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História Insane Farce: True Hell - Capítulo 11- Nosso passado 1


Escrita por: KMaddyZ

Notas do Autor


Desculpa a demora e erros

Vamos dar uma olhadinha na morte de nossos lindos Uru-pon e Koichi

Capítulo 11 - Capítulo 11- Nosso passado 1


Takashima Kouyou. 19 anos.

 

Um garoto de aparência padrão. Cabelos negros de corte popular, roupas de estilo comum. Vinha de uma família conservadora e discreta, pertencente à classe média-alta. Seu pai era militar e sua mãe dona de casa. Estudava de manhã até a tarde e passava algumas horas trabalhando como caixa em um mercado, pois seu pai não queria nenhum adolescente vagabundo sob seu teto.

 

Era um adolescente normal aos olhos de qualquer um. Mas aos olhos de qualquer um ele não era si mesmo.

 

Kouyou não era o garoto quieto e educado que todos elogiavam aos seus pais. Era um garoto que amava fazer piadas e que queria de exibir. Desejava poder falar o que quisesse e o quão alto quisesse. Mas não o fazia.

 

Seu pai, um homem do exército, reinado para a disciplina, o amedrontava. O homem era quase um ditador: da forma que ele queria que as coisas fossem, elas seriam. Na sua casa não era tolerado atrasos, falar alto, quebrar coisas, não cumprir com suas tarefas e muito menos desobedecer ordens.

 

Ninguém ousava o desobedecer.

 

Não era e nunca foi novidade que o homem era agressivo. Tão claro era isso, que sua mulher apenas se casou consigo por medo de o recusar. Sendo assim, os dias da família eram cobertos de medo e censura.

 

Kouyou estava exausto disso.

 

Naquela noite em questão, não aguentava mais aquela vida de mentiras. Havia se confessado ao que achava ser o amor de sua vida, porém recebeu apenas frieza como resposta. Pensava que se talvez não fosse quem seu pai queria que fosse, tudo seria diferente.

 

E era nisso que pensava naquela mesa de jantar, sentado de frente para sua irmã tendo seus pais nas extremidades da mesa longa. Ouvia o patriarca reclamar de algo do trabalho enquanto sua mãe e irmã o ouviam atentamente, conformadas com a vida que tinham.

 

– Kouyou! Está escutando o que eu digo, garoto? – A voz grave do homem soou alta, a fim de chamar atenção do jovem que mantinha o olhar distante e o prato intocado. Kouyou o olhou, mas nada respondeu. – Está com a cabeça onde, moleque? Esse é um momento de família e você deve estar com a família, entendeu? Me responda quando eu falo com você! Entendeu?!

 

Os gritos do pai o ecoaram na mente do jovem. Seu sangue ferveu; seus punhos se cerraram; seus olhos se fecharam  força; seu maxilar travou e seus músculos tencionaram.

 

Estava com raiva e acabou explodindo.

 

– Sim! Sim, eu te ouvi! Porque é impossível não te ouvir quando você grita como se fôssemos surdos! – Levantou em um único movimento, derrubando a cadeira atrás de si. – Porque você é a porra de um psicopata manipulador e inútil que acha que pode controlar quem quiser sendo que não consegue controlar nem a si mesmo!

 

Por um momento, o silêncio preencheu a sala de jantar.

Por um momento, tudo o que se ouvia era a chuva que caía no lado de fora da casa. Por um momento, o jovem Kouyou se sentiu mais leve.

 

Mas foi apenas por um momento.

 

O patriarca, irado, se levantou em súbito. Empurrando para longe de si qualquer coisa que se encontrasse ao seu redor, foi até seu filho e o levantou com as mãos em seu pescoço. Arremessou o garoto na parede e começou uma sequência de socos e chutes que enchiam o corpo delicado de cortes e feridas internas.

 

Mãe e filha gritavam em desespero, pediam por ajuda de quem pudesse ouvir e que o homem parasse. Mas ele não parou. O homem continuou a bater furiosamente em seu filho, sangue do seu sangue, até que os vizinhos entrassem na casa e o segurassem.

 

Quando a ambulância chegou, o corpo do jovem Kouyou já estava frio.

 

As memórias de sua vida nunca se foram. Jurou nunca mais esconder quem realmente é, e por mais que sua personalidade escandalosa o deixe em situações desconfortáveis, não nega que esse é o seu verdadeiro eu.

 

 

A vida de Koichi não era muito interessante, então ele fez questão de mudar isso.

 

Com 18 anos, nem atingindo a maioridade na lei japonesa, Era um garoto que vivia em festas. Seu rosto era conhecido em todos os bares e boates de Tokyo e seu nome estava em todas as listas de entrada.

 

Amava beber. O álcool quase fazia parte do seu ser, nenhuma companhia o fazia tão “bem” como uma garafa de saquê. Se aventurava em algumas drogas “leves” as vezes. Durante raves, ia das balas ao famoso LSD. A boa e velha canabis era essencial em suas noites e o tabaco em seus dias.

 

Amava a vida noturna, de forma que a diurna era quase que ignorada por si. Seu nome era nas festas, dançando em meio à pessoas felizes que aproveitavam a vida da mesma forma que si.

 

Era para ser só uma festa.

 

A noite estava fria nas ruas de Tokyo, mas fervia dentro da boate. As batidas ensurdecedoras contrastavam com os sons urbanos da capital e o ânimo de quem curtia a festa humilhava a monotonia da noite de quem trabalhava normalmente.

 

Koichi dançava. Seu corpo se movia em sincronia com a música e sua mente estava no agora. Seus sentidos, modificados pela droga usada anteriormente faziam com que perdesse completamente a noção da realidade.

 

Tudo brilhava.

Tudo movia.

Tudo vivia.

 

Sentiu uma mão o segurar pelos pulsos e o puxar para fora da multidão. Tentava tropegamente acompanhar os passos de quem o guiava e fora surpreendente que não tenha caído uma vez sequer. Ao olhar para o rosto do dono daquela mão percebeu se tratar de sua melhor amiga, que o acompanhava em suas aventuras.

 

– Vamos koi, o Shinji trouxe algumas belezinhas para provarmos. – A voz aguda soou divertida e cúmplice, fazendo com que Koichi, mesmo que alterado, entendesse perfeitamente do que se tratava. Seguiram então para a área mais afastada da pista de dança, onde o grupo de amigos se reunia em uma das mesas reservadas. Os dois se sentaram lado a lado e cumprimentaram o amigo que chegara atrasado.

 

Na mesa, nada de bebidas dessa vez, apenas drogas.

 

A conversa fluía mesmo que sem sentido algum para alguém sóbrio. Nenhum dos jovens estava em estado de plena consciência.

 

– E ai, Koichi, já usou cocaína? – Perguntou Shinji, Separando fileiras do pó branco sobre uma grande folha de papel na mesa.

 

– Não. – Respondeu entre risos quase histéricos o rosado. Tudo girava ao seu redor. Sólidos já não mantinham uma forma concreta. Estava alucinando,completamente fora de si.

 

– Então eu vou deixar você experimentar. – O sorriso no rosto do rapaz era perverso, mas ninguém pareceu notar. Não precisava disfarçar seu caráter duvidoso, ninguém ali estava em condições de o notar. – Hey galera, vamos ver a primeira cheirada do rosinha.

 

Incentivado pelas pessoas ao seu redor, Koichi se inclinou sobre a mesa e sugou, em apenas um fôlego, todo o pó de uma fileira. O efeito foi instantâneo. Logo começou um tipo de competição para ver quem consumia mais da droga e o jovem rosado se determinou à ganhar.

 

Era tão ingênuo. Tão louco.

 

Quando usava algo, era uma ou duas doses pequenas por noite, seu organismo não era tolerante e agora estava repleto de drogas pesadas. Seu fígado não conseguia efetuar a metabolização com eficiência. A química só acumulava mais e mais dentro do corpo do jovem até que ele não aguentou mais.

 

Foi tão rápido.

 

Seu coração parou de bater, seu pulmão já não funcionava mais e seu sistema nervoso entrou em colapso. O jovem caiu no chão, todos os sinais da causa da sua morte estavam claros:

 

Koichi teve uma overdose.

 


Notas Finais


Foi isso por hoje galeres
byeeee


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