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História Improvável, o fio vermelho - Probabilidades


Escrita por: Eileenqueen e FTU

Capítulo 11 - Probabilidades


Fanfic / Fanfiction Improvável, o fio vermelho - Probabilidades

Lisanna Strauss

Sinceramente, Mirajane acha que sou idiota? É claro que está óbvio que ela falou para os médicos me enrolarem aqui. Olho para a cardiologista, que explica que tipos de exames vou ter que fazer para descartar qualquer possibilidade de um ataque cardíaco.

— Doutora Mag, com todo o respeito, eu não estou tendo um infarto! Eu tenho dezesseis anos. — Reviro os olhos.

— Ataques cardíacos na sua idade podem ser fatais — explica com calma.

Vou acabar tendo um ataque só dá raiva que estou passando aqui. Eu tenho que voltar a treinar!

"Você não passa de uma maga abençoada pelos dons familiares."

Suspiro, ela tem razão, eu sou abençoada por dons familiares e não sei usá-los. Preciso dominá-los ou irei matar as tradições da minha família. Saio dos meus pensamentos com a doutora caindo no chão.

— Doutora Mag! — Levanto indo até ela.

Recordando das minhas aulas com Grandeeney, coloco dois dedos no pescoço da mulher para sentir a pulsação dela, e não a sinto. Aperto o botão ao lado da cama indicando um código azul e começo a fazer massagem cardíaca no peito da mulher, faço exatamente como aprendi com a Grandeeney. Para quem estava falando que eu poderia ter um ataque cardíaco é bem irônico ela ter um. Escuto a gritaria no corredor. Olho para a porta vendo a Lucy e um bando de enfermeiras assustadas.

— Alguém aí quer ajudar essa mulher? Ou vão deixá-la morrer? — pergunto ainda fazendo a massagem.

As enfermeiras saem do susto ao verem a paciente cuidando da médica e começam a se movimentar. Lucy dá espaço para elas, mas fica olhando atentamente para tudo que está acontecendo.

— Precisamos do desfibrilador! — ordena uma médica.

— Foram buscar o do andar de cima, o nosso está com defeito — informa uma das enfermeiras.

Mas que tipo de hospital não tem um carrinho de ressuscitação preparado?

Não entendo de negligência médica, mas essa parece ser uma bem grave.

— Essa mulher não pode esperar tanto tempo! — fala a médica verificando a pulsação constantemente.

Eu continuo a fazer as compressões cardíacas sem parar, mantendo o ritmo, mas meus braços já doem, principalmente o direito que está ferido devido ao meu intenso treinamento durante o final de semana. Olho para Lucy, ela puxa os dedos como se quisesse arrancá-los, mas olhar para suas mãos me fazem lembrar daquela sexta-feira, quando a encontrei na sala de música. O shiden é eletricidade, se eu conseguir usar os raios dele para dar um descarga elétrica no coração dela… Funcionaria como um desfibrilador, mas se eu errar… Farei um buraco no peito dela. Vale a pena o risco? Mordo meus lábios e olho para a médica ao meu lado.

— Afasta, eu vou desfibrilar ela — falo para a mulher que franze as sobrancelhas.

— Como? — pergunta confusa.

— Com o shiden… Se você errar vai matá-la! Isso é uma magia para ataque! — Lucy dispara a falar, ela parece preocupada.

Concentro os raios no braço direito, fazendo um grande círculo de raios em volta de mim, a mulher se afasta e eu deixo a descarga fluir do meu corpo para o coração da médica inconsciente, no mesmo instante ela abre os olhos.

— Funcionou! Agora deixe com a gente!

Afasto-me deixando que tomem os devidos cuidados. Olho para a loira, que parece aliviada. E agora que posso finalmente pensar com calma, me pergunto o que ela está fazendo aqui. Me aproximo dela.

— Não a matou… Se não quisesse a carreira mágica poderia ser uma médica, você não tremeu em momento algum, manteve a cabeça no lugar, isso é um dom! — fala observando as enfermeiras colocando a mulher na maca.

— Quem disse que eu quero a carreira mágica?  — falo a fazendo me encarar surpresa, e não a julgo por isso, todos pensam a mesma coisa de mim, mas a verdade é que nunca pensei muito sobre o futuro — Por enquanto não pensei o que farei no futuro, apenas estou vivendo um dia de cada vez, e nos dias atuais, o meu objetivo é dominar as técnicas do meu clã — explico encarando-a.

A verdade é que as coisas que ela disse naquele dia me machucaram. Ela me vê como todos os outros. Apenas meus amigos sabem como eu me esforço para ser boa... Não é como se eu tivesse nascido sabendo fazer tudo ou como se conseguisse tudo de primeira. Longe disso, eu treino duro demais! Eu dou meu sangue e suor, porque sou a única que pode fazer isso, é minha obrigação manter o legado da minha família!

— Por isso se esforça tanto. — ela toca com cautela no meu braço direito que está enfaixado — Desculpa, eu não deveria ter te julgado daquela forma… — os olhos castanhos se encontram com os meus e os dela estão marejados.

Sinto meu coração falhar uma batida e se apertando como se estivesse sendo esmagado pelas lágrimas que enchem os olhos dela. Coloco minha mão sobre a dela em meu braço.

— Não se preocupe com isso, eu estou bem, você só me deu motivação para treinar, isso não é ruim, né? — falo dando um sorriso sem graça.

Essa é uma meia verdade, as palavras dela me machucaram e eu usei essa dor como motivação para treinar, mas não posso dizer toda a verdade para ela, afinal, não quero vê-la chorando.

— Hãm… não sei, Mirajane está brava — fala com um sorriso nervoso — Acho que se ela descobrir que fui eu… Ela me mata!

— Provavelmente, então, esse fica sendo um segredo nosso. — dou um sorriso.

Ela afirma olhando em meus olhos. A loira passa a mão no meu cabelo o ajeitando e levemente um sorriso aparece em seus lábios. Tombo um pouco a cabeça achando estranha a atitude dela, mas decido ignorar isso. Ela dá um passo para trás e pega na mochila seu caderno.

— Vim trazer as anotações e vi que suas notas em inglês são péssimas! Se quiser eu posso te ajudar com isso.

Mudo o peso de um pé para o outro. Levy sempre me ajuda com essas coisas, mas ela anda ocupada com as aulas da Eileen-sensei, ela é péssima em encantamentos e nossa professora é muito exigente! Eu estava pensando em pedir ajuda para a Mira-nee, mas ela também está ocupada, tanto com a academia, quanto com o conselho estudantil. Porém, pode ser uma boa ideia ter a ajuda da Lucy?

Eu mal conheço ela, e não gosto de deixar pessoas estranhas entrando na minha vida assim... Porém, sinto que posso confiar nela, e tem aquela sensação de que a fiz esperar por tempo demais, isso ainda embriaga meu coração toda  vez que a vejo.

— Tudo bem — falo por fim — Mas porque quer me ajudar?

— Será meu jeito de pedir desculpas e eu estou com tempo livre — explica de forma breve —  Marcamos depois que você sair do hospital — fala me encarando e se vira para sair — Ah, sua namoradinha, Yukino, tá na recepção, não deixaram ela entrar. — Ela me olha por cima do ombro.

— Ela não é minha namorada, e prefiro que ela não entre, ela sempre me deixa desconfortável — explico cruzando os braços.

— Hum… entendi. — Ela dá um leve aceno — Até logo, Lisanna — falou saindo do quarto.

Jogo-me na cama, passo a mão delicadamente pelo meu braço direito, parando justamente onde Lucy havia colocado sua mão, vê-la partir novamente fez eu sentir um vazio em mim. Lucy Heartfilia quem você é?    


Notas Finais


Agradecimentos:
Projeto: @FairyTail_verse
Beta: @TataGabiih
Capista: @AicitelSevla
LC: @sugarrymind

continua????????


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