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História Inachevé - Tudo Será Diferente


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Boa noite, amores ^^
Prontos para mais um capítulo com o Lord Nivans?
Espero que gostem!
Boa leitura...

Obs.: Novamente agradeço de coração por cada comentário que vocês têm me deixado! Eu amooooo saber o que vocês concluem e o que mais gostam de cada capítulo postado *--* me perdoem pela demora, mas como eu disse, vou respondendo tudo aos pouquinhos, tudo bem? Vou dar a atenção e o carinho que cada um merece! Obrigada novamente do fundo do meu coração <3

Capítulo 9 - Tudo Será Diferente


Fanfic / Fanfiction Inachevé - Tudo Será Diferente

* * * Piers – Unknown Place – Unknown Date – Unknown Hours * * *

 

Minha cabeça...

Meu braço...

CÉUS, QUE DOR INFERNAL!

Tento abrir meus olhos, mas minha cabeça lateja... Coloco a mão em minha cabeça e sinto que estou livre para me mover. Respiro fundo e sinto que estou em um lugar aberto, meus pés e minhas mãos estão livres e mesmo com tudo doendo, posso me mexer.

Abra os olhos...

Ande, abra os olhos, Piers!

Minha cabeça queima e tudo que aparece a princípio é um clarão que aos poucos se define em luzes claras do lugar. Pisco várias vezes tentando voltar a mim, mas demoro uma eternidade até poder enxergar com clareza e ver que eu estou em um quarto grande, todo branco e todo almofadado apenas com um espelho grudado em uma das paredes.

Tento retomar meus movimentos e faço força para sentar na cama onde me colocaram, podendo observar tudo melhor. Não tinha nada além da cama no centro do lugar e o “espelho”... Típico espelho onde tem alguém do outro lado para te observar. E claro, uma câmera em cada canto da sala.

Onde estou?

Isso com certeza não é o Céu... Talvez o Inferno.

Quem me tirou daquele lugar?

Minha cabeça ainda lateja, mas ao observar tudo, meus olhos param em meu braço, notando que ele estava com uma aparência bem similar ao normal...

Mas o quê...?

Como?

Ergo meu braço que devia estar substituído por uma mutação e nada... Ele tinha a aparência de um braço comum, mas tinham cicatrizes fundas e bem marcadas, parecendo fatiar a minha pele. Eu sentia uma dor em particular vindo dele, mas... Não é possível.

-- Gostou?

Quando uma voz surge, levanto em um salto e caio com tudo no chão sentindo dor e fraqueza me consumirem.

-- Vá com calma, os remédios que usamos são muito fortes.

Mas... Que... Diabos...

Sinto meu braço latejar e o encaro vendo como estava ficando mais vermelho, então sento no chão encostado na cama e tento respirar fundo, voltando a enxergar com clareza depois da minha visão ter embaçado outra vez.

-- Seu braço foi completamente reconstruído... Com certas melhorias, é claro, porém, não se esforce muito e por enquanto não tente usá-lo para muita coisa, pode estragar minha obra prima.

Eu queria falar...

Queria perguntar quem era...

E xingá-lo até não poder mais...

Mas minha boca estava muda, não saia nada mesmo que eu abrisse a boca.

-- São os remédios... Talvez não consiga falar por algumas horas e a dor será um incômodo por uns dias, mas vai melhorar. Com a dosagem certa, ficará perfeito e bem da maneira que eu preciso.

Que “precisa”?

O que ele quer de mim?

Por que estou aqui?

Tento levantar, mas não consigo, me odiando por isso.

-- Vá com calma... Essa dor vai passar e logo estará muito melhor do que um dia já esteve, Sr. Nivans.

O que ele quer de mim?

Por que me trouxe até aqui?

Coisa boa com certeza não é!

Será que ele é da Neo Umbrella ou de alguma porcaria dessas?

Como não me transformei de vez?

-- Mas agora... Precisamos conversar.

Sim, precisamos...

E por que acho que não vou gostar do que vou ouvir?

Céus, onde estou... Onde eu vim parar? Onde está o Chris, ele se salvou? E a Claire... Minha Claire... Por favor, esteja bem, meu amor. Agora que sei que estou vivo, eu JURO que vou voltar para você nem que seja a última coisa que eu faça em minha vida.

Seu rosto será minha última visão... Eu prometo.

 

* * * Piers – San José, Uruguai – 01 de junho – 18:14 p.m. * * *

 

A tarde foi bem corrida e como eu estava com uma tipoia que a Julie tinha me dado, tudo se complicava mais. Ela me deu uns remédios também que resolviam com a dor, desde que eu não o mexesse.

Mas por mais coisas que eu fizesse...

Por mais ocupado que eu estivesse...

Meus pensamentos carregavam apenas uma imagem.

Uma mulher com sorriso meigo e olhos hipnotizantes que nem por um segundo desgrudaram da minha mente.

Cara, ela...

Ela é incrível...

O momento em que tivemos a sós e finalmente pudemos conversar um pouco, se repetia sem parar na minha cabeça e cada palavra, cada sorriso e cada olhar me enfeitiçavam mais.

Que droga...

Ela é Claire Redfield!

Ela é a irmã do Chris, meu Capitão!

Não posso ficar pensando nela ou vou acabar ap...

Droga, Piers.

Droga, droga, droga!

Não dá, não posso ficar pensando nela!

Mas eu...

Eu...

Droga.

Quando levanto os olhos para tentar respirar fundo, vejo o Peter e o Steve montando uma barraca, mas quando vejo a Claire do lado sem jeito, meus pés param no mesmo instante.

Eles foram correndo se oferecer?

Que “lindo”...

Desvio e vou até um grupo de soldados para pegar algo para comer em cima da mesa e abro uma marmita, sentindo meu braço reclamar, mas foco na comida sem levantar os olhos para direção nenhuma, então vou sentar até perto de uma barraca e começo a comer.

Droga...

Outro pensamento...

Preciso de mais coisas para pensar...

Mas só o que vem na minha mente é um par de olhos em um tom de azul que me enlouquecem.

-- A missão já acabou, pode relaxar...

Vejo o Marco puxar uma cadeira ao meu lado e continuo a comer.

-- Por que está tenso assim?

-- Não estou...

-- Não, não, imagina...

Ele ironiza e continuo na comida.

Claire...

Claire Redfield...

C.R...

-- Piers!?

Marco me empurra e o olho feio.

-- O que é?

-- Desamarra essa cara!

-- Estou normal, me deixa...

-- Aham, tudo bem... Será que está estressado assim por uma certa ruiva que reencontrou depois de um mês sonhando com ela?

O empurro e olho para os lados.

-- Quer calar a boca?

-- Está apaixonado pela irmã do Capitão?

-- Cale a boca, Marco! Alguém pode te ouvir!

-- Certo... Mas você está?

O empurro novamente e ele ri como um idiota.

-- Me lembro de como olhou para ela naquele bar... Já tinha ficado bobo naquele dia, agora então que sabe que ela é a mulher que tanto admirava, tem que cuidar para não se apaixonar!

-- Não vou me apaixonar!

-- Eu diria que já está a caminho...

-- Fique quieto, Marco!

-- Tudo bem, tudo bem... Mas se eu me lembrei dela, os outros bem que podem lembrar e eu fico na minha, só que você sabe como os demais são.

Não me lembre disso...

Felizmente, pela graça de tudo que é mais sagrado, ninguém além do Marco pareceu se lembrar de que a minha ruiva, minha “C.R.” do mês passado e a tão renomada Claire Redfield são a mesma pessoa... Obrigado, Senhor!

-- Vai ficar tudo bem... Só não se apaixone!

É... Eu sei.

Desvio dele e fico concentrado na minha comida, mas mais pessoas chegam e começam a conversar. Tento me concentrar neles, mas de nada adianta, só penso nela... E quando olho na direção da barraca dela já montada, vejo o Flint parado diante da Claire e o Tommy estendendo uma marmita.

Cara, qual é...

Alguém mais vai aparecer para importuná-la?

E eu achando que o Deniel pedindo para ela cuidar do corte dele no barracão já tinha sido o cúmulo, agora ficar indo de atrás dela é exageradamente demais.

Não posso culpá-la se depois ficar pensando que todos os soldados são assim folgados e inoportunos.

Droga...

Mas ela ri para eles e vejo como os dois olham como bestas para ela quando mexe no cabelo, então aperto meu pulso com a cena e o Marco bate na minha perna indicando a Claire. Tento disfarçar minha atitude e ele apenas ri.

-- Ela está fazendo um baita sucesso...

-- Eles são uns bocós.

-- Só querem chamar a atenção.

-- Sim, eles querem.

Desvio deles e vejo o Chris se aproximar, mas bem na hora a Claire volta para barraca e os caras ficam aos sorrisos cochichando e saindo de lá, mas vejo que o Chris pegou a cena.

-- É, parece que minha irmã está sendo muito bem tratada.

-- Até demais...

Eu digo e ele me olha curioso.

-- Então não fui só eu que percebi?

-- Não.

Ele bufa e pega uma marmita, puxando uma cadeira ao meu lado e começando a comer.

Me sinto mal...

Cara, estou com a irmã dele na minha cabeça!

Se ele sabe que sonhei tanto com a irmã dele durante esse mês e que agora não a tiro da cabeça e é um baita esforço ficar sem olhar para onde ela está, ele me mata sem piedade nenhuma.

Quando acabo a comida, jogo a marmita no lixo e meus olhos me fazem olhar na barraca dela de novo e vejo o Roger entregando um balde e uma toalha para ela que sorri sem jeito e o Chris observa a cena com atenção.

Era só o que faltava...

Olha o tipo deles!

O Chris vai achar que é desrespeito!

E com toda razão, ninguém precisa ficar de atrás dela assim!

Quando ela volta a entrar na barraca, o Roger vem para o nosso lado, mas quando pega o olhar do Chris direto para ele, ele desvia e sai rapidamente dali, então o Chris ri.

Ri?

ELE RI???

-- O que foi?

-- Redfield’s sempre fazem sucesso...

-- E você está rindo?

-- Desde que essas ajudas para ela não passem para dentro da barraca, está tudo bem, mas mantenho a expressão só para eles se lembrarem disso... – Ele suspira – Já perdemos muitos soldados hoje, não quero causar mais nenhuma baixa no grupo por causa disso.

Marco ri e eu desvio.

Continuamos por ali até que os soldados vão se dividindo e o Chris levanta se esticando.

-- Eu vou... Boa noite para vocês.

-- Boa noite.

Ele sai e me pergunto se agora com ele fora de cena, os demais iam correr mais de atrás da Claire, mas a maioria deles vai para roda no fundão e iniciam mais um jogo de cartas.

-- Vamos lá?

-- É, pode ser.

Eu acompanho os demais e entramos na roda ficando feliz que eles apenas discutiam sobre a missão, até que...

-- Cara, vocês viram só meu braço?

Deniel mostra o braço costurado e reviro os olhos.

-- A Srta. Redfield é um amor de pessoa!

-- E a maior gata, cara, o que é aquilo?

-- Ei!

Eu falo olhando feio para o Flint que desvia de mim.

-- É só um elogio...

-- Se quer elogiar, saiba ter respeito!

Ele desvia e continua nas cartas, então Roger me cutuca.

-- Será que ela aceitaria vir aqui conosco?

-- O quê? Claro que não!

Respondo rudemente.

-- Você podia chamar ela, hein, Piers?

-- Para quê?

-- Para ela nos falar melhor da história dela!

Flint se anima agora ao prestar atenção.

-- Não, eu não...

-- Sabe que é uma boa, Piers... – Marco fala – Assim talvez eles sosseguem se tiverem chance de falar com ela direito.

-- Não, nem pensar, vocês só me farão passar vergonha com o jeito desesperado de vocês para chamarem a atenção dela!

-- Ah, Piers, qual é... – Deniel fala – Duvido que tenha alguém aqui que não queira conhecer melhor a história dela!

Quando olho para cima, o jogo parecia ter acabado, porque TODOS me encaravam e eu levanto os ombros.

-- E por que EU tenho que chamar?

-- Você tem mais jeito e trabalhou com ela de manhã...

-- E daí?

-- Cara, qual é... Ela é uma LENDA! Vai ser incrível ouvir as histórias dela por ela mesma, vá chamá-la, anda!

Reviro os olhos e respiro fundo.

-- É melhor você ir do que um deles...

Marco sussurra.

-- Não vou colocá-la no meio deles, vai que falam alguma bobagem?

-- Ninguém vai faltá-la com respeito, Piers!

Flint fala para mim e me encara como os demais.

-- Chama ela, Piers!

Certo...

Talvez seja melhor mesmo eles falarem com ela comigo por perto do que os deixarem a solta por aí com o risco de falar bobagem.

-- Ok... Mas vocês vão falar só de Raccoon City e da Ilha Rockfort!

-- Fechado!

-- E das outras missões dela, não é, não seja pão duro!

-- Beleza... – Respiro fundo – Mas se falarem alguma coisa diferente, vocês vão se ver comigo depois dela ir dormir.

-- Feito!

Levanto com a impressão de que eu me arrependeria amargamente pela decisão, mas sigo para barraca dela pensando no que eu diria direito e já calculando um aviso de como eles poderiam e com certeza agiriam.

Mas ao me aproximar da barraca, um vento gelado sopra e ao desviar, vejo que a entrada da barraca dela se abre um pouco e meu pé para quando a vejo de costas sem a regata enquanto passa um pano pelo corpo.

O vento para e a fenda se fecha, mas meu pé acompanha automaticamente para poder olhá-la mais, só que não tenho chance. Dou mais um passo e o vento volta me deixando novamente ver sua pele clara na barriga delicada e nos seios fartos cobertos pelo sutiã agora de frente para mim.

Eu paro e dessa vez a fenda fica entreaberta, mas meus olhos continuam grudados nela e minha respiração aumenta, meu corpo fica rígido e minhas mãos tremem com vontade de...

DROGA, PIERS!!!

Desvio o olhar e passo a mão no rosto.

Mas meus olhos são mais teimosos e voltam a olhá-la enquanto passa o pano úmido entre os seios e sinto meu coração acelerar ao ver o decote dela com mais clareza.

Ela passa o pano na barriga e vejo que ela abre a calça, então desvio e me afasto dali cobrindo o rosto com as mãos e respirando fundo tentando voltar ao normal, mas a cena gruda em minha mente.

Sua pele...

Sua delicadeza...

A barriga lisinha e bem desenhada...

O seios com um contorno perfeito e tentad...

DROGA!

PARA COM ISSO, PIERS!

AGORA VAI DESRESPEITÁ-LA ASSIM?

Pelo menos fui eu quem veio, imagina só se outro marmanjo tivesse tido essa visão no meu lugar... Droga. Agora sim tenho mais imagens para minha mente ficar trazendo à tona e me torturar com isso.

Cara, que droga...

Que mulher é essa?

Linda, charmosa, delicada e com um corpo desses?

Nenhum cara aguenta...

Nem eu.

Respiro fundo mais uma vez e me lembro de todas as histórias sobre ela e da admiração que sempre tive, então vou até a barraca com os pensamentos focados na profissional admirável com quem trabalhei hoje cedo.

-- Claire, você está aí?

Tento falar o mais normal possível e escuto um barulho de roupa.

-- Ah, sim... Só um minuto.

-- Tudo bem.

Será que ela já tinha tirado a calça?

Cara, e eu perdi isso...

Ah, Deus, pare com essa safadeza, Piers!

TENHA RESPEITO, POR FAVOR!!!

Droga...

Quando ela sai, está com outra roupa: uma calça jeans que lhe caía muito bem e uma regata preta que realçava os cabelos ruivos úmidos que caiam sobre os seus ombros.

Seus olhos estavam ainda mais brilhantes e seus lábios tinham um tom suave de rosa, mas quando o perfume da sua pele chegou em mim, eu tive vontade de permanecer ali e de jeito nenhum levá-la no meio de um bando de marmanjo desesperado pela sua atenção.

-- Piers...

Seu sorriso é meigo, mas ela desvia sem jeito e olha ao redor parecendo não querer encontrar meus olhos... Talvez ainda se lembre do que disse para mim enquanto me costurava, aquilo certamente está me ajudando a ficar de cabeça virada, afinal, saber que eu posso mexer com ela desse jeito, faz com que eu fique ainda mais mexido por ela.

-- Posso ajudar?

-- Ah, é... Eu vim em nome dos demais para pedir para se juntar a nós.

Ela me olha curiosa e sorri.

-- Eles estão ansiosos para te ouvir, Claire... A maioria deles só ouviu coisas paralelas da sua história e eles ficaram me importunando para te convidar e ouvir as coisas que fez por você mesma.

Ela ri e olha para roda deles que olhavam para nós, mas desviaram rapidamente fingindo voltarem a jogar cartas quando ela olhou.

-- Legal...

-- Se não quiser, tudo bem, eu dig...

-- Não, tudo bem, eu vou sim.

-- É que...

Droga, ela tem que ir preparada.

-- Desculpe pelo jeito que eles estão agindo com você, eles não tem juízo e parece que nem neurônios.

Ela ri e o vento bate nela fazendo seus cabelos voarem e me hipnotizarem mais com aquela cena.

-- Está tudo bem, entendo que estejam curiosos.

-- Eles surtaram quando ficaram sabendo que você vinha.

Eu também...

E isso que eu nem sabia que ela era a minha “C.R.”.

-- É mesmo?

-- Sim, é... Sendo irmã do Capitão, eles queriam muito te conhecer.

-- Eu imagino.

-- Só esteja preparada se... Eles começarem a te incomodar mais e vá preparada para as perguntas, porque acho que não vão te deixar em paz tão facilmente.

-- Ok, eu aceito o desafio!

-- Legal...

Muito legal...

Assim pelo menos terei mais tempo do lado dela.

Amanhã ela vai embora e... Não sei se a verei de novo.

Talvez com mais esse tempo dela, minha mente fique mais tranquila e me deixe desviar um pouco a imagem dos olhos dela ou do seu sorriso.

-- Vamos?

-- Sim...

Ela caminha e eu a acompanho tranquilamente, mas quando chegamos os demais se cutucam e olham como bobos para ela que sorri sem jeito e eu já reviro o olhar vendo que já começam desse jeito.

-- E aí, rapazes...

Eles meio que resmungam alguns cumprimentos, mas os demais a admiram de longe. Respiro fundo implorando para que ninguém fale nenhuma bobagem e puxo uma cadeira ao meu lado para ela sentar e me agradece com um sorriso doce.

E ninguém fala nada.

Fica um silêncio avassalador no lugar.

Cara, fala sério...

Eles me pediram para buscá-la para ficarem a encarando sem falar nada?

-- É melhor vocês limparem essa baba ou vão acabar molhando a farda!

A Inez chega e se joga ao lado da Claire que a encara, mas os outros desviam disfarçado e alguns até passam a mão na boca e tentam se recompor.

Eu mereço...

-- Eu estava na minha  barraca, mas toda essa “conversa” já estava me incomodando e vim checar!

Ela ri e a Claire a acompanha desta vez me indicando.

-- O Piers disse que eles queriam falar comigo, mas acho que ele mentiu.

Elas riem novamente e eu as acompanhei pela piada, mas os demais continuaram sem jeito até que a Lorenna chega junto com a Julie que reparo que fecha a cara ao ver a Claire ali sentada.

Ela não queria deixar a Claire cuidar de mim...

Será que sentiu o perigo?

Se ela souber...

-- Claire, prazer, eu sou a Lorenna!

Alguém educada, obrigado, Deus!

Finalmente!

Ela estende a mão e as duas se cumprimentam, então as meninas sentam perto dela e olham ao redor estranhando o silêncio, já que ninguém dizia nada.

-- Alguém mais morreu e não me contaram?

-- Não, não, é que todos estão bestas com a Claire mesmo...

A Inez lança a piada e a Claire a encara novamente enquanto ela ri com a Lorenna que aponta para todos ao redor.

-- Isso porque não viram ontem como estavam loucos para te conhecer!

-- Bom... Estou aqui.

Claire fala meigamente e a Lorenna vira animada para ela.

-- Posso fazer a primeira pergunta?

-- Claro que sim...

Lorenna sorri e os demais parecem se animar por alguém ter começado com o interrogatório.

-- É verdade que quando estava naquele caos em Raccoon City conheceu um cara que agora trabalha para o governo?

-- Ah, sim, o Leon, ele era um policial na época e justo estava indo para o seu primeiro dia de trabalho na R.P.D. quando encontrou a cidade em um completo caos como eu.

-- Cara, que cagad...

-- É sério que você pilotava uma Harley Davidson?

Ela riu e concordou com a pergunta do Richard.

-- Sim, eu pilotava.

-- Cara, aquela moto é o bicho!

Eles riem empolgados e ela concorda ainda mais animada.

-- Era meu maior tesouro na época! Eu era vidrada em motos e em tudo que tinha relação com elas... Mas infelizmente eu a perdi com a explosão e foi um desafio para encontrar outra igual a ela.

-- Sinto sua perda...

Ela sorri meigamente com as palavras dele.

-- Obrigada... Foi muito triste na época, mas o que importa é que pelo menos EU aguentei. Hoje em dia não tenho mais tempo para este hobbie, mas não vou mentir, sinto muita falta deste lado meu.

Hum... Bom saber.

-- Como foi quando chegou em Raccoon City e viu que estava tudo destruído e as pessoas mortas caminhando pelas ruas?

Desta vez eu quem pergunto para ela, mas seu sorriso desaparece.

Eu não queria demonstrar, mas sempre fui o maior fã dela... Sempre sonhei com uma conversa assim, em poder fazer perguntas que sempre quis ouvir as respostas da boca dela, mas era bem melhor manter isso em sigilo ou os demais fariam burrada mais facilmente.

E depois que a conheci... É tão fácil sonhar com ainda mais coisas.

-- Assustador... Mas eu precisava encontrar o meu irmão. Eu não tinha notícia dele há meses e eu soube do que houve com os S.T.A.R.S. e qualquer um sabe que quando um policial entra em conflito na delegacia porque mexeu com pessoas grandes demais, os culpados preferem se livrar rapidamente deles.

-- Achou que ele estivesse morto? – Marco pergunta.

-- Eu preferia não pensar... Então fui para Raccoon City, só que acho que eu escolhi um péssimo dia já que meu irmão não estava mais lá e os cidadãos queriam me devorar.

-- Alguns dizem que salvou a filha de um dos cientistas da Umbrella...

Julie finalmente fala e a Claire concorda.

-- Sim, a Sherry... Ela era uma menina, estava assustada e não sabia onde seus pais estavam, mas a encontrei e conseguimos fugir juntos, eu, ela e o Leon, o atual agente do governo.

-- Ele era bonito?

Lorenna pergunta e a Claire ri.

-- Eu respondo essa!

Inez as interrompe quase levantando para se aproximar da Lorenna.

-- Pensa em um loiro, cabelo jogadinho para o lado, alto, forte, sarado e irresistível... Agora multiplica isso! Esse é o Leon.

É mesmo?

Elas riem e a Claire balança a cabeça.

-- E claro, não vamos esquecer que ele arrasta uma asa pela Claire!

Hum... É mesmo?

Mais um.

-- Inez!

-- Para de se fazer de cega!

A Claire revira os olhos e noto que a Inez vira para me olhar, mas desvio dela sem conseguir disfarçar que não gostei do que eu ouvi.

É claro que ela tem vários que correm de atrás dela...

De manhã eu soube do chefe dela.

E agora desse tal Leon.

O Chris já me falou sobre ele, mas nunca comentou sobre a queda dele por ela, talvez não saiba, mas enfim, espero que ela não sinta o mesmo por ele, afinal... Afinal... Ah, não pira, Piers.

-- O Leon é um ótimo amigo.

-- Ainda tem contato com ele?

-- Sim, mas quase não nos falamos, ele é tão ocupado quanto eu.

Ótimo!

Sim, isso é ótimo!

Enfim algo que gostei saber dele.

-- E a menina?

-- A Sherry também trabalha com o governo, mas sempre que possível conversamos nem que seja por e-mail, gosto de saber como ela está.

-- E como ficou quando soube que o Capitão não estava mais lá?

Flint pergunta e ela sorri.

-- Olha... Fiquei feliz por um lado, já que fora dali ele tinha mais chance de estar vivo, mas pelo outro lado fiquei meio... Apavorada... Afinal, meu irmão não viria correndo se eu chamasse por ele.

-- É incrível, Srta. Redfield... Sua coragem tão jovem e inexperiente.

-- A minha sorte foi que eu sabia atirar e me virava bem... Eu não vou dizer que não tive medo porque eu estaria mentindo. Eu fiquei apavorada. Mas meu medo não me ajudaria em nada além de antecipar a minha morte, então fingi que eu era forte e encarei de frente.

-- A senhora É forte.

Ela riu, mas discordou.

-- Sem “senhora”, por favor, não me faça me sentir mais velha.

Os demais riem e ele fica sem jeito.

-- Desculpe...

-- Tudo bem.

-- E na Ilha Rockfort, encontrou o seu irmão lá, não é?

Carl pergunta animado.

-- Sim... Bom, na verdade ele que me encontrou, eu estava tentando fugir quando sem querer fui parar na Antártida.

Ela riu e nós a acompanhamos.

-- Aí quando tentei escapar de lá de novo, fomos impedidos novamente e fomos pegos mais uma vez pela mulher doida da vez.

-- “Fomos”?

-- Sim, eu não estava sozinha lá, tinha um amigo... Eu o conheci na Ilha, também estava preso e queria escapar.

-- Mantém contato com ele também?

Ela perde o sorriso.

O Chris já me contou essa história e eu sei que o garoto não sobreviveu, mas ele também diz que essa é uma das piores recordações para Claire porque como se conheceram lá e queriam fugir, criaram um laço muito forte em pouco tempo.

-- Não, ele... Ele não conseguiu sair de lá.

Os demais desviam vendo que foram para direção errada, mas a Lorenna suaviza o olhar e sorri.

-- Sinto muito...

-- A mulher doida que nos prendeu injetou um vírus nele e o atiçou contra mim que felizmente consegui escapar, mas... Ele me alcançou, só que um segundo antes de me matar, ele retomou a consciência e me salvou.

-- Ele retomou a consciência?

Marco pergunta surpreso.

-- Sim, ele podia ter me matado... Eu não tinha como me salvar sozinha, porque ele tinha ficado imenso e tinha me pego, então me salvou. Só que ele acabou morto por isso.

Ela desvia e vejo que os demais ficam sem jeito.

-- Mas... Conte como foi quando se encontrou com o Capitão.

E assim ela pareceu desviar o pensamento.

Os demais voltaram a fazer perguntas e eu fiquei na minha apenas a observando explicar e admirando o seu empenho em responder a todas as perguntas deles. Mesmo com horas tendo se passado, ela continuou ali, sempre carinhosa e atenciosa ao falar.

-- A Terra Save me mantém bem ocupada, porque sempre temos pessoas para ajudar, empresas para investigar, enfim, trabalho nessa área infelizmente nunca falta, vocês sabem.

Eles concordam e com a noite mais fria do que antes, um vento sopra e todos nos arrepiamos, mas ao reparar na Claire só de regata, eu abro o zíper da minha jaqueta para oferecer a ela, mas o Richard é mais rápido e aparece por trás dela colocando sua jaqueta em seus ombros e ela sorri super sem graça.

-- Ah, obrigada, mas não precisa...

-- Pode se resfriar, melhor ficar aquecida, Srta. Redfield.

-- Ah... Obrigada.

Quem ele pensa que é?

Dar a jaqueta dele para ela?

-- Eu vou buscar um café! E, bom, ele não é dos melhores, mas ajuda a nos manter aquecidos... Como prefere, Srta. Redfield?

Roger pergunta com um sorriso besta na cara.

-- Ah, não precisa, estou bem, obrig...

-- Não, de jeito nenhum, vou buscar, me diga como gosta.

Eu mereço...

Ela sorri ainda mais sem jeito para ele.

-- Preto... Com açúcar, por favor.

-- Vou trazer!

-- E eu quero um café preto bem forte e sem açúcar, por favor!

A Inez fala e eu rio.

Isso aí, faz esses marmanjos trabalharem ao invés de só se acharem!

Ele concorda e sai apressado, então a Lorenna me encara e desvia sorrindo me deixando ver que ela também achava desnecessária toda aquela insistência deles com a Claire.

-- Está tarde, acho que está quase na hora de deixarmos a Claire ir dormir.

Ela fala e agradeço por isso.

Bem que avisei a Claire que eles não a deixariam sossegada tão cedo.

Mas os olhares de decepção dos demais ficaram bem claros e ao notar isso, a Claire ri sem jeito e eu reviro os olhos novamente levantando para pegar um cobertor para ela.

Quando volto, Roger entrega o café para Inez e estende para Claire com todo o cuidado e sorrindo igual a um bocó.

-- Veja se está bom, senhorita...

-- Ah, tenho certeza que sim, obrigada, Roger.

-- Lembra do meu nome?

Ele sorri como um idiota e a Lorenna chuta a canela dele que desvia e vai sentar em seu lugar. Reviro os olhos pela décima vez e tiro a jaqueta do Richard dela colocando o cobertor e ela sorri para mim. Então jogo a jaqueta para ele que me olha feio e volto ao meu lugar.

Todos ficam em silêncio outra vez.

Alguns abrem a boca de sono, outros encaram a Claire como bobos e alguns cochicham de canto, mas ao vê-la abrir a boca de sono também, a Lorenna levanta.

-- Acho melhor deixarmos a Claire dormir agora... Ela viajou a noite toda, trabalhou o dia todo e ainda vocês ficam a prendendo aqui.

Ah, santa Lorenna!

Claire sorri para ela e quando levanta os demais olham desacorçoados para a cena.

-- Obrigada pelo papo, rapazes...

-- Nós que agradecemos, Srta. Redfield!

Richard sorri como um pateta.

-- Só Claire, está bom.

-- Obrigado por vir falar conosco!

Marco agradece educadamente e ela sorri.

-- Não por isso, sempre é bom relembrar os velhos tempos...

-- A senhorita é muito gentil!

Ela ri das palavras do Flint.

Não passa dos limites, não é?

Vocês já ficaram andando meio fora da linha, mas conseguiram se manter quase dignos, então não estrague tudo agora.

-- E muito linda também!

Com as palavras do Richard eu o encaro e a Lorenna o belisca fazendo ele gemer de dor e a Claire fica vermelha.

-- É um elogio... Com todo o respeito do mundo, Srta. Redfield.

-- Tudo bem, obrigada.

-- É melhor a IRMÃ DO CAPITÃO ir dormir e vocês deixarem ela em paz!

Eles desviam agora sérios, provavelmente se recordando que ela era irmã de quem era, mas com o Richard levantando o olhar e encarando assustado alguma direção, vejo o Chris se aproximar.

-- Não me chamaram para reunião?

-- Já acabou, irmão...

Claire sorri ao virar e ver a expressão séria dele.

-- O assunto chegou, é?

-- Sim, eu estava contando umas histórias suas, não ouviu as risadas deles?

Nós rimos e ele nos encarou fazendo a maioria parar.

-- Espero que seja piada.

-- Tudo bem... A verdade é que mostrei umas fotos antigas suas que carrego comigo e eles estavam zoando com a sua cara de novinho!

Ela belisca a bochecha dele e os demais engolem risadas.

As fotos do Capitão...

Eu sempre soube que quando ele era mais novo era MUITO diferente do que é agora e eu queria ver essas fotos, seria bem interessante, mas ele nunca me mostrou nada por mais que eu tenha pedido.

Será que ela mostraria?

-- Relaxa, Chris...

Inez levantou.

-- Seus soldados só estavam cantand-opa, quero dizer, só estavam falando com a Claire sobre a vida profissional dela.

-- Hum... Ok.

-- Eu já vou... Boa noite, rapazes.

-- Boa noite!

Eles responderam quase em um coro só e ela me devolveu o cobertor.

-- Pode ficar...

-- Não, tudo bem, já tenho um, obrigada, Piers... Boa noite.

-- Boa noite.

Ela sai e por mais que eu queria segui-la com o olhar, vejo que todos levantam e começam a se ajeitar para dormir, então o Chris me olha de canto com a sobrancelha erguida e apenas levanto os ombros.

Ele sai de volta para barraca e vejo que o Richard cutuca o Marco enquanto coloca a jaqueta no nariz.

-- Cara... Tem o cheiro dela!

Fala sério!

Eu bato nele com o cobertor e ele me olha feio.

-- Para de bancar o babaca, Richard!

-- Ah, Piers, deixe disso, eu só quis ser gentil.

-- Gentileza tem limites!

-- Ei, rapazes, para cama, hein...

A Lorenna fala e vejo que a Julie me olha meio cabisbaixa.

Será que dei na vista alguma coisa?

Droga...

-- Boa noite.

Eu saio de lá e vou para minha barraca largando a jaqueta e caindo no colchão com tudo, me cobrindo até os braços e gemo um pouco com a dor que sinto. Mas coloco a mão no bolso e puxo o colar da minha tão querida “C.R.” que peguei no chão na noite em que nos conhecemos.

Será que eu devolvo amanhã?

Ela deve estar sentindo falta...

Por que ainda não devolvi?

Mas e se...

Bom, depois que ela for embora amanhã, não sei se a verei de novo e talvez se eu me “esquecer” de devolver, eu tenha outra razão para vê-la, afinal, ela nem falou nada do colar e ela não sabe que está comigo.

Droga, melhor não... Ou sim?

O guardo no bolso outra vez e decido pensar sobre isso amanhã, então me viro para dormir, mas seus olhos me invadem, seu sorriso, o som da sua risada e uma pele branquinha e tentadora...

DROGA, PIERS!

Me reviro no colchão e aperto os olhos, mas a imagem dela fixa em minha mente e acabo dormindo novamente pensando nela.

 

---------- >>><<< ----------

 

-- Piers?

Escuto um sussurro e abro meus olhos, mas ainda estava escuro e minha visão embaçada. Só que quando vou me sentar, alguém vem na minha direção e fico surpreso em vê-la ali.

-- Claire?

Ela sorri e me beija.

Seus lábios suaves e doces, mas viciantes e fogosos.

Eu não tenho força para parar aquilo, então quando passa os braços ao meu redor, eu sento e a puxo para mim que mantém uma perna de cada lado do meu corpo e ao sentir o calor do seu corpo no meu, eu deliro.

-- Piers...

-- Claire...

Beijo seu pescoço e sinto suas mãos escorregarem para minha camisa e começar a tirá-la, então meu coração enlouquece no peito, perco totalmente o controle e tudo o que me controla é meu desejo intenso por aquela mulher que me puxou a atenção no primeiro segundo em que apareceu na minha frente.

-- PIERS!?

Mas acordo em um salto.

O Marco ri ao me ver assustado e olho ao redor.

Já era dia.

E nenhuma Claire ali.

MAS QUE DROGA DE SONHO FOI ESSE???

DROGA!!!

NÃO POSSO SONHAR COM ISSO!!!

-- Você está bem, cara?

-- Estou!

-- Aham, certo... Bom, então levanta que já estamos nos ajeitando para ir.

-- Beleza, estou indo.

Ele ri e sai dali, então enfio minha cabeça no travesseiro.

Droga, droga, droga, droga, droga, droga... DROGA!!!

Não posso sonhar com ela!

E muito menos ESSE tipo de sonho!

Como minha mente fez isso?

Estou surtado!

Sim, é isso, estou pirado!

Louco...

Completamente louco... Por ela.

Sento no colchão e encaro o chão derrotado.

-- Droga...

Claire, não faz isso comigo.

Eu não posso... Não posso... Querer você.

É irmã do Chris.

E é tão doce, delicada, tranquila, carinhosa, atenciosa, amável e linda... Perfeita. Não posso nem sonhar em te desrespeitar de alguma forma, você é a mulher mais incrível que existe.

Não me enfeitice mais, por favor.

Droga!

Levanto e passo a mão no rosto, saindo da barraca e meus olhos procuram por ela a vendo longe conversar com a Inez e o tal Neil.

Linda...

Completamente perfeita.

Será que vou te ver de novo depois de hoje?

Eu queria...

Não me esqueça, Claire.

Vá, mas não me esqueça.

Volte para mim, C.R....

Não se esqueça de mim porque jamais vou me esquecer de você.

Jamais.

 

* * * Piers – Unknown Place – Unknown Date – Unknown Hours * * *

 

Eu continuava sentado e embora sozinho no quarto, eu me sentia observado em todas as direções. Mas eu encarava mesmo a porta diante de mim, praticamente camuflada pelo lugar todo pintado de branco como quarto de hospício.

Mas eu via...

E aquela seria minha rota de fuga...

-- Felizmente o encontramos antes do lugar todo ir para as profundezas... Um dos meus homens me alertou sobre o vírus que injetou em si mesmo e fiquei admirado pelo seu ato de bravura, honra e lealdade com seu Capitão. Eu li seu perfil e vi que é um soldado exemplar, o tipo de homem ideal para uma missão importante e onde não pode haver falha.

Entendi...

Ele quer um soldado.

Mas para quê?

Para qual missão?

-- Assim que eu soube de você, eu o quis imediatamente... E para nossa ajuda, você acabou ficando para trás e praticamente inconsciente, beirando a morte e o salvamos. Posso dizer que sem mim, estaria morto e nunca teria se salvado, então já me deve respeito por isso.

Ah, sim...

Então farei tudo que ele quer, de certo...

NÃO PEDI PARA ME SALVAR!

E É ÓBVIO QUE NÃO ME QUER PARA COISA BOA!

Droga... Minha cabeça.

-- Então ordenei que o trouxessem para mim e assim foi feito... Trabalhamos em você por dias e chegamos ao resultado que eu queria. Na verdade, alcancei algo ainda melhor do que eu esperava realmente, o tornando no meu soldado perfeito para missão que planejo há anos.

Ótimo...

Sou apenas uma marionete...

Mas se ele pensa que farei algo para ele, está MUITO enganado.

-- Por enquanto permanecerá no quarto para se reestabelecer fisicamente, o quero em perfeitas condições para começarmos os testes e... Bom, temos ainda mais um ponto crítico para alcançar com você.

Minha cabeça queimava.

E minha garganta se rasgava com a vontade de falar umas boas verdades na cara desse imbecil, mas talvez isto seja proposital para eu ter uma chance para escapar mais tarde.

Se eu abrir a boca agora... Pode ser meu fim.

Mas se eu esperar... Pode ser minha escapatória.

Paciência, Piers, paciência.

-- Espero que esteja pronto para o que virá... Estamos finalizando mais uma vacina da qual precisa para começarmos e aí sim poderemos avançar. Mas até lá, peço que tenha um pouco de paciência. Eu pensei em mantê-lo sedado, só que acho melhor você se habituar a nova vida e ao novo... Corpo.

O quê?

É para isso fazer sentido para mim?

-- A partir de hoje... Tudo será diferente.

Olho para cima desejando que o dono dessa voz estivesse na minha frente, mas apenas sinto seus olhos em mim. Meu corpo ainda queimava e meu braço parecia pulsar, mas eu me mantive firme. Minha visão agora estava clara e minha consciência parecia restaurada, só que eu ainda me sentia fraco... Fraco demais para reagir, para lutar e até mesmo para me mover.

Mas vou conseguir...

Por você, Claire... Vou conseguir.

Eu voltarei para você.


Notas Finais


Esse cara estranho promete, hein!?
O Piers está querendo fugir, mas se sente fraco... O que pode rolar agora?
E tudo o que o homem falou e o Piers sentiu, huuuuuum, o que dizer sobre isso?
E O SONHO DO PIERS!!!
Foi só ele espiar a Claire na barraca que os pensamentos já vieram e ele teve um sonho "daqueles"... E aos pouquinhos ele está assumindo um sentimento mais profundo. E os papos com os meninões da B.S.A.A., um "agente" citado que arrasta uma asa para Claire, huuuuuum, o que dizer? Ciúmes... Delícia!
Se vocês sabem um jeito de não morrer de amor por esses dois, me contem, porque eu AMO DEMAIS!!!
Agradeço de coração por todos que estão acompanhando ^^
E espero muito que tenham gostado!
Até a próxima *--*
Bjooon :-)


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