1. Spirit Fanfics >
  2. In good and bad moments >
  3. Capítulo vinte e três

História In good and bad moments - Capítulo vinte e três


Escrita por: jeonsix

Capítulo 24 - Capítulo vinte e três


Hinata tinha acabado de entrar no prédio quando viu Atsumu no parquinho. O loiro está junto das vizinhas deles, correndo atrás de uma menina. Hinata para onde está por um segundo, pensando se deve ir até lá.

Antes que chegue a uma conclusão, Atsumu lhe vê ali. Ele acena com um sorriso no rosto, diz algo para as duas mulheres e depois corre na direção de Hinata.

— Hey — comprimenta, se aproximando. — eu passei no seu apartamento mais cedo e não te encontrei lá.

— Eu estava no médico — Hinata responde.

— Tá tudo bem?

— Sim, foi só uma consulta de rotina que eu decidi parar de adiar agora que estou desempregado — sorri. — acho que você conseguiu resolver aquele problema.

— Consegui sim. Deixa que eu te ajudo com essas sacolas.

Hinata começa a dizer não, mas Atsumu não lhe dá ouvidos. Ele pega as sacolas das suas mãos e se dirige até o prédio, os dois atravessam o saguão e dão a sorte do elevador já estar ali.

Da última vez que se viram, suados e quentes pelo que tinham acabado de fazer, Atsumu acabou tendo que ir embora rápido por conta de algum problema com o irmão mais novo. Isso foi há dois dias e Hinata não teve notícias dele desde então.

Um misto de sentimentos o preencheu naquele meio tempo: preocupação, tristeza e uma sensação de abandono da qual ele se envergonha muito. Ele não queria, mas acabou se lembrando de quando Kageyama lhe deixava sozinho por dias e depois voltava como se nada tivesse acontecido. 

São situações diferentes, mas que fazem Hinata se sentir do mesmo jeito. Ele se sente uma droga por isso.

Yachi o ajudou a lidar com tais sentimentos, a loira foi embora algumas horas atrás para lidar com problemas na delegacia, aparentemente o delegado Terushuma tinha sido assassinado.

— Tenho uma boa notícia para você — Atsumu diz enquanto ajuda Hinata a guardar as compras. — Já resolvi meus problemas com meus inimigos, então você pode voltar para o seu apartamento.

— Sério? — os olhos de Hinata brilham. 

— Sim — assente. — você parece bem feliz, não gostou desse apartamento?

— Gostei, mas todas essas coisas caras não são para mim. Eu me sinto um sangue suga usufruindo desse seu apartamento — Torce o nariz. — mas amei a geladeira com água na porta. — Pega um copo de vidro no armário e o coloca no dispenser de água.

— Você pode levar ela pra casa se quiser.

— Definitivamente não! — Hinata nega após beber água. — Pare de me oferecer presentes!

— Mas é inevitável — Atsumu faz bico.

— Aprenda a evitar!

Atsumu ri. Ele dá a volta na bancada da cozinha e para ao lado de Hinata, ainda com um sorriso no rosto.

— Eu posso te oferecer um convite ou você vai recusar também?

— Depende do convite.

— Eu vou dar uma festa na boate hoje, um negócio só para os mais chegados. Tá afim?

— Por que você tá me convidando se é só para os chegados?

— Por que eu tô dando em cima de você, Hinata! — Atsumu responde, como se fosse óbvio. — eu quero beber contigo, dançar e depois vir pra cá fazer uma baguncinha. — conta sorrindo.

"Então é isso que as pessoas fazem quando gostam de alguém" Hinata pensa consigo mesmo. Ele não consegue deixar de sorrir.

— Posso levar a Yachi? — pede. 

— É claro — dá de ombros. — A festa começa às 20h, eu passo aqui para te buscar.

— Certo.

Eles ficam parados em silêncio, Atsumu está com as costas apoiadas na bancada e Hinata debruçado sobre ela. O ruivo olha para Atsumu sem saber exatamente o que quer fazer, mas ele sabe que quer fazer algo.

— São 16h ainda — Hinata divaga, olhando o relógio na parede. — A gente podia fazer alguma coisa até às 20h.

Atsumu observa Hinata se aproximar, ele se afasta da bancada e tenta tocar Atsumu. Quando o loiro percebe isso, ele desvia rápido.

Foi uma reação automática, quase como se sua pele repelisse qualquer toque. A confusão e a tristeza na face de Shouyou foram evidentes.

— Desculpa! — Atsumu pede, percebendo o que fez. — eu não queria… não foi… você não-

— Tá tudo bem, Atsumu — Hinata abaixa as mãos. 

— Não, não tá tudo bem — Atsumu suspira. — eu tinha vencido essa merda há anos, não lembro quando foi a última vez que eu impedi alguém de encostar em mim! — cobre o rosto, voltando a se apoiar na bancada. — me desculpa.

— Não precisa se desculpar, eu entendo — Hinata diz. — você não me deixa te tocar e eu acho que não mereço seu amor. Estamos no mesmo barco.

— Um barco lamentável.

— Um barco onde estamos por culpa de outras pessoas — Hinata acrescenta. — Não estamos aqui porque queremos.

— Você parece um psicólogo falando assim.

— Talvez eu vire uma agora que estou desempregado — Shouyou considera.

— Sério?

— Não — ri negando com a cabeça. — Meu negócio é ser policial, nada além disso — sorri, olhando para Atsumu.

O loiro retribui o sorriso. Hinata fica mil vezes mais bonito quando fala das coisas que gosta.

— Você quer ver um filme? — ele oferece. — Eu fico no meu canto e você no seu.

— Parece uma boa — Atsumu aceita. — posso escolher?

— É claro — Hinata responde, se afastando da bancada.

Os dois deixam a cozinha, indo para a sala de estar.

[...]

A boate está mais vazia do que o normal, mas com a mesma animação de sempre. Garçons desfilam de um lado para o outro com bandejas nas mãos e pessoas preenchem a pista de dança, fazendo passos desajeitados porém no ritmo da música. 

A festa acabou de começar, Atsumu e Hinata chegaram juntos, porém o loiro se afastou por um momento para brindar com os amigos. Hinata ficou no bar com Yachi enquanto os mais velhos bebiam e falavam sobre algo.

— Tudo bem entre vocês? — Yachi indaga ao lado dele, se movendo no ritmo da música. A festa vai ser um open bar e a loira já está usufruindo disso.

— Sim, na medida do possível.

— Isso é bom?

— É o que a gente consegue fazer por enquanto — olha para o loiro, ele está rindo de algo. — Quem foi que inventou os traumas? Essa é a coisa mais desnecessária do mundo!

Assim que Hinata para de reclamar, uma taça é colocada na sua frente, sobre o balcão do bar. Faz tempo que ele não vai ali, mas ainda não esqueceu da aparência do drink Criminal.

— O Atsumu mandou isso para você — o barman diz, empurrando o drink para Hinata.

— Obrigado — Hinata agradece, foi assim que a história deles começou, isso se ele desconsiderar aquele sequestro estranho. — você pode-

A voz de Hinata morre na garganta quando observa o rosto do barman. É ele. Sakusa Kiyomi. O ex namorado de Atsumu. A última vítima de Kageyama.

— Obrigado, Omi — a voz de Atsumu tira Hinata se seus devaneios. Hinata iria pedir para Sakusa fazer um Criminal para Atsumu também, mas o loiro já está com um na mão.

— De nada — Sakusa diz antes de se afastar, os olhos dele param em alguém na multidão e ele sorri por baixo da máscara, indo na direção da pessoa.

Hinata o acompanha com os olhos. Sakusa sai do bar e vai para a pista de dança, onde abraça um homem. Os olhos de Hinata se arregalam quando ele vê que o homem é Ushijima Wakatoshi, seu ex-colega de trabalho.

— Hinata, eu vou no banheiro — Yachi avisa, ela coloca o próprio celular no bolso de Hinata antes de sair.

— Ei — Atsumu lhe chama. — você não colocou ele nesse barco.

— O que? — Hinata franze o cenho.

— Você disse isso hoje de tarde, sobre nós estarmos em um barco onde não entramos por vontade própria — o loiro explica. — não foi você que colocou o Sakusa no barco dele. 

— Como você sabia que eu estava pensando nisso?

— Você finge mal, seus olhos transparecem tudo o que você sente — o Miya dá de ombros. Um garçom passa por eles carregando uma bandeja com petiscos e Atsumu a pega, sorrindo para o garçom. — come isso aqui, tá uma delícia.

Hinata aceita e enfia um dos petiscos na boca, aquilo é realmente delicioso e fica melhor ainda acompanhado pelo drink de maracujá. 

— Atsumu — Hinata chama em um tom intrigado, apontando na direção de duas mulheres. — aquela ali dançando com a minha vizinha é a prefeita?

— É — Atsumu ri, olhando naquela direção. Kenma e Akaashi estão dançando juntas, a primeira vestindo um vestido vermelho e a segunda, um vestido preto. — ela é minha sócia — sussurra, como se fosse um segredo, e realmente é.

— Meu deus — murmura, surpreso. — todos aqui são seus parceiros do crime?

— Exatamente. Todos, menos você — segura o queixo de Hinata e beija a boca dele. — você é o meu parceiro de filmes românticos.

— Ainda não acredito que você me fez assistir 10 coisas que eu odeio em você — Hinata comenta, se referindo ao filme que viram naquela tarde.

— E vou te fazer ver High School Musical da próxima vez — cantarola, se afastando do rosto do ruivo para beber os últimos goles do drink em sua mão.

Uma pessoa chama Atsumu e o loiro se afasta, dizendo para Hinata que volta logo. Enquanto ele sai, Yachi volta.

— Meu casal é tão lindo — ela debocha. 

— Yachi — Hinata se vira para a melhor amiga. — Você sabe chupar uma boceta?

— É claro que sei, sei chupar tudo o que dá pra por na boca — ela responde, pegando alguns petiscos da bandeja sobre o balcão. — Quer um tutorial?

— Sim.

Yachi para de mastigar e olha para Hinata com o cenho franzido, o que faz ele corar. O ruivo tenta consertar a situação:

— É que eu não tenho a mínima ideia de como se faz isso, no momento o Atsumu não parece pronto pra deixar eu tocar ele, mas se um dia estiver pronto eu quero fazer ele se sentir bem, sabe? — explica, envergonhado. — meu Deus, que vergonha! — exclama quando Yachi começa a rir.

— Tá tudo bem, Shou, eu vou te ensinar a teoria, mas você só vai aprender mesmo quando for praticar, okay? — Hitoka diz, segurando o riso.

— Okay!

— Vem cá, preciso retocar a maquiagem e minha necessaire ficou no meu carro — Yachi chama, começando a se afastar do bar. 

Hinata termina seu drink antes de seguir a loira, ele avista Atsumu no meio do caminho e sinaliza para ele, mostrando que vai dar uma saída.

Enquanto Hinata não volta, Atsumu conversa com Osamu, que não está se divertindo.

— Tá pensando naquilo ainda? — Atsumu suspira ao ver o irmão quieto. Osamu não responde, ele nem precisa.

Assim que as coisas com Katsu se resolveram, Atsumu correu de volta para o irmão. Eles se abraçaram, se certificaram de que estavam bem e depois Osamu disse um nome: Rintarou. Segundo o gêmeo mais novo, o garçom por quem ele tinha se apaixonado era na verdade um Suna que estava fugindo da família.

Ouvir aquela história não agradou Atsumu nenhum pouco, pensar em alguém com o sobrenome Suna vivo lhe deixava enjoado, mas ele fez um esforço pelo irmão. Osamu disse que Rintarou era o único filho do antigo chefe Suna com a esposa dele, Atsumu já tinha o poupado uma vez e iria fazer isso de novo pelo irmão.

Rintarou nasceu em berço de ouro, porém em uma família que não iria se esforçar para lhe entender e com um pai que não o via como homem. Ele era uma versão mais rica de Atsumu e Osamu.

O Miya mandou pessoas procurarem por Rintarou, mas até agora nada. Essa demora está deixando Osamu inquieto.

— Nós vamos encontra-lo, não importa onde o Katsu tenha escondido ele — Atsumu promete, abraçando os ombros do irmão e beijando a testa dele.

Osamu assente. As luzes da boate mudam de cor, ficando vermelhas. Isso quer dizer que uma apresentação de pole dance está prestes a começar.

As pessoas se reúnem em volta do palco circular onde a barra está posicionada. Uma música de suspense começa a tocar e um homem entra no palco, desfilando até a ponta. Ele sorri para todos, especialmente para sua esposa.

— GOSTOSO! — Kenma grita na platéia, aplaudindo o marido.

Kuroo manda um beijo para ela, antes de tirar uma venda de seda de algum lugar, provavelmente de um bolso escondido em seu shorts muito apertado. Ele amarra a venda atrás da cabeça enquanto Crazy in love começa a tocar. 

Todos estão assistindo a performance com olhos atentos, em certos momentos a plateia vai ao delírio e em outros todos ficam impressionados com os movimentos de Kuroo. Notas de dinheiro caem no palco ao redor da barra, sendo pisadas pelo salto alto de Kuroo.

— É impressionante — uma voz comenta atrás de Atsumu, ele vira o rosto para o lado e vê que é Kita. 

— Realmente.

— Você costumava fazer pole dance uns anos atrás, se lembra? 

Atsumu franze o cenho, sem entender porque Kita está falando daquilo. Ele assente mesmo assim.

— Você estava fazendo uma performance naquele dia — Shinsuke continua falando. — tinha dinheiro voando para todo lado enquanto as pessoas enchiam a barriga com a comida que você envenenou.

— Por que nós estamos lembrando disso? — o Miya questiona.

A performance chega ao fim, Kuroo está de joelhos no chão e retirando a venda. Ele sorri enquanto ofega e pega algumas das notas ao seu redor. Kenma se aproxima do palco, dizendo algo que Atsumu não consegue ouvir e puxando o elástico do shorts do marido para colocar dinheiro ali dentro.

— Acho que é uma situação semelhante — Kita volta a falar quando as pessoas param de gritar e bater palmas. — Agora nós temos uma grande quantidade de criminosos juntos, um show de pole dance e comida envenenada para todos os lados.

— O quê? — Atsumu se vira para trás, observando o sorriso cínico de Kita.

— Eu vi que você adorou os petiscos, assim como todos aqui — ele continua falando. — acho que vocês todos tem apenas alguns minutos antes de começar a fazer efeito. — sorri. — não se preocupe, eu e o Aran vamos cuidar de Takahoma depois que você morrer!


Notas Finais


Esse cap é tão 🥰😍🥰😍 mas o final é tão 😨😰😨😰😨

Será esse o último dia de vida da nossa querida máfia do alfabeto? Os atsuhina vão poder ver high school musical? Kenma e Kuroo vão fazer safadeza depois dessa performance?

Saberemos sexta, no globo repórter (mentira)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...