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História Kang Daniel, o Samoieda - O aniversário do Daniel


Escrita por: chaootics

Notas do Autor


Aviso: capítulo com cenas soft. Cuidado com o ♡

Obrigada pelos comentários gente, espero que estejam gostando ^^

Capítulo 11 - O aniversário do Daniel


Fanfic / Fanfiction Kang Daniel, o Samoieda - O aniversário do Daniel

Eu nem bem tinha relaxado depois de finalmente ter comprado as nossas passagens aéreas, quando lembrei de uma coisa: Puta merda o Daniel não ia poder embarcar sem um documento de identidade! Tive um mini ataque de pânico, já que né? Ele tinha aparecido na minha casa em um corpo de cachorro e mais nada, logo a identidade dele tava dentro da casa da bruaca. E agora meu senhor???

Eu tava até arrancando meus cabelos quando o Sungwoon apareceu pra salvar a minha vida. Acontece que o tio dele – aquele mecânico lá do calendário do lado da minha cama – também “trabalhava” fazendo identidade falsa e o Sungwoon jurava que elas eram tão perfeitas que ninguém nunca ia desconfiar. Assim, ele disse que ia correndo lá e que amanhã mesmo ele nos trazia a identidade pronta. Ainda se comprometeu a pagar ele mesmo por ela, dizendo que uns dias trabalhando na mecânica já compensavam. Olha, eu vinha me sentindo cada dia mais grato pelos amigos que eu tinha e nem lembrava mais que ele tinha enchido o Daniel cachorro de barro hoje cedo.

Antes de sair apressado, ele pediu os dados básicos dele pra botar na identidade falsa. Depois de colocar “Kang Daniel”, ele foi até o campo da data de nascimento.

- 10 de dezembro de 1996 – Daniel respondeu com um sorrisinho no rosto. Ele tava todo animado com aquilo de ter uma identidade falsa.

Sungwoon tava atento anotando tudo quando me ocorreu... Se a nossa passagem é pro dia 12 de dezembro e isso é daqui 2 dias... O aniversário dele é hoje???

- Ei! – dei um grito e todo mundo virou pra mim, assustado – O seu aniversário é hoje???

- Ah, sim – ele sorriu como se aquilo não fosse importante.

Comecei a gesticular umas coisas esquisitas com as mãos enquanto tentava raciocinar o fato de que hoje era o aniversário dele e ele só tinha falado aquilo quando já passava das três da tarde e eu nem mesmo tinha como arranjar um presente pra ele naquele momento – e nem tinha grana pra isso, diga-se de passagem. E agora meu deus???

- Isso não é importante – Daniel disse em meio ao meu segundo ataque de pânico em menos de quinze minutos – Eu não ligo pra aniversários.

Por um instante, fiquei pensando se a bruaca não comemorava os aniversários dele e me senti triste. Tipo, aquilo era uma razão ainda maior pela qual eu não podia deixar passar em branco. Deixei o Daniel lá sendo felicitado pelos outros e fui andar pela micro cozinha do Jisung, tentando ter uma ideia. Botei a mão no bolso da calça, mas a única coisa que achei foi um clipe de papel. Olha, é foda...

- Ong, eu realmente não ligo pra aniversários – a cabeça do Daniel apareceu na porta da cozinha e eu levei o maior susto – Além disso, você já comprou aquelas passagens pro litoral, quer presente maior que isso?

Dei uma resmungada, não achava que elas deviam contar como presente.

- E você também... Me deu um ótimo presente hoje cedo – ele deu um sorrisinho tímido com as bochechas coradas e eu quase faleci.

Ok, aquilo eu podia contar como uma parte de um presente de aniversário. Mas eu realmente, realmente não queria que passasse em branco.

Cara, eu nunca celebrei o aniversário de nenhuma das meninas que eu fiquei no passado. Tá que eu nunca fui muito do tipo de ligar pra essas coisas e eu não ligava muito pra elas, mas com o Daniel era diferente. Era foda que o aniversário dele tivesse sido assim tão rápido, porque eu queria de verdade ter muito tempo pra poder organizar algo legal.

Fingi pra ele que eu tinha aceitado nosso agarramento no banheiro como um presente e deixei que ele fosse terminar de responder as coisas pro Sungwoon, mas continuei lá na cozinha pensando... Daí quem apareceu foi o Jisung.

- Toma – disse e colocou uma chave única na minha mão.

Fiquei olhando pra ela, confuso, esperando uma explicação.

- Essa é a chave do terraço aqui do prédio – ele explicou – Não é o lugar mais bonito do mundo, mas tem uma mesinha pra sentar e dá pra ver as luzes de toda a cidade à noite. E não se preocupe, ninguém costuma ir lá.

Eu ainda tava olhando pra chave, tentando entender o que diabos eu faria no terraço.

- E toma – ele prosseguiu e colocou uma nota de dinheiro enroladinha na minha mão também – Compra um bolo pra ele com esse dinheiro e vá celebrar no terraço. Eu sei que não é muita coisa, mas é o que a gente pode fazer.

Eu já tava preparado pra dizer pra ele que eu não podia aceitar aquele dinheiro, quando ele me interrompeu antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

- Não se atreva a dizer que não pode aceitar, você já não nos deixou ajudar com a viagem, esse é o mínimo que eu posso fazer por vocês – disse, bem sério – Já considero o Daniel meu amigo e amigos são pra isso.

Dei um sorrisinho e agradeci a ele, aceitando o dinheiro. Cara, eu conhecia o Jisung desde que ele ficou amigo do Jaehwan há uns 3 anos, mas a gente nunca tinha sido mega próximos. Eu só via ele às vezes na facul e às vezes quando ele ia lá em casa ou quando a gente saia pra algum lugar com o Jaehwan. Mas, desde que o Daniel surgiu na minha vida, sinto que a presença dele até mesmo me aproximou mais das outras pessoas. E aquele era um sentimento muito bom.

 

 

 

Sungwoon tinha ido ver o lance da identidade falsa e eu avisei que ia na padaria comprar pão e coca cola pro café da tarde. Daniel tava sendo devidamente distraído pelo Jisung e pelo Jaehwan com umas coisas no computador e eu consegui escapar sem nenhuma desconfiança. Tipo, não era mentira que eu ia comprar pão e coca mesmo, mas, além disso, eu ia comprar o bolo de aniversário. Quando cheguei na padaria, fui direto pra vitrine com os bolos e putz... Era um mais legal do que o outro. Qual será que o Daniel ia gostar?

Tava passando os olhos minuciosamente por todos eles, até que me deparei com um que era todo colorido e tinha um osso de açúcar em cima. Sim, um osso! Do lado também tinha um doguinho pequeno feito de açúcar e, por mais que não fosse um Samoieda, achei que aquilo era a cara do Daniel. Só seria mais a cara dele se tivesse decorado com balas Fini, mas dai já era querer demais.

Peguei o bolo colorido decorado com coisas de cachorro, a sacola de pães e a coca cola e fui pro caixa. Lá eu vi, pra minha alegria, um saquinho de balas Fini. Elas podiam não estar no bolo original, mas eu ia dar um jeito de tacar aquelas por cima.

Eu sou um gênio, fala sério.

Aposto que vocês tão tudo querendo um namorado como eu agora.

Dei uma leve corada ao pensar no título de namorado. Tipo, Daniel e eu não éramos exatamente namorados, já que a gente nunca tinha falado abertamente sobre isso. E tá que era muito cedo também, mas fiquei todo bobo imaginando o Daniel me chamando de namorado dele. O moço do caixa ficou me encarando com a sobrancelha levantada enquanto eu tinha um mini surtinho ali na frente dele por uma coisa que eu tava criando na minha cabeça.

Ai, olha, me levem logo pra um psiquiatra.

Voltei pro apartamento e larguei o bolo com toda a pressa do mundo dentro da geladeira. Eu sabia que o Daniel não ia abrir e encontrar o bolo lá, porque primeiro que a geladeira do Jisung era mais vazia que tudo nesse mundo e segundo que ele era todo comportado e não abria assim as coisas da casa dos outros. Já se fosse o Jaehwan que não tinha vergonha nenhuma na cara...

Por falar nele, encontrei ele o Daniel ainda mexendo no computador e nem sinal do Jisung em canto nenhum. Eles falaram que ele saiu pra fazer alguma coisa que nem eles sabiam e eu sentei do lado do Daniel pra ver o que tanto eles olhavam ali.

Era um desfile do Victoria’s Secret.

- Jaehwan gosta de ver as moças de roupa íntima – Daniel disse e deu uma olhadinha pra mim de cima a baixo, com uma carinha de quem tá pensando “e eu gosto de ver outra coisa”.

Putz, nem sabia se ele tava pensando isso mesmo ou se era eu que tinha pervertido tudo e achava que ele preferia me ver desfilando ali de cueca, mas fiquei todo envergonhado e bobão com a possibilidade.

- Meu filho, isso é arte – Jaehwan respondeu e apontou pra uma das modelos.

Daniel deu uma risadinha e pegou na minha mão, entrelaçando os dedos nos meus. Dei um beijinho na mão dele e sorri, todo bobo. Só hoje que eu tinha descoberto – e me sentia meio tosco por não saber daquilo antes – que o Daniel era um ano mais novo que eu. Meu espírito super protetor tava ainda mais aflorado agora por causa disso.

Jaehwan resmungou que não acreditava que a gente ia começar a namorar bem ali na frente dele, quando o Jisung entrou no apartamento e me chamou pra ajudar a preparar as coisas do café da tarde. Foi daí que o Jaehwan conseguiu roubar o Daniel de novo pra mostrar outro desfile do Victoria’s Secret e o Jisung aproveitou pra ver o bolo que eu tinha comprado. Ele aprovou e deu uma risada ao ver as coisas de cachorro. Depois disso a gente se reuniu pra comer o pão que eu tinha comprado e eu juro que eu queria aquilo pra sempre. Cara, era tão simples... A gente ali sentado no chão da sala falando bobagem e comendo juntos, mas era tudo o que eu queria pra minha vida. Com Daniel e aqueles amigos do meu lado, nada ia me faltar.

 

 

 

Era por volta de umas oito da noite e já tinha anoitecido quando eu consegui sair do apartamento sem que o Daniel percebesse e subi até o terraço pra levar o bolo e preparar as coisas. Contudo, quando cheguei lá, levei o maior susto. Jisung disse que aquele era um lugar feio, mas de feio não tinha nada. Ok que era um prédio velho e as paredes tavam tudo descascadas, mas tava todinho decorado com aquelas luzes de natal que piscam, por todos os lados. Larguei o bolo em cima da mesa e fiquei pensando no quão mágico aquilo era, até que me dei conta...

Jisung. Foi ele que fez aquilo. Foi por isso que ele desapareceu quando eu tinha ido na padaria. Fiquei com os olhos meio marejados e até quis descer pra dar um abraço nele, mas o Daniel ia aparecer a qualquer minuto e eu precisava estar pronto.

Abri o pacote de balas Fini e coloquei algumas decorando a parte de cima do bolo, concluindo que eu era mesmo um gênio e que aquele bolo era uma obra de arte. Então olhei pro lado e percebi que o Jisung até mesmo tinha deixado um som de CD lá num canto, junto com uma embalagem com vários CDs dentro. Cara, fazia tanto tempo que eu não usava um aparelho desses...

Dei uma risadinha e comecei a olhar o que tinha lá, até que me deparei com um CD com uma coletânea das melhores músicas do Bruno Mars que o próprio Jisung tinha gravado no computador. Cara, Bruno Mars parecia gostosinho o suficiente pra deixar como música de fundo, então botei o CD e “Just the Way you Are” começou a tocar.

Cara, eu tava tão orgulhoso daquilo tudo. Óbvio que os créditos iam todos pro Jisung, mas eu tava feliz demais por ter conseguido organizar algo pra celebrar o aniversário do Daniel, mesmo que fosse algo simples. Fiquei olhando sorridente pra porta, esperando ansioso pelo momento que ele ia aparecer.

Acho que uns 5 minutos depois eu ouvi a voz dele e dei um saltinho no lugar, sentindo o coração bater apressado no peito. Alguns segundos depois e um Kang Daniel mais lindo do que nunca apareceu diante de mim. Ok que ele tava igual há 15 minutos quando a gente tava lá no apartamento, mas me deixa falar que ele tava lindo como nunca.

- Ong? Jisung disse que você queria falar comigo? – ele disse e se deparou com as luzes piscando pelo local. Seus olhos se arregalaram e ele ficou completamente mudo.

- Feliz Aniversário! – falei e abri um largo sorriso.

Daniel caminhou até mim meio apatetado, olhando pra todos os lados ao mesmo tempo. Era como se ele não tivesse acreditando no que via.

- Isso é... Pra mim? – disse, apontando pra si mesmo. Eu confirmei com a cabeça quando ele olhou fixamente pro bolo – Uau, tem até mesmo um bolo colorido com... Ossos.... E BALA FINI – ele quase que deu um gritinho de emoção e começou a choramingar.

Ele tava ali todo choroso e eu achei que era de brincadeira, mas quando me dei conta, vi que ele tava chorando de verdade. Ah meu deus que precioso... Limpei uma das lágrimas dele com o dedão, sentindo meu coração quentinho de emoção.

- Ei, não precisa chorar – falei e alisei a bochechinha dele – É apenas uma coisa simples que Jisung me ajudou a preparar pro seu aniversário não passar em branco.

- É a coisa mais linda do mundo – ele respondeu e se agarrou em mim pra me abraçar – Muito obrigado, Ong.

Fiquei pensando no que ele tinha dito sobre não ligar pra aniversários e conclui mesmo que ele achava que não ligava apenas porque a bruaca não celebrava o aniversário dele. Ah meu Daniel... Se eu puder eu vou celebrar todinhos os seus aniversários até que a gente fique bem velhinho.

E lá já tava eu todo iludido imaginando passar minha vida inteirinha do lado desse chorão lindo.

Coloquei uma vela em cima do bolo e cantei parabéns pra ele, enquanto ele acompanhava batendo palmas. No final, ele fez um pedido e assoprou a vela e fiquei me perguntando o que será que era o maior desejo do coração dele. Talvez não ter mais aquele feitiço em seu corpo, ou se livrar da Morgana. Se pudesse, gostaria de poder realizar todos eles.

Cortei um pedaço do bolo pra ele e outro pra mim e Daniel pegou algumas das balas da cobertura pra comer junto. O bolo era todo de arco-íris e ele tava todo encantado com as corzinhas. Dei uma colherada na boca dele e ele deu outra na minha e no final a gente tava alimentando um ao outro. Quando começou a tocar “Treasure” no som do Jisung, Daniel disse que gostava daquela música e então me puxou pelo braço pra gente dançar.

“Treasure, that is what you are

Honey, you're my golden star

You know you can make my wish come true

If you let me treasure you… “

Era fato que existia magia na vida, tipo magia de verdade e não aquilo que a Morgana fazia. Eu falo da magia de um momento como aquele, em que a gente conseguia ver todas as luzes da cidade ao nosso redor e Daniel dançava ao meu lado com um largo sorriso no rosto. Em um momento, ele me envolveu em um abraço e dançamos juntinhos, como se o tempo fosse eterno, como se não existisse mais nada no mundo além de nós dois.

Ele colou os lábios nos meus depois disso, me agradecendo com um beijo cheio de ternura e paixão. Depois me agradeceu verbalmente tantas e tantas e tantas vezes que meu peito ficou todo quentinho de felicidade. Eu realmente queria poder celebrar todos os aniversários da vida daquele garoto ao lado dele.

Nunca achei que eu pudesse gostar de alguém daquela forma. Eu não queria ser precipitado e falar de amor, porque era cedo demais pra falar de algo tão grandioso. Mas eu tinha certeza que eu tava indo pra aquele caminho.

- Daniel – perguntei no ouvido dele, enquanto a gente dançava uma música lenta bem juntinhos – Quer ser meu namorado?

Eu sei que eu tinha dito antes que era cedo demais pra isso de namorados, mas enquanto olhava pra ele eu não consegui me segurar. Daniel deu uma risadinha gostosa no meu ouvido e, mesmo que eu não pudesse ver o rosto dele naquele momento, eu imaginava exatamente sua expressão.

- Sim – ele respondeu – Eu quero muito ser seu namorado, Ong.

Coloquei as duas mãos ao redor do rosto sorridente dele e colei nossos lábios para mais um daqueles beijos tão cheios de sentimento que só a gente sabia dar.

 

 

 

 

-

Ong e eu estávamos voltando para o apartamento do Jisung carregando um pedaço do bolo que a gente tinha deixado para os meninos, afinal eu queria muito agradecer a eles por toda a ajuda com aquela festa de aniversário incrível, a minha primeira festa de aniversário.

Eu estava seguindo o Ong pelo corredor, ainda sorridente pensando no pedido de namoro e em todas as coisas mágicas que tinham acontecido naquela noite, quando ele parou e me encarou e eu parei de caminhar também.

- Espero que o seu pedido de aniversário possa se tornar realidade – ele disse.

- Você sabe o que eu pedi? – perguntei, curioso.

- Pra se livrar desse feitiço ou pra que a Morgana nos deixe em paz, né? – ele sorriu.

Dei de ombros e não respondi a pergunta dele, afinal eu sabia que para que um pedido de aniversário se realizasse, eu não podia contar a ninguém, nem mesmo para aquele Ong curioso em minha frente.

- Vai se realizar, eu prometo – ele afirmou e então seguiu andando até o apartamento do Jisung e eu fui atrás dele em silêncio.

Eu espero mesmo que o meu pedido de aniversário se realize. Porque a única coisa que eu pedi é para que você seja sempre saudável e feliz, Ong.



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