Seu amor por Hirai Momo, era algo que nem você entendia como surgiu, ou a partir de que momento ele se tornou tão grande, só sabia que quando ela sorria para ti, seu coração fazia quase uma revolução no seu peito. Apenas o olhar para ela era uma grande alegria, que te fazia sorrir instantaneamente, às vezes te fazendo se perder em suas palavras e voltava para o mundo com as risadas dela, que te balançava e chamava de desatenta, quando, na verdade, sua atenção era totalmente dela.
A cada dia, aquele sentimento ficava maior e mais intenso dentro de você. Fazia-te acreditar que algum dia, seu coração simplesmente explodiria por aquela garota.
Momo era sua melhor amiga desde o jardim de infância, sua protetora, por ser mais velha, seu grande amor desde o início da adolescência. No início não sabia que podia amar outra garota da forma que a amava, mas agora, quase oito anos depois, não conhecia como viver sem esse amor. Talvez por isso, nunca tenha tido coragem de falar com ela sobre o tema.
Hirai já havia tido dois namorados desde que entrou na adolescência, nenhum dos dois deu certo, já você por ama-la tanto, nunca conseguiu se relacionar com ninguém. Você era cercada de amigos queridos, mas nenhum era tão próximo quanto Momo, talvez porquê os que tentavam, sempre acabavam se decepcionando contigo, por sempre fazer tudo por ela.
Hoje vocês faziam a mesma faculdade, curso e sendo colegas de sala.
A escolha de qual curso vocês fariam, foi em conjunto. Tinham o mesmo sonho de serem arquitetas, então por muito tempo, vocês estudaram juntos para passarem na melhor faculdade de Seul. Acabaram tendo êxito e suas famílias estavam orgulhosas de vocês.
Isso também acabou significando que iriam morar juntas. O que não foi um problema muito grande, exceto o fato que ver Momo andando em roupas pequenas pela casa, te fazia ter surtos internos e sentir calores anormais pelo corpo, que nunca havia sentido antes na vida.
– S/N, acorda. – Momo estalava os dedos na frente dos seus olhos e você volta ao que faziam antes, estavam estudando para uma prova de cálculo importante, que aconteceria em poucos dias. – Está tão distraída hoje. O que te acontecido?
– Não é nada, vamos voltar a estudar. – Diz sorrindo para ela que retribui, mas você não consegue voltar a estudar, porque a beleza de Momo estava completamente te distraindo.
Ela tinha a cabeça abaixada, enquanto murmurava expressões matemáticas, completamente concentrada. Estava tão bonita, que desviar o olhar era impossível, naqueles momentos tinha certeza, mais que absoluta, que a amava e seu coração acelerado confirmava aquilo.

– S/N. – Ela diz levantando a cabeça e rindo. – Você realmente não consegue se concentrar, mas penso que já estamos aqui há muito tempo, que tal assistirmos um filme?
– Ok, você escolhe o filme e faço a pipoca. – Diz sorrindo para ela e indo para a cozinha.
Quando chega à sala com o balde de pipoca, quase tem um troço quando vê que Momo escolheu o filme azul é a cor mais quente. Já havia assistido ele, sabia que o desconforto que sentiria, seria maior que o King Kong.
Você sentou no sofá e Momo se aconchegou, quase no seu colo. Era algo natural, mas daquela vez, tinha algo de diferente, com aquilo. Não sabia se era só o filme, ou a proximidade excessiva, mas tudo te fazia ficar mais quente que o normal.
– Sabe S/N. Tenho algumas curiosidades, sei que nunca ficou com um homem, mas já experimentou com uma garota? – Ela te pergunta sussurrando, também estava envergonhada.
– Nunca fiquei com ninguém e você sabe disso. – Fala no mesmo tom que ela, não sabia onde aquela conversa ia parar, mas seu coração estava tão acelerado que pensou que era hoje que ele explodiria.
– Posso te pedir algo, como amiga. – Ela diz ficando bem próxima a ti.
– Claro. – Seu tom era quase uma respiração naquele momento.
– Me ajuda com essa curiosidade? Me beija. – Ela olha nos seus olhos, mas não esperou a sua resposta e te beijou.
Estava ali, o que sempre pensou que aconteceria. Seu coração explodiu em cores, nunca se sentiu tão bem em toda sua vida. O beijo era lento e intenso, suas bocas descobrindo algo completamente novo. Logo as mãos também tinham necessidade de se tocarem. Só beijar não era mais suficiente e os corpos assumiam a necessidade gritante, que existia há anos.
No fim, aquela curiosidade foi repetida por bastante tempo. Até perceberem que a única coisa curiosa em tudo aquilo, era por que nunca tentaram ficar juntas antes, por que nunca perceberam que se amavam e que seus corações sempre gritaram um pelo outro.
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