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História Irmãos até que o amor nos separe - O encontro que Lucy queria evitar.


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Yooo!
Tudo legal com vocês?

Tem uns meses que a história ficou sem atualização. Agradeço pela paciência dos leitores que realmente gostam da fic e que estiveram aguardando ansiosos por este capítulo.
Estou sempre tentando encontrar um tempo para escrever. E poxa, fico frustrado quando o tempo livre e a inspiração não coincidem. Não vou entregar nenhum capítulo escrito de qualquer forma à vocês. Então, de novo, obrigado pela paciência <3

Espero que gostem ^.^
Boa leitura.

Capítulo 19 - O encontro que Lucy queria evitar.


Fanfic / Fanfiction Irmãos até que o amor nos separe - O encontro que Lucy queria evitar.

 

Lucy

Passei toda a noite pensando naquele maldito de olhos verdes, e a cada dez minutos dava uma vontade louca de ir até o quarto dele para pedir desculpas por ter sido tão fria em meu pedido. Fiquei mesmo com medo de tê-lo ofendido quando pedi que não estivesse em casa durante a reunião da chapa.

Encarar a minha pelúcia de leão lá no alto do guarda-roupas, não foi a melhor das distrações. Parecia que ele me dizia a todo momento: “Deixe de ser idiota e vá se desculpar com o garoto”! ― Foi assim até que não aguentei mais e me levantei da cama, pensando em ir até a cozinha para tomar um copo de suco.

Como se os meus problemas pudessem ir embora depois de um bom suco de goiaba goela abaixo.

Mas na verdade teria sido melhor ficar encarando a pelúcia bobona mesmo.

― Natsu! ― Não consigo conter a surpresa ao vê-lo adentrar todo avoado. Estava de roupas leves, então deduzi que também tinha se preparado para dormir.

Ele parecia arrependido de ter chegado ali, pois ameaçou um passo para fora assim que ouviu a minha voz. Mas iria ficar na cara que estava me evitando, acho que por isso decidiu ficar.

Ele vem na minha direção, mas passa direto para a geladeira, em silêncio. Dou um gole no suco, esperando que ele não me deixasse no vácuo.

― Você... Também não está conseguindo dormir?

― Tô morrendo de sono, mas fiquei com sede. ― Sua voz sai ríspida, ele sequer olha para mim depois que pega a jarra de água. ― Sabe fadinha, quando a gente tem dificuldade de dormir, é porque a consciência fica vagando nas coisas erradas que fizemos.

― Está querendo dizer que fiz algo errado? Não precisa dar indiretas, Natsu. Vou ouvir o que você precisar falar, sem interrupções dessa vez.

― Mas eu não tô mais a fim de te falar nada. ― Ele enfim me olha, e não estava nada cavalheiro. Não me sentia tão culpada com um olhar sério como aquele senão quando a minha mãe o fazia para mim.

Ele esvazia metade da jarra em três goles.

― Os copos servem para isso. ― Sussurro, e ele só seca a boca com o braço fingindo que não escutou. Quando percebo que já estava se retirando, me levanto. ― Natsu, deixe de ser cabeça dura. Não somos crianças, conversa comigo caramba!

― Me deixa quieto, fadinha. Cê já decidiu que prefere ser iludida por seus falsos amiguinhos e por aquele... Aquele mauricinho escroto. ― Ele se vira na porta, agora mais relaxado. ― Ficou na cara que não importa o que eu diga, sempre vou ser o errado, cê sempre vai acreditar nas outras pessoas que “conhece” a mais tempo.

Ele vai embora. E eu fico para trás com aquele pedido de desculpas entalado na garganta.

 

~ * ~

O negócio da ressurreição do Grêmio tinha mesmo sido o combustível para as fofocas das próximas semanas. O dia de aula tinha sido agitado.

A minha mãe havia voltado para casa só para pegar documentos do trabalho, e estava de saída outra vez bem na hora em que todos da chapa já estavam em frente ao portão de nossa casa.

― Que energia maravilhosa vocês têm! ― Ela cumprimenta a todos, um por um a medida em que vão passando pelo portão. ― É um prazer conhecer os colegas de classe da minha filha.

― Obrigado por nos receber tão bem, senhora Layla. ― O loiro se destaca, tomando a frente de todos com um sorriso gentil. ― Eu sou o Sting, estudo com a Lulu desde o fim do fundamental.

― Eu já ouvi falar de você Sting, é um cavalheiro nato pelo que soube da Lucy.

Não consigo disfarçar a vergonha quando ele me olha de relance, e logo sorri corado para a minha mãe.

Gesticulo para a Mira e o Jellal, os mais tímidos que se escondiam atrás da ruiva que mexia no celular.

― Mãe, essa é a Mirinha! Lembra que falei muito da fofura dela? Diga se ela não é linda e muito, muito adorável?

Vejo a senhora Layla com olhões brilhantes para a albina, indo até ela para abraça-la. Mira fica extremamente sem jeito, até ganha um tom avermelhado na pele.

― Nhaa, você é linda mesmo Mirajane. Eu estava ansiosa para conhecer a garota super fofa, meiga e que usa um chaveirinho de poodle no celular!

― Não esqueça que ela é inteligente. ― Aviso.

― E inteligente!!

Mira não sabia para onde olhar direito quando sai do abraço, mas consegue coragem suficiente para sorrir e agradecer enquanto coloca algumas mechas do cabelo atrás da orelha.

― Muito obrigada senhora Layla. Eu sou grata por ter a amizade de uma pessoa tão boa como a sua filha.

― E esse é o Jellal. ― O azulado apenas acena, dando um sorriso tão curto quanto as palavras que costuma dizer. ― Ele não é de falar muito, mas é considerado o gênio da tecnologia por todos do colégio.

― Muito prazer Jellal. ― Ela retira o celular do bolso. ― Queria que algum gênio da tecnologia me ajudasse a escolher um telefone que preste qualquer dia desses.

― Esse modelo é mesmo uma desgraça, se me permite ser sincero, senhora.

Todos nós arregalamos os olhos, ele estava tão... tão de boa! A minha mãe apenas dá uma risada ao passar por ele, tocando em sua cabeça. E logo ela fica de frente com a ruiva.

― A senhorita eu conheço muito bem. ― Diz um tanto séria, guardando o telefone na bolsa. Logo cruza os braços. Erza a encara por mais difícil que estivesse sendo. ― Como vai dona Erza?

― Vou muito bem, senhora Layla. Graças a Lucy, tenho onde me reunir com a chapa para podermos resolver coisas importantes do grêmio. ― Ela arruma os óculos no rosto, e logo se curva levemente. ― Peço mil desculpas por ter sido uma péssima amiga para a Lucy naquele dia. Acredite que ela é uma pessoa importante para mim, e que eu jamais a deixaria ir sozinha comprar os refrigerantes se tivesse passado pela minha cabeça que aconteceria algo terrível como aquilo.

A minha mãe olha para mim. Eu estava encantada com a coragem daquela ruiva, ao mesmo tempo que grata por ela me considerar como alguém importante. Logo volta a olhar para Erza e seu semblante muda para o sereno. Suas mãos passeiam pela cabeleira vermelha, lentamente.

― Querida, eu sei muito bem o quanto você zela pela amizade que tem com a Lucy. Não estou com raiva de você. Mas não vou mentir, que fiquei assustada ao saber o que houve naquele dia. O importante é que já passou, Lucy não se feriu, e vocês todas aprenderam com o erro.

Ela assente, cabisbaixa.

A loira se despede e vai embora ao entrar no carro.

Era a primeira vez que eu estava recebendo tantas pessoas na minha casa. Fiquei com um pouco de vergonha do que pudessem pensar de nossa decoração, uma vez que a minha mãe é chegada em objetos daqueles bem cafonas encontrados em lojinhas de 1,99. Mas o nosso trabalho seria feito apenas na sala mesmo, então não era o fim do mundo.

Todos começaram a se acomodar pelos dois sofás, e Erza já tirava da mochila os materiais necessários, deixando-os na pequena mesa de madeira entre os estofados. Percebi que Jellal e Sting observavam tudo discretamente, já Mira parecia focada em nosso trabalho.

― A casa da Lulu é muito bonita, e tem um clima bastante agradável. ― Sou pega de surpresa pelo comentário de Sting, que me diz isso com um rostinho fofo. Ele aponta para o vaso de pimentas no armário. ― Dá para ver que a sua mãe é supersticiosa que nem a minha. Dizem que pimenta espanta a inveja, certo?

― Mesmo? ― Apenas dou com as mãos. ― Eu não sabia disso. A minha mãe nunca me falou exatamente o porquê daquele vaso estar ali, mas agora faz sentido.

Digo ao me lembrar de certa pessoa que costuma invadir nossa casa para se aproveitar de nossas coisas. Erza nos mostra uma cartolina onde haviam algumas anotações bem destacadas em caneta vermelha.

― Então pessoal, como vocês sabem, é demasiado importante que tenhamos a divulgação de nossos projetos em mídia física. Isso faz com que os alunos possam lembrar do que temos a oferecer, e poderão guardar como prova de nossas promessas.

― De alguma forma isso não parece ser conveniente. ― Sting diz chamando as atenções. Ele parece pensar longe. ― Se a gente não conseguir cumprir tudo o que for prometido, as princesas e a chapa da irmã do Gray terão pedras a atirar contra nós.

― Quem não deve não teme, Sting. É claro que só vamos prometer o que estiver ao nosso alcance.

Ele apenas sorri em rendimento.

― Você está certa, Erza-san. Desculpa por dizer algo tão desnecessário.

A ruiva começou a nos mostrar todas as ideias que havia pensado para a chapa, e então fomos descartando aquelas que pareciam não muito boas ou impossíveis de serem cumpridas. Para ser sincera, eu não acho que ajudei muito. Estava pensando no que o Natsu poderia estar fazendo naquele momento, e onde ele poderia estar.

Jellal ficou responsável por toda a parte de edição, iria criar os arquivos com o formato de panfleto, broxes e banners da “Chapa da Igualdade”. O nome não poderia ser mais Erza que isso. E enquanto ele criava tudo com a supervisão dela, fui até a cozinha com a Mira para buscar os lanches.

― Mirinha, será que vamos dar conta dessa coisa de grêmio? ― Pergunto de cabeça longe, abrindo os pacotes de salgadinhos e misturando tudo na tigela. ― Eu fico feliz por poder ajudar a Erza nisso, mas ao mesmo tempo sinto que não me encaixo.

― Eu também fico insegura. ― Mira me mostra um rostinho corado, pegando os copos no armário. ― É a primeira vez que eu participo de algo desse nível com pessoas que posso chamar de amigos. Ao mesmo tempo em que fico com medo do que pode acontecer, estou feliz por estar nessa com vocês.

Ela balança a cabeça.

― Sei que sou dispensável, e quase não abri a boca para ajudar nos projetos. Mas... Vou fazer todo o esforço para conseguir ajudar!

Estava me dando nos nervos ver aquela garota tão meiga ficar se rebaixando. Me aproximo e a abraço.

― Não repita nunca mais que é dispensável. Todo mundo tem sua importância em qualquer situação. E você é muito importante para mim, Mira. Sinto que entre as meninas, até mesmo mais que a Erza, você é que se importa de verdade comigo.

― Lucy... Obrigada por dizer essas coisas.

Quando nos separamos do abraço, a vejo vermelha e toda borrada de choro. A ajudo a se acalmar, e então voltamos à sala com os lanches.

 

~ * ~

Estava tudo pronto depois de uma hora. Ter alguém como Jellal integrando nosso grupo foi conveniente. Comecei a comentar com Erza em particular sobre como estaríamos em apuros se não fosse por ele. Nenhuma de nós sabe mexer com edição.

― Está aqui Lucy, deixei uma cópia dos arquivos no seu notebook. ― O azulado me mostra a pasta. ― Você que vai ficar responsável pela impressão, certo?

― S-Sim. Eu preciso informar alguma coisa na gráfica?

― Deixei um arquivo em formato de texto editável junto. Nele tem as instruções com o tipo de papel que deve ser usado na impressão de cada arquivo e também a quantidade. Tirando os broxes, que vão ficar por conta do Sting, ele sabe onde conseguir por um preço amigável.

― Entendi.

Enquanto desligo o notebook, sinto que aquele azulado estava me observando. Quando faço rabo de olho, ele disfarça rapidamente, e então se levanta.

― Bem, acho que já terminamos. Pode chamar o Sting?

― Ah sim, ele está lá no quintal com as garot...

A voz da Mira vem soando em alarde da direção da cozinha. Não deu nem tempo de cogitar o que poderia estar acontecendo, e a vejo mais branca do que já era, de olhos arregalados.

― Lucy, vem logo por favor!!

― O que foi Mira?!

― O Natsu e o Sting estão brigando lá no quintal!!

Nem sinto quando minhas pernas se movem, já estava na cozinha prestes a passar para o quintal. Quando viro a cabeça na direção da árvore, lá estavam os dois no chão, trocando socos e palavras afiadas.

Erza olhava tudo com certa distância, pedindo para que parassem com aquilo. Mas estava claro que palavras não adiantariam mais.

― Seu desgraçado, quem você pensa que é para me bater?! ― Sting gritava, agora por cima dele. Natsu lhe dá uma joelhada no estômago, e volta a lhe dominar. ― Ahg... Eu não lhe fiz... nada!!

― Cê acha pouco o que fez com aquelas pessoas?! O que mandou o grandalhão fazer com o Rogue, e o que fez com a Lucy?!

― O que tem entre a Lulu e eu é um assunto só noss...

O rosado lhe dá mais um soco.

― Natsu, para com issoooo!! ― Grito ainda na porta.

Nesse momento, Natsu olha na minha direção e então Sting acerta seu rosto com um arquear do braço, fazendo-o cair e bater as costas na árvore.

Corro até eles, ainda incrédula. Vejo Jellal se prontificar para levantar seu amigo, junto com a Erza. Sting estava com um olho roxo e um filete de sangue na boca.

Natsu estava encolhido em dor. No automático ainda dei um passo para ir até ele, mas quando a ficha caiu eu simplesmente travei. Sting havia visto o Natsu no meu quintal, e os dois haviam brigado feio.

― Natsu, Natsu! ― Mira se agacha para ajuda-lo. Ele gemia baixinho, provavelmente não queria demonstrar que também estava sofrendo. ― Ai meu Deus, o seu rosto...

― Eu tô bem... Ahgr... Isso não foi nada!

Sting me encara, desnorteado.

― Lulu, o que ele está fazendo aqui?

― S-Sting... Eu posso explicar...

Meus olhos se encontram com os de Natsu lá atrás. Ele também estava com um olho roxo. Não poderia fazer uma expressão mais dolorosa do que aquela para mim, estava esperando que eu o detonasse.

― Ele é... Ele é...

Natsu se levanta e passa correndo pela gente. Mira vai atrás dele, e eu havia ficado plantada e sem palavras enquanto o loiro e seu amigo esperavam pelas respostas.

Peço desculpas ao Sting e então vou correndo para a cozinha. Precisava ir logo atrás do Natsu, ele estava muito agitado e poderia fazer alguma besteira.

Por que... Por que você ainda estava aqui Natsu? Havia dado sua palavra que ficaria longe enquanto Sting estivesse por aqui.

Não havia sinal deles pela sala. Quando cruzei a porta, vi Mira toda aflita barrada pelo portão.

― Aonde ele foi Mira?

― Ele pegou a mochila que estava na sala e pulou o portão! Lucy, eu estou com muito medo, o Natsu está descontrolado, pode acontecer alguma coisa!

― E-Eu sei, vamos atrás dele.

Abro o cadeado de primeira para a minha surpresa, pois mais trêmula que aquilo e jamais conseguiria. Logo nós duas estávamos que nem duas loucas atrás de um rosado impulsivo, machucado e cabeça dura.

― Lucy, ele não pode ficar sozinho pelas ruas... ― Mira me diz com peso na garganta, parecia se conter por alguma razão.

― Por que diz isso?

― É que... ― Ela pondera. ― É que não sabemos o que pode acontecer... E se ele acabar sendo atropelado por correr sem olhar antes de atravessar?

― Sim... Me diz Mira, por que isso tinha que acontecer? Eu comecei a me dar bem com aquele garoto, e do nada ele começa a me deixar em apuros.

― O Natsu é uma pessoa incompreendida.

― Não mais do que eu. ― Aperto os punhos. ― Quando eu o encontrar vou lhe dar mais uns tabefes para que ele aprenda a se controlar.

Nós duas paramos na esquina quando o sinal fecha. Não havia pistas de onde ele poderia ter ido agora. Comecei a pensar no pior, e a chance de ele ter ido embora para sempre se sobressaia entre as demais possibilidades ruins.

― Mira. ― A seguro pelo braço quando ela pisa na faixa para atravessar. ― Não adianta correr por aí dessa forma. Vamos voltar, eu sei que o Natsu não vai fazer mais besteiras... Pelo menos ele se importa com o que a minha mãe pensa, vai fazer esse esforço por ela.

― Espero que sim... ― Mira fica cabisbaixa.

E então retornamos. Eu sabia que teria mais uma pedra enorme a cair na minha cabeça lá em casa.


Notas Finais


O que vocês esperam para o próximo capítulo?!
Não tinha como a Lucy evitar, em algum momento o Sting saberia que o Natsu mora na casa dela...
Para onde o Natsu foi? Lucy vai dizer a verdade pro loiro? E essas chapas pegando cada vez mais fogo rsrsrs

Nos vemos no próximo, já está quase finalizado ;)


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