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História Irmãos até que o amor nos separe - Encoraje-se, Mirajane!


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Yo pessoas!

Esse capítulo é bem leve.
Mas não se enganem... Só estou preparando seus corações para os próximos :)

Para essa fase atual da história, eu quero trabalhar um pouco de cada possibilidade para o destino amoroso do Natsu e da Lucy. Ao mesmo tempo, os personagens que não tiveram muito destaque também vão aparecer com mais frequência.
Então quando vocês menos estiverem esperando, pode ser que coisas inusitadas aconteçam!

Boa leitura.

Capítulo 39 - Encoraje-se, Mirajane!


Fanfic / Fanfiction Irmãos até que o amor nos separe - Encoraje-se, Mirajane!

 

Autor

― Amiga, mas o que é isso... Não vá cometer essa loucura!

A ruiva levanta-se da poltrona nas pressas ao ver sua amiga com aquela faca, e então corre, segurando-a pelo pulso.

Quando Lucy se vira, Erza a vê com a travessa de lasanha apoiada entre o braço. Nada lhe vem em mente durante alguns segundos, até a ficha cair.

― Espera... Você não estava pensando em se mutilar?

― E-Eu?! ― A loira a encara sem entender nada, ainda com o aspecto choroso. ― Claro que não! Já sofri demais hoje, por que eu faria uma besteira como essa?!

Erza se permite suspirar, sentindo um grande alivio.

― Desculpa, amiga. Por um momento, pensei que fosse usar essa faca para cometer uma besteira. Você estava tão mal antes do Sting chegar, e depois dessa pressão toda em ter que recusar o pedido dele... Achei que tivesse enlouquecido.

Lucy se aproxima, com cara de poucos amigos. Os olhos da amiga acompanham seu indicador até sua testa, onde ela deixa um peteleco.

― Ain!

― Tudo o que menos preciso ouvir nesse momento é que pareço uma louca. Agora se me der licença, vou devorar toda essa lasanha, porque minha noite naquele restaurante foi péssima, e não comi nada!

Erza sorri abobalhada, acompanhando-a à mesa.

― Se quiser dividir essa experiência comigo, fique à vontade. ― Cora, desviando o olhar. ― Mas depois, quero que escute como foi a minha noite com o Jellal também.

Lucy estava apenas tentando fugir da forte dor que sentia.

Em poucas horas, tinha experimentado um coquetel de emoções nada boas, e queria descontar na comida o que não conseguiria digerir com seu coração tão facilmente.

 

~ * ~

No dia seguinte.

Mesmo quando sabia que não poderia levar nada, Mirajane não deixava de passar na confeitaria mais renomada do bairro, que ficava numa avenida por qual ela passava a caminho do colégio.

Meio que já tinha feito amizade com as atendentes, e sempre acabava conversando com elas sobre doces e receitas caseiras. Era um dos pedacinhos de seu dia que mais valiam a pena.

― Caramba, então quer dizer que se eu deixar a carne salgar, é só colocar uma ou duas batatas na panela e pôr para cozinhar por mais alguns minutos? ― Indaga Gisele.

Mirajane assente, risonha pela cara de espanto que ela fizera.

― Sim. As batatas irão absorver boa parte do sal na carne, e você não vai precisar jogar fora nunca mais quando errar a mão.

― Como sempre, nossa amiguinha me deixa de boca aberta com esses segredinhos culinários, viu? ― Geise diz de mão no queixo, fitando-a com admiração. ― Com quem você aprende essas coisas, amiguinha?

A albina sorri brando, e as lembranças vêm com força. Um misto de alegria e tristeza invade seu coração.

― Com a minha avozinha. Ela era a melhor cozinheira do mundo! Embora eu não tenha provado tantas comidas diferentes e caras como essas que a gente vê nos programas de culinária, posso garantir que a vovó era insuperável.

Um cliente chega e as duas moças se despedem brevemente dela para poder atende-lo. Mirajane acena e vai saindo dali. Ao abrir a porta, ela se esbarra com uma garota também trajando uniforme colegial, mas de uma outra instituição.

― Desculpa, você se machucou? ― A garota indaga, e logo a fita com extrema felicidade. ― Espera... Não acredito... Mirajane?

― Touka!!

Mirajane fica com a mesma cara de alegria, deslumbrada com o quão bela estava sua amiga de infância. Agora seus cabelos eram compridos, com cachos perfeitamente feitos nas pontas. Não perdendo aquele jeitinho de princesa, ainda usava um laço discreto na lateral.

― Touka, pensei que você estivesse morando em Crocus ainda. Meu Deus, que surpresa boa!

Ela a abraça, emocionada.

Touka a puxa para o mostrador de doces, e saem do estabelecimento com duas sacolas cheias de sabores variados de bombons e cupcakes.

― Esses aqui são seus, Mirinha. ― Sua amiga lhe entrega uma das sacolas. Ela aceita de olhos brilhantes, o que a faz sorrir derretida. ― Fofa como sempre. Me alegra muito saber que ainda ama doces tanto quanto antes.

― Obrigada, Touka. Eu nunca vou perder essa natureza de formiguinha, embora eu tenha maneirado desde que nos separamos. ― Diz corada. ― Aqui tem muitos, vou dividir com as minhas amigas, se permitir.

A garota morde um pedaço do bolinho que admirava com tanta concentração, e então desvia o olhar, inflando as bochechas.

― Entendo, então você fez outras amigas.

― Sim. Se chamam Lucy, Erza e Juvia. Mas não pense que eu esqueci de você, por favor! Pelo contrário, as lembranças de nosso tempo juntas na escola, são joias que nunca vou deixar de lado. É minha grande amiga.

Mirajane ainda não sabia onde ficava aquele colégio “Blue Pegasus”, mas o papo estava tão bom que não se atentou em perguntar para ela se aquele também era seu caminho. Agora estava cruzando a praça, e Touka senta-se de repente num dos bancos.

― Está atrasada?

― Não. Ainda tem cerca de quinze minutos até tocar o sinal para a entrada.

― Então senta aqui, vamos conversar mais um pouquinho. ― Dá uns tapinhas no assento, e a mesma se acomoda. ― Não gosto muito desse colégio onde estou agora, sabe? Lá é cheio de gente besta, que se acham melhores que os outros só porque têm muito dinheiro. Odeio isso.

Automaticamente as princesas surgem nos pensamentos de Mirajane, que trata de tirá-las da cabeça antes de fazer julgamentos indevidos.

― Acho que tem gente assim em todos os lugares, Touka.

― Tem razão, mas sei lá, algo na forma de ensino deles não me agrada. Agora que eu sei que a Mirinha estuda na Fairy Tail, me empolguei mais ainda pela minha transferência.

― Você quer ir para a Fairy Tail?

― Sim. Desde que voltei com os meus pais aqui para Magnólia, no ano passado, descobri que a minha prima estuda lá. Ela meio que se afastou de todo o resto da família depois de uma tragédia com...

Mirajane estava atenta, mas Touka para de falar quando lembra que aquele assunto a faria lembrar de seu maior pesadelo. Ela sorri sem graça, fingindo estar procurando um bombom em especifico na sacola.

― Mas é isso, Mirinha. Quero muito ir para a Fairy Tail para saber como está a prima. E agora, por sua causa também. E você, o que tem feito durante esses anos, Já conseguiu um namorado? Lembra que apostei um pacote de jujubas com você, dizendo que eu iria conseguir um primeiro?

Touka não esperava vê-la triste depois daquela pergunta.

― Me confessei para um garoto recentemente... Sabe, Touka, ele é diferente de todos os outros. O Natsu olha para você, e encontra em seu olhar o que não tem coragem de falar. Ele sabe o que dizer para confortar o coração das pessoas.

A amiga faz uma carinha risonha.

― Natsu, é? Então esse é o nome do garoto sortudo.

― Ah, não. Natsu não gosta de mim da mesma forma.

― E-Ele a recusou?! ― O cupcake que segurava quase vai ao chão, mas Mirajane o segura. ― Não acredito que ele foi capaz de recusar um anjo como você, Mirinha!!

― Foi melhor ele ter dito a verdade, do que me deixar iludida como muitos garotos fazem com as outras meninas. Mas não se preocupe, eu estou tentando me conformar com isso.

― Não, de forma alguma. Se ele não tem uma namorada, e recusou você, é porque tem algo de errado nessa história. Talvez ele só tenha ficado tímido... É isso! Mirinha, precisa tentar mais uma vez.

― Não acho que tenha sido por timidez. Tenho certeza que sou muito mais tímida do que ele para essas coisas. Quanto a tentar de novo, farei isso se ele demonstrar que eu posso. Não pretendo forçar nada.

Touka a fita seriamente.

― Vou te ajudar. Os garotos são bichos do mato quando o assunto é namorar. Eles precisam se sentir à vontade, sentir que é seguro dividir o tempo deles ao nosso lado, que irá valer a pena.

― Você acha?

― Tenho certeza. Então é o seguinte, Mirinha. Você vai marcar um encontro com esse Natsu, e vai mostrar para ele que escolhê-la como namorada é a melhor decisão de sua vida! Deixe que eu me responsabilizo pelos detalhes.

Sutilmente, pega o celular de Mirajane e deixa seu número salvo na agenda. A albina também faz isso no dela.

― Prontinho. Vou te mandar instruções assim que bolar todo o programa. Agora preciso ir, e você também ou vamos nos atrasar.

Mirajane a abraça.

― Obrigada, Touka. Sem dúvidas foram duas grandes felicidades para mim hoje. Reencontrar minha grande amiga, e poder contar com a ajuda dela para me aproximar do garoto que eu gosto.

― Obrigada eu, Mirinha. Sua presença conforta meu coração, você sempre teve esse dom. Vou te ajudar a conquistar o Natsu, sem dúvidas.

 

Lucy

Minha noite não tinha sido boa nem mesmo na hora de dormir. Me senti inquieta o tempo inteiro, me mexendo de um lado para o outro, pensando no Natsu recusando a Mira, e sobre eu ter recusado o Sting.

Como eu iria olhar para eles e fingir que estava tudo bem?

Como deveria me comportar com o Natsu depois de nossa última conversa, onde eu havia sido tão dura?

― Lucy, fecha a porta. ― Erza me diz indo na frente.

Assim que fecho, corro para acompanha-la na calçada, e acabo me deparando com um carro familiar estacionando bem ao nosso lado.

― Bom dia, meninas! ― Minha mãe abre a porta do carona, nos instigando a entrar. Erza e eu nos fitamos surpresas, e adentramos. ― Como vocês estão?

― Estamos muito bem... ― Erza responde, daquele jeito vago de quem não queria contar detalhes. ― Mas que surpresa, senhora Layla.

― Pois é, mãe. Que surpresa!

― Queria falar com a Lucy antes de ir para o banco. ― Vejo seus olhos cintilando para mim pelo retrovisor. ― Mas seu telefone está dando fora de área ou desligado, filha.

― É que realmente está desligado, acabou a bateria e o da Erza não serve nele. Eu, esquecida como sempre, não levei o carregador junto.

Um silêncio estranho paira entre a gente. Minha mãe segue dirigindo até que paramos no primeiro sinal vermelho. E então ela se pronuncia:

― Não se preocupe com o carregador, filha. Você volta para casa hoje mesmo, assim que sair do colégio, quero que vá direto.

No automático, arregalo os olhos e desvio a vista para a janela, fingindo tosse. Erza só observava a tudo, com aquela expressão curiosa.

― Não é nada com você, Erza. Agradeço por ter acolhido Lucy em sua casa nessas duas semanas, mas já está na hora dela voltar. Sei que vocês estavam fazendo um trabalho juntas, mas perguntei para o Natsu, e ele disse que não sabe de nada sobre isso.

Natsu estava querendo ferrar com minha imagem de filha santa?!

Se bem que se tratando dele, deve ter sido mais ou menos assim:

 

― Natsu, sabe sobre o que é esse trabalho que Lucy e  Erza estão fazendo por todo esse tempo?

Ele deve ter ficado sério por algum tempo, e depois com uma cara pensativa, pensando se me dedurava ou não. Aí, sua expressão mudou para a de um diabinho quando notou que conseguiria me fazer retornar para casa por meio dessa:

― Trabalho? Não sei de nada sobre isso, Layla. Ela deve ter mentido para você, só para não ficar perto de mim. A gente se beijou algumas vezes, e eu amo a sua filha. Mas ela é estranha, e quer me trocar pela amiga.

Mamãe deve ter ficado com cara de paisagem, processando tudo o que ouviu, e de repente lhe mostrou uma cara assustadora, se transformando numa super heroína e prendendo-o na mesa com cordas:

― Ah, é?! Vou buscar a Lucy agora mesmo e vamos sentar nós três para conversar sobre esse assunto, senhor Natsu! Nem fuja daí!

 

Terra para Lucy, retorna, mulher!

Meu coração estava a mil.

― Mãe...

― Acho muito bom que tenha esses momentos de garotas com suas amigas, filha. Mas não quero que abuse disso. Erza tem que ter a privacidade dela também.

Minha amiga balança a cabeça, num risinho.

― Não é incômodo para mim, senhora Layla. Desde que os meus pais me deixaram tomando conta da casa, tenho me sentido um pouco sozinha as vezes. Esse tempo com a Lucy deu vida para aquele lugar, acredite.

― Entendo. De toda forma, Lucy voltará. ― Ela me mostra um sorriso. ― Já estou com saudades da minha loirinha.

― Ah, mãezinha. A senhora mora no meu coração, sabe disso. ― Tento disfarçar minha frustração.

Pelo resto do trajeto, ficamos ouvindo I drove all night, de uma cantora que ela adora.

― Até mais tarde, filha. Erza, apareça lá em casa para um lanche qualquer dia desses.

― Vou aparecer, hein! ― A ruiva diz numa carinha divertida, e lhe manda um beijo no ar. ― Tchau, senhora Layla.

Mal pisei portão a dentro, e quase beijei o chão quando alguém esbarrou em mim como se fosse um cavalo descontrolado. Meu rosto continua intacto graças a Erza, que me segurou. Desgovernada, com os braços por baixo dos meus peitos, mas fez seu melhor.

― Quem foi que me empurrou? ― Pergunto agitada, olhando em volta. Não queria acreditar que tinha sido aquela garota de cabelos escuros compridos e tiara branca que andava com pressa a minha frente. Mas Erza confirma que tinha mesmo sido ela. ― Ei, querida! Não vai me pedir desculpa?

Quando ela se vira, só então percebo que se tratava de uma das princesas. Era Kagura, uma que quase não interage com as demais de seu grupo mesmo quando se reúnem. Ela estava chorando. Noto que ela força uma expressão violenta para mim, e depois continua indo na direção do prédio.

― O que foi que deu nela?

― As princesas são todas umas “cavalas”. Precisa esperar sentada pelo pedido de desculpas dela.

Começamos a andarilhar à procura da Mira, que já deveria ter chegado e se encolhido num cantinho nos esperando. Uma coisa louca se passa pela minha cabeça, enquanto vou lembrando da minha última conversa com o Natsu:

Vou contar para a Mira que eu gosto do Natsu. Se eu não fizer isso agora, nunca mais vou conseguir ser eu mesma perto dela.


Notas Finais


Aulas de culinária com a garota caramelo? XD
Aprendam os segredinhos da Mira.

E uma nova personagem aparece!
A Touka parece dócil, mas é daquelas que se você pisar no pé, vira uma bruxa!
Para quem não lê a sequela do mangá, essa personagem realmente existe, é só dar uma pesquisada para verem como ela é.

E agora a Lucy parece decidida a jogar no Hard.
Vejo vcs logo/


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