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História Kings And Queens - Chapter 22 - Pelas Ruas De Magnolia


Escrita por: NinaBlack

Notas do Autor


Olá! Desculpem-me ter demorado eras pra postar, é que minha vida anda muito corrida (final de ano, feira de ciências na escola.... Uma coisa atrás da outra), e eu acabei nem tendo tempo para postar.
Bem, tenho que pedir mais uma desculpa, pois muitos leitores estão pedindo o primeiro beijo Nalu, já que a fic está se estendendo demais, e eu entendo vocês. Só que com o que eu tenho em mente eu prefiro esperar mais um pouco, e fazer realmente uma cena que vocês não irão esquecer, do que simplesmente jogar um beijo aleatório, me entendem? Não é que eu esteja enrolando, eu só quero fazer um trabalho melhor e mais elaborado, e eu ainda tenho muita história para contar nessa fic, se assim vocês quiserem haha
Só peço um pouco mais de paciência quanto a isso, prometo que na se arrependerão. Desde já eu agradeço muito á todo o apoio que vocês me deram e me dão até agora, não fazem ideia do quanto escrever é importante para mim.
Muito obrigada e bom capítulo.

Capítulo 24 - Chapter 22 - Pelas Ruas De Magnolia


 Uma chuva fina caia do lado de fora do castelo Dragneel, mesclando as gotas com as nuvens cinza e as pedras marrons avermelhadas que cobriam o castelo. Podia-se ouvir o quanto as pessoas, especialmente as damas de companhia das nobres reclamavam dessa triste chuva que impedia a todos de sair para aproveitar a manhã nos jardins.

 Juvia Lockser conseguia ter uma perfeita visão do céu acinzentado sentada em sua cama de frente para a enorme janela de seu mais novo quarto. Olhando mais para baixo, era possível ver alguns soldados treinando no campo de treinamento que se estendia por quase todo o território, mas ela sabia que tinha muito mais terras do reino depois das árvores no horizonte.

 Se levantou e rapidamente se enrolou em um xale que trazia consigo, escondendo a parte de cima de sua camisola branca. Ao invés de se trocar, para que pudesse ir até o Salão de Jantar tomar seu café da manhã, ela se aproximou da janela e tocou o vidro frio com a palma da mão.

 Tudo em sua cabeça passava rápido demais.

 Para quem ainda tinha apenas dezoito anos, de uma noite para a outra, virou Lady de uma das mais importantes Casas de Fiore. E fora que, provavelmente, em menos de um mês, estaria com uma aliança no dedo e mais um contrato firmado com um desconhecido. Seus pais mortos de uma maneira escrupulosa a assombravam em seus sonhos. E nem seus corpos ela conseguia encontrar.

 Que bela filha ela era.

 Decidiu sair do quarto para achar alguma forma de esquecer um pouco parte de seus problemas. Decidiu por usar um vestido azul escuro, e prendeu parte de seu cabelo com uma presilha de prata, combinando com sua gargantilha e seu medalhão da Casa Lockser, uma gota de chuva presa por um cordão prateado encrustada de pedras brilhantes azuis.

 O corredor estava muito agitado, com vários criados e guardas passando, acompanhando as Ladies de todos os cantos de Fiore, e algumas até de outros países. Como estava sozinha, pediu para que um guarda, que estava vigiando a porta de seu quarto a acompanhasse até o Salão, lhe mostrando o caminho.

 Todos ali pareciam muitos felizes, apesar de todos os acontecidos. Definitivamente queria estar como eles. Claro que não iria conseguir, nem se desejasse isso do seu mais profundo âmago.

 Chegando ao Salão de Jantar, se deparou apenas com algumas pessoas tomando café, sendo que nem o rei chegara. E foi aí que se lembrou de que uma das criadas do castelo lhe falara que iria acontecer um baile hoje a noite, e provavelmente todos ali estariam se preocupando com os preparativos da festa.

 Tomou um café rápido, acompanhando por torradas crocantes enquanto escutava um dos nobres ali comentando sobre alguns outros nobres que chegaram para o baile.

 Saiu dali rapidamente e voltou para seu quarto. Naquele castelo era sempre assim. Ela detestava ficar perto daquela gente. Não tinha ódio por nenhum, só não gostava de saber que seus pais foram mortos e que eles não conseguiram fazer nada a respeito disso, nem um marido conseguiram achar para ela. E quando ela fala “não conseguiram”, estava se referindo a Igneel Dragneel.

 Com uma rapidez inexplicável, as criadas já arrumaram seu quarto. Se bem que não estava tão bagunçado, já que a única coisa que desarrumara fora sua cama. Foi em direção a uma das bolsas que trouxe do Litoral, que estava nos pés de uma poltrona no canto do quarto, e retirou de lá um novelo de lã e agulhas de tricô. Por mais que parecesse um tanto quanto estranho, tricotar a acalmava e a fazia pensar em outras coisas a não ser a razão de estar ali. Sempre era reconfortante para ela, sabendo que fora sua mãe que lhe ensinara isso.

 E assim ficou durante muitos minutos, até que ouvira batidas na porta. Era um guarda avisando que certas damas de companhia a chamara para fazer compras de vestidos para hoje a noite no centro. Um convite a qual ela não tinha como recusar, já que a maioria dos seus vestidos de festa estava no Litoral.

 E ela confessava que queria conhecer Magnolia mais de perto.

~~~~~~~~~~

- Olá, Lisanna. – Lucy respondeu surpresa ao ver a moça para a sua porta. Ela não parecia estar com uma das melhores caras, e logo a loira se lembrou de que Natsu não estava ali, e sim saíra para resolver assuntos importantes. – Aconteceu alguma coisa?

 - Não, Lucy. – Ela respondeu com sua clássica cortesia. – Erza Scarlet está te chamando. Vamos fazer compras hoje. Pelo menos é o que minha irmã está insistindo em fazer. – Ela deu de ombros.

 - Ah, só alguns minutos para eu me aprontar e já estou indo. – Ela disse sorridente. Lucy adorava compras, principalmente vestidos chiques para o baile, onde ela podia esbanjar cores e sensualidade.

 - Estamos te esperando no Salão de Entrada do castelo. – A albina falou e em seguira se retirou do corredor.

 Rapidamente Lucy fechou a porta e tratou logo de trocar de vestido. O que ela estava usando estava bom, mas ela achou que para sair na rua, agora como uma moradora do castelo quase oficial, achava que poderia sair melhor do que aquilo.

 Ela vira seu pai ontem, ele já estava bem melhor: Diminuíra a dose de analgésicos e agora consegue se mover melhor, apesar de ainda estar tendo algumas crises de desmaio, devido os efeitos colaterais de alguns remédios, e ainda tem um sono conturbado. As enfermeiras lhe contaram que era por conta do trauma que ele sofrera.

 Colocou um vestido azul rodado de cetim, e fez uma trança em seus cabelos, e a jogou no ombro. Passou um pouco de maquiagem nas bochechas, apenas para lhe dar um ar mais saudável. Também passara um pouco de seus óleos de cheiro, desta vez de rosas. Agora sim estava pronta.

 Saiu apressadamente de seu quarto, apenas pedindo para que um dos guardas avisasse ao seu pai e a Aquarius que ela saíra com Lisanna Strauss.

 Chegou no salão e viu Mirajane, usando um belo e decotado vestido verde claro, Lisanna com seu vestido lilás de como a vira momentos atrás, Erza Scarlet com um vestido azul marinho com detalhes em cinza nas mangas, que tinha uma expressão bem alegre para meu gosto e Juvia Lockser.

 - Juvia? – Ela sussurrou para si mesma ao ver a moça ali, do lado de Erza. Estava usando um vestido azul marinho, e seus cabelos estavam presos por um enfeite azul, parecia um tipo de flor.

 - Lucy! – Mira a chamou animada, atraindo a atenção de todos. – Vamos? – Ela perguntou assim que a loira se aproximou.

 - Claro. – A moça disse disfarçando a surpresa e indo em direção as quatro mulheres.

 - Você é Lucy Heartfilia? – Ela ouviu a voz suave de Juvia a chamando.

 - Sim. É um prazer conhece-la, Juvia Lockser. – Lucy disse com uma educação exemplar. A azulada a ficou encarando alguns segundos, e depois acenou com a cabeça.

 - O prazer é meu. – Ela falou igualmente educada.

 - Mira, Ultear não vai vir? – Lisanna perguntou.

 - Não... Ela anda bem estranha ultimamente... Disse que tinha uma missão com Meredy e que iria voltar mais tarde do que o esperado. – A albina disse com feição preocupada.

 Lucy conhecia Ultear, Filhe de Ur Milkovich. Uma mulher bonita, bem parecida com sua mãe, que vivia conversando com Gray Fullbuster e Natsu. Ela sempre pareceu ser muito quieta.

 - Bem, sendo assim temos que ir agora. Pelo jeito vai chover mais... – Erza falou olhando para o céu através da grande porta aberta, que dava para a rua de Magnolia.

 - Então vamos. – Mira disse saindo na frente. Juvia e Lucy Ficaram como sendo as últimas a saírem do castelo. Decidiram ir a pé. A loira achou perigoso, mas nenhuma delas contestou sua opinião, então achou que estava segura.

 Foram direto ao centro procurar vestidos prontos, já que se comprarem o tecido não daria tempo de montar a peça de roupa até o horário do baile. As ruas estavam muito movimentadas, acho que todos ali souberam do baile, e os vendedores saíram para montar suas barracas em posições estratégicas, e as, principalmente, mulheres nobres saíram para comprar roupas novas para seus irmãos e maridos, enquanto eles iriam cuidar de assuntos na cidade. Na maioria das vezes era isso que podia se ver.

 - Vamos nessa loja, tenho certeza que acharemos roupas maravilhosas aqui. – Erza disse numa empolgação estranha para Lucy.

 - Vão vocês nessa, eu e Lisanna vamos ver alguns sapatos na loja do lado, nos encontramos depois, meninas. – Mira disse puxando a irmã para o estabelecimento ao lado com brilho nos olhos e focada em um sapato vermelho da vitrine.

 Juvia, Lucy e Erza entraram na loja, e logo um rapaz veio as atender.

 - Olá, belas moças. O que posso lhes oferecer hoje? Ah, Erza, bom dia! Está cada dia mais linda. – O rapaz era alto e magro, com cabelos na cor loiro escuro e olhos castanhos... Era muito bonito segundo Lucy. E bem parecido com Loki, ela deduzira. Bem, se lembrara de seu amigo com muito carinho, e começou a se perguntar por que ele ainda não chegara a Magnolia, e se chegara, por que não a contatara até hoje. Será que fora convidado para o baile?

 - Hibiki Lates. Como vai? – A ruiva perguntou séria. – Viemos aqui porque precisamos de vestidos. Os mais bonitos que tiverem na loja.

 - Claro... Podem me acompanhar. Vou chamar o senhor Ichiya. – Ele disse saindo por uma pequena porta no interior da loja e deixando as três a sós.

 - Ele a conhece, Erza? – Lucy perguntou curiosa.

 - Longa história, Lucy... Isso envolve um vestido roubado e... Ele. – Erza disse se arrepiando no final.

 - Ele quem? – Juvia perguntou baixinho.

 - Ichiya Vandalay Kotobuki. O dono dessa loja. – Ela disse séria. Assim que terminou de falar, um homem saiu da porta, acompanhado por Hibiki e mais um menino mais novo.

 O homem era no mínimo estranho para Lucy. Sua cara a assustava um pouco, lembrando muito um dos bonecos que um dia vira em uma loja. Ele olhava todos com um olhar estranho, como se esperasse mais alguma coisa das pessoas que conhecia. Seus cabelos ruivos eram muito lisos e eles sempre pareciam estar sendo movimentados por uma brisa, fazendo com que ele parecesse sair de um livro de conto de fadas... Porém não completamente, já que ele era muito estranho para ser qualquer tipo de príncipe que ela conhecera.

 - Erza... Que bela visão para um começo de dia! – Ele falou todo sorridente para a ruiva. – E trouxe suas amigas! Que lindas elas são! – Ele beijou a mão de Lucy e Juvia.

 - Ichiya... – Erza respirou fundo e parecia tentar se acalmar. – Viemos aqui por vestidos. Precisamos do mais bonito que tiver.

 - E para quando é o baile? – Ele perguntou olhando sua loja.

 - Hoje.

 - Bem... Vai ser difícil ter que ajustar alguns, mas... Acho que conseguirei. – Ele se virou em apenas um rodopio e adentrou na loja. Sigam-me, moças.

 A loja de Ichiya era em grande, porém em seu interior parecia ser bem simples, com vários vestidos pendurados nas altas paredes, e no teto, ao invés de ser um telhado, havia um vidro cobrindo tudo. Assim que caminharam mais para dentro da loja, Lucy avistou o homem no meio de várias peças de roupas.

 - O que ele está procurando? – Juvia perguntou. Lucy percebeu que, das três, ela era a única que não estava tão interessada assim no baile. Mas não era para menos, seus pais foram mortos não fazia nem uma semana. Decidiu não tocar no assunto com a azulada, e se focou mais na peça de roupa que Ichiya a entregava.

 - Para você. Acho que irá ficar perfeito em suas curvas. – Ele disse piscando para ela, o que fez Lucy fazer uma careta.

 - O-Obrigada. – Ela falou e olhou o vestido. Era um tom de roxo bem vivo, tomara que caia, com detalhes de pedras brancas do busto que descia até parte da cauda. Não era muito rodado e marcava mais o corpo.

 Para Erza ele lhe entregou um vestido branco justo, que tinha detalhes em pedras vermelhas nas mangas compridas e na barra da saia. O tecido branco tinha alguma coisa que conforme ela o mexia, ele reluzia um pouco. Lucy ficou encantada com aquela roupa.

 Para Juvia ele lhe deu duas peças. Uma era um vestido rodado verde escuro, com fios de ouro na barra da saia formando várias flores, e exatamente esse mesmo desenho nas mangas caídas, e um corpete verde mais escuro ainda, com os mesmo desenhos dourados. Ele a pediu que colocasse em cima do vestido, para que marcasse sua cintura ainda mais.

 - São lindos. – Lucy disse maravilhada.

 - Claro que são. Esses foram eu mesmo que confeccionei. Bem... Acho que não preciso de ajustar em seus corpos, já que posso perceber que vão ficar perfeitos. – Ele disse dando uma volta e ficando atrás das três.

 - Como sabe nossas medidas? – Juvia perguntou.

 - Não preciso de medidas. Trabalho nisso há tanto tempo que já sei perfeitamente o que cabe e o que não cabe no corpo de vocês. – Ele disse dando um sorriso para Juvia, o que a fez estremecer.

 -Bem, Ichiya. Vamos pagar esses vestidos logo, temos que nos encontrar com Lisanna e Mira. – Erza falou apressando as meninas. Assim que pagaram, não foi barato, mas estamos falando de três nobres, foram se encontrar com as irmãs, que as estavam esperando do lado de fora da loja.

 - Já arrumamos nossos sapatos! – Lisanna falou alegremente para Lucy. – Conseguiu o vestido?

 - Sim. – Ela disse levantando e mostrando que carregava uma sacola de pano nas mãos. Ichiya colocou os produtos assim para não correrem o risco de desfiarem ou rasgarem até a noite.

 - Achamos uns vestidos muito bonitos em uma loja na rua de baixo. Não resistimos e compramos! – Mirajane disse apontando para um cara carregando várias caixas. – Esse rapaz se ofereceu para carregar minhas compras, um cavalheiro, não? – Ela perguntou.

 - Mira... – Erza disse olhando todas as caixas estupefata. – Você não comprou apenas um vestido, comprou?

 - Não! Comprei uns dois vestidos, mais alguns sapatos, e joias. Me lembrei de que deixei todas as minhas na casa de campo de meu pai... E não tenho tempo para ir pegar. – Ela disse sorrindo sem graça. Erza riu da moça. Mirajane poderia ser um doce de pessoa, mas sempre teve esse lado consumidor dela que ela não conseguia controlar. – Lucy! Espero que tenha comprado um vestido bem bonito! E você também, Juvia! – Ela disse para as meninas. Lucy sorriu e a outra penas ficou encarando as duas irmãs. Elas estavam bem animadas com tudo.

 - Bem, vamos indo comprar mais coisas, antes que fique tarde demais. – Lisanna falou puxando Erza para outra loja, e Mira puxou Juvia e Lucy para uma outra, onde se vendiam sapatos.

 Depois de alguns longos minutos na loja, as três finalmente saíram.

 - Acho que esses sapatos irão de ficar perfeitos com seu vestido, Juvia. – Mirajane dizia, tentando começar um assunto com a azulada.

 - Bem... Também acho... – Ela dizia olhando com culpa para a albina. Não é por falta de vontade, ela queria conversar, mas simplesmente nada saia de sua boca. Ela não conhecia aquelas pessoas, não tinha nada para tratar com elas. Nunca conversou com pessoas sobre assuntos fúteis como roupas e sapatos, ou como o Lorde sei-lá-quem vai estar hoje à noite...

 Assim que viraram uma esquina, Lucy ouviu uma voz familiar.

 - Não acredito que passou a noite inteira naquele bar! Você é maluco, Gray... – Ainda bem que Jenny é uma amiga nossa, senão eu te mataria. – Era Natsu. Ela, automaticamente, começou a procurar por uma cabeleira rosa no meio da multidão.

 E lá estava ele, usando roupas simples como um camponês, ao lado de Gray Fullbuster, que se ela não se enganava, o vira com a mesma roupa que estava usando ontem. Os dois não estavam com uma cara muito boa, como se estivessem tendo uma discussão.

 - Quem são aqueles? – Juvia perguntou enquanto se aproximavam dos dois.

 - Natsu! – Mira o chamou. – Venham aqui!

 - Alteza... – Juvia foi se curvar, mas em um movimento rápido Lucy segurou delicadamente seu braço.

 - Ninguém aqui pode saber que ele é o príncipe. Se não, não vai ter paz... – Ela disse analisando a quantidade de pessoas ali. Sorte que muitas estavam tão apressadas que nem perceberam seus cabelos e seu rosto.

 - Entendi. – A azulada percebeu o que ela quis dizer e se arrumou.

 - Bom dia, meninas. – Ele disse sério. Nesse pouco tempo que o conhecera, Lucy podia ter certeza de uma coisa, quando ele está sério, não está nem um pouco feliz, ou está brigado com alguém. E naquele momento, ela percebeu que era as duas coisas.

 - Quem é você? – Juvia perguntou para Gray, e Lucy percebeu que eles ainda não se conheciam, aliás, ela nem sabia o nome de seu prometido. Nunca ficou tão agradecida por aquilo, afinal, o rapaz estava com uma cara horrível e cheirava a álcool. Ela não queria que Juvia soubesse que aquele era seu futuro marido.

 - Eu sou Gray. – Ele disse sério analisando a moça. Ele parecia olhar cada detalhe dela. – Você não é daqui? É do Norte? Sua pele é tão clara... – Ele disse e Lucy quis esmurrar a cara dele. Ele ainda estava um pouco bêbado.

 - Não, não sou daqui... E sim, pode-se dizer que sou de uma parte do Norte... Talvez um pouco mais acima. – Ela falou cruzando os braços e olhou mais atentamente para ele. Lucy poderia estar delirando, mas viu uma faísca de divertimento nos olhos da moça ao olhar a situação comida que o moreno estava.

 Mira fez um sinal para Natsu, e ele entendeu o que ela estava querendo dizer. Essa primeira impressão estava indo de mal a pior.

 - Venha, Gray, vamos... Voltar para o castelo. – O rosado disse e saiu arrastando o rapaz. Lucy queria esmurrar Gray e Natsu agora. Como se a situação não estivesse ruim suficiente, ele ainda soltava que Gray morava no castelo junto com todos.

 - Ele é do castelo? – Juvia perguntou, e pela primeira vez desde que a viu, ela viu interesse em seus olhos. – Nunca o vi por lá.

 - Ele mora conosco. – Mira disse apenas. – O que achou dele? – Ela perguntou curiosa e Lucy ficou com medo de que ela desconfiasse de alguma coisa.

 - Ele é bem bonito... – Ela disse olhando para onde os dois saíram. – Mas parece ser bem intrometido, ou seria o efeito da bebida? Ele estava cheirando a álcool. – Ela falou fazendo uma careta.

 “Pronto, esse casamento já está acabado antes mesmo de sequer ter começado.” – Lucy pensou. – “Ela já o acha um intrometido bêbado, porém sexy... Se bem que ela ainda não o viu completamente arrumado, então ainda há chances.”

 - Claro, Gray é estonteante. – Mirajane disse olhando para a azulada de um jeito que Lucy nunca vira, uma mistura de felicidade e malícia. – Bem, acho que já ficamos muito tempo por aqui, vamos voltar para o castelo. Lisanna e Erza voltam depois. – Ela falou puxando as duas em direção a grande muralha de tijolos avermelhados, que ficava no fim da cidade.

 Assim que chegaram, ela foi diretamente até a enfermaria. Chegando lá vira Gray deitado em um das camas, reclamando de dores de cabeça. Ele não a vira, então achou melhor não incomodá-lo por enquanto, já que se fizesse isso, o jovem poderia perguntar de Juvia o que complicaria um pouco as coisas devido ao fato de ele ter estragado sua primeira impressão com ela.

 Assim que foi em direção a cama de seu pai, ele estava sentado, lendo um de seus livros. Ela se sentou a sua frente e ele a viu.

 - Lucy! Vejo que já chegou das compras. – Ele disse sorrindo para ela.

 - Como sabia que eu iria fazer compras? – Ela perguntou divertida pegando o livro delicadamente das mãos de seu pai e lendo o título. – “A Teoria de Se Amar Alguém.” Está lendo esse livro pela terceira ou quarta vez desde que me lembro, papai. E olha que não é chegado a romances como eu.

 - Esse livro é especial. – Ele falou sorrindo. – Foi o primeiro livro que sue mãe me obrigou a ler. Por causa dele comecei a amar literatura, e por causa dele que te forcei a ler todos os outros. Sabe disso.

 - Forçou-me? – Ela disse gargalhando em seguida. – Sempre gostei de ler. E cada dia que passava me dava um livro diferente. Ainda não sei por que queria que eu lesse livros que falavam da história do reino, ou de mistérios de outros países, já que sempre dormia na terceira ou quarta página... Mas enfim.

 - Tudo tem um propósito, Lucy. – Ele disse sorrindo para a moça. – Algumas pessoas se armam com espadas e adagas, já outras, com conhecimento. Se souber o que aconteceu no reino, saberá exatamente aonde tem que ir, não acha? – Ele perguntou para ela, e por algum motivo essas palavras ficaram em sua cabeça. – Aquarius me disse que ainda não leu a carta.

 - Sabe, pai... Antes eu achava que ler ela era o mais importante de tudo. Mas eu sinto, sinto que se eu tivesse lido essa carta antes, eu não estaria preparada para ver no que tem nela. Não sei como, nem sei por que, mas acho que para alguém que vê o futuro como eu, essa sensação não é quase nada para mim. – Ela falou suspirando. Ela realmente queria saber o que tinha ali, mas sentia que ainda não estava na hora. Era como se ainda tivesse uma tranca, que ela ainda não achara a chave certa para abri-la.

 - Se você diz, minha filha... – Ele falou se aprumando. – As enfermeiras disseram-me que daqui alguns dias vou poder andar. Mas ainda vou ficar algumas semanas por conta delas. Grandine é muito atenciosa com seus pacientes. – Ele falou acariciando os cabelos loiros da filha. – Antes de ir para a festa, passe aqui, quero ver se algum rapaz irá se apaixonar por você hoje ou eles cairão em seus braços nos dias seguintes... Se é que já não tenha um em mente...

 - Pai! – Ela disse gargalhando em seguida. – Não se preocupe, os homens daqui não me interessam como eu imaginava. E fora que a maioria é comprometida, e outros nem conheço. Como Laxus Dreyar, por exemplo, ele acabara de chegar no castelo, e ainda não vi sua cara.

 - Eu me lembro dele... Neto do Conselheiro Makarov, não é? Algumas vezes que vim a Magnolia anos atrás o vi brincando com algumas crianças. Não sei se ele mudara, mas antes parecia ser bem energético, correndo para todos os lado e levantando as saias das pobres mulheres e saindo correndo, e claro, levando muitas e muitas broncas de seu avô.

 - E os pais dele? O que aconteceu com eles? – Lucy perguntou.

 - Bem... A mãe dele era uma nobre de uma parte das terras do Leste, não era tão rica, nem tão poderosa, mas pelo que eu ouvia falar era uma mulher estonteante. Ela morreu com uma doença no cérebro dois anos depois de seu filho nascer. Fiquei sabendo disso pois Layla na época estava quase para dar a luz, e ela recebera a carta dizendo que ela havia morrido. As duas eram conehcidas. Agora seu pai... Muitos mistérios rondam a vida dele. Ninguém sabe direito o que ele foi, ou o que ele é.

 - Como assim? – A loira perguntou curiosa.

 - Depois que Nara Dreyar morreu, seu marido ficou com todas as suas terras e seus bens. Porém ele fora acusado de assassinar um casal de camponeses na época e sumiu, deixando Laxus com o avô. Dizem que ele aprendera magia negra, mas não dizem como nem por que, nem se é verdade mesmo. Alguns até falam mais, dizem que ele amaldiçoou sua mulher para que ficasse com seus bens, e que ele tentara isso com seu filho, mas por algum motivo não conseguira, ou se arrependera e voltara atrás com Laxus. – Jude falou sério, mas assim que viu o rosto de Lucy, ele parou. – Claro que são só superstições e mitos. Nem seu próprio filho sabe quem fim o levou. Agora, Lucy, vá se arrumar, já está anoitecendo e o baile começa em algumas horas.

 Lucy ficara com toda a história gravada em sua memória, mas sorriu para o pai, a fim de não preocupa-lo.

 - Claro, pai. Queria que fosse também... – Ela disse tristemente.

 - Eu também queria, minha filha. Mas até que essa enfermaria é bem agitada quando se tem festas... Muitas pessoas vêm aqui... Na maioria das vezes casais... E gosto de assustá-los. – Quando ele disse isso, Lucy caiu na gargalhada. Nunca pensara que seu pai tinha esse tipo de senso de humor.

 - Bem, já vou indo, pai. – Ela beijou sua testa.

 - Juízo, criança. – Ele disse para ela antes de ouvir a porta da enfermaria se fechar.

 Lucy saíra rapidamente para seu quarto, onde Virgo e Aquarius a esperavam em seu quarto para ajuda-la a se arrumar para o baile. Afinal, iria ser uma longa noite.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Tentarei postar o próximo em um período curto de dias, se minha escola e outros afazeres permitirem haha
Até o próximo!


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