor era terrível. Podia sentir cada parte do meu corpo protestando ao mais leve movimento. O carro havia capotado e agora estávamos de cabeça para baixo.

-Claire... –olhei para o lado e vi Sherry com a testa sangrando e os olhos angustiados. –Claire... tá doendo...

-Não se mova Sherry. Vou dar um jeito de tirar você daí. –Leon estava desacordado no banco traseiro e o segurança ao seu lado mal respirava. Eles precisavam de ajuda.

Soltei o sinto de segurança e em seguida cai desajeitadamente sobre os cacos de vidro que perfuraram o meu braço. Eu precisava dar um jeito de sair dali e pedir ajuda, mas meu corpo doía tanto que eu duvidava que conseguisse ficar de pé.

-Rápido, não temos muito tempo! –gritou uma voz masculina, em meio ao barulho de buzinas e gritos, ouvi a aproximação de passos.

-Não! –Sherry gritou, então eu entendi o que estava acontecendo. Os homens que havia tentado nos matar tinham nos seguido e agora estavam arrastando Sherry para fora do carro. Tentei segura-la, mas minha cabeça foi atingida com algo que quase me fez desmaiar.

A dor me corroía pouco a pouco.

-Levem a garota, rápido. –a voz desconhecida ordenou.

Levar? Levar para onde?

-Claire! Claire! – os gritos de Sherry eram aterrorizantes, mas eu não podia fazer nada. Tudo parecia muito confuso ao meu redor, minha visão agora estava turva e eu tinha a sensação que a qualquer instante poderia apagar.

-Quanto aos demais? –alguém perguntou.

-Deixe-os a própria sorte. –ouvi o barulho de buzinas e gritos além dos gritos de Sherry, mas nada que eu fosse capaz de distinguir, meus sentidos estavam completamente afetados pelas dores que sentia em meu corpo.

-O que está fazendo? –ouvi um barulho bem próximo de mim, de repente eu estava sendo arrastada, tentei me segurar em algo, mas não consegui. –Não precisamos dela. As ordens foram claras. Mate-a.

Abri os olhos com dificuldade, mas tudo que vi foi o rosto de Steve.

Eu estava morta?

 

LEON S.KENNEDY

Acordei apavorado em um quarto de hospital. A enfermeira que estava presente colocou as mãos frias em meu peito para me acalmar.

-Senhor Scott, precisa ficar calmo. –falou com a voz controlada, olhei em seus olhos escuros e tentei entender o que eu estava fazendo naquele lugar.

 Não... não pode ser.

O pesadelo era real? Olhei para meu corpo e vi meu braço enfaixado. Ainda podia sentir as dores do acidente. Eu havia levado um tiro. Tudo que eu supostamente sonhei tinha acontecido.

Sherry

Claire...

-Eu preciso ir. –tentei me levantar, mas meu corpo inteiro protestou ao movimento.

-Não pode ir a lugar nenhum, sr. Scott. Precisa se recuperar primeiro.

-As pessoas que estavam comigo... –olhei ao redor, mas só havia eu no quarto branco e iluminado pela luz do dia. Espera, quanto tempo havia passado desde o acidente?. –Onde estão os outros? –a enfermeira desviou o olhar como se estivesse pensando se devia ou não me responder.

-Precisa descansar. –falou finalmente. Descansar era a última coisa que eu queria fazer. Eu precisava saber como a Claire estava. Como a Sherry estava.

-Por favor, eu preciso que me diga o estado da Claire Redfield e Sherry Birkin, elas estavam comigo quando o acidente aconteceu...

-Precisa descansar. –ela insistiu e aquilo me fez perder a paciência, mas segundos antes de eu surtar a porta do quarto abriu violentamente.

-Saia da frente, droga! –Chris havia entrado seguido por dois seguranças do serviço secreto que tentavam inutilmente conte-lo.

-Não pode entrar aqui sem autorização. –um deles protestou.

-Vão à merda. –os seguranças olharam brevemente para mim esperando minha reação, assenti para eles indicando que estava tudo bem. Eles saíram e em seguida a enfermeira se retirou parecendo amedrontada pela reação agressiva de Chris.

-Merda Leon, o que aconteceu? –perguntou Chris se aproximando de onde eu estava. Tentei me sentar na cama e olhar para ele.

-Foi tudo rápido demais... –lembrei-me dos gritos de Sherry, da agonia da Claire e me odiei por não ter sido capaz de fazer nada. –Como elas estão? –o rosto dele se contorceu em uma expressão de dor que me fez temer pela resposta.

-Levaram elas. Alguém levou a Claire e eu preciso que me diga quem foi o responsável por isso. –meu coração praticamente parou.

-Eu... eu não faço ideia...- esfreguei os olhos. –Fomos atacados no estacionamento, mas os atiradores usavam mascaras e roupas escuras. Os desgraçados...- não consegui completar a frase, sentia muita raiva. Sentia ódio de mim mesmo. Eu causei tudo aquilo. Eu era o responsável.

Chris cerrou os punhos e ficou em silêncio, mas vi em seus olhos as chamas da raiva.

-Quanto tempo fiquei desacordado?- perguntei confuso e Chris deu de ombros.

-Umas dezoito horas.

Dezoito horas? Oh, deus... era tempo demais. Quem quer que tenham levado elas, à uma hora dessas já deviam estar bem longe do estado.

 -Eu vou encontra-la, prometo a você. –falei, mas eu não conseguia acreditar em minhas palavras. Claire e Sherry foram levadas, e eu sequer conhecia os malditos por trás disso. O que eu poderia fazer?

Derek Simmons surgiu na soleira da porta. Suas feições eram indecifráveis, mas eu podia imaginar o que ele estava pensando.

-Eu sinto muito...

-Poupe o pedido de desculpas, sr. Kennedy. –falou se aproximando e encarando Chris brevemente. –Eu sabia que tirar Sherry da base seria uma má ideia. –jogou em minha cara.

-Sabe quem está por trás disso? –Chris perguntou impaciente, Simmons o encarou como se ele fosse um inseto asqueroso.

-É uma investigação sigilosa que não envolve a participação de...civis.

-Minha irmã está envolvida, então isso também é do meu interesse. –um sorriso quase invisível se formou nos lábios de Simmons.

-Saberá de tudo no momento certo, garanto que a jovem Redfield ficará bem. Afinal, suponho que ela não seja do interesse de quem está por trás disso. –Chris sorriu sem humor.

-Uau, sinto-me bem mais despreocupado agora.

-Simmons, se sabe alguma coisa a respeito... –tentei interferir, mas novamente fui cortado.

-Você causou a confusão, Leon. Então trate de resolver. Dou 48 horas para você trazer Sherry de volta para a base. Caso contrário, esqueça todo aquele papo furado do Adam. –Simmons saiu do quarto em seguida sem esperar qualquer reação de minha parte.

Mas ele tinha razão. Eu era o responsável por aquele desastre. Não deveria ter insistido em tirar Sherry do local seguro, era perigoso e eu deveria ter previsto que alguém poderia estar esperando um deslize nosso para sequestra-la. Se algo acontecesse a ela... se algo acontecesse a Claire eu jamais me perdoaria.

-Faz alguma ideia de como irá encontra-las? –Chris perguntou, mas só obteve o silêncio como resposta, por que eu não tinha a mínima ideia de como descobrir o paradeiro de nenhuma delas. O tempo estava passando e eu sequer tinha forças para me levantar.

 

 

 


Notas Finais


Então amoras? Quem será que levou a Claire e a Sherry? E por que?


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