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História Ilusões - Capítulo XI - Esquecer das coisas


Escrita por: apxrodith

Notas do Autor


¹ [ATENÇÃO: Capítulo com insinuação sexual explícita! Leia por sua conta e risco.]

² Leiam as notas finais, por favor.

Capítulo reescrito e revisado. Boa leitura!

Capítulo 11 - Capítulo XI - Esquecer das coisas


Fanfic / Fanfiction Ilusões - Capítulo XI - Esquecer das coisas

— Quer comer alguma coisa? — Zayn pergunta me entregando outra garrafa de água, e eu balanço a cabeça logo depois de agradecer.

— Eu vou pro quarto. — Levanto do sofá e me direciono às escadas. — Qual é o quarto de hóspedes, afinal?

— Sobe as escadas, à direita. — Ele diz e se senta no sofá.

Sendo honesta, ele parecia tão irritado quanto eu. Não era uma questão de querer bancar a vítima, mas eu tenho toda a certeza de que ele não tem motivos para estar tão rabugento quanto está.

Seria a minha presença na sua casa? Não pode ser. Eu já vim aqui antes, e nem fui a única, disso não duvido. Então, o que seria?

— Não vai subir? — Malik pergunta, me encarando com uma das sobrancelhas erguidas.

Eu não havia percebido que estava parada no segundo degrau da escada.

— Está irritado comigo? — Pergunto, e ele nega.

— Por que estaria?

— Não sei. Só quero saber porquê está bravo. — Aperto a embalagem da garrafa d'água nas mãos.

— Eu só... lembrei de uma coisa. — Ele balança a cabeça e volta a olhar para o seriado agressivo que passava na tv.

Certo. Para ele não ter contado, é porque não tem nada a ver comigo. E ele não tem a obrigatoriedade de me contar toda a vida dele, também.

— Já colocou gelo na bochecha? — Pergunto após ver uma gota gorda de sangue escorrer para a mão que sustentava a cabeça de Zayn.

Eu tentei — de verdade — ignorar o sangue e os hematomas durante toda a viagem até aqui. Estava me deixando desconfortável ele não se importar com aquilo tudo — é como se já estivesse acostumado. Tinha um corte na bochecha esquerda, um outro corte na boca, e suas mãos estavam sangrando — com o seu sangue e com o de James. Ainda por cima, seu nariz a cada dez minutos permitia que mais sangue escorresse, e sabe lá Deus se ele tinha algum outro machucado por debaixo das vestes.

— Não precisa. — Ele respondeu sem tirar a atenção do programa. — Já está secando.

— Você nem lavou o rosto. — Reviro os olhos. — Tem que passar alguma coisa aí.

— Você não ia dormir? — Pergunta ainda sem me encarar.

— Vou tomar um banho. E passa alguma coisa no rosto.

— Tem uma toalha de banho extra no banheiro. Fica do lado do seu quarto. — Ele ignora a minha ordem.

— Obrigada. E passa algo nesse rosto! — Exclamo enquanto subo as escadas. Eu tinha quase certeza de que quando eu saísse do banho, Zayn não teria nem sequer saído do sofá.

O banheiro do Malik é mais glamouroso que o de qualquer um que eu já tenha visto. O pai dele devia ser rico, só por ele ter uma casa de dois andares, quarto de hóspedes e esse "humilde" banheiro. Tudo só para ele.

As paredes do banheiro eram de pastilhas cinzas, fazendo um degradê muito bonito. Havia banheira e box, mas eu só iria tomar um banho rápido, então optei pela segunda opção.

Era muito relaxante toda aquela água quente descendo pelo meu corpo. Limpando o álcool e algumas gotas do meu próprio vômito que passaram do vestido para a pele. Eu tomei muito cuidado para não molhar o cabelo, que, felizmente, não cheirava a nenhuma droga que Lucy permitiu ser ingerida naquela maldita festa.

Somente quando saí do banho (muito a contragosto) que percebi que não tinha nenhuma roupa para vestir. O vestido era minha única opção, mas ele estava manchado de bebida e vômito, e eu me perguntei se não poderia dormir só de calcinha, até o dia seguinte.

Não vou estar com Zayn, de qualquer modo. Então não preciso me preocupar com isso.

Seco meu corpo e amarro a toalha macia e branca no mesmo depois de vestir a calcinha. Quando limpei o espelho da fumaça de vapor que acumulara, percebi que toda a maquiagem da noite se fora. O que sobrara eu devia ter tirado no banho.

Deixo os meus fios soltos e as pontinhas dos mesmos ficam úmidos ao contatarem com meus ombros. E então, saio.

Zayn ainda estava no sofá, com sangue nas mãos e com o cenho franzido quando eu desci alguns degraus para confirmar o que eu já imaginava.

— Porra, Zayn.

Ele me olha e passa os olhos por todo o meu corpo enquanto um sorriso surge em seus lábios. Eu não consigo conter que meus olhos rodem.

— Você gosta de me provocar, não é mesmo Soph? — Diz com a voz meio rouca.

Sinto meus pelos eriçarem sem o meu consentimento, mas eu trato de me conter.

— Você não lavou a merda do rosto. — Digo irritada, e ele se levanta do sofá.

— Está bem. Eu vou tomar um banho. — Ele diz e tira a blusa. — Toma. Vai precisar vestir algo pra dormir. E antes que a fresca reclame, não está suja com nada. — Ele estende a blusa de cor escura para mim e sobe os degraus. — Cara, eu deveria ter arrombado aquele banheiro enquanto você estava dentro!

Arregalo os olhos e me viro para a escada, mas ele não estava mais lá.

Certo, era melhor eu me trocar e ir dormir. Assim eu consigo levantar amanhã da cama com mais disposição. 

Aproveito o tempo em que Zayn está no banho para trocar de roupa ali mesmo. Coloco a blusa por cima da toalha e tiro a mesma depois por debaixo da outra peça. Por sorte, Zayn usava um tamanho ideal para que suas blusas cobrissem parte das minhas coxas, pelo menos. 

Espero que ele aproveite a banheira que tem para lavar todo aquele sangue.

Levo um pequeno susto quando escuto um tiro e levo as mãos à boca, a fim de abafar qualquer som que tenha saído acidentalmente. Depois daquilo, vou até o sofá e desligo a televisão, e coloco o controle remoto na graciosa e pequena mesa de vidro que estava à minha frente.

A casa de Zayn era extremamente arrumada, agora que eu olhara. Tinha os mesmos tons de cinza e branco no variados cômodos da casa, mas tudo parecia encaixado perfeitamente. E a cozinha e sala tinham um ar moderno; os móveis só reforçavam a teoria. Havia na cozinha algumas plantinhas pequenas, todas lado a lado em combinações de duas ou três, e todas variadas: babosa, cacto...

— Me esperando, chérie? — Olho para frente, e encontro Zayn com somente uma toalha cinza envolta da cintura, me encarando. Algumas gotas pingavam do seu cabelo para seus ombros nus, e outras gotas escorriam por seus braços e tronco.

Os ferimentos em seu rosto estavam melhor, sem sangue em excesso, mas agora eu podia enxergar círculos roxos em sua barriga e braços.

O James acabou contigo, penso, sem culpa. A culpa não foi minha se ele e James resolveram bancar as crianças para chamar atenção. Mas agora eu estava preocupada com os dois. Se James deixou Zayn nesse estado, como Zayn deixara o físico de James?

Afasto a imagem do meu melhor amigo sangrando da minha cabeça, e me concentro na feridas abertas no rosto do Malik.

— Eu vou pegar álcool. — Digo e saio da sala, enquanto Zayn roda os olhos e vai em direção ao seu quarto.

— No banheiro. — Ele diz, e eu subo as escadas até o cômodo onde ele estava há pouco.

Vou até seu quarto segundos depois com uma caixinha branca na mão. Eu não me lembrava de seu quarto ser tão grande.

Sento-me ao seu lado na sua enorme cama e abro a caixa.

— Só quero deixar claro que você foi ridículo por ter brigado com ele. — Digo enquanto separo o algodão e o álcool.

— Ele foi ainda mais. Tenho certeza. — Ele diz com um sorriso convencido, e eu fico quieta para evitar qualquer discussão idiota entre nós dois.

Começo a passar o algodão úmido em seu rosto, e ele faz uma pequena careta antes de se acostumar. Era estranho isso, mesmo que ele já estivesse ciente da dor que suportaria.

— Você está acostumado com brigas, não está? — Era minha teoria mais comum. Eu queria que ele dissesse que quase não se mete em encrenca, mas nós dois sabemos que é mentira.

— É bom praticar, de vez em quando. — Fico quieta e continuo passando o algodão, que estava um pouco avermelhado, na sua bochecha.

— Você tem que parar com isso. — Afirmo num sussurro.

— Agora você se preocupa comigo? — Ele pergunta, e eu não consigo decifrar a emoção em sua voz.

— Eu sempre me preocupei. — Digo sem nem perceber.

— Ah, é? — Ele sorri e afasta minha mão do seu rosto.

— Não faz isso de novo. 

— Se ele não me der motivos... — Ele deixa no ar, mas continua sorrindo.

Eu não consigo olhar para ele, para os seus olhos. Porque eu sei que vou me entregar, e ele também sabe disso. 

Numa tentativa de evitar contato visual, eu vejo suas mãos, ainda vermelhas, e pego uma delas.

— Para. — Ele pede.

Em seguida, Malik segura meu rosto, e me força a olhar ele.

— Dorme comigo. — Pede. 

Mas eu balanço a cabeça.

— Por quê?

— Porque não vamos dormir. — Afirmo, e afundo a cabeça no seu pescoço. Ele estava cheiroso. Será que passou alguma colônia antes de sair do banho?

— Você ainda está puta, não está? — Ele pergunta, e eu faço que sim com a cabeça, ainda escondida nele. — Me deixa te ajudar.

Como?

Tiro a cabeça do seu pescoço e ele me puxa para o seu colo.

Zayn... 

— Confia em mim. — Ele diz e entrelaça nossos dedos, conduzindo minhas mãos até seu pescoço. — Você confia em mim?

Franzo o cenho e concordo.

— Bom... — Ele segura minha cintura e me puxa mais para perto. — Você vai esquecer das coisas. Eu prometo.

Seus lábios roçam os meus antes de iniciar um beijo lento, que aos poucos se intensifica. Suas mãos grandes apertam ainda mais meus quadris, me puxando mais para perto, diminuindo o espaço...

Sua blusa estava ficando molhada ao entrar em contato com a pele úmida do dono. Assim como meu corpo.

Seus lábios estavam quentes e macios, e eu senti o gosto do seu sangue quando mordi seu lábio. Eu esqueçi que seu lábio inferior estava sangrando. Mas Zayn não aparentou sentir incômodo algum, então eu continuei no mesmo ritmo, com suas mãos me estimulando a rebolar em seu colo. Eu podia sentir ele desejando por mim, e isso já me relaxou um bocado.

Ele para de me beijar para sugar a pele abaixo da minha clavícula, puxando a blusa para cima e enroscando os dedos na minha calcinha.

Um gemido escapou dos meus lábios e, seguidamente, ele me deitou no colchão macio da sua cama, sem parar de me beijar por um segundo sequer.

— Eu não vou transar com você hoje. — Ele diz, e eu respiro fundo.

Não dava para processar nada enquanto ele me beijasse daquele jeito.

— Seria um grande abuso da minha parte. — Ele diz e para de beijar minha pele.

— Como? — Pergunto ofegante enquanto ele aproxima o rosto do meu.

— Mas eu prometi fazer você esquecer de tudo. Eu cumpro as minhas promessas, Blãe. — Ele beija minha bochecha antes de tirar minha camiseta, exibindo meus seios expostos. — Eu acho que não comentei o quanto você fica linda sem maquiagem... — Beija o espaço entre os meus seios, arrancando um suspiro meu. — O quanto fica linda com a minha blusa... — Beija minha barriga exposta, e eu sinto seus dedos quentes puxarem minha calcinha para os meus pés. — E o quanto fica linda sem nada escondendo o seu corpo de mim. — Puxa minhas pernas para cima, apoiando-as em seus ombros. — Me diz que você é minha, Sophie.

Seu indicador passa por meu clitóris, e eu solto mais outro gemido. Massageia a área e eu agarro os lençóis de cetim.

— Me diz que você é minha. — Ele pede, e beija a parte interna da minha coxa esquerda. Agora, seu dedo me massageava enquanto sua boca se aproximava mais e mais do meu clitóris.

Era uma sensação agoniante, porque eu não sabia quando ele iria começar, nem o que iria começar.

E então, quando eu vou abrir a boca para confirmar o que ele tanto pede, sou surpreendida com seu dedo entrando em mim. 

Arqueio as costas contra a cama a seguro com ainda mais força os lençóis.

Porra... — Arfo enquanto ele beija minha barriga, e o dedo começa a se movimentar dentro de mim.

— Geme meu nome — Ele implora, e esconde o rosto entre as minhas pernas.

Mais uma vez, me pergunto o que ele irá fazer até sentir sua língua quente dentro de mim, movimentando-se em sincronia com o dedo.

Seguro seu cabelo numa tentativa inútil de controlar todo aquele prazer, e logo levo uma das minhas mãos ao meu seio, massageando o mesmo enquanto mordo os lábios.

Zayn penetra outro dedo dentro da minha vagina, e eu não consigo conter outro e mais outro gemido.

Caralho, aquilo era bom. Bom pra cacete!

Sei que estou chegando ao ápice, e Malik tira a língua de dentro de mim apenas para me pedir isso. Obedeço assim que ele penetra novamente sua língua na minha vagina.

Ele tira a boca e os dedos de lá depois de alguns segundos, e o vejo engolir o meu orgasmo antes de beijar meu clitóris e apoiar minhas pernas delicadamente no colchão da cama. Depois, ele senta na minha barriga, ainda com a toalha presa ao corpo.

Zayn curva os lábios somente para um lado e eu gravo aquela imagem: seus olhos brilhando enquanto ele olhava meu corpo, o sorriso travesso e os cabelos muito bagunçados. Caralho.

— Eu cumpri minha promessa? — Ele se agacha e volta a beijar meu pescoço, enquanto suas mãos buscavam as minhas.

Uhum — Deixo minha pele ainda mais exposta para ele, e suas mãos conduzem as minhas a massagear a área dos meus seios.

Sinto ele sorrir contra minha pele, e depois para de me beijar para me encarar de novo.

— O que foi? — Pergunto sorrindo.

— Eu só queria gravar você. Assim.

— Nua, com o cabelo bagunçado e com a cara de quem acabou de ter um orgasmo? — Sugiro prendendo uma risada.

— Você não conseguiria ficar feia nem se quisesse. — Ele sorri e esconde a cabeça no meu pescoço muito possivelmente marcado. 

E eu agradeço imensamente por ele ter feito isso. Eu tenho quase certeza de que fiquei corada.

— Dorme. — Ele diz, e se levanta da cama, mas me cobre.

— Aonde você vai? — Pergunto, e tento disfarçar o desespero que eu senti momentaneamente. Eu não queria ficar sozinha naquele quarto enorme, que aliás, era o dele.

— Eu só vou colocar uma cueca e limpar a sujeira que você me causou. — Ele pisca, e quando olho para a região da toalha onde estaria seu membro, percebo que está bem mais úmida que o restante do tecido.

Puta merda.

— Está bem. — Digo e volto a me deitar.

⋆⋆⋆

Acordo escutando vozes. Pelo escuro do quarto, ainda está de noite. E Zayn não está do meu lado quando vou verificar.

O que devia estar acontecendo lá embaixo? Zayn está bem?

Apresso-me para vestir a blusa cinza de Zayn antes de sair do quarto, andando na ponta dos pés.

Enquanto caminho pelo corredor, as vozes vão ficando mais altas, e sei que Zayn está conversando com um homem. Além disso, as luzes do primeiro andar estão acesas. Todas, aparentemente.

Alcanço a escada, e posso ver Zayn de costas conversando com um homem, definitivamente. Tinha cabelos longos, olhos claros e era bonito e jovem.

— Eu falo com você amanhã, Styles. — Zayn diz passando a mão nos cabelos bagunçados.

— Malik, o Róger está de volta. É melhor reforçar a segurança com as nossas coisas. Você sabe como ele odiava o seu pai.

— Ele não era o único. — A voz de Zayn fica desdenhosa de repente.

E então, o tal de Styles me enxerga no escuro, e lança um sorriso perverso para Malik.

— Eu não sabia que você estava brincando, Malik.


Notas Finais


Ai, não aguentei e coloquei o Harry, aaaaaa

Espero que vocês tenham gostado do capítulo. E outra:

¹ Gente, eu, como uma ótima trouxa, estava jogando Amor Doce esses dias e MANO, SEM CONDIÇÕES, SÓ 10/10 NAQUELA PORRA DO UNIVERSITY LIFE.
Enfim, eu só queria um voto de vocês aqui. Pode ser que eu crie uma fanfic de University Life, trazendo as animações para a realidade, e seguindo toda uma história a partir de determinado episódio. Mas eu não vou deixar isso atrapalhar as atualizações de ILUSÕES, então só publicaria a história quando esta já estivesse na metade ou no final.

O que acham? Comentem sobre, please.


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