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História Irmãos até que o amor nos separe - A investida do príncipe.


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Olá!
Para quem não me conhece, eu sou o Jeff!
Para quem já me conhece, também sou o Jeff!

Louco? Sim. Mas quis fazer uma entrada diferente hoje kkkk
Espero que gostem do capítulo :3

Boa leitura.

Capítulo 32 - A investida do príncipe.


Fanfic / Fanfiction Irmãos até que o amor nos separe - A investida do príncipe.

 

Lucy

A primeira coisa que me veio na cabeça assim que acordei foi aquele nosso momento. Natsu falando que me ama, pedindo para eu ser sua namorada. Sério, precisei me beliscar para conseguir sair daquele transe, pois parecia que eu ainda estava presa num sonho.

Caprichei no penteado, deixando meu cabelo solto e usando uma tiara rosa super chique para dar aquele ar de patricinha que todos os garotos devem gostar de ver. Pus o meu perfume predileto, com essência leve e viciante.

Quando Natsu me viu, ficou claro para mim que havia adorado. Estava me elogiando com aquele olhar profundo, me estudando de cima abaixo mesmo que tentasse não demonstrar. Não pudemos conversar a vontade porque a senhora Layla estava com a gente no café da manhã, e foi ela que nos levou ao colégio de carro.

Agora era o intervalo. Mira e Erza comiam seus lanches enquanto eu procurava por Natsu pelo pátio. Estávamos sentadas debaixo de uma das árvores, por opção de Erza que queria mais ar puro.

― Lucy, acho que não é só minha impressão, você está bem mais bonita hoje. ― Mira me diz, enchendo meu ego ainda mais e quase me levando as nuvens.

Passo a mão pelo cabelo, fazendo umas ondinhas.

― Obrigada, Mira. É que de vez em quando é bom a gente caprichar mais no visual, para nos sentirmos mais poderosas mesmo.

― Desse jeito o Sting e uma quantidade boa de garotos vão acabar pedindo um encontro com você. ― Ela diz, me fazendo rir sem graça. Erza permanece em silêncio, apenas comendo e concordando com tudo num balançar de cabeça. ― Lucy, e o Natsu? Sábado completou um mês desde que ele se mudou para sua casa, certo?

― Si-Sim. Nem te conto, Mirinha. A gente preparou uma festinha para ele, mas o danado chegou tarde em casa e acabou que nem teve comemoração. ― Digo simulando frustração. ― Daí tivemos que comer tudo como se não tivesse festa mesmo, e até doamos parte para a dona do orfanato levar para os órfãos.

― Ela estava lá também? ― Erza pergunta, curiosa enquanto mastiga engraçado. ― Nossa, deve ter sido muito legal. Daí amiga, você aproveitou para fuçar sobre a vida do Natsu, nem que um pouquinho né?

― Pior que não. Não tive essa coragem.

O sinal toca. No caminho para o prédio principal, Mira acaba deixando sua vasilha de frutas cair, e então alguém que também passava acaba chutando-a. Todas ficamos surpresas quando vemos Juvia.

― Juvia? ― Mira diz baixinho, já agachada aos pés dela para recolher. ― Eh... está tudo bem com você?

Juvia ainda cogita dizer algo, mas decide fingir que não estávamos em sua frente e continua seu trajeto, chutando a vasilha na pressa.

― Qu-Que safada mais cínica! ― Erza diz, apressando-se para pegá-la para Mira. ― Toma, amiga. Não fique com essa carinha, ela é doida assim mesmo.

― Obrigada, Erza. Eu realmente sinto muito por Juvia não querer ser mais a nossa amiga. Ela está sozinha, e eu sei muito bem o que é a solidão. O quanto dói querer ter pessoas legais para conversar as vezes, e ter somente seu reflexo para isso.

― Mira... ― Erza me olha instigante, e então ambas a abraçamos. ― Sempre que estiver se sentindo para baixo, nos diga, e então vamos abraça-la dessa forma. Um abraço tem o poder de alegrar o dia de alguém. Pelo menos comigo funciona.

― Comigo também! ― Digo divertida, levantando a mão.

― Obrigada, meninas. Eu também, fico muito mais leve quando vocês me abraçam. Quando a vovó me abraçava, era como se me protegesse com um manto quentinho.

Fico pensando sobre isso.

A Mira vez ou outra comentava sobre a avó dela, e sempre parecia que algo a tragava para outro mundo, ela sempre se perdia em pensamentos. Algo em sua expressão não me agradava quando isso acontecia.

― Mira, tem algo que você gostaria de compartilhar com a gente sobre sua avó? ― Minha pergunta sai disfarçada sem muito interesse. Sorrio para ela, tentando convencê-la. ― Ela parece ser alguém muito legal. Se for que nem a minha avozinha Anna, deve ser uma pessoa incrível!

Erza também transparece curiosidade, atenta. Mira pensa por alguns segundos, ainda perdida. E quando estava para dizer alguma coisa, somos surpreendidas pela professora Sonya.

― Com licença, meninas. Mirajane, eu gostaria de conversar a sós com você.

― Professora Sonya? ― Ela indaga, assentindo. ― Fiz algo de errado?

― Não, jamais.

Erza e eu trocamos olhares. Era como se uma dissesse exatamente a mesma coisa para a outra. Sabíamos sobre o que seria a tal conversa, e isso nos deixou ansiosas.

― Erza, Lucy... A minha aula é na turma de vocês agora. Podem avisar aos demais para irem diretamente para a quadra com piscina?

― Certo, avisaremos. ― Respondo, indo com a Erza.

 

Autor

As duas eram as únicas na sala dos professores, ou pelo menos deveriam ser. Sonya deixa uma lágrima escapar, pois já sentia que estava em seu limite. Mirajane a encarava desnorteada, sem saber o que dizer ou fazer.

― Sou uma pessoa patética. Uma mulher que pensava ter ideais puros, e na primeira vez que encontrou uma saída mais fácil para os problemas, jogou todo seu caráter no lixo.

― Professora... Por que está me dizendo essas coisas?

― Não faça vista grossa para o ato terrível que cometi com você, por favor. Isso só me faz sentir ainda mais dor, Mirajane. Eu não mereço que você seja tão gentil... mereço ser odiada.

A albina se levanta, deixando Sonya surpresa quando para em sua frente. A professora não entende aquele sorriso curto, que ainda assim transmitia verdade.

― A senhora também é humana. Ser nossa professora não tira seu direito de errar, e nem é motivo para que tente segurar suas lágrimas quando precisar chorar.

― Mirajane... Eu sabotei aquela urna, e fiz todos acreditarem que você foi a culpada! Não é justo que uma aluna exemplar tenha ficado mal falada por algo que não fez!

A aluna apenas escuta toda a história de sua professora. Nem foi preciso chegar na metade, e já sentia seu peito apertar de tristeza. No fim, quando havia confessado tudo, Sonya sentia seu corpo mais leve. Não estava isenta de sua culpa, mas já tinha dado o primeiro passo para a remissão.

― É por isso que... vou agora mesmo até a sala da diretora Mavis confessar o que aconteceu. Brandish não é digna do grêmio, ela se mostrou uma pessoa fria e maldosa demais para uma adolescente do ensino médio. ― Sonya seca suas lágrimas, levantando-se. ― Tenho pena daquela menina. Alguém que pensa como ela, que pode comprar tudo com dinheiro, nunca terá felicidade na vida.

― Eu concordo que Brandish não pode continuar fazendo coisas assim com as pessoas... E particularmente, sempre que olho para ela, vejo tristeza em seus olhos. Talvez ela seja apenas incompreendida. ― Estava preocupada. ― Professora, não precisa falar nada. Não me importo que pensem mal de mim sobre isso, de verdade. Se falar que está envolvida, a diretora irá demiti-la.

― Ahr... Uma pessoa como você não pode existir, devo estar sonhando. Obrigada por ter me perdoado. Pode ter certeza que nunca mais cometerei esse erro. Minha dignidade virá em primeiro lugar.

― Sei disso. A borracha está passada nesse assunto.

Mirajane a abraça, fazendo a professora sentir um misto de emoções novamente. Porque aquela garota estava sendo tão compreensiva e boa quando deveria lhe gritar coisas terríveis? Por que ela sorria?

― Pode voltar para a quadra agora, certo? ― Diz ao segurar o choro. A aluna concorda num gesto e vai saindo dali. ― Daqui a pouco eu volto, só preciso de mais um tempinho sozinha.

 

~ * ~

Sonya pede que os alunos façam fila para a aula de natação.

― Finalmente a professora chegou! Pensei que a gente ia ficar aqui à toa durante a aula inteira. ― Comenta uma aluna, de cara feia. ― Não trouxe meu maiô para nada, né?

Enquanto se preparava psicologicamente na fila, Lucy é surpreendida por Sting.

― E aí, Lulu?

― Sting?! ― Na mesma hora, a loira fica sem chão. ― Tu-Tudo bem? A gente não se fala desde aquele dia né?

― Sim... Por isso vim me desculpar. Não foi legal da minha parte ter ficado distante de você só por conta do que aconteceu com nossa chapa do grêmio. ― O loiro sorri sem jeito. ― É que sou muito chato com as responsabilidades, sabe? Quando vi todo nosso esforço indo por água a baixo... meu Deus, foi como se eu estivesse sendo enterrado vivo, bem sufocante!

― Entendo que precisou de um tempo longe da gente... Afinal a Erza, Mira e eu ainda recebemos olhares nada legais de algumas pessoas. Não precisa se preocupar com isso, não estamos bravas com você.

― Isso me deixa aliviado, Lulu. Obrigado por entender.

A loira se espanta ao perceber que Sting estava machucado. Com marcas vermelhas nas costas e braço. Fora que seu rosto também estava marcado, por mais que ele tivesse tentado esconder com base.

― Sting... Você está todo machucado. O que aconteceu?

― Ah, isso?! Haha, não foi nada demais. O motorista de um amigo acabou bebendo todas e bateu com o carro enquanto nos levava para casa.

― Me-Meu Deus, Sting! Como ainda diz que não foi nada demais?! Você poderia ter morrido nesse acidente.

Ele faz uma cara de rendição, e finge balançar uma bandeirinha.

― Okay, okay. Admito que foi culpa minha também por não ter usado o cinto de segurança. É por isso que esses machucados ficaram assim tão feios. Mas não se preocupe, já fui ao médico e ele disse que estou pronto para outra.

― Nem brinca com isso!!

Lucy fica tensa ao vê-lo dar risada de algo tão sério.

Então está confirmado... O marginal não abriu a boca para ela sobre nosso confronto no final de semana. Menos mal, marginal desgraçado. Está na hora de marcar meu território novamente com a bobinha da Lulu. ― O loiro a observa de cima a baixo, dando-lhe uma piscadela. ― Uau, Lulu. Está simplesmente mais gata hoje, se me permite ser sincero.

― Você acha?! Obrigada... É que decidi me arrumar melhor de última hora.

― Eu acho que, de todas as garotas desse colégio, nenhuma tem a beleza que se compare a sua. A Lulu é linda, simpática, inteligente e tem uma família acolhedora. Eu realmente seria o cara mais feliz do mundo se pudesse ter uma namorada como você.

Lucy vira uma pimenta, vendo várias garotas da fila olhando e comentando sobre eles. Sting era normalmente gentil, mas desta vez estava diferente, bem mais ousado na escolha de suas palavras.

― Vocês ouviram? O Sting está descaradamente pedindo a Lucy em namoro! Gente, que babado! ― Comentavam.

― Será que ela vai aceitar? Se não aceitar é porque é louca, só pode.

Lucy estava sem palavras. Apenas conseguia imaginar a confusão que daria se Natsu tivesse ouvido aquilo.

― Hahaha... Sting, seu bobinho! Sabe mesmo como ser galanteador, hein?

― Não é? Eu aprendi com o meu pai que nós homens devemos investir na mulher certa. ― O loiro pega uma mecha do cabelo dela. ― Mas não considere essa cantada, eu vou pedir sua mão oficialmente quando se sentir a vontade. Realmente descobri que gosto de você, e vou dar um tempo para que pense se tem chance de me corresponder.

― T-Tá...

O loiro vai se afastando, num sorriso charmoso que faz as colegas de Lucy vibrarem internamente e pedirem para estar no lugar dela. Logo ele se junta a Jellal, Gray e Laxus na fila dos rapazes.

Lá vinha Erza, sendo a última a se juntar a fila depois de ter ido caçar seu maiô no vestiário. Ela encontra sua amiga morta em pé, corpo presente e alma só Deus sabe onde.

― Lucy?! ― A ruiva a chacoalha. ― Ressuscita! Ressuscita, mulher!

― Ain! Erza, estou mesmo precisando é de um caixão para morrer em paz, porque meu coração tá ameaçando parar a qualquer momento!

― Do que está falando?

Uma coleguinha fofoqueira se estica para falar:

― É que a sortuda da Lucy acaba de ser pedida em namoro por nada menos que um dos príncipes, o Sting! Ain mulher, se eu fosse você eu já tinha aceitado e lascado um beijo gostoso naquele delicioso! Olha a beleza dele!!

― Feche essa matraca, sua safada! Minha amiga, aconselho eu, tá? ― Erza praticamente rosna, puxando Lucy para si. ― Então ele te pediu em namoro? Precisamos mesmo falar sobre isso. Que tal mais tarde, na sorveteria?

A loira pisca os olhos algumas vezes, como se tivesse chegado a uma conclusão. Erza fica confusa ao vê-la com aquela cara de pidona.

― É isso, Erza! Vou passar uma semana dormindo na sua casa, isso vai me ajudar a pôr os meus pensamentos em ordem. Tenho muita coisa para te contar, você precisa me dar uma luz, amiga.

― Cer-Certo, eu concordo com isso. Mas precisa pedir para sua mãe. Acho que ela pode ficar preocupada depois do que houve da última vez que foi dormir lá em casa.

― Vou falar com ela, sim. Longe de minha rotina diária, vou conseguir o tempo que preciso para pensar em minhas decisões. ― A loira sorri corada. ― E o Natsu também vai poder ficar mais à vontade para conversar com ela sobre nós dois.



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