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História Instituto Saint Cross - Chegando em Saint Cross


Escrita por: _-Scar-_

Notas do Autor


Salve galera!

Cá estamos com mais un capítulo, creio que vão gostar já que foi escrito por mim e revisado pelo @XIL0 que manja muito do assunto.

Digam o que acharam de algumas mudanças na escrita, além de avisar o que acharam da interpretação do personagem de vocês.

Enfim, vamos a história

Capítulo 2 - Chegando em Saint Cross


Fanfic / Fanfiction Instituto Saint Cross - Chegando em Saint Cross

 

Caminhando através da multidão que se espremia entre as lojas e barracas com utensílios de magia, o jovem Sena puxa seu avô Merlin pela mão tentando apressa-lo. É o primeiro dia do ano letivo no Instituto Saint Cross e por isso o movimento comercial é grande em Fardain, que tem a escola como se fosse seu coração, construída bem no centro da cidade que se tornou a capital da magia. Os cambistas tentam vender as mais diversas coisas para os alunos que vem de todos os lugares do mundo, desde vassouras supostamente voadoras, até poções para estudar dormindo, mas não era nada disso o que Sena procurava, a passos largos ele trilha um caminho até seu destino.

— Anda vovô! Você está atrasado para a cerimônia de abertura! – Disse Sena impaciente com o ritmo com que Merlin caminhava. O Velho apenas sorriu e tentou acompanhar o jovem que o puxou de novo.

A cidade de Fardain fica entre duas montanhas e tem seu lado mais ao sul terminando num grande porto, que apesar de ter seus negócios, é o comércio de magia que move a cidade. Quando William Blackburn chegou aqui a tempos atrás, era apenas um vilarejo que vivia de pesca, não se sabe ao certo por que ele decidiu ensinar magia entre tão poucos e não em algum grande reino quando já era um mago prestigiado, mas com isso ele acabou sendo conhecido como o Mago do Começo.

Os portões estavam abertos e alguns instrutores ajudavam os novatos a se localizar no grande prédio do colégio. Todos com uniforme de sobretudo azul sem mangas e uma camisa social branca de manga longa fazem os corredores parecerem um rio agitado fluindo e o pátio um grande lago fervendo de conversas de veteranos sobre como foram as férias. Entre eles Sena agora com seus 16 anos, não havia crescido quase  nada em seus 1, 47 de altura, físico um pouco mais forte e seus cabelos teimosamente bagunçados. Ele respira forte demonstrando ansiedade para se localizar logo enquanto Merlin observava o garoto e pensava em como esses nove anos passaram rápido.

— Não se afobe Sena, a cerimônia de abertura ainda está longe de começar, não vamos perder.

— Não estou com medo de me atrasar para isso. É você quem vai participar dela, eu não – respondeu o garoto sem fitar para o velho. Seus olhos procuravam algo entre os vários alunos – Estou querendo saber onde é a minha classe para ver logo quais serão as matérias e quem serão os professores. Estou ansioso para saber o que vou aprender!

Com um sorriso de canto Merlin admirou que a ansiedade do garoto tinha propósito. Saint Cross é conhecida como referência em magia, é lógico que ele quer estudar aqui, e Merlin disse admirando o jovem — Você cresceu bastante garoto.

Sena por um momento olhou para ele e sua expressão era quase de choro e conquista — Obrigado vovô, finalmente alguém admitiu que eu cresci.

— Eh… hum... claro! Fisicamente também... E enfim, as expectativas estão altas, né?

— As mais altas possíveis! Aqui vou ampliar todo conhecimento que o senhor me passou. Vou aprender no mesmo lugar que você e que os melhores Magos do mundo. Como não poderia estar empolgado?

— Fico feliz, e você vai ver que há muito mais do que você espera aqui. – Merlin fez uma pausa se dando conta do tempo e suspirou - Então, preciso me reunir com a Melinda no Conselho dos Magos para a cerimônia. Sei que vai ficar bem sozinho — disse o velho olhando para o grande relógio pendurado em frente ao pátio.

Antes que Sena pudesse dizer algo, o corpo de Merlin desintegrou num teletransporte deixando o garoto a procurar sua classe. Não foi tão complicado assim achar, e quando ele leu a lista de aulas no quadro de avisos ao lado da porta deu um salto porque reconhecia que algumas matérias eram extremamente difíceis, o que ironicamente o deixou feliz. Depois ele se dirigiu para participar da cerimônia de boas-vindas aos calouros que se deu no auditório fechado, seguindo um estilo de decoração simples com um pequeno palanque onde estavam alguns professores que se apresentaram dizendo breves palavras, entre eles Merlin, que olhou para todos aqueles rostos jovens e disse — O futuro da magia agora estará em suas mãos. Confio em vocês!  - Despertando uma sensação nostálgica que revirava o estômago de Sena, lembrando de sua mãe, e ele repetiu para si a promessa que fez — Eu não vou falhar! Vou ser um Mago Paladino!

Quando terminaram as instruções básicas de como funcionava o instituto, foi anunciado oficialmente o ano letivo e o início das aulas. O rio de alunos novamente se moveu pelos corredores e Sena um pouco nervoso, encheu os pulmões e deu um suspiro como se soprasse a ansiedade e insegurança.

— Ok, ikuso. — disse em um tom confiante e se pôs a caminhar. Sabia onde tinha que ir então apenas precisava evitar os outros alunos procurando suas classes, não dava para se perder. E virando o corredor despreocupado deu de cara com alguma coisa peluda e voltou para trás caindo de bunda no chão. Antes que pudesse dizer algo, um lobo humanoide de pelo negro usando uniforme dos alunos estava parado em sua frente. Ele tinha a estatura de um adolescente, quer dizer, era mais alto que Sena. O lobo tinha uma máscara branca que cobria seu rosto e parte do seu focinho.

Quando viu aquilo Sena ficou surpreso e pensou — Watafoka? Quando eu ouvi falar que eles recebiam alunos de vários lugares do mundo, não imaginava que eram QUALQUER tipo de aluno.  O lobo estendeu a mão para o loiro caído no chão se levantar e em um tom suave disse — Ei criança, aqui é o prédio do ensino médio, o jardim de infância é logo ao lado.

Com uma expressão fechada Sena ignorou a ajuda e se pôs de pé sozinho para depois dizer encarando o sujeito maior do que ele — NÃO SOU UMA CRIANCINHA! ESTOU NO PRIMEIRO ANO DO MÉDIO!

— Ah! Me desculpe, é que você é tão pequeno. Eu também sou calouro - Aquilo assustou o lobo que parecia querer evitar uma confusão logo no seu primeiro dia, mas o que ele disse apenas piorou as coisas, por que Sena deu um passo mais perto dele e o fitou como se fosse uma cobra venenosa.

— QUAL É? TÁ ME CHAMANDO DE PIRATA DE AQUÁRIO, É?

— O que? Eu não disse nada disso? Eu já pedi desculpas! — E apesar da sua posição defensiva o lobo não recuou, o que deixou os dois frente a frente.

Os olhares não desviavam até que Sena percebeu que outros alunos estavam observando os dois na esperança de algum desfecho mais violento. O loiro se desarmou e voltando a raciocinar apenas suspirou dizendo — É bom mesmo! — O que fez o lobo pensar quanta brabeza à toa.

O loiro passou pelo lobo e seguiu para a sala, mas o lobo continuou atrás dele mantendo certa distância. Ele passou por umas salas imaginado que o lobo iria entrar em alguma, mas permaneceu atrás dele, o que o irritou de novo. Seguiu andando até que não pode ignorar quem estava atrás e parou se virando e encarando outra vez.

— Qual o problema? Você querer confus... – Mas antes que ele pudesse terminar o lobo disse de forma meio constrangida. – Eu sou do primeiro ano também, acho que somos da mesma classe.

O garoto ficou envergonhado — Desculpa... deixando a grosseria de lado, meu nome é Sena Wolford.

O lobo encarou Sena pensando em como esse baixinho parece uma bomba relógio e apenas respondeu — Sou Raikon

Então começaram a caminhar lado a lado em silêncio entre os outros alunos, atravessando os portões e entrando no edifício da escola que levava ao Campus, uma área aberta arborizada com pequenos caminhos que levavam aos diversos prédios do local. Sena sabia que tinha agido de forma exagerada e queria tentar consertar isso não fazendo um inimigo no primeiro dia, mas não sabia o que dizer. Todo o lugar tinha um estilo de castelo antigo, janelas simples, com quatro quadrados de vidro.

— Essa parte da escola foi construída a moda antiga – Disse Sena sem olhar para Raikon, como se isso fosse quebra o silêncio de vez – Com mais de mil anos de fundação, continuam com a mesma construção para homenagear o tal William Blackburn - Mas Raikon apenas moveu as orelhas como se aquilo fosse interessante.

Os dois estavam começando a ficar ligeiramente envergonhados, afinal, se veriam pelos próximos três anos e já tinham começado errado. Então Sena tentou ser simpático querendo saber mais sobre o lobo, é bom demonstra interesse nas pessoas, ajuda a desenvolver possíveis amizades — O que você é Raikon? — E isso deixou o lobo ainda mais constrangido.

— Tipo o quê? Tipo um lobisomem... — disse Sena até que foi interrompido com uma agenda atingido sua cabeça. Ele se virou e lá estava a mulher idosa de cabelo e olhos rosa, usando óculos com armação vermelha e vestida com a túnica de professora.

— Vovó Melinda? — Perguntou o loiro passando a mão na cabeça ainda dolorida.

—Vejo que já está tentando formar amizades. Mas não se começa perguntando o que uma pessoa é, e sim seu nome. — disse a senhora olhando para Raikon que prontamente fez uma reverência.

— Ah! Meu nome é Raikon P. Zelles, espero poder aprender com você pelos próximos três anos.

Ainda passando a mão na cabeça Sena resmunga baixo — Ele já tinha dito o nome — E Melinda sorriu fazendo um gesto como se estivesse afastando moscas.

— Enfim, vamos andando, a aula começa daqui a alguns minutos.

Eles caminharam a frente e Raikon falou baixo para Sena

— Eu não sabia que a professora era a sua avó. Você não vai...

— Não, eu não vou ficar me aproveitando disso para te ferrar. Não sou desses. É capaz dela pegar mais no meu pé do que no dos outros.

— Me desculpe, eu não quis dizer que você era um desses cuzões aproveitadores.

— De boa, você fala bem pouco, além de não ter muita confiança pelo jeito de se comportar. É como se estivesse esperando algo. Mas não precisa ter medo de mim. — disse o loiro e o lobo ficou quieto, mas achou incrível como ele leu suas atitudes e modo de falar. O baixinho parece ter bastante percepção.

Os três seguiram até a sala e dessa vez, Raikon tentou quebrar o silêncio.

— Então, você quer trabalhar para o governo? Quase todo mundo que se gradua aqui acaba ocupando algum trabalho no Reino.

— Sim, pode-se dizer que eu quero ajudar o mundo a ser um lugar melhor. Quero um ser um Mago Paladino — disse o loiro com um sorriso radiante.

Surpreso Raikon olhou para o baixinho com sonhos tão imensos.

— U-um Paladino?! Para isso você teria que manter altas virtudes o resto da vida.

— Eu sei - O loiro como se estivesse esperando aquilo - Apenas quero me esforçar para ser a melhor pessoa que posso me tornar, é meu único desejo.

Impressionado, o lobo disse em voz baixa, mas o suficiente para Sena conseguir ouvir — Se eu puder, eu vou te ajudar a realizar seu sonho — e abriu um sorriso

— Hmm, acho que conheci uma pessoa legal. — disse o loiro

Quando chegaram a classe 1-E alguns alunos já haviam chegado e estavam ocupando as carteiras. Sena ficou surpreso, a aparência era igual de uma sala de aula, com lousa verde, janelas e carteiras.  Olhou as opções e decidiu sentar na cadeira da frente da fileira do meio.

Quando o garoto ia em direção ao seu lugar, uma garota de cabelos rosados passou por ele. Era muito bonita, tinha pele clara, um longo cabelo cor-de-rosa na altura da cintura, uma franja reta cobrindo a testa e usava uma tiara com um par de chifres vermelhos. Sena ficou admirado e por um segundo ficou parado, mas foi o suficiente para dar tempo da garota se sentar onde ele havia planejado e ficar o  encarando.

— Tá olhando o que palhaço?

Ele corou levemente — É… eu ia sentar aí.

— Falou certo, ia — disse sarcástica

— Mas…

— Não me interessa.

Ele já tinha tido confusão o suficiente antes, e não queria ter que consertar as coisas de novo ou levar outra agenda na cabeça. Apenas se virou e se sentou na cadeira atrás dela.

— Ei, porque está sentado atrás de mim? — disse a rosada ainda implicando.

— Não te interessa. — disse ele já sem paciência

Os outros alunos fizeram um som de risada presa, mas ela só falou com Raikon que estava ao lado dos dois.

— E você ai! Tá achando isso engraçado pastor de ovelhas.

— Não sou um cachorro — respondeu Raikon com a expressão fechada.

— Você não pode sair falando assim com as pessoas. — disse Sena já defendendo o colega.

— Ah é? Por que, isso pode magoar alguém? — Debochou a rosada.

— É!

— Ele supera! — E ela terminou se virando para frente encarando a lousa e ignorando os dois.

Indignado com aquilo Raikon sentou na carteira ao lado de Sena que ficou encarando a garota que não voltou a olhar para eles.

Com o tempo os outros alunos começaram a chegar e logo a sala inteira já estava cheia. A professora se pôs à frente da sala ajeitando os óculos e encarou a todos.

— Bom dia turma, sou Melinda a professora de feitiços de vocês durante os três anos que vão passar aqui, espero não ter problemas com alunos tentando encantar os outros para passar cola hein - a classe riu, mas ela ficou séria – Mesmo por que trapaceiros são reprovados automaticamente. – E todos ficaram sério e um silencio se fez, mas agora ela que sorriu. Com um movimento de sua mão, um giz começou a flutuar e escrever coisas na lousa e os alunos começaram a observar atentamente.

— Feitiços podem ter certos atributos elementais, como também servir para aumento da eficiência em artes marciais e criação de defesas que não venham dos próprios elementos, e sim da própria Mana.

Em seguida, o giz começou a desenhar em kanji e embaixo escreveu o que parecia ser a tradução: Go, Ma, Gigano, Teo, Raja, Dioga e Shin.

— Esses são os níveis de poder de um feitiço, do mais fraco, até o último, Shin, sendo  o nível mais forte da magia. É algo tão difícil de alcançar que raramente Magos tem dois feitiços desse nível.

Um garoto de pele clara, cabelos castanho-claros na altura do queixo levantou a mão e a professora fez sinal com a cabeça de positivo para ele, que mostrou o caderno onde estava escrito "Estou confuso, há como lançar uma Magia sem encantamento ou comando?"

— Ótima pergunta. Sim, um feitiço sem nome está mais próximo de um improviso ou um comando, é algo que o mago cria em resposta às necessidades da situação. Como por exemplo fazer um giz flutuar. Feitiços que usam o poder das palavras diretamente, de certa forma são a definição mais verdadeira de “feitiços”; a magia pode ser estabelecida contanto que as palavras de uma linguagem mágica sejam reunidas de acordo com suas regras gramaticais. Os efeitos de feitiços sem nome não são fortes, mas podem ser criados livremente com base em intenções. A maioria das magias que um mago usa no cotidiano são desse tipo.

O garoto assentiu satisfeito e voltou a escrever em seu caderno. Sussurrou Sena se virando — Ei, você não sabia disso? Dá pra lançar magia fazendo o encantamento pela mente — e estendeu a mão para o rapaz que ignorou por completo -  Ei! - murmurou o loiro.

E aquilo chamou a atenção de Vanya que encarou Sena por alguns instantes e depois escreveu em seu caderno mostrando ao garoto: "Desculpe eu sou surdo". E Sena tentou fazer gestos com as mãos mas nem ele sabia direito como se expressar para pedir desculpas — Ah, mil perdões, não era minha intenção. — e disse constrangido, mas Vanya apenas sorriu, o que fez Sena sorrir de volta.

A aula seguiu e todos tinham sua atenção totalmente voltada para Melinda, o que fazia o tempo passar voando, porém, o som da porta abrindo quebrou o momento.

— MELINDA, HORA DA MINHA AULA, O MERLIN PRECISA DE SUA AJUDA, RALA PEITO! — Disse o homem entrando na sala, ele era alto e musculoso ferozmente intimidador. Tinha olhos notavelmente dourados, pele bronzeada e longos cabelos espetados de cor clara com franja excepcionalmente longa. Uma bandana vermelha em volta da cabeça junto com uma camisa vermelha aberta.

— Quem é ele? — Perguntou Raikon para qualquer um que pudesse responder.

— É o Travers. — disse Sena.

— Quem? — Continuou confuso Raikon mostrando que não tinha sido o suficiente.

— Seu OTÁRIO! Você nunca ouviu falar dele? É o Travers Woods, o professor de Artes Marciais e o terceiro Mago Santo. — disse a rosada com grandeza na voz.

Isso fez Raikon olhar com um certo ar de admiração para o homem, mas em seguida suspirou.

- Terceiro o que?


Notas Finais




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