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História Inner Child - Kim Taehyung - Night Out


Escrita por: Jupiter131 e wonderland-txt

Notas do Autor


Oi, gente! Esse é um dos meus caps favoritos, então espero que gosteeeeem <3
Se cuidem, fiquem em casa e bebam água.


Um beijo e um queijo,
Wonderland.

Capítulo 4 - Night Out


Fanfic / Fanfiction Inner Child - Kim Taehyung - Night Out

Não reconhecia onde estávamos indo, mas não era pra menos, eu não estou há tanto tempo em Nova York como Taehyung. Apenas decidi confiar nele e continuar lhe seguindo, ainda de mãos dadas. Não percebi o momento em que paramos de correr e começamos a andar pelas ruas residenciais observando os prédios, mas sem dizer uma palavra sequer.

Paramos em frente a um edifício clássico de NY, de tijolinhos laranja com escadas de saída de incêndio. Mediei o olhar entre o prédio e Taehyung, que tinha um sorriso travesso nos lábios enquanto olhava para cima. Ele me olhou e piscou, soltando minha mão para puxar a escada que dava acesso ao prédio.

 

_ VOCÊ É MALUCO?? - ele me fez sinal de silêncio pois acabei falando muito alto - A gente vai invadir um prédio?

_ Você confia em mim? - ele cochichou, me estendendo a mão novamente.


Relutante, assenti com a cabeça e lhe segui para o topo do edifício pelas escadas externas. Apesar de precisar fazer silêncio, nossa risada abafada poderia ser ouvida de dentro dos apartamentos, com certeza. Parecíamos duas crianças.

Tae me ajudou a subir a última parte, dando de cara com uma vista linda da cidade de Manhattan. Apesar de ser um prédio baixo, conseguíamos ter uma boa visão. As luzes de bolinhas que atravessavam o lugar deixavam tudo ainda mais charmoso.

 

_ Uau, esse lugar é incrível - eu olhava tudo ao redor. Apesar de ter uma varanda boa em meu apartamento, não tinha a visão 360º que o topo de um prédio oferecia.

_ Acho que é um dos meus lugares favoritos da cidade.


Ele se sentou na saída de ar e me fez sinal para sentar ao seu lado. Ficamos em silêncio por um tempo, só observando as estrelas.


_ A propósito, não invadimos o prédio. – ele disse, me encarando de repente - Eu conheço uma garota que vive aí, a namorada do Jimin, Iandra. Ela sempre me ajuda quando sou pego pelo zelador.


Eu dei risada de sua atitude boba. Óbvio que ele seria pego pelo zelador, estamos falando de Kim Taehyung. 


_ Que nome peculiar - observei sobre a garota de quem falávamos.

_ É bem inesquecível - ele deu risada - ela é escocesa. Acho que vocês vão se dar bem.

_ Só porque tenho descendência escocesa? Que xenofóbico.

 

Tae caiu na gargalhada, o que me fez acompanhar. Do nada, ele ficou sério e começou a me encarar.

 

_ Você me perdoa?

 

Minha cara de desentendida o fez virar o corpo para ficar completamente de frente para mim. Sua expressão era séria e até um pouco magoada.

 

_ Você sabe... Pelo que fiz pelos meus pais naquela época. Sei o quanto te fiz mal e me culpo todos os dias por isso. Nunca te julgaria se não tivesse me mandado mensagem hoje ou nem olhado na minha cara no meu trabalho.

 

Suspirei. Claro que falaríamos sobre isso: sobre nosso fim (ou o que eu pensava ser nosso fim até hoje de manhã).

Não gostava de pensar sobre isso, mas com nosso encontro na cafeteria, era inevitável pensar ou até mesmo falar sobre isso em algum momento.

Os pais de Taehyung nunca aprovaram nossa aproximação. Em nossas férias de verão de 2013, nos conhecemos em um hotel fazenda/acampamento, no grupo de atividade de canto. Aprontávamos muito juntos, e isso nos levou a uma paixão descontrolada... Mas a família tradicional coreana dele havia arranjado uma pretendente de família rica, e não admitia que o filho se relacionasse com outra pessoa. Então, o fizeram terminar o que quer que tínhamos na época. Ele não me contou o real motivo na época, apenas me deixou...

 

_ Não foi culpa sua. Seus pais sempre foram assim e a gente sabia disso quando começou a se aproximar. Eu te agradeço, na verdade, por ter me explicado tudo depois. Mesmo que tenha sido por carta, tirou um peso das minhas costas saber o real motivo.

 

Ele segurou em minhas mãos e me olhou nos olhos.

 

_ Sabe, eu vim morar aqui porque me recusei a casar com Jennie. Contei a eles que tinha escrito a carta pra você explicando o que realmente tinha acontecido e fui expulso de casa. Se eu estou seguindo meu sonho... É por sua causa, S/N.

 

Minha visão ficou embaçada de lágrimas nesse momento. Tudo que eu conseguia fazer era sorrir e negar com a cabeça. Como ele podia ter feito isso?

 

_ Não adianta negar! - sua risada fofa me fez rir - Quando ouvi seu nome no café, quase morri do coração.

_ E quase perdeu o emprego quebrando tudo.

_ Foi por pouco! - rimos novamente - mas tudo que eu consegui pensar é que foi o destino. Foram as estrelas... Como eu pedi todas as noites desde então. Por favor, diz que me perdoa.

_ Só se prometermos nunca mais esconder nada um do outro, salvas surpresas como essa noite!

_ Prometo! Prometo o que você quiser e estiver ao meu alcance! – ele sorriu como se o mundo agora estivesse colorido.


Coloquei as mãos no rosto para esconder minha vergonha. A última vez que alguém tinha sido tão sincero sobre seus sentimentos comigo, bem, tinha sido ele. Tudo que conseguia pensar era em como tudo teria sido diferente se não tivéssemos nos separado na época. Ele colocou levemente suas mãos em meus punhos, afastando meus dedos do rosto. Seu sorriso de canto me fez derreter toda. De minhas mãos, seus dedos brincaram pelo meu braço e subiram até meus cabelos ruivos. Ele estava se aproximando de mim, até que uma luz forte veio da direção da porta direto em nossos rostos.

 

_ Ah, coreano, é você - um senhor de macacão preto e uma lanterna na mão apareceu - achei que era um ladrão igual aconteceu no prédio 1002 semana passada.

_ Desculpa, Frederick. Não consegui te avisar que ia subir - Tae acenou para o senhor que gesticulou para deixar pra lá.

_ Não posso deixar que fiquem aqui hoje, tive reclamação do barulho, por isso subi. Vai ter que achar outro cantinho favorito essa noite, Kim.

 

Tae suspirou e se levantou, indo em direção a porta. Eu o segui de cabeça baixa, tentando me fazer invisível. Ele apenas acenou com a cabeça e recebeu um "uhum" do tal Frederick. Descemos novamente para a rua.

 

_ Desculpa te fazer passar por isso - ele coçava a nuca tímido, o que me trouxe boas lembranças novamente.

 

Talvez eu não precisasse só ter momentos assim como lembranças. Essa era nossa segunda chance, não podia ser em vão.

Ele me tirou de meus devaneios perguntando algo que não entendi.

 

_ Eu te perguntei se já jantou hoje.

_ Comi sopa, mas sopa não é janta.

 

Ele riu e andou em direção a uma moto linda estacionada no meio fio.

 

_ O que acha de darmos uma volta? - me jogou um capacete preto que peguei com certa dificuldade por estar despreparada, mas coloquei na cabeça sem pensar duas vezes.

_ Por que não?


Notas Finais


Música do capítulo:
Night Out - Martin Solveig

Trecho:


Come on, come on
Vamos lá, vamos lá


Hey baby, give it a try
Hey, amor, experimente


I can find an answer if you wanna know why
Eu posso encontrar uma resposta se você quiser saber o porquê


[...]


How does it sound if we spend the night out?
O que você acha que passarmos a noite fora?


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