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História I'm in love with a criminal - A invasão


Escrita por: MsRoronoa21 e AllBlue_Project

Notas do Autor


Olá meus queridos leitores, como vocês estão?

Devido ao comentário feito na história da versão menor sobre o potencial que está história poderia adquirir sendo mais completa resolvi fazer com a ajuda da @Paskocimas uma versão estendida.
Quero agradecer a @Paskocimas pela capa e o banner que estão maravilhosos.
Espero que gostem.
Beijos da Ms.Roronoa.

Capítulo 1 - A invasão


Fanfic / Fanfiction I'm in love with a criminal - A invasão

O Novo Mundo é de longe o lugar mais fantástico onde a peculiaridade se pode encontrar em todos os quatro cantos do mundo, com um clima quase impossível de prever até mesmo pelos melhores navegadores e ilhas que poderiam ter saído de um sonho divertido. Como ilhas feitas de doces ou até mesmo pesadelos, ou uma ilha metade fogo e metade gelo com dragões, mas dentre todas elas com todos os seus segredos e preciosidades, se destaca uma ilhota conhecida principalmente por suas pedras preciosas.

Devido às suas grandes jazidas e um imperador muito caridoso, o reino vivia com grande bonança e prosperidade. A fome e a tristeza eram algo que nunca se via, as pessoas eram saudáveis e alegres vivendo em suas casas que eram feitas de madeira com cristais incrustados nelas, muita das vezes raras, que quando banhadas pela luz do sol durante o dia, davam a sensação de estarem em um reino mágico.

Dentre todas essas pessoas, havia uma moça chamada Hana, dotada de belos olhos cor de mel e longos cabelos castanhos ondulados, que vivia com seu pai, um homem de cinquenta anos com seus cabelos que começavam a ficar grisalhos sobrepondo os cabelos castanhos. O ferreiro mais talentoso do reino.

Os dois viviam em uma casa diferente das demais, feita apenas de madeira, sem cristais, afastada do centro da cidade. Localizada à beira-mar.

Mesmo tendo uma quantidade considerável de dinheiro devido ao trabalho do pai, eles não haviam cogitado mudar de casa, pois era ali que o espírito de sua mãe ainda vivia, na pequena casinha perto do litoral.

A mãe de Hana havia morrido quando ela tinha apenas dois anos de vida em uma invasão pirata, quatorze anos antes da explosão da Grande Era dos Piratas após a morte de Gold D. Roger e a declaração da existência de seu tesouro deixado, o One Piece.

Hana não conseguia lembrar das feições da mãe, nem seu físico e perfume. Mas havia uma canção que cantava para Hana quando estava viva, da qual nunca conseguiu esquecer, uma melodia doce que fazia seu coração aquecer como se sua mãe ainda estivesse com ela. Os anos que se seguiram foram difíceis para seu pai que precisava cuidar de uma criança, trabalhar e ainda lidar com a perda da esposa.

Quatorze anos depois, as invasões piratas ficaram cada vez mais constantes, devido às preciosidades do reino, fazendo com que a paz que antes reinava, fosse ansiada a cada dia. Ela nunca mais foi totalmente estabelecida, e com os roubos, extorsões, vandalismo praticado pelos invasores, o povo começou a passar por grandes dificuldades mesmo depois de anos.

[4 anos após a morte de Gold Roger]

— Hana, minha filha! Vá até a cidade e compre lenha para a forja, por favor. O dobro do que de costume.

— Claro pai.

Hana pega o dinheiro da latinha de economias da casa e dá um beijo na testa de seu pai.

— Tome cuidado.

— Pode deixar. — Informa saindo pela porta com um grande sorriso.

O caminho até a cidade era um pouco longo e muitas vezes cansativo devido ao clima quente. O sol parecia brilhar mais forte naquela época do ano, principalmente pelos sapatos desgastados que ela estava usando, mas não reclamava em atender o pedido de seu pai, ele estava velho e cansado e mesmo assim continuava com seu trabalho de ferreiro mesmo após a grande queda de pedidos, então ignorava e seguia seu caminho cantando a música de sua mãe.

Os anos estavam sendo cada vez mais difíceis, mesmo juntando o que seu pai estava ganhando e seu trabalho na taverna, era pouco para custear suas vidas, então Hana não ligava para roupas e nem sapatos.

Em sua caminhada passava por casas e paisagens que antes eram exuberantes com suas gramas verdes e brilhantes, casas com esmeraldas, rubis e diamantes incrustados, mas agora só se via pó e entulhos. Muitos haviam se mudado para mais perto do centro, a fim de conseguir melhores condições de vida deixando quase tudo para trás, mas Hana e seu pai não se sujeitaram a isso, a casa onde viviam era o local mais próximo da coisa que ela mais amava, o mar.

Ela nunca pôde conhecer sua mãe direito, mas ela ainda vivia nas histórias que seu pai contava da mulher mais bela e doce que ele já havia conhecido, com seus olhos cor de mel e seus cabelos pretos ondulados. A sua perda havia afetado bastante seu pai por longos anos, chegou momentos em que Hana pensou que também iria perdê-lo, chegando ao ponto de o encontrar quase em coma devido a grande quantidade de álcool ingerido, mas após seu décimo quinto aniversário, seu pai prometeu que iria melhorar e que após todos esses anos percebeu que sua mãe não havia morrido, ela estava com eles em seus corações e principalmente na maior obra que eles haviam feito, Hana.

A partir daquele dia ele realmente mudou completamente e se aproximou cada vez mais dela, a fazendo temer ainda mais o dia de sua perda.

Após longos minutos de caminhada, Hana chega ao centro da cidade, sendo recebida pelo cheiro das barracas de comida e pelos sons da multidão ao longo da feira da rua principal. Apesar dos tempos difíceis todos estavam sorrindo, contentes. Podia-se ouvir ao longe cantorias animadas e divertidas.

Hana amava ir para lá, sempre se via hipnotizada pela atmosfera criada pelas pessoas, os aromas e principalmente os brilhos que as pedras davam com o bater dos raios de sol. Ela nunca enjoava de ver aquilo e podia ficar horas apenas admirando, mas infelizmente tinha que se apressar, pois se demorasse muito chegaria ao anoitecer em casa. Então saindo de seu transe, corre direto para o comerciante de lenhas, um homem de quarenta anos com músculos aparentes devido ao seu trabalho de carregar lenha, e mais alto do que Hana. Apesar de sua aparência, ele era um homem doce que se preocupava bastante com sua esposa e seus dois filhos.

— Boa tarde, Hana. — Ele diz com um sorriso. — Que quantidade vai querer hoje?

— Boa tarde, Ben. Hoje vou querer 8 toras.

— O dobro do habitual! Seu pai está trabalhando em algo grande?

— Acho que sim, ele está muito empenhado. Ouvir dizer que é algo para a realeza, mas ele nunca me conta sobre seus projetos. — diz decepcionada, com um biquinho.

— Hahaha. Não fique assim, é só o jeito dele, você sabe.

— Sim. — acena com a cabeça.

— Aqui está. — falou colocando as toras sobre o balcão de venda. Hoje é por conta da casa, use o dinheiro para comprar algo gostoso para vocês comerem, já que amanhã é seu aniversário.

— S-sério?? Muito obrigada!  — Gesticula dando um sorriso de orelha a orelha. — Você é demais Ben! — diz pegando as toras e colocando nas costas, enquanto se levanta na ponta dos pés para dar um beijo da bochecha do vendedor.

Se despede e sai correndo para comprar algo.

Hana sabia exatamente o que iria comprar, seu doce favorito, bolo de morango, e com o que sobrasse, alguns pães para mais tarde. Ela entra na padaria mais próxima e compra o mais rápido que consegue com a maior felicidade do mundo, doida para chegar em casa e dividir aquilo com seu pai.

Ela sai do estabelecimento com as sacolas nos braços e começa a correr como nunca, as toras haviam até ficado mais leves devido sua grande empolgação, Hana só tinha a oportunidade de comer seu doce preferido no seu aniversário, porque era o melhor período para colheita de morangos. O que mais a alegrava era não precisar gastar o dinheiro de seu pai para comprar o doce, poderia pegar o que economizou e comprar roupas novas para os dois. Esse pensamento a deixava cheia de alegria e mais eufórica.

Alguns minutos depois da grande correria, Hana começa a avistar sua casa de longe com as luzes acesas por conta da escuridão na noite que havia começado a cair.

Chegando mais perto de casa, ela para, recuperando o ar da sua corrida animada, e fecha os olhos por um minuto sentindo a brisa do mar refrescante após um longo dia quente. Quando os abre, já com os pulmões cheios de ar novamente e a pulsação voltando ao normal, nota algo diferente no horizonte, então volta a sua caminhada para percorrer o restante do caminho. Quanto mais perto chegava conseguia ver os traços da sombra mais definidos, até por fim ficar completamente visível, revelando ser um enorme barco ancorado perto de sua casa.

Sua atenção é desviada quando ela ouve um grito vindo de dentro de sua casa e então corre o mais rápido que consegue escancarando a porta. Hana, recuperando do esforço repentino, se depara com três piratas de costas para ela, na frente deles está seu pai caído no chão segurando uma espada que guardava de emergência perto da forja.

Ouvindo sua chegada, os piratas olham para trás e a encaram. Eles eram extremamente grandes, fazendo a casa de Hana parecer minúscula, o mais alto abriu um sorriso quando a viu, provocando nela um arrepio e medo, mas não iria recuar e deixar seu pai para trás. Devido a escuridão ela não conseguia ver suas características físicas e nem seus trajes na casa mal iluminada, mas ela tinha uma certeza, eles eram piratas.

Deixando de lado o medo que a assolava, Hana jogou as toras no homem mais alto e o bolo e os pães nos outros dois, tentando conseguir até a menor distração possível para fugir com seu pai. A uma velocidade que ela nem mesma sabia que era capaz, pegou seu pai caído no chão, colocando seu braço ao redor do seu pescoço, e correu para as portas no fundo da casa. Agarrou a espada que estava na mão de seu pai e lançou a lamparina no chão fazendo o fogo subir rapidamente pelas paredes de madeira, deixando para trás rosnados de raiva e gritos de ira.

— Pai…você está bem? — pergunta, tentando correr o mais rápido que conseguia.

— S-sim, só queimei o braço quando fui tentar pegar a espada. — Ele indica olhando seu braço direito em carne viva.

— Quem são eles? Porque estavam na nossa casa?

— Eu não sei, só entraram falando que o capitão deles me queria para alguma coisa e que iriam me levar eu querendo ou não. — Seu pai explicou, sem ar.

Hana olha para trás para ver se estavam sendo perseguidos, e fica um pouco aliviada em não ter visto nada, mas triste ao ver a sua casa, a casa onde nascera e onde sua querida mãe havia morado e amado tanto, em chamas. Já haviam se distanciado o bastante, ela pensou, poderiam parar em uma das casas abandonadas a frente para seu pai descansar e ela olhar o braço de seu pai braço.

Não muito tempo depois, Hana e seu pai chegaram na área com as casas abandonadas, muitas desabadas, mas viram uma em que a estrutura estava um pouco melhor e entraram. Estava tudo empoeirado, com rachaduras, ratos e um cheiro de mofo e podridão da madeira que fez o estômago de Hana embrulhar, mas ela os afastou quando achou um lugar para seu pai se sentar.

Ela o ajuda a se sentar, e finca a espada na madeira do chão ao seu alcance caso precisasse usar.

— Acho que conseguimos algum tempo. — Ponderou arrancando uma parte da barra do vestido para colocar na queimadura de seu pai, que agora estava sangrando devido às bolhas.

Ela se ajoelha na frente de seu pai pegando seu braço e coloca o pano sobre a ferida com cuidado, talvez se conseguissem chegar na cidade poderiam achar abrigo na casa de alguém e fazer um curativo mais adequado à queimadura, pensou.

Após amarrar o curativo e ver que o sangue havia parado de escorrer, ela desaba ao lado de seu pai que estava recuperando.

— Hana …  você está bem, minha filha? — Pergunta tirando os cabelos bagunçados da testa suada da garota.

— Sim. — Afirma mentindo para si mesma.

Eles haviam perdido tudo, sua casa, suas economias, suas coisas, o lar de sua mãe…

Lágrimas começam a brotar em seus olhos, ela chora de forma descontrolada sendo envolvida por soluços.

— Hana. — Seu pai chama sua atenção.

Ela levanta o rosto, diminuindo os soluços e olha para seu pai que está com a expressão serena e com um leve sorriso no rosto, mostrando as marcas de idade.

— Nós não perdemos tudo. — Fala colocando as mãos nas bochechas de Hana em forma de concha, limpando suas lágrimas com o dedão.

Seu pai tinha esse super poder, como ela gostava de chamar, de sempre parecer notar o que ela estava pensando e saber o que dizer.

— Nós temos um ao outro e  tenho certeza que sua mãe está bem aqui. — Explica colocando o dedo sobre o coração de Hana que bate rapidamente. — Para mim já é mais do que o suficiente, não acha? — Pergunta dando um sorriso calmo.

Hana se joga sobre ele e o abraça forte, não saberia o que fazer sem seu pai, ela afunda seu rosto em seu peito.

— Ei calma, calma, eu já estou velho, assim você me mata. — Brinca colocando a mão sobre a cabeça de Hana, passando lentamente para acalmá-la, como ele fazia muitas vezes quando ela chorava. — Agora temos que ir, tudo bem?

Hana balança a cabeça em concordância e sai dos braços de seu pai limpando as lágrimas em seu rosto. Se levanta o ajudando a fazer o mesmo, pega a espada que estava ao seu lado se direcionando para saída quando uma sombra aparece em sua frente.

— Conseguimos te achar.

Hana se põe na frente de seu pai e ergue a espada em direção a sombra, mas então mais duas sombras aparecem ao seu redor, os cercando.

— Você não vai conseguir escapar desta vez, garotinha.

A “coisa”, se aproxima colocando o dedo sobre sua espada. Com a luz do luar Hana agora pode ver suas feições. Ele possui marcas vermelhas no rosto, que vai do cabelo ao queixo, uma boca grande estampada em um sorriso maligno. Sua blusa tem um tom bege, a capa e calça são vermelhas com detalhes em dourado, e o chapéu estranho tem um formato de uma flor na parte traseira.

A espada na mão de Hana de repente fica mole como gelatina. A garota se assusta, jogando no chão, andando para trás. Ela nunca havia visto nada parecido, o que havia acontecido?

— H-Hana. — Seu pai a chama.

Saindo de seus devaneios e do susto, ela olha para trás e vê um deles. Ele tinha o formato do corpo estranho, com um capacete e armadura dourada. Segurava seu pai, sua mão era tão grande que cobria quase o corpo todo.

— Pai! — Grita desesperada.

— Não há mais nada que você possa fazer, apenas se entregue. — Exigiu o de roupas vermelhas.

— Doffy o quer para fazer os projetos dos modelos das armas. Elas serão feitas nas fábricas construídas ao redor de suas minas. Então infelizmente não podemos matá-lo, mas você por outro lado... — diz a última parte com uma risada estranha.

Este último trajava roupas azuladas, usava óculos e seu corpo parecia mole e estranho, Hana pensou.

Ele começa avançar na direção de Hana, quando seu pai grita.

— Parem, eu… Eu faço o que querem, apenas deixem minha filha em paz. — Implorou com lágrimas nos olhos.

— Não, pai. — Suas lágrimas ameaçavam cair novamente.

O homem que ameaçava, pareceu pensar por um tempo, e então respondeu:

— Tudo bem. Doffy deve criar planos para você quando chegarmos ao castelo. — Falou mais uma vez com sua risada estranha.

— Vocês não vão conseguir ganhar, o rei e seus guardas vão os impedir. — Hana grita quando o homem de vermelho a acorrenta.

Os três começam a rir e Hana fica sem entender qual era a graça, mas então o homem de azul diz:

— Tenho certeza que sua majestade — ele diz de forma debochada —, e seus soldados já foram eliminados enquanto nós alcançamos você. Então, suas esperanças são inúteis.

Hana entra em choque após ouvi-lo e seus joelhos cederam a fazendo cair no chão, ela não podia acreditar que aquilo poderia estar acontecendo, seu reino havia sido tomado por piratas, sua casa destruída, seu pai raptado e as suas esperanças, suas meras esperanças de que aquele pesadelo pudesse acabar, estavam se extinguindo.



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