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História In real life - Sprousehart EM HIATUS e REVISÃO - Capítulo 15


Escrita por: AvaHell

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 16 - Capítulo 15


Fanfic / Fanfiction In real life - Sprousehart EM HIATUS e REVISÃO - Capítulo 15

POV: Lili Reinhart

Conforme ia lendo a correspondência, sentia minhas mãos suando, não que fosse algo ruim, muito pelo contrário, era com certeza a chance da minha vida. Camila estava em êxtase ao meu lado, a cada palavra ela apertava mais forte o meu braço.

Não me lembrava da última vez em que chequei a caixa de correio na frente de casa, possivelmente no dia em que um chuva forte a entortou um pouco para a direita. Eu podia jurar que ela só estava lá para dizer que ao menos temos uma. Uma decoração de jardim. Até porque hoje em dia recebemos emails, o que posso dizer abertamente que facilitou muito nossas vidas. Assim que avisaram que parecia importante e necessário a checagem, voltei de lá quase desmaiando ao ver o nome do remetente.

“[...] Por tanto, é com entusiasmo que pedimos o comparecimento de um representante ou — melhor ainda. — a equipe toda da Reedes R’art no nosso grande evento. Onde muitos dos nossos parceiros e amigos próximos se reunirão.

A National Company of Business Entertainment é a nossa última fase do evento. Mostrem sua chama e seu valor, brilhem e arrasem em seus melhores saltos com sua melhor maquiagem. A passarela está livre esperando para ver quem vai ser a nova empresa de sucesso no mundo da moda!

(Mais informações: Hotel The Ritz-Carlton, Chicago. 4° andar)

                                                     Condessa VonJenner                                                                Representante da diretoria”

 

Certo. Uma onda de adrenalina acaba de tomar conta do meu corpo, temos que estar em Chicago em...

— Menos de 24 horas! — Crystal diz com pavor na voz no outro lado de Camila.

— Eles são loucos? Como é que conseguiremos um vôo em tão pouco tempo para Chicago? — Pergunto.

Em um gesto sorrateiro, Camila saiu rapidamente de nosso meio e já está no telefone dando instruções confusas para quem quer que seja no outro lado da linha. Franzo o cenho na direção dela e aguço minha audição para tentar ouvir o que ela está dizendo e até com que pode estar conversando.

— Qual o melhor horário que temos?... Ás 16h00min? Ótimo... Coloque na conta da empresa, vou falar com Tanner... Não, ela disse que é sempre assim quando Justyn está junto! — começou a rir. — Eu absolutamente não conseguiria!... — arregalou os olhos e continuou rindo. Isso é tão Camila... — Certo... Conto com vocês, já estamos fazendo nossas malas... Até mais Paige, dê um beijo nas meninas por mim... Sim, boa sorte, tchaau.

Assim que desligou, levou seu olhar até mim e Crys que também a encarava com curiosidade.

Camila sorriu inocente e soltou:

— Nós partimos ás 16 horas, é bom começarmos a fazer as malas.

— Como? — pergunto.

— Já consegui o jatinho, Lili. O que é tão difícil de entender?

Levo meus dedos as minhas têmporas e ali as massageio.

Camila só pode ter enlouquecido.

— Mas isso não é contra as regras? — Crystal pergunta.

— É. E Camila sabe muito bem disso, quem vai pagar?

— A RR, quem mais?

Bufo uma risada.

— Na última reunião você confirmou que é uma péssima ideia.

Ela se aproxima.

— Confirmei?

— Sim. Você disse “Ah, que seja” quando dei a ideia.

Ela olha para Crys e para mim, não exatamente nessa ordem

— “Ah, que seja” não é um não, mas também não é um sim. — dá de ombros.

— Para mim aquilo parecia muito um sim.

— Mas não era, era apenas um “Ah, que seja”.

Reviro os olhos.

— Camila, isso vai enlouquecer Lamont... — Crystal alertou.

— Vocês estão o quê? Com medo do Louzinho?

Ótimo, agora chamar o cara de “Louzinho” já é demais. Desde o Met não tive mais tanto contato com ele, graças a Deus. Lamont era com certeza uma visita não desejada. A começar pelos seus ternos perfeitamente ajustados, com uma camisa de cores extravagantes demais por baixo, que por claro sinal combinavam com os cadarços e os lencinhos que ele sempre usara. Seus cabelos rasos notoriamente tingidos uma ou duas vezes por mês de loiro-platinado que estranhamente combinam com sua barba sempre bem feita. Era intimidador, só não tanto quanto desagradável.

Apenas uma aparência, porque é sempre assim que ele vive, não é? De aparecias.

Eu com certeza não posso me esquecer disso. Ao revisar a lista de mais cotados como acompanhantes em viagens imediatas o primeiro nome é sempre o dele. Lamont é de fato muito importante para a empresa, eliminou Kassie, Blake, a sra. Busby e até mesmo Kat e Jens da lista. Por mais ordinário e mal-caráter que ele costumava ser, era uma boa arma em negociações e em planejamentos socioeconômicos. Por tanto tempo pensei em simplesmente despejá-lo, contive-me com essa ideia assustadoramente tentadora por anos. Entre a escolha de mil e um termos, o certo é admitir que de fato, estou apenas usando Lou Lamont. Há sim maneiras de ele ter uma generosa promoção, santo Deus, como há! Mas se para uma segurança efetiva significa submetê-lo a um nível baixo, é melhor assim. Certo?

— Lamont vai se revoltar, certo dia eu disse a ele que vôos pagos pela empresa em primeira classe estão totalmente fora de questão para todos, isso inclui nós. Eu espero que você não tenha feito Paige quebrar essa regra, e pelo amor de Deus, eu pensei que você tivesse dó do Sr. Tanner, Cami. — Tanner é nosso administrador do setor financeiro, o cara trabalha quase 24 horas por dia para tentar equilibrar todos os gastos. Ele tem 36 anos e se apresentou a mim focado nessa área, alguns meses depois vi que de fato ele tinha potencial, mas que com seu jeito usual eremita ele seria facilmente recusado em qualquer outro lugar, por tanto, o joguei no cargo logo de cara. Não acho que hoje em dia eu poderia confiar em alguém melhor que Sr. Tanner. — Não pense que as pessoas não estão de olho.

— E elas por acaso estão mesmo? Quer dizer, dentro de algumas horas sim, os holofotes estarão virados em nossa direção. De qualquer forma, você tem algum outro jeito, digamos... Mais rápido?

Não. Não agora, e mesmo se tivesse, não seria bom o suficiente.

— Sim, eu tenho. — Crystal se levantou e antes que fechasse a porta, sorriu para Camila.

Como em um reflexo, viro-me para Camila ao mesmo em que ela também se virava para mim, sim, ela também havia percebido.

— Paciência. — pediu, com cuidado.

 — Parece que já faz uma eternidade... — choraminguei em resposta.

Permaneci em silêncio enquanto meus pensamentos me guiavam até o natal do ano retrasado. Foi quando entre uma escolha ou outra para a ornamentação na nossa sala de estar, acabei omitindo alguns fatos de Crystal, fatos que até então eu não havia percebido, mas eram grandes demais para ser escondidos assim. Aquele ano inteiro de Crystal foi focado em um relacionamento quase perfeito, com um cara norueguês com cabelos loiros e profundos olhos cor de mel, com um tanquinho definido e grandiosos músculos, segundo ela, o cara aparentava puro fogo, mas na verdade era quase tão romântico quanto Travis Parker ou Joshua Gusby.

O erro foi que ele na verdade não tinha nada com ela. O erro foi que ela não havia contado nada para nós. O erro foi que eu fui atrás desse tal cara. O erro foi que nessa “surpresinha” o cara mostrou a outra face. Um patife, deplorável e sujo. E em seguida? Uma seqüência de intrigas. Não importava quantas vezes eu pedia desculpas. A face do perdão não foi eficaz quando contra as palavras de ódio jogadas a mim, até mesmo objetos. Durou apenas três dias, três dos piores dias com minhas amigas.

Como se de alguma forma algo tenha avisado-a que meus pensamentos estavam nela, Crystal abre a porta com duas xícaras.

— Cami, consegui as passagens para ás cinco da tarde. Pela American mesmo, e já falei com Paige. — Ela passa por mim e segue até para na frente de Camila. — Chá?

— Claro. — Cami responde. — É de quê?

Crys dá de ombros e sorri.

— De menta.

Ela gira os calcanhares e começa a andar até a porta. No fim, diz com a voz mais calma possível:

— Já estou indo fazer minhas malas, se eu fosse você faria o mesmo.

Como por reflexo, mais uma vez eu e Camila nos encaramos. Passo a língua pelos lábios e tento calcular mentalmente quanto tempo levaria para chegar até a calçada novamente... Cerca de dez minutos.

— Não estou mais aguentando. — Admito com a voz mais aguda do que o esperado.

— Dê tempo ao tempo, Crys simplesmente não conseguiria ficar brigada com uma de nós por muito tempo.

— Não acho que seja verdade.

— Mas você sabe que é.

— Como pode ter tanta certeza? — Desafio.

Ela pisca, buscando palavras.

Suspiro, exausta demais para esperar por qualquer resposta.           

— Dessa vez não será rápido, eu sei que não.

— Certo, sua vez. Como pode ter tanta certeza?

— Não sou você, eu pelo menos tenho uma resposta.

— Aaah vai... Por que está tão convicta disso? — Ela sabe, é claro que ela sabe. Pelo menos suspeita, e eu com certeza não confiaria em outro alguém.

— Ah, olhe os sinais... Antes ela simplesmente dizia ‘vai se foder’ por qualquer motivo, só não me chamava de filha da você sabe o que por respeito a minha família, mas em compensação vivia esbarrando em mim com força e jogava até mesmo objetos variados. Por mais infantil que fosse esse era o jeito dela demonstrar quanta raiva ela sentia de mim. Mas... — Reviro os olhos e solto um pouco de ar, cansada. — Mas agora ela simplesmente ignora minha existência e sim, isso dói mais que qualquer outra palavra ou livro de física quântica. Todo esse silêncio me machuca mais, e eu literalmente não sei até onde isso vai dar. — finalizo.

— Poxa Lili. — Lamenta, e só.

Só lamenta, pois é só isso que ela tem a oferecer, lamentos e mais lamentos, não há nada que possa ser feito.

— Que tal fazer essa viagem dar certo? — Sugere.

— Tem um plano? — Pergunto já desanimada.

— Tenho, na cerimônia ou qualquer que seja o outro nome, acerte-se com ela lá, além de trabalho nós temos que levar em conta tudo o que estará ao nosso redor, tipo, é Chicago! Precisamos levar toda a Magnificent Mile antes daquela tal Lauren! — Isso me fez rir, logo ela me acompanha na risada. — Mas, eu também queria falar sobre outra coisa.

— O quê? Por favor, não diga que está com um pressentimento ruim, todas as vezes que você diz que está com um pressentimento ruim você está sempre certa, e de coisas ruins minha vida já está cheia.

— Não, nada disso. Quer dizer, depende do seu ponto de vista...

E como sempre, nomeiam-me a rainha dos estraga prazeres, não acho que seja em tudo, mas em grande parte das coisas que nós fazemos sempre há um “porém...” ou um “lembrem-se de que...” seja em local de trabalho ou não. Tenho direito de andar preocupada, certo? E não é nenhum pessimismo, garanto.

— Pode dizer. — Incentivo-a.

Ela semicerra os olhos olhando para sua xícara.

— Como está sua mãe?

— Minha mãe?

— Sim, a sua mãe.

— Ela está... — Paro e olho desconfiada para ela. — Minha mãe está muito bem, por quê?

— Nada, quer dizer, eu ficaria muito feliz em saber como está a Tia Amy, sabe? Saúde, dinheiro, emprego e, até mesmo se ela está saindo com algu...

— Camila. — Interrompo-a com tom de repreensão.

— Ela me ligou. Perguntou por você, mais especificamente por suas roupas.

— Minhas o quê?

Foi uma pergunta retórica, a questão é, por que minhas roupas? Tem algo de errado com elas?

— Ela perguntou se você tinha feito alguma reclamação ou algo assim, não sei e não faço ideia do motivo, então nem pergunte.

Franzindo a testa, respondo:

— Não, não. Tudo bem, você não precisa saber. Talvez eu ligue para ela mais tarde, acho que no final do ano eu vou viajar até lá e esclarecer qualquer outra duvidada que se faça presente. Então...

Ela se levanta, quase abruptamente.

— Sobre a Crystal agora — Anuncia. — Você sabe muito bem que nós somos praticamente irmãs, desde o jardim de infância eu senti isso. E você sabe também que eu faria tudo por você, por ela, por nossa amizade. E quando eu digo que somos irmãs eu falo sério, e como qualquer situação entre irmãs é totalmente normal que briguemos ás vezes, só peço, por favor, não duvide do amor de Crystal por você, ela deve estar muito confusa agora e vamos respeitar essa nova maneira de lidar com as coisas. Não é difícil só pra você, é pra mim também, é difícil conviver com minhas melhores amigas brigadas. E eu te garanto; independente de qualquer coisa, o sorvete de baunilha vai ser sempre a cura. — Ela sorri reconfortante, enquanto pega minhas mãos. — Crystal é forte, mas ela não conseguiria passar uma semana ou mais sem ter uma fofoca para contar, você sabe como ela é...

— Sim, eu sei muito bem como ela é. — Afirmo e acabo soltando algumas risadas.

— Pois é. E pelo amor de Deus, eu estou aqui, não é o fim do mundo. Eu sei que as tortas que eu faço sempre queimam ou ficam cruas, bem diferentes das da chef Crys, mas eu ainda sei fazer. Super ruim, nunca acerto o ponto certo. Mas eu sei. E enquanto eu estiver aqui, com vocês, nenhuma e nem outra irão ficar só. — Ela para e respira fundo. — Vou falar com ela, bem sério. Mas você tem que fazer sua parte também, o sorvete do aeroporto é mais gostoso do que o da 255 East 60th Street, só não conta pro Dominic.

Solto suas mãos e a abraço, por mais que ela não goste tanto de contato físico, mesmo assim retribui.

— Obrigada.

— Ei — Ela se desfaz do meu abraço, mas busca pela atenção dos meus olhos, logo que a tem, continua: —, você sabe que ela só está provocando, sim? Ela trouxe chá de menta pra mim, mesmo sabendo que esse é o seu chá preferido, nem o dela, só o seu...

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— Somente o necessário. — Repito a mim mesma na frente dos dez vestidos á minha frente. — Então...

Passo os dedos por um de cetim vermelho com um decote profundo, logo após por um de veludo azul escuro, na sequência por um de couro preto.

Quatro dias, três vestidos para noite e o resto é escolha simples.

Perfeito.

— Estamos saindo. — Crystal avisa da porta do closet.

Já é um começo, certo? Duas palavras, mais tarde três, quatro, cinco até chegar a um texto completo! Ou não, considerando os fatos.

— Já? Vocês vão à frente, sim? — Pergunto.

Ela não responde, só faz uma cara de tédio. Mas eu posso jurar, os lábios dela tremeram, ela iria falar. Girou sobre os calcanhares e saiu do quarto.

Certo, aquilo deve ter sido um sim.

Oh, and nobody does it better… — Começo a cantar enquanto dobro com cuidado minhas roupas na mala e Dexter brinca com o tapete felpudo no chão.

— Dexter... — Tento chamar sua atenção, ele logo atende. — O que acha de passar um tempo na casa de Marie? — Ele continua quieto. — Qual’é, ela consegue deixar você quieto no banho com mais facilidade que eu, e não, não vai te faltar carinho. Todos amam seus cachinhos dourados, confie em mim.

Meu pequeno Caniche foi um presente de Rebecca no meu aniversário passado, desde então de uma maneira misteriosa ele se apegou a nossa empregada doméstica em tempo integral, Marie, bem rápido. Por isso em viagens a trabalho costumo deixá-lo com ela, é o que farei agora mesmo.

Pego as chaves do carro em cima da cabeceira da cama e Dexter me segue, assim que saímos do quarto percebo que sim, as meninas já foram. Confiro se está tudo certo e logo em seguida, parto para o carro com as malas na mão e tudo o que eu preciso.

Vai ser épico.

 

 


Notas Finais


E essa viagem? Teorias sobre o que vai acontecer??

Espero não ter decepcionado, por que esse capítulo é só mais uma parte do inicio de uma jornada, eu espero, impressionante! Bjs ❤


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