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História Just Mine - Cheiro


Escrita por: PnkGabu

Notas do Autor


Alôooo
Esperem!, calma!, eu sei que demorei para escrever esse capítulo. Foi um mês de demora, mas relaxem, só demorei porque estava focada em tirar o hiatos de outra história. Mas agora tenho certeza que voltarei a escrever pelo menos um capítulo por semana.
Ps: É verdade esse bilhete

Beem, boa leitura para vocês!. O capítulo tá bem grandinho, mas fiz isso para poder passar logo essa fase da Ellen para ela finalmente revelar o clímax da história.
Nos vemos nas notas finais.

Capítulo 7 - Cheiro


Ellen — Parque Central

Já era sexta-feira. A semana havia passado extremamente rápida, talvez tenha sido uma impressão minha, mas realmente, tudo passou numa imensa velocidade. Como hoje era o último dia de aula da semana, obviamente, não terá aula amanhã, o que significa que poderei sair tranquilamente com Armin até o suposto Pet Shop. O horizonte do céu brilhava em diferentes tons escuros e claros, separando o dia e a noite num belo por do sol. Por certo, os postes de luzes iriam ligar daqui a cinco minutos, mas por sorte, já estava perto de casa, apenas cruzando o parque até a saída. Meus passos sobre o caminho de terra que trilhava e me guiava da porta a fora, eram silenciosos, e a todo custo, tentava mante-los assim. O parque estava praticamente vazio, se não fosse pela minha presença, e pelos gêmeos que andavam a poucos metros a frente de mim. E esse era o motivo pelo qual não gostaria de fazer barulho. Eu faço isso diariamente após as aulas: observo os meus dois amigos caminharem até passarem de minha casa. Pode parecer estranho, mas gosto disso. Tudo bem que eles são meus amigos e eu poderia ir junto com eles de boa, só que.. Eu prefiro ir atrás, olhando o moreno de olhos azuis, nomeado como Armin. Isso me fornece uma sensação tão.. Boa..

A todo momento que eu via-os se mover para olhar para trás, receosos, eu me escondia no lugar mais próximo. Seria vergonhoso se eles me vissem seguindo-os. Tá, sei que eles vão pelo mesmo caminho que eu para ir embora, e é normal que eu esteja atrás ou na frente, porém por algum motivo, sinto que não seria legal que isso acontecesse. Vai que eles pensem que eu estou evitando-os?. Por isso tenho cautela. Continuo seguindo-os com um sorriso estampado sob a face. Ambos garotos, percorriam o caminho conversando de maneira neutra, nem felizes, nem tristes, e isso me intrigou mais. Queria estar mas próximas deles para escutar a conversa...

Por fim, eles acabam cruzando a esquina de onde moro, me deixando completamente para trás, imóvel em frente de minha residência. Nos últimos segundos que pude ver suas silhuetas no dia de hoje, fitei o rosto de Armin, e um certo gelo brotou dentro do meu estômago; um aperto no peito; um disparo em meu coração. Tantas emoções recorreram em minha mente e corpo, que senti eu mesma pesar. Apoiei-me em uma perna, sorrindo boba, e como uma idiota, acenei para o garoto como se fosse uma dolorosa despedida, na esperança que ele finalmente olhasse para trás. Um ato tão idiota, pois ele nem notou. Logo, o mesmo desapareceu da minha visão, e lentamente, retornei a caminhar para o meu destino principal, mais uma vez com a cabeça nas nuvens. Subi pelas escadas, e entrei em casa. Como sempre, joguei minhas coisas no chão, e voltei-me ao sofá, o qual me recebeu com um abraço cheio de maciez das almofadas. Me encolhi em meio delas. Acho que estou carente. Pensei rindo com o nariz. Após minutos em branco, descansando, o lembrete do evento que ocorrerá amanhã veio em mente. Espero que a ida ao pet shop seja legal..

O tempo daquela noite passou. Eu comi, tomei um banho demorado, e retornei para a sala com o celular em mãos. Faz tempo que não tiro um tempo para usa-lo para me descontrair nas redes sociais. Sentei na poltrona e desbloqueei meu aparelho digital, me deparando com duas mensagens de diferentes pessoas na barra de notificações. Uma era de Letty, me dando um Oi, e a outra era de Armin, perguntando se poderia me ligar. Cocei meus olhos, surpresa, e reli novamente a mensagem do garoto. Faz tanto tempo que nós não conversávamos em um chat ou entrávamos em call!, não esperava por isso. Rói as unhas, e procurei vê-lo se estava online, e sim!, ele estava. Engoli seco, mudando minha posição na poltrona. Bem, vou responde-lo logo, antes que ele perceba que eu estou online e pense que estou ignorando-o.

“Claro que pode.”

[Eu, 20:17]

Escrevi para ele, e antes que o mesmo visualizasse, corri para responder Letty com um outro “Oi”, mesmo ela não estando mais online agora. Logo, meu celular começou a manifestar uma melodia alta, e isso me assustou um pouco. Era Armin me ligando. Limpei minha garganta com duas tossidas antes de atender, afinal, não quero falar com ele rouca. No quinto segundo do toque de celular, atendi sua ligação.

— Alô? -Digo, como de costume ao atender uma chamada. Cruzei minhas pernas ao dizer isso.

— Olá, Sra.Ellen. Como vai? -Direto como sempre, Armin me responde.

Como é bom ouvir a voz dele de pertinho, assim com no celular. Parece que o mesmo está dizendo coisas rentes aos meus ouvidos, o que fornece de certa forma uma ótima sensação. Sua voz é tão encantadora.. daria de tudo para escuta-la o dia inteiro.

— Olá, Armin. Sim, sim, estou ótima. E contigo? -Falo, sorrindo sozinha.

— Também estou. -Ele ri- Bem, só te liguei porque estou com preguiça de digitar, e também porque estou jogando, e em call é mais fácil de conversamos sem me atrapalhar muito.

— Entendi. O que está jogando? -Pergunto, curiosa, roendo uma de minhas unhas.

— Nada de mais, é apenas Lol novamente. -O mesmo me responde, e logo de fundo, consigo identificar os sons do teclado de seu pc sendo pressionados com força.

— Oh, que legal. -Digo.

— Eai? O que fazes neste momento? -Armin puxa assunto. É tão fofo vê-lo que ele está se esforçando para manter a ligação adiante!. Ele deve gostar de conversar comigo.. Ou eu esteja ficando louca mesmo.

— Apenas conversando com você enquanto vejo algumas coisas em redes sociais. -Falo. Realmente, agora estou mexendo no Facebook.

— Que chato, Haha. -O garoto diz e eu rolo os olhos. Ele tem essa mania de dizer que conversar com ele é chato, mas garanto que ele só faz isso para dizermos ao contrário.- Bem, Bem, Bem. Te liguei para acertarmos o compromisso amanhã. Tá tudo certo para você sair de casa e me encontrar no parque.. hm… as onze e meia da manhã?

— Oh.. Por mim está ótimo. -Confirmo, mudando minha posição no sofá novamente.

— Então fechou. Estive pesquisando coisas sobre animais na Internet. Cheguei a conclusão que estou afim de adotar um furão, o que você acha?

— Eu acho isso muito legal!. Mas o importante é que você goste dele, e que saiba como cuidar. -Afirmo.

— Saiba que eu realmente gostei dessa idéia. -O mesmo ri- Ah, e não é difícil de cuida-lo não. É bem simples.

— Se você diz. -Sorri.

— Ellen.. -Armin inicia sua frase de maneira arrastada, como se uma criança fosse pedir um brinquedo para para mãe.- Será que tem como você fazer um lanche para a gente comer no caminho? -O moreno finaliza sua frase após alguns segundos em silêncio.

— Tipo o que? -Pergunto surpresa.

— Ah, sei lá. Sua torta estava tão boa. Você deve ser uma ótima cozinheira, então por mim, pode fazer o que quiser. Em troca, te pago alguma coisa no caminho!.

Boa cozinheira.. -Murmurei pra mim mesma, alargando meu sorriso ainda mais. Ele me elogiou outra vez!, fico tão feliz com isso.

— N-não se preocupe, eu faço um lanche para a gente. E n-não precisa me dar algo em troca, tá? -Digo num tom mais alto, feliz da vida.

— Eu insisto, relaxa, tá. E opa, tô louco para provar o que você irá preparar!. Haha.

— T-tá, haha. Tudo certo então? -Indago, enrolando a ponta de meu dedo em uma das mechas de cabelo.

— Certíssimo!. As onze e meia, no parque. Seguido até uma ida ao pet shop, e logo após, uma parada novamente no parque para lancharmos. -O moreno descreve nossa rotina de amanhã. Me encantei ao ouvir isso. Passar um dia com o Armin… parece o sonho!. N-não que eu queira passar um tempo sozinha com ele.. Ou que a companhia dele me faça bem.. Até mesmo que a Íris não me deixe a vontade o suficiente junto a ele, e que talvez essa seja uma oportunidade única de sair com ele.

— Tá bom então. -Respondo-o, sorridente.

— Okay. Bem, até amanhã então, Elle. Tchau -Ele se despede e eu faço o mesmo, desligando em seguida.

Por algum motivo, não conseguia mais tirar o sorriso do rosto. Estou tão feliz com isso!. Quando fui me dar conta, eu já estava de ponta cabeça no sofá, com os pés no encosto da poltrona, e ri boba com isso. Me levantei, ajustando o despertador para me acordar cedo, e nem me importei se a televisão estava ligada ou se havia alguma janela aberta, só desliguei as luzes. Apenas queria ir me deitar para que o dia seguinte chegasse logo. Fui direto para meu quarto e coloquei meu celular para carregar, aproveitando da situação para me deitar sem preocupação. Me cobri com um sorriso no rosto e encarei o teto, imaginando o que o dia nos reservaria sábado.

E assim se passou alguns minutos, comigo em claro, sem conseguir pregar meus olhos para descansar. Uma onda de insônia e ansiedade bateu em meu estômago e mente, e isso me impedia de dormir tranquilamente. Meus olhos chegaram a secar em certos momentos. O tempo todo, ficava imaginando Armin ao meu lado, e isso me gerava uma felicidade tão alucinante que não conseguia de jeito nenhum pegar no sono, eu só queria continuar imaginando ele junto a mim. Não me cansava de forma alguma de pensar nisso. Pode parecer estranho, mas chegava a ser prazeroso de mais imaginar nós juntos tendo um tempo a sós. Sei que é uma ida simples ao pet shop, coisa que já fiz com o Castiel alguns meses atrás no centro da cidade, mas dessa vez, algo me diz que será diferente.

[. . .]

Já era sábado. Demorou bastante para eu conseguir dormir, mas felizmente o despertador veio me acordar, e no momento, revirava meu guarda-roupa procurando um traje ideal e bonito para sair. Olhava tudo com cuidado, afinal, preciso estar bonita.. Eu quero que ele me elogie!. No final das contas, acabei escolhendo uma blusa e uma saia roxa digamos que.. divertida!. Roxa e preta, nada de mais. Claro que ela não era tão comportada, era um pouco mais curta do que a de costume, mas não me importo. Me visualizei no espelho, já pronta. Passei a observar todo meu corpo e minhas vestimentas, gostando do resultado. Espero que ele note que estou bonita!. Pensei sorrindo igual uma boba e caminhei até a cozinha, onde uma sexta típica de piquenique repousava sobre a mesa. No instante, lembrei da torta que preparei pela manhã - Umas seis horas da manhã, não consegui dormir mais do que isso. A mesma estava guardada dentro da geladeira, pois era uma torta doce, e ela precisava ficar num bom ponto frio para ser comida. Com cuidado, retirei o doce da geladeira e fateei em vários pedaços, colocando-os dentro de um pote, em seguida dentro da cesta de piquenique. Abri um sorriso, alargando os cantos de minha boca. Parece tão gostoso!, Armin irá adorar. Assim como preparei um prato doce, fiz algo salgado, eram apenas algumas coxinhas, nada de tão extravagante, mas eu garanti que ele irá adorar!. Com tudo pronto, direcionei meus olhos até o relógio, o qual marcava onze horas em ponto, faltando meia hora para o horário combinado entre eu e o garoto. Engoli seco, batendo suavemente os pés no chão, animada e agonizada com o silêncio do ambiente. Sem pensar duas vezes, decidi sair de casa adiantada, afinal, não quero chegar atrasada ou deixar Armin me esperando!. Isso seria chato..

Deixei meu apartamento, descendo as escadas rapidamente, até chegar no térreo. Assim que sai, fui recebida por um gostoso banho de luz solar, o qual fez minha pele se iluminar e aquecer com aquilo. Abri um sorriso. Não sei porque, mas hoje está um dia tão lindo!, parece que o mundo está sorrindo para mim!, apenas para mim. Espero que hoje o dia seja tão bom quanto eu espere. Encarei a faixada em minha frente, e logo em seguida, atravessei a rua, automaticamente chegando na porta do suposto parque em que eu e Armin nos encontraríamos. Como o esperado, na mesma hora que entrei ali dentro, mais pessoas do que o comum frequentavam o parque. Crianças brincavam há poucos metros de mim, deixando o lugar ainda mais vivo, enquanto o resto da área, estava um pouco desocupada. Me direcionei lentamente até um banco próximo de uma árvore, a qual fazia uma sombra fresca, perfeita para espera-lo. Antes de sentar sobre o banco, pego meu celular. São exatamente onze e dez da manhã. Céus, estou tão animada!, pensei sorrindo enquanto repousava no banco frágil de madeira. Daqui a vinte minutos ele irá chegar..

Continuei sorrindo para o nada, batendo o pé freneticamente sobre o solo cheio de grama de um verde vivo, sujando um pouco a sola do tênis branco que usava. Não vejo a hora de vê-lo!.

Os minutos, os segundos, tudo passava tão lento, tão devagar. Não aguento mais esperar. Eu olhava para os lados, na esperança de que ele aparecesse logo. Será que ele vira mesmo?. De repente, já era onze e meia, e quando percebi isso, um arrepio gelado percorreu a minha espinha. Onde ele está?. Indaguei a mim mesma, pegando o celular rapidamente. Por pura coincidência, meu celular vibrou no mesmo tempo que deixei-o em mãos. A notificação alarmava uma mensagem do mesmo garoto que eu pensava. Sem pensar duas vezes, desbloqueei a tela e fui ler. Minhas mãos estavam soadas.

“Estou te vendo.”

[Armin, 11:33]

M-me vendo?. Rapidamente, levantei do banco, olhando para os lados, mas nenhum sinal do Armin. Ele tá brincando comigo?. Franzi a testa, confusa. Colocando o celular no bolso, elevei a mão até meus cabelos, logo colocando uma mecha atrás da orelha. De repente, um sopro quente atingiu a minha nuca, o que era bem diferente da leve brisa de vento que soava entorno do ambiente. Através desse sopro quente, ele logo se arrastou para minha frente, se misturando com o ar que eu respirava e entrando por minhas narinas. Rapidamente, outro arrepio gelado percorreu a extensão da minha pele, e sem raciocinar virei imediatamente para trás. E lá estavam um par de olhos azuis, me encarando por alguns centímetros de distância, milímetros!. Como posso não reconhecer esses olhos. Surpresa, arregalei os meus, não sabendo onde olhar. Armin estava ali, atrás do banco, com as mãos apoiadas na cabeceira do móvel, e o corpo inclinado para a frente. Meu coração pulou forte, gerando uma onda de calor e frio em minha barriga, garantindo uma vermelhidão excessivamente quente por cima de minha face. E-ele está tão perto que estamos compartilhando o mesmo ar. Lentamente, fui descendo meu olhar por seu rosto sorridente, até repousar sob seus lábios. Eles eram.. atraentes. Eu..

Por um momento, eu parei de pensar, raciocinar, respirar e enxergar. Senti meu coração pulsar verdadeiramente forte, e minhas pernas tremerem. Mas o que que.. Pela primeira vez, eu senti vontade de cair em cima dele. Eu.. Quero muito beija-lo.

— Surpresa! -A voz doce e masculina de Armin manifestou, parecendo inocente.

Ao me der conta que eu parecia uma idiota encarando seu rosto, minha cara queimou, e um sentimento surgiu. O sentimento de vergonha. Meu Deus, no que estou pensando?!. B-beija-lo? M-mas eu nem estou apaixonada por ele ou.. Algo assim.. Estou?

— Você me assustou!.. -Falo, sem graça, enquanto saia do transe. Dei alguns passos para trás, envergonhada. Na minha cabeça, o que eu havia acabado de pensar, tinha sido alto e ele tinha escutado. Eu sei que ele não ouviu, mas céus…

— Haha, eu não sou tão assustador assim. Sou? -O mesmo, rindo, deu a volta pelo banco, parando ao meu lado.

— C-claro que não. Você está l-longe disso. D-digo, você assustador h-haha. N-n-não!!. Não é isso. Você é lindo. Espera!, não é isso!. Você é legal, não é assustador. A-ahn!!…

Comecei a soar frio. O que estou dizendo?. Droga!, não sei onde enfiar a cara. Abaixei a cabeça, rindo de nervoso. Ellen idiota!, Idiota!. Do nada, a risada de Armin se destacou no ar, quebrando o clima que eu plantei no local. Levantei a cabeça na hora, também rindo abafado.

— Acho que te assustei mesmo, você nem se recuperou do susto ainda.

— H-haha. É..

— Você está mais bonita hoje. -ao escuta-lo ouvir isso, só faltou eu cair para trás. E-ele notou minhas roupas!. Totalmente envergonhada, olhei para a minha saia, sem opção do que encarar.

— Obrigado.. Você também está. -Digo, sem graça.

Ele me elogiou!. Fiquei repetindo diversas vezes dentro de minha cabeça.

— Mas, eaí?. Dormiu bem? -Ele inicia uma conversa normal, ignorando o acontecimento passado.

— Sim sim, minha noite foi ótima!. -Tirando a parte da minha insônia, das paranóias e ansiedade, foi ótima.- E você?

— Dormi bem. Só fiquei um pouco ansioso para adotar um animal. -Armin confessou, coçando a cabeça.

Ele estava vestido com a roupa de sempre. Admiro seu jeito de vestir.. Tão original e bonito. Não iria me surpreender caso visse que seu guarda roupa tinha as mesmas peças de blusa, tendo todos os itens iguais aos outros.

— Hmm.. Não estou vendo o lanche. -Antes que eu pudesse dizer algo, o moreno deu a volta em mim, procurando o quê mencionara.

O lanche!, eu me esqueci!. Porra, Ellen!.

— Ah, o l-lanche.. Eu deixei em casa. Na hora da volta eu passo lá e trago para nós comermos. Eu moro aqui perto, não irá demorar!. -Invento uma desculpa rápida, elevando o meu dedo indicador ao encontro de uma mecha de cabelo.

— Entendi. Tudo bem!. -Ele sorri.- Mas aí, vamos?

— Claro!. Onde fica esse pet shop? -Pergunto, começando a segui-lo, afinal, dizendo sua última fala, o mesmo já iniciou seus passos.

— Não é muito longe, é perto das lojas aqui do lado. Você nunca viu? -Armin indagou, me olhando.

— Não, haha. Eu não costumo andar muito pelos arredores, prefiro ficar em casa, ou apenas passear aqui nesse parque. -Digo, engolindo um pouco de saliva que brotava dentro de minha boca.

Fico feliz que ele não tenha me dado um bolo, logo no nosso primeiro encontro. Bem.. Não é um encontro, mas gosto de pensar assim.

— Sei como é. No meu antigo bairro, eu não saia muito de casa. Não gosto muito de ar livre, haha. -O moreno ri. Céus.. que riso prefeito. Seus dentes são tão alinhados e brancos, e seus lábios.. Tão rosados e bonitos.

Desse jeito, não consigo evitar de pensar no que pensei mais cedo. Ele é tão.. lindo, além de ser tão gentil e amigável. Sem dúvidas.. Um garoto perfeito. Pensando nisso, tive a impressão de estar viajando dentro de minha cabeça, até mesmo de estar babando, por isso, balbuciei a cabeça e mantendo o controle.

— Eu só saía raramente com a Íris, mas era só para o cinema e coisas do tipo.

— Ah.. imagino que você também não goste muito desses lugares. -Falo, tentando mudar de assunto. Meu único objetivo, assim como o do Alexy, é evitar que ele pense na Íris, e fazer ele superar esse termino!.

— Um pouco. É meio tentador andar pelo shopping. Há tantas lojas de jogos e lançamentos de aparelhos eletrônicos, que eu não me contendo.

Dito isso, ri alto, imaginado a cena dele como se fosse a Ambre olhando as roupas, só que no lugar das roupas, os jogos. Hilário, haha. Assim como eu, o mesmo também gargalhou, e assim foi o nosso caminho inteiro, conversando sobre coisas banais e engraçadas. Tenho certeza que as pessoas que nos vissem andando por ai, nos achariam loucos da forma que ríamos e que ignoravamos tudo a nossa volta. Bem, haha, é impossível que eu dê atenção para algo mais além dele, afinal, nossas conversas são viciantes, e a cada palavra que trocamos, sinto mais vontade de ouvir sua voz e seu riso tão meigo e gostoso de ouvir. É como música dos céus em meus ouvidos.

[. . .]

Algumas horas se passaram. A ida no pet shop não foi lá as grandes coisas, mas confesso que gostei. Também tenho que admitir que gostei mais do caminho e ida do que estar no pet shop em si. Enquanto ele perguntava para a moça algumas informações sobre os animais, eu o admirava de longe, fingindo estar olhando o canto dos coelhos. Armin parece animado, fico alegre com isso. A volta até o parque, também foi ótima. Ficamos trocando idéias de nomes para o furão que ele estava em mente. Sim, ele quer adotar um roedor, muito fofo por sinal. O mesmo havia decidido ir buscar o bichinho amanhã, pois tinha que preparar um canto no quarto com as gaiolas que ele encomendou. Esse garoto é realmente rápido e objetivo no que faz!, mal escolheu seu animal de estimação, e no mesmo dia quis providenciar tudo. Gostaria de ter a mesma responsabilidade que ele. Nesse exato momento, são cinco da tarde. Sim!, o tempo passa tão rápido quando estamos juntos!. É tão divertido. Cansados de caminharmos pelo parque e pelos cantos, resolvemos lanchar, e como o prometido, busquei o lanche que havia preparado. Por sorte, ele adorou o que fiz para comermos!, de verdade. Da para perceber isso até quando ele mastiga com um formato de sorriso entre os lábios.

— Sério, isso tá muito bom!. -O mesmo fala, ainda mastigando. Em forma de educação, ele repousou a mão em frente da boca, evitando que algumas migalhas saíssem por seus lábios.- Adoro esse tipo de comida.

— Eu também gosto!. É muito bom. -Eu disse me abanando. Está calor..

— Falando em comida… -O garoto olhou em volta- Espera aqui, já volto.

— Oi? -Murmurei ao vê-lo levantar do chão e balançar sua calça para a grama sair. Com isso, ele apenas fez um sinal de calma e caminhou em frente.

O que ele está fazendo?. Essa pergunta só foi respondida no momento em que o vi chegar perto de um carrinho de sorvete. O Armin vai comprar isso pra mim?. Indaguei sentindo minhas bochechas pegarem fogo. Acho que não.. Se ele fosse fazer isso, teria perguntado para mim um sabor. Olhei para o lado, decepcinada, em seguida, encarei o pote do lanche que preparei. Só há dois pedaços de torta e as coxinhas já acabaram. Puxa, ele deveria estar com fome! — Tudo bem que eu comi bastante, haha, mas deixa em off.

— Tadan!. -O menino cantarolou e eu elevei a cabeça para cima.- Aqui está!

É para mim?. Sem jeito, peguei os recipientes de comida do chão, e os coloquei dentro da sacola que trouxe comigo e levantei.

— Como o combinado, em troca de um lanche, eu te recompenso. -O menino estendeu o braço na minha direção, entregando o doce gelado.

— A-ah, não precisava, de verdade. -Digo, pegando pelo palito o que ele me oferecia.

— Relaxa, foi apenas dois reais. Peguei de tutti-fruti, já que não perguntei o que você queria.

— Ótimo, eu gosto. -Ri envergonhada. Gente.. Eu não sou tão tímida ao ponto de corar ao receber algo de alguém. É estranho sentir isso.. E uma sensação boa na barriga..

— De nada. -Armin sorri com o canto da boca.- Eai, o que vai fazer chegando em casa?

— Vou jogar um pouco de vídeo game. Você me inspirou a voltar a jogar o último lançamento de God Of War. Eu não estava mais disposta em voltar jogar aquilo. -Cruzei os braços, bufando aliviada. É verdade que ao escuta-lo falar de jogos o caminho todo até o pet shop, me deu muita animação para avançar. Ele fala com tanta paixão e gosto, que me contagiou.

— Você tem vídeo game!?, Que legal. Qualquer dia eu vou na sua casa para jogarmos juntos.

— C-claro, haha. Estou livre todos os dias, se quiser vir jogar, é só dizer. -Digo, ainda segurando o sorvete embalado entre minhas mãos.

— Sério?. Que ótimo. Que tal se a gente jogássemos nesse próximo final de semana?. -Armin propôs, sorrindo animado. Sua proposta entrando por meus ouvidos, fez meu coração pular, e uma felicidade jamais expressada em mim, começar a emanar de um jeito que era Incapaz de eu conter um sorriso. Na hora, alarguei o canto de meus lábios, dando espaço para meus dentes apareceram perfeitamente em um sorriso largo, que possivelmente vinha de orelha a orelha.

— Por mim tudo bem. -Falo, boba.

— Ótimo!. Então, até segunda-feira na escola? -Ele indagou, abrindo seus braços e caminhando até minha direção.

Me arrepiei dos pés a cabeça, vendo-o chegar cada vez mais perto. Céus, ele quer me abraçar!. Sem opção, coloquei o sorvete em uma só mão, e o recebi entre meu corpo e braços. O calor do mesmo, passou a se misturar com o meu, e seu cheiro inundar meu olfato com o aroma tão dócil e masculino que só ele tem, um cheiro que me lembro bem desde a primeira vez que o senti. Respirei fundo, fechando meus olhos. Eu só queria cheira-lo, enquanto sentia as quase impossíveis de serem notadas, batidas cardíacas do moreno.

— Até Segunda, Armin.. -Digo, aconchegada.

O Abraço do Armin, era como se fosse um ninho, onde eu queria sempre estar. Um abraço aconchegante e cheio de carinho, quente e inocente. A única parte ruim daquilo, era que, ele infelizmente se afastou de mim, levando embora o calor, e seu delicioso aroma. Abri meus olhos, já vendo-o na minha frente com os braços baixos, assim como eu. O abraço já tinha cessado. Dei alguns passos para trás, e segurei novamente o sorvete com as duas mãos.

— Tchau!, obrigado por me acompanhar. -O moreno fala, dando os primeiros passos dianteiros para ir embora.

Eu.. não.. Eu não quero que ele vá embora.

— De nada, pode sempre contar comigo. Tchau! -Me despeço, sorrindo.

Assim, ele dá as costas. Acenando para mim, virou a esquina, desaparecendo da minha visão mais rápido do que imaginei. Soltei um longo suspiro de alívio e de tranquilidade, relaxando meus músculos. Quando fui notar, o sorvete derretia em meio de minhas mãos, graças ao calor que elas emanavam para o doce gelado, e o caldo azulado do mesmo, ameaçava sair a qualquer hora do plástico e melar minhas mãos. O Armin.. Ele me deu esse sorvete.. Eu não posso deixa-lo derreter. Pensei, começando a andar a caminho do meu apartamento, atravessando a rua sem me importar se tinha algum carro vindo pelo asfalto. Por sorte, a rua estava vazia, e com isso, cheguei sã e salva em frente ao estabelecimento. Enquanto andava a caminho do meu apartamento, subindo cuidadosamente os degraus não tão grandes das escadas, não deixei de pensar e repensar no dia que tive hoje. Que dia maravilhoso.. adorei cada segundo. Espero repetir esse tipo de coisa mais vezes, sem outros amigos em volta, apenas eu e o Armin. Foi divertido. Aguardo ansiosamente pelo próximo sábado. Quando cheguei no andar desejado, abri a porta de casa, trancando-a em seguida. Ao invés de me jogar no sofá como de costume, corri até a cozinha, abrindo rapidamente o congelador. Lá, coloquei o doce congelado, deixando-o repousar em um lugar gelado, ao invés de deixa-lo no calor de meus dedos. Parece bobeira, mas.. Eu vou guarda-lo..

Pensei nisso fechando a porta do móvel e me locomovendo até a sala. Um bocejo se manifestou entre meus lábios, demonstrando que um certo cansaço começava a cair sobre meu corpo. Olhei pela janela, visualizando logo de cara, o belíssimo por do sol. Nem parece que fiquei a tarde toda ao lado de Armin!.. Parece que foi tão rápido. Esse dia.. Não me cansarei de elogia-lo, por mais que ele não tenha sido “uma coisa daquelas”. Como estava avontade, me sentei no sofá da sala, relaxando meus músculos de um jeito que me deixava aliviada. Acho que vou tomar um banho, quero ir dormir logo. Sem pensar duas vezes, agarrei a barra da blusa que usava, e comecei a arrasta-la até o topo de minha cabeça, por fim, retirando a mesma e ficando apenas com o sutiã.

— Agora sim estou mais confortável!. -Falo comigo mesma entre um suspiro alto.

Fiquei feliz quando Armin elogiou minhas vestes. Abaixei o olhar, encarando a regata que acabei de tirar. Pelo que percebi, ele é bem direto em algumas coisas, parece que o mesmo não tem vergonha em dizer o que pensa. Para falar a verdade, eu gosto nisso nele! Faz parte da personalidade dele, e isso é bom; sorri sozinha. Entre meus dedos, alisei o tecido da blusa que vestia agora pouco, esfregando o interior e exterior da peça de roupa com a ponta dos dedos. Parando para pensar.. eu abracei o Armin com ela. Diferente da blusa que usei na primeira vez que o abracei, essa parecia mais.. valiosa.. mais.. especial, pois nela, havia algo que me fazia bem só de olhar. Pouco a pouco, fui direcionando-a perto de minha face, e já em poucos centímetros, pude sentir a presença do aroma de Armin. O perfume dele tinha grudado, fixado, governado minha blusa. Um perfume tão bom. Inalei próxima ao tecido, e logo, toquei o nariz sobre a peça de roupa, cheirando-a de um jeito profundo o suficiente para me recordar das sensações obtidas da ação que cometi junto ao garoto. Sutilmente, passei a língua entre meus lábios, molhando-os com saliva, na esperança que também pudesse sentir o doce do ar, assim como sentia-o através da respiração. Eu queria sentir o gosto daquilo, porém, impossível, apenas o aroma era possível de criar um contato comigo. Suspirei, calma. Seu cheiro me trás paz.. Por mais que eu cheirasse minha roupa, inalando o rastro de perfume do menino, não era à mesma coisa de cheira-lo pessoalmente, como no abraço executado mais cedo entre nós dois.

Como eu gostaria de sentir novamente o perfume adocicado dele.. Eu queria poder.. sentir diretamente de sua pele.. pessoalmente.

Não vejo a hora de te ver novamente.. Armin.. -Digo a mim mesma, sorrindo. 

Nunca mais irei lavar essa blusa.


Notas Finais


Beem! Que bom que você chegou até aqui na sua leitura!. Já já irei colocar o Gif desse capítulo!.
Não teve muita coisa nesse capítulo, mas paciência!, a melhor parte já está chegando!. Fiquem ligados
E aah!, essa Ellen, pouco a pouco está se drogando com esse cheiro do Armin Kkkkkk
Obrigado por tudo, e até o próximo cap! ♥


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