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História Irmãos até que o amor nos separe - Conheça sua família.


Escrita por: Jeff-Sama

Notas do Autor


Olá :3

Espero que curtam o capítulo.
BOA LEITURA.

Capítulo 41 - Conheça sua família.


Fanfic / Fanfiction Irmãos até que o amor nos separe - Conheça sua família.

 

Lucy

Vou caminhando sozinha pelo corredor sombrio daquele andar. Os vidros das janelas que estavam por toda sua extensão, rachavam a medida em que eu passava por cada uma. A única coisa que eu sentia era medo, e uma vontade angustiante de sair dali logo.

Mas... Faltava alguém.

Eu não conseguiria sair dali se não estivesse com eles.

Eu não conseguia lembrar de seus nomes, mas sabia que deveria encontrá-los antes de pensar em correr.

― Tem alguém aí?! ― Indago. Minha voz ecoa, e não recebo resposta.

De repente, uma pessoa surge lá no fim. Era a silhueta de um homem, isso dava para notar. Ele vem na minha direção vagarosamente, e não sei explicar o porquê, mas me viro e começo a me afastar dele. Algo me dizia que não era quem eu procurava.

A medida em que vou acelerando os passos, a pessoa também o faz. Sua voz sai distorcida, chamando por meu nome, fazendo com que eu não possa identificá-lo nem mesmo assim.

― Lucy, pare! Lucy, me obedeça!

Sinto as lágrimas descendo com tudo, frias por meu rosto. Não havia saída para onde eu corria, e as janelas antes rachadas, começam a se quebrar uma após a outra. Os fragmentos machucam o meu rosto e braços, mas continuo fugindo mesmo assim.

― Não!! Não posso ir com você. Eu não posso, não quero!!

― Precisa de mim, Lucy! Se não vier comigo, vai acabar morrendo!

― Pare de dizer mentiras! Vai embora, fica longe de mim!

Quando estou a três metros da parede que seria o fim da linha, sinto um vento fortíssimo tomar conta do ambiente. Os fragmentos de vidro começam a flutuar, e uma voz surge na minha cabeça, pedindo para que eu fechasse os meus olhos, e que continuasse correndo.

Me sinto protegida por aquela presença, e curiosamente já não sentia tanto medo, apenas estava confusa. Mas lhe dou ouvidos, e minhas pernas não param.

Eu vou confiar em você!

Eu sabia que logo iria dar de cara com a parede.

Em três...

Dois...

Um...

Abro os olhos quando sinto que estava caindo.

Uma abertura fora criada imediatamente quando eu estava para bater no concreto. Me vejo indo a caminho do chão, caindo do décimo andar daquele prédio. O homem que me perseguia fica barrado na parede de vidro, criada com os fragmentos das janelas.

Mas, havia uma segunda silhueta ao lado dele.

Era a minha mãe.

― Mã-Mãe?!

O vidro se embaça e eles somem.

O mesmo vento de antes me arrodeia durante a queda, e faz com que eu caia feito uma pluma ao chão. Consegui escutar sua voz mais uma voz, tentando confortar o meu coração:

― Vai ficar tudo bem. Eu estou com você, Lucy.

 

~ * ~

Finalmente acordo desse pesadelo.

Sinto meus olhos molhados, meu coração ainda acelerado.

Olho em volta, tentando entender aquele ambiente no qual estava. Vejo Natsu dormindo na outra ponta do sofá, todo esparramado.

― Minha nossa... que horas são?!

No relógio da parede indicava 5 da manhã.

Não demora nada até eu ver a minha mãe surgir pela escada, com aquela carinha de sono ainda.

― Bom dia, minha filha. Você dormiu bem?

― Mãe...

Praticamente dou um pulo de gato e vou até ela, abraçando-a muito forte.

― Mãezinha, me deixa te abraçar!!

― Lu-Lucy... Aconteceu algo?

― Não, eu só acordei com uma vontade louca de abraçar a senhora, mesmo. ― Lhe mostro um sorriso ao me afastar. ― Pronto, já é suficiente para aquietar essa vontade. Obrigada por ser tão boa, mãe.

Ela fica corada, e então segura na minha mão, levando-me até a frente do Natsu.

― Filha, eu sempre tentarei ser uma ótima mãe para vocês dois. ― Ela semicerra os olhos para o dorminhoco. ― Algo me diz que o Natsu vai acordar com muita fome.

― Como sempre, né? ― Digo numa risada, também observando-o. Só então a ficha cai. ― Eh... foi a senhora que nos cobriu com essa coberta?!

― Sim. Vocês estavam tão fofos dormindo juntos, que não tive coragem de acordá-los para irem aos seus quartos. Me ajuda a preparar o café?

Assinto, envergonhada.

Isso tinha sido arriscado. Mas aparentemente a senhora Layla tinha assimilado o que vira como dois irmãos inocentes que tinham pegado no sono enquanto assistiam juntos.

 

~ * ~

― Bom dia, fadinhas!

Me viro na cadeira ao ouvir aquela voz que anima meu coração.

― Bom dia, Natsu!

Ele senta-se ao meu lado, e me olha profundamente por uns segundos enquanto sorri de canto. Fico vermelha com isso, e piora quando ele segura a minha mão e vai fazendo um carinho com o polegar.

― Ah...

― Layla, cê tá com uma cara de sono! Não dormiu bem?

― Eu dormi bem, sim. Nunca descobri o motivo, mas as vezes eu acordo e sinto que meu rosto está bem inchado, e que os meus olhos beiram os de uma asiática.

― Haa, eu já tive essa sensação também!

Observo os dois conversando tão espontaneamente e começo a pensar no quanto eu perdi por ter ficado fora de casa por duas semanas. Eles tinham criado uma confiança e amizade ainda mais forte, a ponto do Natsu querer papo tão cedo.

Antes ele só comeria e depois iria embora. O famoso entra mudo e sai calado.

― Fadinha, pode pegar o leite para mim, fazendo favor?

― Claro.

Vou até a geladeira, e quase tenho um treco quando sou pega de surpresa por um bicho verde e estranho bem encima do suporte do freezer.

― Kyaaa!! Tem um bicho aqui, me dê um chinelo que eu vou matar ele!

Natsu se apressa para me socorrer. Fico com o coração na mão ao vê-lo pôr o dedo perto do verdinho, e o mesmo sobe nele todo calminho.

― Ele vai te morder, seu louco! Mate!

― É só um louva-Deus, fadinha-de-açúcar. ― Ele me dá um peteleco fraco na testa, e o bicho se agarra em mim. ― Uou, foi mal!

― Tira isso de mim, Natsu!! Tiraaaaaa!!

Vejo ele e a senhora Layla em risadas altas enquanto eu surto e sinto as patinhas arranhentas do inseto por meu rosto.

― Se acalma. Vou tirar de seu rosto.

Ele o pega e vai até o quintal, deixando-o por lá.

― Eu hein, não se pode nem tomar café em paz? Natsu, se você jogar um bicho nojento em mim outra vez, vou te dar uns cascudos, seu vacilão!

Ele ri, me chamando com o indicador.

― Os cascudos da fadinha-de-açúcar devem ser como um cafuné. Se quiser fazer isso agora, tô pronto pro castigo.

Vibro internamente, vendo a mamãe nos observando atentamente enquanto toma seu café.

― Outro dia, se fizer por merecer, quem sabe. ― Respondo desviando o olhar.

O celular da minha mãe toca, e ela vai até o quintal para poder atender. Aproveito a oportunidade para puxar na orelha do moleque.

― Ô, que isso?

― Quer que a minha mãe desconfie que a gente... que a gente se gosta, seu cara de bunda?

Ele tira a minha mão, e fica um tanto sério.

― E que é a minha namorada. Sim, é isso que eu quero que ela saiba, logo. Se quiser, posso falar agora mesmo.

― Na-Não!! Ainda não é o momento certo.

― E por que? ― Ele fica fofo, ansioso pela resposta. Desvio o olhar para não cair em tentação.

― É que... É que... Desculpa, Natsu. Eu não posso inventar uma mentira dessa vez. Confesso que só estou me sentindo mal pela Mira. ― Ele tenta falar, mas não deixo. ― Eu sei que já falamos sobre isso! E entendo que ela precisa saber da verdade... Mas a teoria é sempre mais fácil que a prática. Me assusta pensar que ela vai ficar sabendo que eu sou aquela que a impede de ficar com você.

Natsu assente, pensativo por um momento.

― Se tiver alguma coisa que eu possa fazer quanto a isso, me diga. Só que ainda sou a favor de contar sem arrodeio.

Não havia nada que ele pudesse fazer.

Isso já não dependia do Natsu, que havia dado sua resposta para Mira. Dependia de mim, como sua amiga e que estava a parte de toda a situação.

― Eu vou falar com ela.

Ele me fita surpreso.

― Tem certeza?

― Preciso. Se Mira vai ficar sabendo que sou sua namorada, quero que seja pela minha boca. Ela teve coragem de dizer para mim que gosta de você, e que a rejeitou... O que vou falar não deve ser mais difícil que isso.

O rosado sorri, com um brilho no olhar.

― Tô orgulhoso de como cê tá ficando corajosa.

― Obrigada. Me inspirei em um certo garoto de cabelos rosa, sabe? ― Respondo risonha, e lhe dou um beijo na bochecha sem que esperasse. Ele fica boquiaberto, corado. ― Sou grata por ter me ajudado a ser uma Lucy melhor, meu amorzinho.

― Amorzinho?! ― Ele engole seco, fervendo. ― Ehr... Ah... Preciso te dar um apelido meloso assim também?!

― Não!! ― Balanço a cabeça. ― Amo quando me chama de fadinha, já me é suficiente.

Nós dois congelamos quando a minha mãe volta de supetão. Ela parecia estar abalada com alguma coisa que ouvira na ligação.

― Mãe, o que houve... a senhora está pálida!

― O seu primo Larcade... Aconteceu de novo, filha. E dessa vez foi bem mais sério, a ponto de o seu tio expulsá-lo de casa. Ele tentou se suicidar hoje de madrugada, e agora está no hospital com a sua avó!

― Meu Deus... Isso é inacreditável... Ele vai...?

― Não! Vamos fazer uma prece para a divindade não permitir que isso aconteça. ― Ela se apressa, indo até a sala. ― Vou até Crocus para ajudar sua avó, ela está muito abalada. Já avisei no trabalho que precisarei me ausentar por alguns dias, e consegui que isso seja descontado das minhas férias.

 

~ * ~

Mamãe havia ficado muito nervosa para dirigir, então decidiu ir até Crocus de avião. De carro, levaria cerca de seis horas para ela chegar até lá, e a vovó Anna não poderia esperar por tanto tempo.

Ela deixou um dinheiro comigo, para caso surgisse alguma emergência. Fiquei realmente muito triste e aflita com o acontecido, rezando em pensamento para que o meu primo saísse bem da situação em que se encontra.

Estávamos a caminho do colégio agora. O clima tinha ficado meio gélido por conta da notícia. Natsu segurava a minha mão o tempo inteiro, em silêncio.

― Não sei se eu posso me intrometer nessa parada... Afinal, é a sua família...

― Legalmente você faz parte da nossa família também, bobo. ― Digo num sorrisinho falho, vendo-o me fitar de forma solidária. ― Não se sinta um intruso. Não comentamos sobre Larcade e o tio Shiro antes porque não tivemos a oportunidade, só isso.

― Então, a família é grande?

― Vovó Anna não foi uma mulher que fez jus ao tempo em que nasceu. Ela teve apenas três filhos: a mamãe, tio Shiro, e a tia Emerald. Tio Shiro teve apenas um filho, que é o primo Larcade. Tia Emerald se tornou freira, e a visitamos uma vez por ano no convento onde ela vive.

Natsu fica surpreso com essa, mas consegue disfarçar bem.

― Hum... E sobre o seu...

― O meu...?

― Eh... Seu primo! Esse tal Larcade, qual o problema dele com o pai?

― Muitos. Eles vivem no interior de Crocus, numa fazenda que ainda é legalmente da vovó Anna. Como o Tio Shiro é orgulhoso, ele nunca aceitou ajuda financeira da mãe e irmãs, mesmo passando por tantas dificuldades quando a terra não prospera.

Natsu estava bem concentrado, juntando as peças.

― E pelo que a vovó Anna nos conta, ele vive pressionando o Larcade para que ele consiga um bom emprego, mas nunca o preparou para isso. ― Sinto meu coração apertar quando imagino a situação. ― O primo não chegou nem a completar o ensino médio, e foi forçado a trabalhar com ele na fazenda e fazer trabalhos a parte na cidade.

― Entendo. Ele deve ter bastante preocupações e amarguras, e por isso recorreu a besteira que fez... ― O vejo com um olhar bem sério, como se pensasse longe. ― É por isso que agradeço ao destino por não ter conhecido os meus pais. Talvez eles sejam mesmo os monstros que eu sempre imaginei desde que era pequeno. Talvez eles sejam como o seu tio Shiro, que não pensa no bem do próprio filho e só quer tirar vantagem dele como pode, escolhendo como ele deve viver.

― Natsu... ― Aperto mais firme sua mão. ― Não sabia que pensava assim dos seus pais. E sabe, talvez tenha razão. Se não ter conhecido os seus pais foi um gatilho para tornar você o garoto incrível que é hoje, eu acho que foi a melhor opção do destino. Ele não errou em nada.

Ele ri brevemente, e me beija na bochecha, devolvendo o que lhe dei mais cedo.

― Valeu.

Quando nos aproximamos dos portões, vejo Natsu encarar alguém do outro lado da rua. Ele fica tenso de repente.

Olho na mesma direção, e congelo quando tenho a desagradável visão também. Orga Nanagear vinha até a gente, e não estava com uma cara nada boa.

― Lucy... ― Ele sussurra para mim, soltando a minha mão. ― Se ele partir pra cima de mim, eu não vou ficar quieto. Entra, por favor.

― Natsu... Eu não vou deixar isso acontecer. ― Volto a segurar sua mão. Ele me olha sem reação. ― Vamos ver se esse idiota vai bater numa mulher também!


Notas Finais


Finalmente o Natsu sabe o tamanho de sua nova família, mesmo que só por informações.
Tretas virão, porque toda família tem as suas. E parece que esse irmão da Layla é a "ovelha negra" dos Heartfilia.

O que terá acontecido com o Larcade? :(
Quando esses dois vão assumir o namoro para a Layla?
Mirajane saberá também?

Estamos nos aproximando de uma parte bem importante para a trama.
Vejo vcs em breve ^.^


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