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História Inquebrável - Instável


Escrita por: Soulbebe

Notas do Autor


Se acredita que o mundo que o rodea não pode o surpreender, confira o início do desfecho mais belo e viciante de Inquebrável.

Capítulo 2 - Instável


Fanfic / Fanfiction Inquebrável - Instável

          10 anos mais tarde...

  A melodia fina e sensível tocava as paredes e subiam do teto balançando o grandioso lustre de diamantes, as velas levemente sopradas pelos ventos que entravam pelas janelas formavam uma linda imagem aos tons beges das cortinas. O violino continuava a ser tocado, seu som se propagava no ar chegando aos ouvidos do homem que costumeiramente adequava-se a usar paletó e gravata, seu sapato social bem engraxado fizera o clássico barulho de quando ele fazia uma pausa breve para chegar a determinado lugar.


As mãos macias de unhas bem cortadas giraram a maçaneta fria, a porta era grande o suficiente para dois homens de 1,80cm completarem a sua altura, a cor marrom da porta carregava escrituras em latim, sua fechadura rangeu ao abrir-se e o som do violino fora deixado de lado. Quem o tocava parou reverenciando a sua entrada relevante. 

— Por que parou de tocar? — Perguntou um tanto curioso ao encurtar suas mangas.

— Obviamente por que eu adoro as suas visitas. Devo dizer que tamanha raridade é porque você precisa de mim, não é mesmo? — Ele levantou-se do banco de madeira e guardou o violino. 

— Sim, Yoo Kihyun. Tenho um trabalho para você. — Ditou ele sorrindo.

O músico caminhou até ele, passou seus braços por cima dos ombros do homem atrás de suas costas largas e altas, não recusou o olhar impaciente cheio de reprovação de seus atos. Devolveu com um sorriso educadamente e se inebriou com o aroma do perfume forte masculino. Suas asas de 2m cada uma se expandiram e envolveram o corpo do homem maior liberando o ar perfumado de flores parado na sala.

— Vai me enviar ao mundo dos mortais? — Ditou ele manhoso. — Você sabe como é lá em baixo, e eu posso não voltar.

— Infelizmente. — Suspirou soltando-se dos finos braços — Você será um aluno que estará completando o ensino médio, não se preocupe em amizades, disso eu ajudarei.

Kihyun bufou ao cruzar os braços com sua atuação diária de exagero, escondeu as asas brancas e macias com a sensação da idéia, balançou as mãos para que o homem fosse prosseguir sua fala.

— Você irá conhecer Chae Hyungwon, um garoto bem esforçado e ao vê-lo irá entender a sua missão. — Concluiu por fim. 
— Chae Hyungwon, é? 

"Advanced Studies in Seoul" — ass — era um dois maiores se não o maior colégio para futuros formandos do ensino médio, com uma das maiores estruturas tecnológicas do mundo. A grade de matérias exigia um pouco mais de seus alunos, embora os bolsistas tivessem mais ganhos por conta de seu QI ou se estivessem em um grupo de esportes para competir pelo colégio. 

As solas gastas do sapato se arrastavam por uma grande parte demarcada pelas pinceladas que indicavam a quadra de voleibol, entretanto os olhos escuros eram fixos ao centro do outro lado da rede. Suas mãos grandes palpitavam ao segurar a bola esférica feita de couro flexível natural ou uma variante de couro sintético. Era apenas um treino, no entanto gostaria de ser o melhor jogador, o suor descia pelos músculos que ainda desenvolvia com certa aptidão na academia do colégio. 

Os ouvidos puderam captar o soar do apito fino do árbitro e Shin Hoseok sacou um belíssimo e exemplar saque por alto, o sorriso largo e generoso surgiu ao ser parabenizado pela equipe. Ele passou a baloiçar o corpo em maneira divertida para observar o amigo que havia acabado de ir vê-lo na quadra de esportes. A mão foi erguida sinalizando uma troca para que ele pudesse dar atenção ao amigo, WonHo sairá logo em seguida sem quebrar as regras exigentes que seria sair pela linha próximo a rede. 

— Yoo Kihyun você por aqui??! — WonHo abriu um sorriso grandioso e satisfeito depois de uma leve atuação.

— Claro que não, você nem é importante bocó! — Kihyun cruzou os braços com uma breve arqueada de sua sobrancelha bem demarcada pela maquiagem leve — Queria dar apoio para você, mas acho que não precisa de mim nesse momento. 

Os dedos apontavam em direção contrária, WonHo olhará curioso enquanto secava os braços com a camisa branca e grande. Gargalhou com a torcida que havia se formado na arquibancada para si, não esperava que muitas garotas e garotos viessem apoiá-lo além de seu amigo. Kihyun era bem popular no colégio, todavia muito inteligente, costumava falar com todas as pessoas que ali frequentavam por tal motivo era muito amado. 

— Yoo, você... — WonHo o procurou, mas não havia nem notado que ele havia ido embora de repente. 

O perfume mais caro, a roupa mais impecável, era impagável que o cheiro do perfume fosse reconhecido pelos demais alunos do colégio, o perfume chegava a ser descrito como uma obra-prima, ele é a quintessência da sofisticação e elegância — o equivalente a um traje de gala para o seu cheiro inigualável — assim era definido Dior Homme Intense. Lee MinhHyuk exalava a confia em seu andar, não existia nada do que não conseguisse para o próprio almejo, as madeixas escuras passavam a ser invejáveis a luz do sol com seu brilho.

Existe um ar superior em seu suspiro fingindo, procurava por alguém específico naquela manhã, alguém cujo o interesse proposital arrancava lhe as falas e os pensamentos em uma sequência infinita de segundos. MinHyuk riu forçadamente ao encher seu peitoral de ar, havia alguém mais popular que ele e a única pessoa em todo colégio que poderia bater de frente sem que o gosto de se prevalecer em cima fosse dado para ele.

— Não se cansa de ser dispensado? Quanto tempo irá levar que não vai conseguir isso?? — Perguntou Kihyun ao tombar com a figura no meio do corredor.

A cena sempre rendia platéia, muitos paravam para presenciar "dois gigantes" se enfrentando pelos arredores inconvenientes do colégio. Até mesmo durante as aulas se tornará comum vê-los pegarem suspensão juntos, muitos os outros comparavam os dois ao velho jogo do campo minado, por serem imprevisíveis e ilegível. 

— Quem disse que eu não vou? A é! Estou respondendo um lobo disfarçado de cordeiro. — Minhyuk chegou a revirar os olhos com a afronta — Deixe me ver... Não acho que eu estava disponível essa hora para falar com você, por favor, tente mais tarde.

As frases levaram Kihyun ao seu riso exagerado e teatral, todavia ele realmente era um lobo vestido de cordeiro e iria negar isso até a última gota de sangue de todas as suas veias. Ele estava indo atrás de algo específico, era o dia de seu relatório ao homem de terno, mas não o veria tão cedo naquela manhã, e sabia que o homem de terno via ele e todos ao seu redor constantemente. 

— Esnobe. — cuspiu as palavras de maneira rápida a Minhyuk — Aviso de antemão que dinheiro nenhum te dará felicidade e com esse seu jeito, Lee MinhHyuk... a... Lee MinhHyuk. Só nascendo de novo para corrigir a falha dos seus pais em te mimar tanto.

A resposta demorará para surgir depois das palavras de Kihyun, sentia na ponta da língua algo mais hostil para dizer. Seus lábios se dilataram em surpresa e indignação ao ver aquele menor virar as costas para si e o ignorar — Lee MinhHyuk adorava ser notado cresceu com essa idéia de que poderia ser maior que todos — Não deixou por menos, virou a direita para ir ao vestuário masculino do time de voleibol. 

— A! Hoje foi cansativo — Balbuciou WonHo ao tirar a camisa cheia e suor e jogar no cesto de roupas sujas — Perdemos por um sete. Não estou me esforçando direito — Ele lançou o corpo no banco fingindo chorar, mas o riso o derrotou — Que dor! Que dor!

— Shin Hoseok! Assim você acorda até os animais noturnos com esses berros malucos — HyungWon chamou a atenção do amigo de infância.

WonHo demorou longos e dolorosos minutos para entender que Hyungwon estava puxando sua orelha de maneira figurativa. Levantava lentamente apontando o indicador para o amigo para fazer o mesmo, ele definitivamente não gostava de ser chamado pelo nome verdadeiro. 

— Chae HyungWon! — O imitou e como reação recebeu um tapa no dedo onde levou aos lábios para controlar sua ardência repentina — Se você não me chamar pelo meu nome que eu adoro iremos nos falar por cartas!

HyungWon era especialista em música, adorava piano em suas horas vagas estava aprendendo a tocar um instrumento musical diferente. Não era frequente, mas encontrava WonHo no vestuário quando iria fazer sua sensação de terapias e massagens relaxantes nos jogadores de ASS, não só ele, mas também outros estudantes tinham a mesma rotina já como, poderiam e eram excelentes em seus atos. WonHo tirou o short fino e jogou no cesto como havia feito anteriormente, Hyungwon cobriu o rosto com as mãos com a cena, mas não existia nada de anormal no ato do mais velho, o time inteiro tinha a mesma ação. A toalha branca foi envolvida no quadril enquanto ele ria.

— Vamos... Vamos Wonnie.. seu corpo não é diferente do meu — Disse Wonho em meio a risadas e o abraçou por trás para tirar as mãos do rosto se seu melhor amigo. 

— Sai daqui Wonho! — Gritou ele tentando ter mais força em suas palavras já que não havia nos braços comparados aos de Shin. — Você me paga, Shin Hoseok. 

Ele virou-se para encher de córsegas o abdômen do amigo e com sucesso o atingiu derrotando WonHo por sua sensibilidade, o mais velho de maneira exata caiu no chão sem gemer de dor. Puxaria Hyungwon consigo, mas a entrada e a fala de alguém cessou qualquer ato futuro dos dois. 

— Atrapalho algo? — Minhyuk sorriu com um brilho nas pupilas pequenas. 
Hyungwon se recompôs dando a mão para que Wonho fosse se levantar também, não houve recusa por meio dele e ambos ficaram de pé para olhar Lee MinhHyuk que se aproximava mais dos dois.

— Eu já estava de saída. — Argumentou Hyungwon se despedindo — WonHo, tente não se machucar ou me dará dor de cabeça futura, até logo Minhyuk.

— Wonnie... — Um pouco tarde para impedi-lo, Hyungwon já havia saído para não pegar as indiretas de Minhyuk tão cedo, WonHo não via Minhyuk como os demais e como consequência o tratou bem — Minhyuk! Que bom ver você... hm, você procura alguém por aqui?
Minhyuk assentiu empolgado, sentou-se no banco cruzando suas pernas e manteve seu olhar fixo em WonHo, as mãos batiam na madeira para que o amigo fizesse companhia para ele. Minhyuk estava determinado, teria WonHo para si de alguma forma diante dos seus olhos ele era o garoto mais perfeito e ingênuo para se ter ao seu lado. O melhor jogador do colégio, era como achar ouro.

— Sim, Sim. WonHo, mas senta do meu lado eu não vou beliscar você.

A curiosidade era a maior inimiga de Wonho e a satisfação que tinha após descobrir do que se tratava tudo que o fazia ficar rodeado de tanto mistério virava seu ponto fraco e Lee MinhHyuk sabia bem como usar aquilo ao seu favor. WonHo sentou ao lado do mesmo e segurou em alguns fios de cabelo de Minhyuk os arrumando, o sorriso do garoto ficou genuinamente aberto e brilhante com o ato. 

— WonHo... — O sorriso de Lee se esvaiu com certa destreza, o semblante estava sério fazendo Wonho começar a ficar preocupado. — Você não sabia que Hyungwon só ficou seu amigo por que você é um simples bolsista? Sei que cresceram juntos e tudo mais... mas, Won uma vez falou com o pai sobre isso, contou que seria gratificante ter um amigo bolsista e as coisas ficariam mais fáceis para ele no futuro. 

— Minhyuk-ah... o que v-você.. Está me dizendo? — Ele sentiu seu sangue gelar, sua mente parar e não conseguia ao menos mexer os dedos do corpo abismado com aquela confissão, Shin jamais esperaria aquilo de Chae Hyungwon — isso... isso é verdade, Lee MinhHyuk? 

As mãos de Minhyuk o chamavam para um abraço solidário, WonHo ficou mais próximo e abraçou deixando escapar algumas lágrimas salgadas de seus olhos. Porém, Minhyuk sorriu de prazer sem que o mesmo visse, deixou a voz mais dramática para que tornasse real o que disse. 

— Sim WonHo... Kihyun o ajudou, além de mim você sabe quem é influente aqui no colégio — Arqueoou as sobrancelhas sugestivamente sem perder o sorriso maldoso — Kihyun falou com o diretor e você se tornou bolsista... Não há como correr dos fatos, oh... Por favor, por favor... Não chore Shin...
Ele afastou-se dos braços de Minhyuk e enxugou as lágrimas nos braços fortes, Minhyuk tocou a face alheia deixando um selar na testa de Wonho, sabia bem que seu dever estava parcialmente cumprido.

— Eu nunca tive amigos reais... — Mordiscou o inferior indignado com tudo que havia escutado — Não tenho amigos... sou apenas eu! Somente eu.

— Não diga isso, WonHo. Você tem a mim, sou seu amigo, amigos contam verdades e sou transparente e fiel a você. O melhor que você tem a fazer é evoluir e mostrar que não precisou que pagassem uma vaga para você, que você mereceu isso sozinho. 

— Tem razão — Murmurou frustrado — Você é o meu melhor amigo, Minhyuk. Obrigado por ter me dito isso... eu.. preciso ficar um pouco só, nos falamos outra hora? Quer dizer, pode me ligar. 

— Claro que sim, Shin. — Tentou esconder a felicidade de seu sucesso — Eu irei ir agora, ligo quando você quiser então não evite de me mandar uma mensagem de texto.

Havia um ar pesado e opressivo após a saída de Lee MinhHyuk, as mãos de WonHo subiam pelo próprio pescoço de modo que conseguisse controlar a respiração ofegante, por mais que tentasse os olhos se debulhavam em lágrimas profundas e ardentes. As imagens e memórias construídas ao longo dos anos ao lado de seu amigo de infância pareciam fantasiosas; WonHo cerrou os punhos e os lançou contra o próprio reflexo do espelho do banheiro. No entanto, os dedos com cortes superficiais sangravam e sua dor não se escandalizava pelo ato, zangado gritou o mais alto que pôde chamando a atenção dos demais que passavam por perto.
Um aglomerado de jogadores do mesmo time no qual Shin Hoseok participava entravam as pressas dentro do vestuário segurando o para que eventos futuros não ocorressem de sua raiva e mágoa. 

— Quê isso cara! — Um dos jogadores que o segurava ditou alto e assustado, pois jamais havia visto ele tão transtornado — O que aconteceu com você? 

O peito de Wonho inflou tentando controlar suas ações, mas em sua cabeça não conseguia esquecer as palavras ditas por Minhyuk. Ele resmungou respirando pela boca.

— Cala a boca! — Disse ele com tamanha rispidez e grosseria — Me soltem!! Isso não é da conta de vocês. 

O colégio Advanced Studies in Seoul (Ass) ao mesmo tempo que cobrava de pulso firme as notas mais altas de todo e qualquer aluno deixava o livre arbítrio para assistirem as aulas que mais fossem aplicar em sua futura profissão, com exceção dos dias específicos que traziam os assuntos mais frequentes para os vestibulares. Dependendo da matéria ocorria uma variante de 50min ou o acréscimo de três aulas seguidas. 

Os céus tudo ouviam, nos céus tudo se sabia ou fingia-se não saber o que ocorria na terra pecaminosa, novamente ele teria que descer e mexer algumas posições de seu tabuleiro de xadrez, os sapatos sociais bem engraxados pisavam na porta do colégio escolheu o melhor terno, dessa vez cinza para combinar com o tempo chuvoso e agradar a bela informação que tudo ocorria bem. Uma voz familiar o parou no corredor principal onde dava acesso a todo lugar do colégio, seu sorriso elegante tomou conta elevando seu charme e sua graça disfarçada de bondade.

— Você é muito novo para esse traje social... — Minhyuk era espontâneo, dificilmente segurava sua língua dentro da boca. Elogiou o homem que havia lhe chamado a atenção pelo caminho — De qualquer maneira, ficou bonito assim.

— Você acha? — Elevou a sobrancelha ao alto de modo enfático — Muito obrigado então hm... seu nome? 
— Com certeza — Assentiu ele ao homem — Me chamo Lee MinhHyuk.

— Então muito obrigado, Lee MinhHyuk, mas peço perdão vim apenas buscar uns papéis para minha matrícula — Havia uma pressa em suas feições, todavia o suficientemente controlada.

O homem nunca fica tão grato em conhecer alguém que indiretamente o ajudava, ele virá especialmente para ver Kihyun e buscar seu relatório pessoal. A despedida breve de Minhyuk o deixou pensativo se poderia ou não envolvê-lo em sua missão — Ele era líder dos querubins e Kihyun seu braço direito no alto dos céus — virou a esquerda, o som familiar chamava a sua atenção. 
A sala de instrumentos musicais estava sendo usada fora do horário normal, a melodia harmônica e carregada de sentimentos o conduzia a porta. Hyungwon estava sentado sobre um banco alto de madeira tocando o violino como distração, o homem entraria no mesmo segundo quando esbarrou em Yoo Kihyun. 

— Você aqui?! — Os olhos castanhos saltaram a figura conhecida e íntima. 

As coisas passavam a ser mais interessantes quando se observava de perto cada ação minuciosa, causar espanto no semelhante a si era a maior diversão que o homem tinha, todavia sua idade em aparência era jovial demais comparado a sua criação. Hyungwon parou de tocar ao ver a cena, era estranho, mas sabia que algo de muito sério aconteceria ali.


"Diga-se a de passagem que a tempestade forma-se do lado oposto quando se deixa ser cegado por um perfume atraente e a fita vermelha passa a deixar as mãos lentamente."


Notas Finais


A todos que me apoiaram, meu singelo agradecimento.


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