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História Ilha do Medo - Ataque


Escrita por: MissRedfield

Notas do Autor


Olá amores, vocês estão bem? Não sei se cheguei a falar, mas essa estória não tem conexão direta com os acontecimentos de Resident Evil, é meio que uma mistureba de acontecimentos que não tem relação com a linha do tempo oficial. Espero que estejam gostando e por favor comentem o que estão achando até aqui <3

Capítulo 4 - Ataque


Três semanas depois...

Me afiliar a Terra Save foi uma das melhores coisas que eu poderia ter feito. Uma organização não governamental, cujo único objetivo era ajudar as vítimas do bioterrorismo. Pessoas que assim como eu, presenciaram a tragédia de Raccoon e tentavam superar.

Passávamos a maior parte do tempo arrecadando suprimentos para enviar as famílias que perderam tudo no incidente. Como não tínhamos apoio do governo agíamos por conta própria, a lista de pessoas que precisavam de ajuda era imensa e aquilo me fez ver como eu estava sendo egoísta com a minha dor.

Conheci alguns sobreviventes que perderam membros do corpo, crianças que perderam os pais e não tinham a quem recorrer...mesmo assim, nenhuma dessas pessoas havia perdido a vontade de viver, pelo contrário, só tinham ganhado mais forças para seguir lutando. Eu me inspirava em todas elas.

A Umbrella estava perdendo seus investidores, já havia fechado muitas bases como a de Paris, por exemplo, que alcançara a falência. Era um alivio saber que pouco a pouco a Umbrella fechava as portas. Mesmo assim já havia pessoas de olho na capacidade do T-vírus. Funcionários antigos da corporação estavam se aliando a novas industrias farmacêuticas e o medo de que as pesquisas da Umbrella fossem aderidas por outras companhias era grande, foi assim que as instituições contra o bioterrorismo surgiram. Chris fazia parte da Aliança de Avaliação da Segurança contra o Bioterrorismo, conhecida como a B.S.A.A.

Tudo isso para impedir que houvesse uma catástrofe global.

-Vocês não tem um pingo de vergonha na cara?  -Barry gritou da cozinha, eu estava no sofá terminando de escrever um relatório para a Terra Save.

-O que foi dessa vez Barry? –perguntei sem tirar os olhos da tela do computador. Desde que Chris, Barry e Jill uniram-se a B.S.A.A. Barry não saia de nosso apartamento. Depois do incidente nos transformamos em uma grande família.

-Alguém comeu o meu sanduiche, de novo. –ele apareceu na sala com uma garrafa de cerveja em mãos. –Claire, pode me dizer a verdade dessa vez.

-Juro que não fui eu. –respondi sorrindo olhando brevemente para Barry.

-Eu ainda vou pegar o safado do seu irmão no flagra. –ele falou presumindo que era o Chris. –Falando nisso, onde ele está?

-Adivinha? –trocamos olhares e Barry deu uma risada alta.

-Aquele garoto não cansa de malhar? –desde que voltamos de Rockfort Chris não saia da academia, quando não estava malhando estava correndo ou buscando alguma outra forma de manter o corpo em movimento. Acho que a surra que Wesker havia dado em nós dois, incluindo nele, havia despertado a obsessão de ficar fisicamente mais forte.

-Eu não vou dizer mais nada a ele. –falei enquanto salvava o arquivo e encaminhava para o site da Terra Save. Eu já havia dito que era exagero e que ele estava passando dos limites, mas não adiantava nada já que ele não me ouvia.

-Você parece cansada. –Barry falou enquanto analisava minha aparência com preocupação. Eu ainda tinha meus sonhos assombrados por zumbis e criaturas fedorentas que se alimentavam de carne viva. Era difícil conseguir ter uma boa noite de sono. –Essa ONG não está exigindo muito de você?

-A culpa é toda minha. Tenho me preocupado muito com coisas que não deveria. –ele caminhou em minha direção e sentou no sofá ao meu lado.

-Está se saindo bem cuidando de todo aquele pessoal, mas não precisa esquecer-se de você. –Barry tinha uma esposa e duas filhas maravilhosas, além de dividir seu tempo com a família de verdade ainda cuidava de todos nós como se fossemos seus filhos. Ele era um pai em dose dupla.

-Olá! –Chris entrou pela porta completamente soado e ofegante. Barry e eu trocamos olhares e sorrisos. –Por acaso estavam falando mal de mim? –perguntou estranhando nosso comportamento.

-Ah droga, como você adivinhou? –Barry brincou levantando-se e indo em direção ao meu irmão para cumprimenta-lo.

-Vocês não sabem disfarçar. –Chris foi em direção a cozinha e Barry o seguiu.

-Você não vai tomar água gelada, vai? –Barry reclamou com meu irmão. Sorri sozinha na sala. Aquela casa havia se tornado bem menos solitária nos últimos dias, mas eu ainda sentia o vazio dentro de mim e me odiava por isso.

Por que eu não podia simplesmente esquecer e seguir em frente como Leon havia feito? Como todos os outros fizeram.

O sentimento de culpa estava preso dentro de mim. Eu não era forte o suficiente para superar o que havia acontecido com Steve.

Meu celular apitou. Uma mensagem de Leon me pedindo para encontra-lo em uma hora. Sherry queria me ver.

...

Leon havia conseguido chegar a um acordo com Simmons e retirar Sherry da base do governo. Pela primeira vez após o incidente, ela iria ver o mundo outra vez.

Nos encontramos no Shopping da cidade, fazer Sherry se sentir como uma garota normal era o nosso objetivo naquela tarde. Apesar de que nenhuma garota era acompanhada por três seguranças como Sherry. Foi à exigência de Simmons. Era apenas para sua segurança.

Sherry era uma menina especial agora, o G-vírus havia se estabilizado em seu organismo, seu DNA estava unido a ele. Isso a tornava um alvo, pois seu sangue era precioso.

-Eles não podem se afastar um pouco mais? –Sherry comentou quando nos sentamos na praça de alimentação com nossas bandejas repletas de lanches deliciosos. Os seguranças de Simmons ficaram de pé ao nosso redor, e isso chamou a atenção das pessoas. Afinal três homens grandes feito armários, usando terno e óculos escuros era bem chamativo.

-Olha pelo lado bom, as pessoas devem estar achando que você é uma celebridade. –falei tentando descontrai-la, Leon sorriu, mas Sherry não achou graça.

-Ou que sou uma prisioneira sob custódia. Sinto-me ridícula. –Sherry estava na adolescência e por mais compreensiva que fosse, ela não podia controlar sua natureza. Eu já tinha passado por essa fase, não fazia muito tempo, e entendia a necessidade pela liberdade. Não que desse para comparar com a situação de Sherry Birkin. Ela era uma garota incomum, que havia passado por situações terríveis e por isso a sua vida fora roubada e agora ela era apenas um projeto do governo que precisava ser protegida a qualquer custo.

-Simmons só quer proteger você. –Leon comentou.

-Eu sei, mas estou acompanhada pelas pessoas que me protegeram em Raccoon City, isso devia bastar.–sorri e ela retribui o sorriso. - É impossível me sentir ainda mais segura.

Conversamos muito sobre coisas que nada tinham a ver com os acontecimentos de Raccoon City ou da experiência de Sherry no laboratório do governo. Só queríamos, ao menos por um dia, agir como pessoas normais e falar de assuntos banais.

Quando o sol estava prestes a se por, fomos obrigados a nos despedir. Sherry me abraçou no estacionamento e ficou um bom tempo agarrada em mim sem querer me soltar.

-Você devia me visitar mais vezes. –falou com os olhos cheios de lagrimas.

-Não se preocupe, você vai até enjoar de me ver.

-Jamais, eu gosto muito de você Claire. –ela me envolveu novamente em um abraço demorado. Olhei brevemente para Leon e percebi um sorriso triste em seu rosto. Culpa das circunstancias.

De repente, um dos seguranças que nos cercava foi ao chão. Tinha a marca de um tiro na cabeça. Vi os demais sacar as armas enquanto eu protegia Sherry e tentava entender o que estava acontecendo.

Um ataque?

-Para trás! –Leon gritou erguendo a arma e disparando. Agarrei o braço de Sherry e busquei abrigo atrás do carro blindado.

-Claire. –a voz de Sherry era de choro e desespero. Tentei manter a calma.

-Vai ficar tudo bem, você só precisa ficar abaixada. Já, já isso acaba. –falei, Sherry tapou os ouvidos para abafar o som dos tiros e fechou os olhos. Espiei o confronto para identificar nosso atirador. Só tive um vislumbre de um homem com um casaco escuro e pesado. Parecia o mesmo que havia me encarado naquela noite da queda de energia. Desde aquela noite, eu o vi umas 3 vezes seguidas fazendo a mesma coisa. Me afrontando com o seu olhar. Em nenhuma das vezes o levei a sério.

Mas agora ele estava querendo nos matar e de alguma maneira a culpa era minha.


Notas Finais


Espero o feedback de vocês <3


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