História Kagehina - O novo jogador - A mãe de kageyama

Juntei nossas testas, ao mesmo que separei nossas bocas. Sua respiração estava ofegante, conseguia sentir o doce cheiro do perfume do menor.

Olhei para o mesmo e dessa vez ele teve a iniciativa, juntando os lábios no meus e passando os braços por volta do meu pescoço, o peguei pelas pernas e coloquei em cima da mesa, o pressando contra a parede.

Passei minhas mãos em suas costas levemente, puxando sua cintura mais para perto de mim a cada segundo, seu beijo era gentil e me fazia querer cada vez mais.

Puxei seu moletom, tirando o de seu corpo, em seguida comecei a desabotoar sua camisa, mas sou interrompido por algo.

Suas mãos seguraram as minhas e ele separou o beijo, me fazendo ficar surpreso e um pouco chateado.

— O que foi?

— Eu ouvi a porta da frente abrindo.

— Droga, agora não.

— O que houve?

— É a minha mãe, se veste rápido.

Esperei ele se arrumar e o levei para a sala, fomos surpreendidos com minha mãe aparecendo na entrada.

— Oi tobio. Oh, quem é esse lindo ruivinho?

— O-olá, sou hinata shoyo.

— Esse é o garoto que eu disse que traria hoje aqui para jogarmos, mãe.

— Ah, é. Você tinha comentado sobre ele para mim ontem.

— Isso mesmo.

— É um prazer conhecê-lo, eu sou a mãe do tobio.

— Muito prazer. É... kageyama, eu já vou indo, ok?

— Certo, a gente se ver amanhã no colégio.

— O quê? Nada disso, vai ficar para o jantar.

— Mas eu...

— Vamos lá, eu vou adorar a companhia de um amigo do meu querido tobio.

Fomos até a cozinha e nos sentamos na mesa, minha mãe parecia bem feliz.


— É... shoyo, certo?

— Sim, senhora.

— Sem essa de senhora, vou me sentir uma velha. Pode me chamar de tia.

— Certo, t-tia.

— Posso te chamar de sho-chan?

— S-sim.

— Por que está tão nervoso?

— Por nada não.

— Bem, o que você quer comer?

— Hum, pode ser qualquer coisa.

— Então, Tobio, pode ir comprar as coisas que estão nesta lista?

— Mas isso é muita coisa.

— Eu sei que você consegue, enquanto isso eu vou preparar algo para comermos com a ajuda do sho-chan.

— Tsc, então tá.


Pov. Hinata
 

Kageyama vestiu um casaco e sai, deixando eu e a mãe dele sozinhos, não sabia o que fazer, e estava ficando ainda mais nervoso. Até que ela quebra o silêncio.

— Ele é mesmo um bom garoto, não é?

— O kageyama?

— Sim, tão determinado e esforçado, mesmo sendo um pouco arrogante.

— É. — dá uma risadinha meio forçada.

— Mas não o culpe, depois que ele perdeu o pai, ele se distanciou de tudo e todos, é muito difícil ele ser próximo de qualquer pessoa. — fala em meio um sorriso simples e cheio de tristeza. — Fico feliz que meu filho se tornou amigo de alguém tão bom como você sho-chan.

— Eu não sabia disso sobre o pai dele.

— Vai fazer três anos, então não comentamos muito sobre isso, ainda que tenhamos superado a perda, ainda temos muita saudades dele.

— Eu sinto muito, tia.

— Não se preocupe, sho. Na verdade, obrigada por me escutar, eu não tenho ninguém pra falar sobre isso. Geralmente quando eu lembro do meu marido, eu tento esquecer me afogando no meu trabalho, mas por conta disso, acabo não tendo tempo pro meu único filho. Então sho-chan, por favor, cuide do tobio, eu percebi que ele gosta muito de você, visto a maneira que ele te tratou, e eu não conheço outros amigos dele, e nem acho que ele tenha outros. Você é um bom garoto, então tome conta do meu garoto por mim.

— Eu vou, eu prometo.

— Obrigada, sho.
 

Tempo depois ele chegou com dois sacos enormes em cada braço, então fui lá e peguei um da sua mão, me assustou ele ter conseguido carregar aqueles dois sacos sozinho, estava muito pesado.

— Cheguei, mãe.

— Oi filho.

— Sobre o quê estavam conversando?

— Ah, não era nada demais, trouxe as coisas que pedi?

— Está tudo aqui.

— Ótimo, vamos comer.

— Então, como se conheceram?

— Ah, estamos no mesmo time.

— Você também estuda no karasuno?

— Sim.

— Ah, bons tempos em que eu estudava lá...

— É melhor você parar ela agora, se não vamos passar a noite toda aqui escutando ela falar sobre.

— Oras, me deixe relembrar meus momentos como adolescente, aposto que se eu ainda estivesse no ensino médio, estariam correndo atrás de mim nesse momento.

— Não se ache tanto, senhora.

— Quieto, tobio.

Não conseguia parar de rir, não sabia que kageyama e a mãe dele se davam tão bem, é realmente incrível.

Tempo depois terminamos e eu me ofereci para lavar a louça. Não demorei tanto, já que havia pouca.

— Tia, o jantar estava ótimo, foi um prazer conhecer você, agora eu preciso ir.

— Por que não dorme aqui, sho?

— Eu não quero incomodar.

— Que história, não vai incomodar nada.

— Sério mesmo?

— É claro, mas ligue para seus pais avisando que vai ficar aqui.

— Mas mãe, onde ele vai ficar? O quarto de hóspedes tá uma bagunça, esqueceu?

— Ele pode dormir no seu quarto.

— O quê?

— Qual o problema? Não espera que ele durma na sala, certo?

— Não, mas é que-

— Então está decidido, sho-chan, pode dormir no quarto com o tobio, lá tem espaço, eu vou buscar um colchonete pra você, enquanto isso pode ir tomar um banho, o tobio empresterá uma roupa para você dormir.

— Ah, muito obrigada.

— Não precisa agradecer, querido. Agora vai lá tomar seu banho.

— Certo.

Tomei o banho e me enrolei na toalha, indo até o quarto de kageyama, que estava deitado na cama distraído.

— Ah, hinata. Tem uma roupa aqui pra você, e uma cueca nova dentro da roupa.

— Obrigado.

— Eu vou te deixar se trocar, vou tomar um banho enquanto isso.

— Ok.


Já havíamos nos vestido e nos despedimos da mãe de kageyama, então fomos para o quarto dele. Estávamos prontos para dormir, mas alguma coisa estava nos impedindo de pegar no sono. O que será?