---------------------------------------------------------------PAC --------------------------------------------------------
Assim que os pegasos bateram asas, a brisa fria se chocou contra o rosto de Pac, porém o garoto já estava decidido, nem que fosse uma missão suicida. Sonhos de um semideus nunca acontecem por acaso. Sempre tem um significado.
Mike estava ao seu lado, o garoto também estava decidido a ajudar o namorado.
Mike nesses últimos meses esteve pouco presente com Pac, porém o menor sabia que Mike não o abandonaria a qualquer custo. Mike sempre estaria lá.
Os pensamentos de Pac voavam. Porque ele tivera aquele sonho? Seu pai estaria em perigo nesse exato momento?
E o pior, a parte que Pac não tivera pensado. ELE VAI APRESENTAR O NAMORADO AO PAI.
Pac pensou mil reações, a pior delas seria o pai de Pac explodir, mas isso não seria um problema.
Agora pensando bem, Pac se sentiu culpado por ter deixado seu pai tão inesperadamente. O mesmo pensou, o pai de Pac sempre o ajudou, cuidou, tratou, aceitou. Pac nunca foi a criança que precisava de proteção, mas no fundo, ele precisava de cuidados. A cada dia Pac era levado a diretoria pelos mais diversos motivos, um dia o mesmo foi levado apenas por corrigir a professora, o pequeno não tinha culpa se aquela velha gorda era burra.
Pac sentiu o frio deixar seu corpo, pela primeira vez, o sol tocar a sua pele. Pela primeira vez em meses, o garoto sentiu a sua pele ser exposta ao sol.
Agora, acima do acampamento. Pac podia ver, o clima fora do acampamento, era extremamente ameno. Um globo branco se formava acima de onde se localizava o acampamento, chegando ao chão e subindo, como um verdadeiro domo de névoa.
Mike encarou Pac, os olhos do namorado estavam dilatados em surpresa. Mil coisas se passaram pela cabeça do menor. Quíone, a deusa nesse momento poderia estar sendo obrigada a fazer coisas terríveis contra o acampamento.
Porém, Pac estava decidido. Ele iria ver seu pai. Nem que isso custasse a sua vida.
O maior limpou os óculos e murmurou um “ Vamos amor... “. Pac apenas sorriu e puxou as rédeas do pegaso. Fazendo o mesmo bater as enormes asas brancas em direção a Manhattan. Em direção ao pai de Pac.
~*~
Os pégasos apresentavam sinais de fadiga de pouco em pouco, as suas asas cortavam as nuvens e abaixo de Pac a imensidão verde se estendia. Algumas pradarias com criações e campos dourados de trigo, o mesmo se misturava com o verde em fileiras aleatórias. Ao longe, Pac podia ver os prédios se aproximando.
Os enormes arranha-céus pareciam maiores, o barulho da cidade grande chegava aos ouvidos de Pac, o trazendo uma nostalgia. O garoto não ouvia esse barulho a meses. O som dos roncos de motores eram substituídos por espadas se chocando.
Pac riu com o seu pensamento bobo e encarou o namorado. O mesmo prestava atenção nas avenidas que serpenteavam pela cidade.
- Então, onde é sua casa? - Mike falou interessado, mas ainda assim sem tirar os olhos das enormes construções abaixo de si.
- Fica a 10 minutos daqui... Vamos com os pégasos ou..? – Pac realmente estava em duvida. A névoa era extremamente imprevisível. Pac não sabia o que ela poderia mostrar aos mortais. Ele não queria armas de fogo apontadas a sua cabeça por chegar em uma cidade grande voando em um disco voador.
Mike apenas negou em deixar os pégasos soltos e cortou as nuvens. Pac o seguiu. Abaixo dos mesmos, uma rua simples se estendia, com prédios alugados, mas muito bem conservados. Pac sorriu o ver a rua novamente, a rua onde ele teria sido criado pelo pai.
A mesma estendia fileiras de árvores pela calcada, algumas crianças brincavam com uma bola de basquete, tentando acertar um avo imaginário. Alguns idosos olhavam pelas janelas e conversavam no meio da rua. A vizinhança típica de Manhattan. Os mesmos olhharam estranho ao ver os pégasos descendo do céu, os olhos de algumas crianças brilhavam como se fosse um experimento o algo do tipo, nada anormal.
Os cascos dos pégasos tocaram o chão em frente a casa de Pac. A única casa da rua.
A coloração da mesma era em um azul marinho, agora desgastado, o seu jardim, sempre tão verde, agora se encontrava com as flores murchas e sem vida, o telhado da casa estava sujo, o carro do seu pai se encontrava estacionado no jardim, o mesmo, pela aparência, já não era utilizado a muito tempo.
Os olhos de Pac estavam marejados, ele tremia e suava frio. Ali, naquela casa onde o mesmo teria crescido, estava desolada. Com uma aparência velha, ele imaginou como o seu pai deveria estar.
Ele correu até o pequeno portão. Mike amarrou os dois pégasos na cerca da casa do mesmo.
Pac abriu o portão, ouvindo o rangido do mesmo. Correndo até a porta e observando os vidros embaçados da mesma.
Tremulo, Pac olhara para trás, o seu namorado o seguira, ficando ao seu lado e entralaçando a suas mãos. O mesmo sorria, confiante e positivo, Mike sendo Mike sempre.
O menor levou o dedo até o botão a frente da porta, e sentiu o seu estômago revirar ao ouvir o barulho da campainha.
Eles aguardaram, Pac estava ansioso e inseguro, porém, Mike lhe passava uma confiança tremenda. Eles ouviram passos cansados, como algo see arrastando pelo chão de madeira.
A porta se abriu, dando lugar a um homem extremamente descabelado e barbudo.
O pai de Pac estava derrotado. O seu cabelo, sempre tão arrumado se encontrava emaranhado, a sua barba, sempre bem feita estava grande e irregular, o mesmo estava de pijamas e meia, não era uma coisa típica que Ed costumava fazer as 14:00. Ele olhava para baixo.
- É de camarão não é? – O mmesmo estava realmente pedindo pizza? Caramba, Pac estava surpreso. Mas permaneceu imóvel sem dizer uma palavra. – Você é surdo ou o q... – Ed levantou a sua cabeça, seus olhos castanhos imediatamente se dilataram em surpresa. Ele tremia e gostas de suor surgiram magicamente em sua testa. O mesmo deu um passo em falso para frente e tocou o rosto de Pac, analisando se o moreno era mesmo real.
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