1. Spirit Fanfics >
  2. Incógnito VKook - Taekook >
  3. Um elogio

História Incógnito VKook - Taekook - Um elogio


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores-amores! Peço MIL PERDÕES por toda a demora. Eu fiquei tão atolada na faculdade que fui obrigada a dar um tempo nas fanfics (apesar de não querer). Enfim, estou de volta - e de férias! Tenho alguns planos e vou me dedicar mais à escrita. <3
Adicionei umas musiquinhas novas na playlist de Incógnito no Spotify (é só procurar "incógnito btsnoona" que vocês acham fácil).
Bom, sei que sentiram saudades e devem estar ansiosos, então vou deixar que leiam.
Nos vemos nas notas finais!

Boa leitura!

Capítulo 25 - Um elogio


Fanfic / Fanfiction Incógnito VKook - Taekook - Um elogio

Um elogio.

Nas palavras do próprio garoto incógnito, reler era o maior dos elogios. Reler.

Ao se arrumar para o colégio na segunda-feira, Jeongguk viu a capa de couro aparecendo entre suas meias. Instantaneamente, lembrou-se da frase de Taehyung.

“Eu acho esse o maior dos elogios. Quando se gosta do texto ao ponto de ler outra vez”

Talvez reler fosse mesmo o maior dos elogios. Porque não tinha mal reler. O mal já estava feito, já tinha lido. Agora, era só o elogio.

Passou o domingo remoendo aquele conflito interno, enquanto relia os versos de Taehyung incontáveis vezes. Depois da troca de mensagens não tinham conversado mais, e apesar da preocupação sobre como os alunos poderiam importuná-lo por causa do poema, ainda sentia o estômago formigar ao se lembrar das poucas frases que trocaram. Taehyung não havia mandado nenhuma outra mensagem depois do coração que Jeongguk enviara como resposta, e ficaram por isso mesmo: corações um do outro, sem palavras para tradução.

Na cabeça, a frase dele martelou como se fosse a permissão para que fizesse aquilo que tanto desejava, ainda. Queria colocar as mãos no diário outra vez, apesar de saber que era errado. Sabia que agora, depois de confessar seus sentimentos e provar do beijo do autor do diário, cada frase poderia ganhar um significado novo, e talvez Jeongguk pudesse ler mais mensagens em suas entrelinhas. Não queria ler, porque gostava de Taehyung, e faltava o ar só de pensar na possibilidade de magoá-lo. Por outro lado, não podia mudar o passado: leu o diário. Leu grande parte do diário.

Balançou a cabeça, fechou a gaveta de meias e afastou aqueles pensamentos abusados. Talvez devesse se livrar do caderno, já que não tinha mais a intenção de devolver. Talvez dar fim àquela tentação fosse a coisa certa, e não teria mais que se preocupar com suas próprias vontades irresponsáveis.

Mas não tinha coragem. Aquelas páginas eram uma parte de Taehyung e não podia simplesmente se livrar dele. Convenceu-se de que remoer de novo essas questões era perda de tempo, e não chegaria a nenhuma conclusão. Tinha coisas mais importantes para se preocupar, agora que o poema de Taehyung havia vazado na internet. Lidaria com o diário depois. Empurraria com a barriga mais um pouco.

Fofocas se espalham rápido entre alunos do ensino médio. Jeongguk sabia que, uma vez que algo fosse revelado, guardar segredo era quase impossível para as línguas frenéticas dos adolescentes. Na segunda-feira, o colégio todo já estava sabendo sobre o poema de Taehyung. Todos os alunos do ensino médio já tinham lido os versos que ele havia escrito sobre si.

Por sorte Jeongguk não foi pego de surpresa. Jimin lhe mandou prints do grupo do terceiro ano no chat, das conversas do fim de semana. Agradeceu aos céus que Taehyung não estava naquele grupo para ler as coisas maldosas que alguns alunos haviam dito sobre ele. Os outros ficaram calados, com medo demais para enfrentar as implicâncias do alma ruim. Apenas assistiram ao terrível desenrolar da trama enquanto uns três ou quatro continuavam a diminuir o garoto incógnito. Ninguém o defendeu. Nem Jimin.

“Eu não vou me meter nisso”, dizia a mensagem que recebeu do melhor amigo, logo depois das imagens com as conversas. “Só achei que você devia ver”.

“Mas não vai fazer a porcaria de uma besteira, hein?”

Como não? Sentia tanta raiva que parecia impossível não fazer uma besteira, e precisou se esforçar para controlar a respiração logo depois de ler as conversas e análises maldosas dos adolescentes imbecis. Era seu poema, aquele. Seu e de Taehyung, e era bom. Se mordeu de ódio ao constatar como as pessoas podiam ser más, assim, sem motivo plausível.

“O alien é poeta. Tem como ele ficar mais gay que isso?”

“Um poeta ralo e amargo kkkkkkkk”

“Ele deve estar apaixonado”

A palavra o atropelou, sem aviso. Apaixonado? Jeongguk se tremeu. O coração parou por um segundo, travado por aquela palavra. Mas não, não. Negou com a cabeça. Não valia a pena levar nada do que aqueles idiotas falavam em consideração. Eram uma passeata de mentiras tolas e fúteis, especulações vazias. Apaixonado. Por mais que o estômago borbulhasse de nervosismo e dúvida, obrigou-se a ignorar a palavra. Era só uma provocação, como todas as outras.

Chegou ao colégio mais cedo na segunda-feira, motivado pela preocupação insana sobre os efeitos daqueles comentários maldosos sobre o poema de Taehyung. Queria ver como ele estava, ter certeza de que suas expressões doces não haviam sido apagadas. Como por um instinto irresponsável, os pés estranharam o caminho de costume e seguiram para a escada de madeira, até o corredor do terceiro ano. Apressou os pés, mas os degraus não pareciam terminar nunca. Um segundo de dúvida fez com que parasse ao chegar no topo, e a lógica lhe gritou que fosse até a sala de Jimin, que inventasse uma desculpa, que alterasse o seu itinerário. Entretanto, suas pernas não ouviram. Foram decididas e teimosas, passo a passo até a sala 302.

Infelizmente, não foi bem recebido.

- Olha só, se não é o príncipe vindo resgatar o sapo! – Provocou Seo Bokjo, num tom sádico.

Jeongguk o encarou com uma expressão hostil. O garoto de cabelos vermelho-sangue estava folgado demais pra quem não era ameaça nenhuma, mas não era para menos. Atrás dele estava Baek Geunsuk, com as mãos nos bolsos e sobrancelhas erguidas, como se a visão de Jeongguk em sua sala fosse a melhor das surpresas. E aquele sorrisinho no canto da boca, irritante e persistente, representando um alvo perfeito para que Jeongguk acertasse seu punho fechado.

- Tá mais pro sapo atrás da princesinha. – Geunsuk corrigiu. – Ei, Jeon. Errou de sala?

Bufou alto. Não ia se dar ao trabalho de responder àquele merda. Apertou as unhas curtas contra as palmas das mãos e passou reto por eles, indo até a carteira de Taehyung. Focado nele, não pôde ver nada além dos cabelos castanhos. O incógnito virou a cabeça para trás, o viu, e se botou de pé. Seus olhos estavam muito abertos, sobrancelhas arqueadas, cintilando um misto entre receio e satisfação que Jeongguk habilmente reconheceu, mas não pôde compreender.

- Ei, hyung. Olha, eu só vim pra-

Apesar da expressão de expectativa no rosto de Taehyung, foi incapaz de completar a frase. Às suas costas, ouviu uma voz sibilar, baixa e venenosa, como uma serpente.

- Olha só, Bokjo! Eles têm tênis combinando. – Baek riu soprado, irônico. – Uau, isso é muito fofo.

Viu a expressão do incógnito se transmutar em lábios comprimidos, e uma sombra opaca cobriu suas íris castanhas. O pomo de adão dele subiu e desceu ao longo do pescoço dourado, sôfrego. Ele ficou duro, desconfortável.

Curioso, Jeongguk desviou os olhos para o chão. Lá estavam, os inesperados e já quase esquecidos tênis brancos, idênticos aos seus.

Derreteu por dentro, congelou por fora. Como diabos deveria reagir? Quis abrir o sorriso maior do mundo e sentiu os cantos dos lábios repuxando os músculos, os dentinhos doidos pra escapar. Os tênis eram a confirmação silenciosa das mensagens que haviam trocado no sábado, dos corações. Mesmo no meio daquela confusão por causa do poema, Taehyung calçou os tênis e foi com eles à escola. Foi corajoso. Jeongguk quis muito sorrir, mas Baek Geunsuk estava ali, ao lado, os olhos atentos às suas reações. Com sucesso, prendeu o sorriso no meio do caminho. Congelou a expressão dura no rosto. Mas o coração – aquele misterioso e pequeno coração que havia dado a Taehyung, sem querer – este se aqueceu tanto dentro do peito que chegou a amolecer.

Procurou uma resposta no rosto de Taehyung. E ao levantar os olhos, lá estava ele, a sua espera. Todo o universo infinito e brilhante, como ao olhar no telescópio, comprimido numa esfera. Ia escapar, o sorriso. Não tinha como repreendê-lo, ia mesmo escapar. E seria um daqueles bobos e deslumbrados, do tipinho mais vergonhoso. E Geunsuk seria testemunha de sua irremediável cara de deslumbrado.

- Uá, Jeongguk! Nós temos os mesmos sapatos. – Taehyung exclamou, num tom animado e surpreso. Aquilo soou tão fora de contexto que Jeongguk contorceu a cara num ponto de interrogação e o sorriso desistiu de aparecer. Ora, claro que tinham o mesmo sapato. Sabiam disso há tempos. Ele virou o pé de um lado para o outro, como se comparasse seus tênis perfeitamente limpos e brancos com os já um pouquinho encardidos de Jeongguk. Então continuou, enfático. – São mesmo idênticos, não são?

Ah! Sentiu-se burro. Ele estava atuando, é claro. Fingiu não saber dos sapatos, para que Baek Geunsuk não percebesse que, sim, estava certo. Eram tênis combinando, de fato. E era muito fofo mesmo, pelo menos para Jeongguk. Antes não gostava nada dessas coisas, mas vendo assim, os dois com os mesmos tênis, achou realmente fofo.

- É hyung. – Concordou, ainda em dúvida, inseguro sobre suas capacidades cênicas. – Que coincidência.

Não soou especialmente animado, mas talvez isso fosse bom. Ainda sentia os olhos do alma ruim fixos em si, aguardando qualquer sinal que pudesse parecer uma confissão, a espera de um deslize. Arriscou-se a dar uma olhada em volta e, como se todo o ar tivesse sido suspenso por alguns minutos, os alunos da sala 302 olhavam para si. Uns, disfarçados, pelo canto do olho, fingindo não ter interesse. Viu o irmão gêmeo do alma ruim espiando, sentado em sua carteira, e desviar rápido o rosto para o caderno assim que seus olhares se cruzaram. Outros eram mais descarados e assistiam à cena com os olhos concentrados de quem assiste seu programa favorito na televisão. Sem pudor ou culpa, encaravam, curiosos. Todos tinham lido o poema de Taehyung, o poema deles, sobre o crime inocente que haviam cometido.

Jeongguk sentiu o estômago se embolar num enjoo instantâneo. Estava acostumado a ser o centro das atenções, mas não assim. Geralmente, eram olhos de admiração, que o parabenizavam ou invejavam. Mas os olhares transgressores dos alunos fizeram com que encolhesse, que um nó cego se formasse em sua garganta e perdeu as palavras. Paralizou. Emudeceu.

- Você veio me ver. – Ouviu uma voz grave ressoar às suas costas, e virou-se sabendo exatamente o que lhe esperava. Lua, pálida, cheia de si. Elizabeth Lutterback, num resgate repentino. – Jeongguk-ah.

Jeongguk-ah? A boca de Jeongguk pendeu entreaberta, numa pergunta muda. Pela primeira vez, Liz lhe abriu um sorriso novo e completo, quente. Como se fosse a simpatia em pessoa. O sorriso pareceu deslocado em seu rosto magro, como numa edição de imagem mal feita.

- Agora você namora com a esquisita estrangeira? – Geunsuk se intrometeu, implicante, mas seu rosto denunciava a surpresa que o tom tentava disfarçar. Ele não esperava por essa. – O alien vai ficar chateado.

- Eu não preciso dar satisfação pra você.

Não conseguiu segurar a frase. Ela fugiu-lhe dos lábios, e a cabeça tombou de lado, os olhos semicerrados de desprezo.

- Ora, não fique bravo, Jeon. – Disse, manso, coberto de sarcasmo. – É que eu pensei que a Lutterback gostasse do extraterrestre. Mas devo ter me enganado.

A frase o atingiu como um soco no estômago. Por instinto, Jeongguk espiou Liz e Taehyung. A garota ignorou o comentário, solene, e seu rosto decretava o mais profundo dos tédios. As mãos de Taehyung, inquietas, maltratavam as próprias cutículas.

Voltou a encarar Geunsuk, decidido a não dar atenção às provocações. Era o que ele queria, tirá-lo do sério, e estava conseguindo. Ainda que não quisesse ser agressivo na frente de Taehyung, o garoto de alma ruim estava indo longe demais. Continuava com aquele sorrisinho sádico e irritante, implorando para que lhe desse um belo soco na cara.

- Tenho certeza de que você deve ter uma vida pra cuidar, Baek.

- Ah, claro. – Ele deu de ombros. – Mas eu sempre tive interesse em bizarrices. E esse é o triângulo amoroso mais bizarro que eu já vi.

- Bizarra é essa sua obsessão. – Liz se intrometeu, em seu típico tom enfadado. – Só nos resta descobrir qual de nós três desperta tanto seu interesse. Aposto que é o Taehyung.

Geunsuk vacilou a expressão arisca por um segundo, e desviou os olhos para algum ponto da sala, longe do trio. Jeongguk tentou seguir seu olhar, mas foi inútil. Antes que pudesse obter alguma resposta, o alma ruim abriu outro de seus sorrisos maliciosos e o sinal tocou, decretando o início da primeira aula.

- Eu acho que todos os viados deviam morrer. Gente igual Kim Taehyung me dá nojo.

- Você me dá nojo. – Jeongguk rebateu, ignorando o barulho insistente do sinal da aula, e deu dois passos para cima de Geunsuk, de peito aberto, respiração pesada.

Ali estava aquela alma ruim, no auge de sua natureza intolerante e perversa. Jeongguk sentiu as unhas lhe ferindo as palmas das mãos, os punhos fechados com força, vibrando de desejo para acertá-lo no meio do nariz. Soltou um rosnado baixo, cara a cara com o rosto metido de Baek Geunsuk, e a sala inteira pareceu se resumir aos dois, olhos nos olhos, imersos num silêncio cadavérico.

Aquilo era o maior dos absurdos! Ele desejou a morte de Taehyung. A própria morte, só por gostarem um do outro, pelo sentimento puro e verdadeiro que não fazia mal a ninguém.

- Tem certeza que quer me bater? – Sibilou, as palavras transbordando veneno, e Jeongguk teve de se conformar em ficar calado.

Ele levantou uma sobrancelha e riu. Riu da sua impotência perante a ameaça que Geunsuk havia feito há algumas semanas. Ele sabia que Jeongguk não seria capaz de se mover se fosse arriscar a segurança de Taehyung.

Mas a vontade era de jogar tudo pro ar e Jeongguk inflou o peito e deu mais um passo à frente, obrigando o alma ruim a recuar. Feriu Geunsuk com o olhar sanguinário e semicerrado.

Liz Lutterback segurou-o pelo pulso. Sentiu-a apertar o músculo tenso, e seus dedos finos deslizaram até o punho fechado antes de se afastarem. Era um aviso. Que seguisse o conselho de Jimin. Que não fizesse nenhuma bobagem.

Hesitou um milésimo de segundo e, como se o universo estivesse lhe enviando uma mensagem, a voz do professor ressoou palavras que não compreendeu através da sala de aula. Os alunos voltaram a falar, todos ao mesmo tempo, em mil burburinhos. Geunsuk abriu um sorriso folgado de lábios cerrados e Jeongguk deu um passo para trás. Desviou os olhos até o incógnito, em busca de compreensão. Ofereceu-lhe um pedido mudo de desculpas.

- Vai, Jeongguk. – Taehyung sussurrou, feito súplica. Sua postura era defensiva, os ombros curvados, cabeça baixa.

Merda, como eu sou imbecil! Ficou mudo perante a expressão de Taehyung. Ele, que sempre quis passar despercebido – como já havia dito no diário – estava agora no centro do picadeiro daquele circo de horrores. Culpa minha, Jeongguk pensou, incapaz de abrir a boca. Culpa da porcaria do meu temperamento horrível.

Sentiu uma mão pesada pousar-lhe no ombro, e deu de cara com o professor. Era um senhor grisalho de uns quarenta anos, com uma expressão severa nem um pouco satisfeita.

- Você não é dessa turma, jovenzinho.

Mudo e confuso, Jeongguk foi colocado para fora da 302, deixando Taehyung, Liz e Geunsuk para trás. Antes de deixar a sala, ouviu ressoar a voz do alma ruim uma última vez.

- Você tinha razão, Alien! Acho que seu café não agrada a todos.

Espremeu os olhos, sentindo-se a mais estúpida das criaturas. Droga! Só queria ver como Taehyung estava, só isso. Foi até lá para conferir se estava bem e acabou piorando a vida dele.

Mas que idiota!

No corredor, um dos inspetores apareceu, e a mão firme do professor finalmente largou seu ombro.

- Você pode levar o garoto até a orientadora? Acho que ele precisa trabalhar uns probleminhas de temperamento.

Merda, estava encrencado. Além de ter piorado tudo, ainda tinha se metido em problemas. A porta da sala foi fechada atrás de si, e o inspetor lançou-lhe um olhar impaciente.

- Eu preciso ir pra aula. – Jeongguk tentou justificar, orando para que ele simplesmente o deixasse ir para a sua sala.

- Agora? – O inspetor soltou uma risada seca e descrente. – Já é tarde. Você não pode mais entrar. Devia ter pensado nisso antes de arrumar problemas.

É, eu devia. Jeongguk bufou, conformado.

 

~x~

 

Sentou sozinho na secretaria do colégio, com os punhos fechados de raiva e uma cara de poucos amigos. Ainda estava irritado pelas palavras de Geunsuk, e nem conseguiu ver a gravidade da confusão em que havia se metido. Ah, merda, sua mãe provavelmente o mataria se ficasse sabendo disso, mas dane-se. Que ficasse de castigo por um mês, droga, aquele idiota merecia uma bela surra! Já que ninguém parecia disposto a dar um jeito nele, Jeongguk pensou que precisaria lidar com o problema com as próprias mãos.

Apesar de no calor do momento a raiva ter falado mais alto, a parte lógica do cérebro teimava em dizer que havia sido precipitado. Jeongguk não conseguiria se perdoar se fosse culpado por tornar as implicâncias do alma ruim ainda mais agressivas, mas sabia que aquele embate não havia ajudado em coisa nenhuma. Tinha rebaixado Geunsuk na frente da sala, e ele não deixaria passar sem consequências. Sabia disso.

Mas como se controlar quando Taehyung estava sendo uma vítima? Como poderia simplesmente ficar calado e assistir enquanto o garoto que gostava era tratado daquela forma?  Precisaria de uma força sobre-humana para escutar aquele bando de lixo e não fazer nada. Jeongguk não era nobre o suficiente pra isso, apesar de julgar seus motivos bastante nobres.

- Jeon Jeongguk?

Ouviu uma voz feminina chamar seu nome e levantou o rosto. Uma mulher de meia idade, com cabelos castanho avermelhados, esperava na porta de sua sala. Sabia que era a orientadora do colégio, a senhorita Jang, mas nunca precisou conversar com ela antes. Determinado a não abrir a boca, Jeongguk pegou a mochila e seguiu para dentro do pequeno escritório. As paredes eram pintadas de azul claro, e faziam o lugar parecer um quarto infantil. Pensou que devia ter sido uma tentativa de fazer a sala parecer “amigável”. Humpf, que bobagem. Não seria amigável. Ficaria calado.

Decidiu que não podia contar o ocorrido, ou aquilo acabaria se virando contra Taehyung. Os Baek eram cheios de alianças dentro do colégio, e não podia confiar em ninguém. Se chegasse aos ouvidos de Geunsuk que tinha sido um dedo duro, ele faria questão de tornar o dia a dia de Taehyung ainda mais insuportável como vingança.

- Acho que ainda não nos conhecemos. Eu sou Jang Hwayun. – Ela abriu um sorriso reconfortante, como se já estivesse pronto nos lábios. Jeongguk sentou-se na cadeira e cruzou os braços. – Então, me conte o que aconteceu.

- Nada. Fui ver um amigo da 302 e perdi a hora da aula.

- Fiquei sabendo que houve um desentendimento.

“Desentendimento”. Não conseguiu segurar um sorrisinho irônico.

- Não foi nada.

A Srta. Jang suspirou, parecendo ter se conformado, e abriu uma das gavetas da escrivaninha.

- Já que você não vai falar, vou marcar uma conversa com seus pais.

Merda. Isso era golpe baixo. Por mais que quisesse proteger Taehyung acima de tudo, Jeongguk tremeu de medo e seu estômago se embrulhou. Sua mãe podia ralhar o quanto fosse e nem ligava, mas não tinha nada pior do que ver seu pai insatisfeito. Ele raramente ficava bravo, o que só deixava a bronca mais severa.

- Calma! Hm... se eu falar, você desiste de chamar meus pais?

- Se você falar, talvez não tenha necessidade.

Respirou fundo. Não teria mal falar se mantivesse os nomes para si, certo? Contaria por alto, e rezaria para que ela ficasse satisfeita sem os detalhes.

- Eu fui ver um amigo da 302, isso é verdade. E um outro garoto implicou com ele, sem motivo nenhum, e eu fiquei com raiva. Mas eu não fiz nada! Nem encostei nele. Juro.

Observou a orientadora, na esperança de que ela aceitasse aquela explicação superficial. A mulher ergueu as sobrancelhas compreensivas e acenou com a cabeça, dando-se por satisfeita.

- Eu vou ser obrigada a te dar uma advertência.

- Porque eu estava tentando proteger meu amigo?

- Porque você demonstrou não saber controlar a sua raiva.

Bufou, irritado, enquanto a orientadora preenchia o documento da advertência. Não era justo. Não era justo que Taehyung continuasse a sofrer com as provocações, não era justo que levasse uma advertência quando na verdade era Baek Geunsuk quem deveria estar sentado naquela sala. Não era nada justo!

- Eu não fiz nada de errado. – Disse, indignado pelo castigo. – Eu só estava lutando pelo que eu acho certo, não é isso que a gente devia fazer?

A orientadora parou de escrever e levantou os olhos para si, curiosa. Mexia a caneta entre os dedos sem parar, girando-a de um lado para o outro. Parecia pensativa por um segundo, e Jeongguk teve esperanças de que ela fosse desistir da advertência também.

- Posso saber que amigo é esse?

- Kim Taehyung. – Deixou escapar entredentes, e o semblante da orientadora mudou no mesmo segundo. Ela arregalou os olhos, parecendo bem mais interessada. Jeongguk achou aquela reação estranha. – Você conhece ele?

A senhorita Jang afirmou com a cabeça.

- Conheço. Vocês são amigos?

- Somos, a gente… não faz muito tempo que a gente se conhece, na verdade. Mas é uma sacanagem o que fazem com ele, e ainda mais idiota que ninguém faça nada sobre o assunto!

Não conseguiu segurar o tom de desprezo, e agradeceu mentalmente por não ter deixado escapar o nome de Baek Geunsuk. A Srta. Jang não revelou nenhum outro sinal. Apenas escreveu mais alguma coisa e esticou o papel sobre a escrivaninha.

- Tem que ser assinado por um dos seus pais até sexta, no máximo. Se você não trouxer, vou ser obrigada a ligar pra eles.

Jeongguk pegou o papel à contragosto e precisou se segurar para não revirar os olhos. Era uma grande idiotice, aquilo tudo. Ninguém se importava. Se não protegesse Taehyung por conta própria, ninguém faria porcaria nenhuma para ajudá-lo.

- Ótimo. Obrigado.

Colocou a mochila nas costas e caminhou para fora de sala, através da secretaria e até o corredor. Teria que ficar mais vinte minutos esperando do lado de fora até que a primeira aula começasse, e se sentou no chão. Merda, em que diabos tinha se metido? Como se não bastassem as fofocas sobre o poema, agora tinha mais uma briga com o alma ruim e uma advertência pra colocar na lista de problemas. Bem que Songyi avisou, na semana anterior. “Resolver um problema só dá abertura pro aparecimento de novos problemas”. Maldita língua pessimista.

Levantou o papel em frente aos olhos, a advertência que sua mãe seria obrigada a assinar. Precisaria dar um jeito de convencê-la a não contar ao seu pai, ou teria que ouvir um de seus sermões cruéis.

Arregalou os olhos ao ler a lacuna do “motivo”, preenchida com uma caligrafia caprichada.

Discutiu em sala de aula.

Logo abaixo, numa letra apressada, a senhorita Jang havia adicionado um parênteses.

(enquanto tentava proteger um colega)

Talvez nem tudo esteja perdido.

 

~x~

 

Entrou na sala e foi recebido com olhares curiosos dos outros alunos. Que ótimo, todo mundo já sabe. Parece que ninguém tem nada melhor pra fazer do que se preocupar com a vida dos outros. Cheon Songyi lhe encarou com um semblante especialmente ameaçador, e Jeongguk soube que precisaria ouvir reclamações dela mais tarde.

Ignorou o interesse indiscreto dos colegas e sentou em sua carteira. De olhos fechados, recitou o poema de Taehyung na mente, à procura de conforto. Vai passar, tentou se convencer.

“Eu segurei a estrela, sem nem perceber

Como pode ser tão mais bonita de perto?”

Entretanto, a voz asquerosa do alma ruim interrompeu as palavras doces de Taehyung. Apesar de parecer o menor de seus problemas agora, Jeongguk não pôde se esquecer do que ouviu. “Eu pensei que a Lutterback gostasse do extraterrestre”, e Taehyung mexendo nas unhas, puxando as cutículas, como se o comentário do maldito Geunsuk tivesse raízes em alguma realidade. Sabia que não deveria confiar nem em uma vírgula do alma ruim, mas a neurose já havia se instalado na cabeça fraca.

Liz poderia gostar de Taehyung? Na cabeça de Jeongguk, nada impedia que sim. Nada impedia o oposto também, já que o incógnito nunca deixou claro se gostava só de garotos ou de garotas. Sabia que gostava de si, e essa informação fora mais do que suficiente até agora. Ficou tão cego com o afeto de Taehyung que nem pensou nisso. Não importava.

Mas agora que a possibilidade havia lhe sido jogada contra a cara pelo alma ruim, não conseguiu evitar pensamentos incômodos. Os beijos de Taehyung, doces e macios, eram aptos demais para serem os primeiros. Ele parecia saber o que estava fazendo, ainda que fosse tímido, hesitante ou desajeitado.

Talvez seja um talento nato, pensou, decidido a deixar o assunto pra lá, mas a frase de Geunsuk continuou a martelar na cabeça. Eu também já tinha beijado antes. Várias vezes. Por que pensei que seria o primeiro?

Desistente, teve que admitir o próprio narcisismo. Queria ser o primeiro.

Afastou os pensamentos abusados. Era egoísta se preocupar com a relação entre Taehyung e Liz num momento tão complicado, em que a escola inteira estava cochichando sobre o incógnito pelas suas costas, fazendo todo tipo de suposições maldosas. Não, não devia pensar sobre Taehyung e Liz. Desejou nunca ter ouvido aquele comentário do alma ruim.

Mas, até o intervalo, não pôde se concentrar em nada a não ser em suas próprias neuroses e inseguranças.

 

Caminhou a passos lentos até a estátua da Virgem Maria, tenso e envergonhado. Quase nem foi pra lá, cogitando a possibilidade de ir almoçar no refeitório, mas uma mensagem de Jimin fez com que desistisse logo dessa ideia. “Melhor nem aparecer por aqui, Guk. Tá todo mundo falando de você. Parece que o tal Baek espalhou alguns boatos”. Não tinha certeza do quê estavam falando, mas imaginava. Também, não estava ansioso para descobrir.

A Virgem Maria não pareceu uma opção muito melhor, mas era a única – se não quisesse passar o intervalo todo sozinho na sala de aula, o que só serviria para dar mais munição para as fofocas dos alunos. Caminhou até o pátio aberto com o coração batendo afoito na garganta, envergonhado por ter piorado ainda mais a situação já delicada do incógnito. Teve vontade de pedir desculpas, mas não queria fazê-lo na frente de Hyeyeon e Liz. Precisava ficar à sós com Taehyung, e seria muito mais difícil agora que eram o centro das atenções.

Procurou conforto no céu aberto, nas nuvens claras e compridas que se espalhavam pelo azul. Pensou que Taehyung gostaria do tempo claro e ensolarado, e permitiu-se sorrir. Procurou o trio, ainda a alguns passos de distância, e avistou o garoto bonito de quem tanto gostava, a fonte de toda aquela confusão maluca. Estava sozinho.

A pele de Taehyung reluzia ao sol, dourada. Só vê-lo fez com que as mãos formigassem de nervoso. Ele mudou tudo, sem pedir licença. Mudou seu mundo exterior, e o mudou por dentro. Jeongguk não conseguia se sentir a mesma pessoa de um mês atrás, porque as borboletas insistentes não deixavam. A boca secou ao vê-lo, como se só a proximidade pudesse matar sua sede. Viu-o virar o pescoço em sua direção, e capturá-lo outra vez.  Sua expressão parecia guardar a mesma angústia que Jeongguk prendia no peito e apertou o passo, ávido para alcançá-lo.

- Ei, hyung.

- Oi.

Sentou-se ao seu lado, de pernas cruzadas, e afundaram no silêncio. Só o cheiro de baunilha já lhe serviu como alívio, e por mais que estivesse lotado de coisas pra dizer, não soube como.

- Hm… Cadê as meninas?

- Disseram que precisavam resolver umas coisas de garotas. – Disse, os olhos focados nos próprios pés, os tênis brancos novinhos. –  Se enfiaram no banheiro feminino.

Não podia ser coincidência. Estava torcendo para um momento à sós com Taehyung, e repentinamente as meninas decidem sumir.

- Parece uma desculpa pra deixar a gente sozinho.

- É, eu sei. Tenho certeza que foi isso.

Então, elas sabiam. Pelo menos Liz devia saber, se suas suspeitas estivessem corretas. Entretanto, não era o momento pra se preocupar com isso.

- Que bom. Eu queria mesmo falar com você, pedir desculpas… por ter te arrumado mais problemas com Baek Geunsuk. – Soltou. Respirou fundo, juntando fôlego pra dizer tudo de uma vez. Se não fosse assim, não conseguiria. – Eu só fui na sua sala hoje de manhã porque queria ver como você tava, depois do negócio do poema. Jimin me disse que a foto do quadro espalhou, e um monte de gente leu, e eu pensei que você pudesse… ah, não sei. Na verdade não pensei, como sempre. Só fui, porque queria te ver. Eu sei que agi feito um idiota e piorei tudo.

Observou Taehyung, olhos presos nos pés. Ele passeou com a língua sobre os lábios e mordeu a pobre pintinha castanha. Oh, céus, como podia ser assim até nos momentos mais inoportunos? Jeongguk balançou a cabeça em repreensão. Como, depois de todo esse caos, ainda podia pensar em beijos? Ah, mas podia. Taehyung provocou um vício imenso em baunilha. Era efeito da tal dopamina.

- Você não pensa mesmo.

Ele finalmente levantou os olhos, e Jeongguk sentiu-se devorado de novo. E pensou que mesmo que estivesse afundado numa tempestade de neve sem precedentes, tinha os olhos quentes e cósmicos de Taehyung como sua fonte inesgotável de calor. Não voltaria atrás, nem se pudesse.

- Não, eu não penso.

Sem conseguir se conter, Jeongguk roubou-lhe um beijo. Só um selar, rápido e furtivo. Um breve toque, uma amostra singela da maciez dos lábios dele, mas o suficiente para fazer o coração explodir em batimentos descontrolados.

Taehyung arregalou os olhos e dilatou as narinas, as sobrancelhas espessas completamente escondidas pela franja castanha. Suas bochechas ficaram vermelhas num segundo, e ele olhou em volta enfaticamente, como se estivesse sendo perseguido. Jeongguk não conseguiu segurar um sorriso satisfeito, e uma risada boba escapou pelo nariz. Essa expressão era nova, e uma das boas.

- Jeongguk, eu acho que só deve ter vento dentro dessa sua cabeça bonita. Ou isso, ou você está com febre de novo, e por isso está todo surtado!

Suspirou aliviado ao ouvir seu tom de falsa ofensa. Sentiu como se vinte quilos tivessem sido tirados de seus ombros ao ver Taehyung agir dessa forma leve e espontânea.

- Acho que nunca foi a febre, hyung.

- Hãn? Aish… como você consegue?

Jeongguk o observou com olhos brilhantes de encantamento, a famosa cara de bobo. A boca dele, rósea e entreaberta, parecia prestes a desabrochar num sorriso frouxo. Seu tom de voz era adoravelmente despojado, como quem finge estar ofendido. Os cílios, longos e castanhos, batiam asas incessantes, feito as borboletas no estômago. Jeongguk sentiu-se a ponto de flutuar outra vez. Taehyung estava graciosamente constrangido e, – concluiu com imensa satisfação – lisonjeado.

Mudo, perdido e enfeitiçado, o resto ficaria para outra hora. Eram coisas fúteis, banais. A relação de Taehyung e Liz, o diário embaixo das meias, as fofocas do ensino médio, o preconceito, a advertência, Geunsuk e suas imbecilidades debochadas, seus boatos falsos. Depois. Agora, manteria-se confortavelmente inundado pela aura excêntrica do incógnito, por suas revelações e pequenos tesouros diários.

- Você sabe, Jeongguk-ah, porque só fui perceber de verdade como você se sentia quando te vi doente? Você perdeu tudo quanto é filtro naquele dia.

- Hm… – Negou bobamente com a cabeça, em câmera lenta. – Porque te abracei?

Ele soltou uma risada rouca e infantil, como uma criança que guarda um segredo. Encantador.

- Você nem se lembra.

- Me conta, então. Você deve estar doido pra contar.

Taehyung ergueu as sobrancelhas. Parecia tímido e hesitante, mas não perderia a oportunidade de contar uma história. Não quando os olhos de Jeongguk, cintilantes, praticamente imploravam para ouvir.

- Você estava pelando de febre! Uns quarenta graus, eu acho, e estava todo em volta de mim! – Ele arregalou os olhos, na sua expressão enfática e animada de narrador. – Mais umas três cobertas, mais o aquecedor ligado. Eu sou bem friorento, mas foi demais até pra mim. Eu tava morrendo de calor e não conseguia dormir. Depois você apagou e ficou todo molengo. Cada braço seu deve pesar uns dez quilos, é sério, mas até que foi fácil te tirar de cima de mim e eu me livrei de um bocado de cobertor. Só que minha liberdade durou tipo uns dez minutos, até você se remexer todo e se virar. Você acordou, abriu os olhos e ficou me encarando um tempo, meio deslumbrado, sei lá. Não dava pra enxergar quase nada, e eu mal podia te ver, mas os postes da rua estavam acesos e refletiam nos seus olhos. Um tantinho de luz entrou pelas persianas, e acho que só por isso você conseguiu me ver, mas duvido que tenha sido muita coisa. Você ficou assim, sem mal piscar. Depois, murmurou umas palavras alucinadas e sonolentas e me puxou de novo, pela cintura. Daí deitou a cabeça em mim e me fez de travesseiro. Dormiu no segundo seguinte. Ou acho que nem chegou a acordar hora nenhuma, e só estava sonâmbulo.

- Ah…

Então foi por isso que acordamos ao contrário.

Lembrou-se de ter estranhado acordar com a cabeça no peito de Taehyung, já que não tinha nenhuma lembrança de ter se movido durante a noite. Não recordava ter acordado, nem olhado para ele, muito menos falado. Merda, podia ter dito qualquer coisa, ter entregado qualquer segredo e nem se lembraria. Maldita língua sem freios.

Entretanto, não deve ter sido algo ruim se Taehyung estava ali agora, sorrindo consigo, narrando a tal história em timbres constrangidos e mirabolantes, de autor do diário, de incógnito em carne e osso.

- E o que foi que eu disse? – Perguntou, em incontrolável curiosidade.

Ele soltou uma risada frouxa e deixou um sorriso tênue brincar nos lábios. Jeongguk sentiu-se analisado enquanto os olhos de Taehyung percorriam seu rosto de um lado a outro, sem pudores. Uns segundos depois e as íris castanhas pararam, agarrando-se às suas escuras numa troca íntima de olhares.

- “Como você pode ser tão mais bonito assim, bem de perto?”

 


Notas Finais


OLÁ! Espero que tenham gostado do capítulo! <3 O alma ruim está no auge de suas maldades, e Jeongguk não ajudou em porcaria nenhuma... Então, podemos esperar uma vingança dele.
Mesmo assim, Taekook ainda estão em lua de mel, apesar do Jeongguk ficar meio hesitante só de pensar na palavra 'apaixonado'. Poxa, Guk... Tá meio óbvio né? Acho que todo mundo já sacou hahaha.

Enfim, eu estava MORRENDO DE SAUDADES!!! Sério, estou em abstinência de tudo - de escrever, dos comentários, de conversar com vocês no twitter e etc. Então, POR FAVOR, ME DIGAM QUE NÃO ESQUECERAM DE MIM! Real, estou morrendo de medo de que parte dos leitores tenham perdido a paciência e abandonado a fic :( poxa... Saibam que eu posso até me embolar, mas não abandonarei nenhuma das minhas fanfics.
Portanto, não esqueça de deixar seu comentário, nem que seja só pra me deixar saber que vocês ainda estão aí - vivos, bem, e sedentos por novos capítulos. Logo logo sai cap novo de Hipnosis também, já tá quase finalizado!

Vou dar um jeito de compensar minha demora, e pretendo escrever rapidinho o próximo. Então, não desistam de mim!

Quem quiser bater papo:
Twitter @ btsnoona_
Curiouscat @ btsnoona

Amo muito vocês!
Beijocas amoras,

~BtsNoona


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...