Acordo de novo. Meu corpo estava suado e meu coração quase pulando para minha garganta. Outro pesadelo, não me era novidade tê-los mas por um momento eles haviam parado mas voltaram de novo. Saio do sofá, onde tentei dormir, não estava confortável com Jeff ao meu lado, e me custou muito descer pra cá, e mais ainda conseguir voltar a dormir...
Entro no banheiro e me livro das roupas, abro o chuveiro e entro de baixo da água quente. Cada minuto com Jeff é mais uma certeza de que estou e perigo, e eu sempre soube disso.
Sempre com os moletons sujos de sangue, facas quase maiores que uma espingarda, aquele quarto "secreto, o porão, ele... Estar aqui é morrer um pouco a cada dia... Desliguei a água e sai do box, pegando roupas limpas no saco de roupas minhas que ele roubou, elas sequer tem um lugar decente para ficar, mas como ele mesmo disse "Não é a primeira e nem será a última!" Com toda certeza não sou a única a ter essa sensação.
Saio do cômodo e vou para a cozinha, faço um pequeno café rápido e suspiro fundo, talvez ver um pouco de televisão me distraia... Ouvia barulhos no teto, ele deve estar descendo, engoli ligando a tevê.
Me assusto com o volume alto e pego o controle o abaixando, ouço passos vindos da escada e logo Jeff como um furacão, puxando o controle da minha mão. - Eu não te dei permissão, caralho! - desligou a televisão, o encarei incrédula e suspirei fundo, voltando para a cozinha.
Jeff The Killer POV
- Fez meu café, Dylan ? - ela não responde. - Fez, Dylan ?
- Você está aí sem fazer nada! Faça você o seu café! - diz irritada, sorrio.
- A cadelinha gosta de rosnar ? - provoco.
- E o velho gosta de se fazer de garotão? - bato na mesa.
- O que você acha que está fazendo ?!
- Me mantendo longe de você, que além de me fazer de gato e sapato ainda me obrigada a ficar ouvindo esse monte de merda! - jogou um prato no chão. Sinto minhas mãos tremerem, vou até ela e agarro seus ombros - Você devia agradecer que te tirei daquele porão, que dorme e ainda fode comigo!
- Você acha que isso é motivo pra te agradecer ? - diz com voz falha.
- Eu tenho certeza! - a soltei, vendo seus olhos marejados. - Não vou ficar pra ver esse seu showzinho. - vou em direção à porta, destrancando todas as fechaduras e a abrindo.
- AGRADECIMENTOS SÃO PRA QUEM MERECE E VOCÊ NÃO MERECE NADA! MERECE FICAR SOZINHO O RESTO DA VIDA!
Olhei para trás e Dylan estava no começo do corredor, senti minhas mãos pulsando e avancei em cima dela.
- SE FALAR ISSO DE NOVO EU VOU TE DAR UM FIM IGUAL O DA SUA MÃE, CADELA! - dou um soco em seu rosto.
Ela cambaleia e se escora na parede, minha respiração estava descompassada. Eu vou mata-la se ela abrir a boca de novo, e dessa vez eu não vou me conter! Dylan me olha e tira a mão do lugar onde eu bati.
- Então tá me mate, me mate como fez com a minha mãe! - vem até mim. - ME MATE ME MATE COMO FEZ COM A MINHA MÃE! - grita. - ME MATA VAMOS ME MATA! - começa a me socar. - EU TE ODEIO, ODEIO, ODEIO VOCÊ!
- PARA DYLAN! PARA! - tapo meus ouvidos tentando abafar a voz dela. - EU TE ODEIO, TE ODEIO! - PARA SUA FILHA DA PUTA! - Fechei meus olhos com força. - CALA A BOCA DYLAN!
- EU ODEIO VOCÊ! - escuto o barulho da porta.
- DYLAN! - abri os olhos vendo ela correndo pelo o meio das árvores.
- DYLAN! DYLAN! - gritei, corro até atrás do sofá, agarrando uma espingarda que escondia. - DYLAN!
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