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História Kiss me hard before you go. - Im here, with you


Escrita por: wildchild_

Notas do Autor


eu imagino que vocês estejam cansadas das minhas desculpas, mas está difícil.
Faculdade, trabalhos, não ando mais ficando sozinha o que me bloqueia totalmente e também ando saindo muito com alguns colegas...mas digamos que eles são meio que problemáticos. Mas ok, não estamos aqui pra falar de mim.
Espero que gostem do capítulo, o título veio diretamente de Phantomrider pra vocês e se de repente alguma de vocês quiserem fazer uma songfic dedicada pra mim com Phantomrider eu adoraria.
Boa leitura

Capítulo 9 - Im here, with you


 

Meu coração pulou uma batida depois que li aquelas palavras. Pulei da cama no mesmo instante com o papel na mão e corri para achar Raul e perguntar quem tinha deixado isso.

Corri por toda a clínica e nada de achar o tal enfermeiro. O vi ao longe na parte aberta da clínica corri até ele o puxando pelo braço e certamente assustando o pobre moço.


- Está se sentindo bem senhorita Lana? - o rapaz olhou-me com os olhos arregalados


- Quem me deixou isso? - ergui a mão com o papel


- Não sei senhorita, o carteiro!? - perguntou franzindo as sobrancelhas


- COMO NÃO SABE HOMI!? -gritei chamando a atenção para nós dois


- Não sei senhorita, me desculpe


- AAAARGH! - gritei voltei para meu quarto, onde encontrei uma pessoa que eu não queria ver - O que faz aqui? - disse mantendo a porta aberta


- Vim te visitar filha, ou será que um pai não pode ter saudades? - o homem de terno sentado na poltrona abriu um sorriso cínico - agora venha aqui e me dê um abraço


- Eu prefiro morrer - retribui o sorriso e sentei-me na cama


- Não entendo o por que de tanta hostilidade minha querida - levantou-se e deu uma olhada pelo quarto - eu pago essa maravilhosa clínica para que você tenha um descanso, nenhum paparazzi se aproxima daqui, não há notícias sobre você nos jornais...

 

- Você acabou com a minha vida - fui firme - você matou o homem que eu amava!


- Oi!? - ele arqueou a sobrancelha e me encarou - se você está falando daquele delinquente que te sequestrou para arrancar meu dinheiro, eu não o matei...mas achei muito bom que isso tenha acontecido


- Você é um cretino!! - disse com os dentes cerados - como pode fazer isso com um inocente?


- EU ESTAVA NAQUELA EMPRESA MUITO ANTES DELE NASCER E DO NADA ELE VEM QUERENDO TOMAR MEU LUGAR...


- BILL NÃO TINHA CULPA SE VOCÊ ERA INCOMPETENTE! TODO ESSE TEMPO E NÃO TINHA CONSEGUIDO NADA E UM RAPAZ COM A METADE DA SUA IDADE CONSEGUIU PEGAR SEU LUGAR, RIDÍCULO, VOCÊ É PATÉTICO, VOCÊ ME DÁ NOJO, VOCÊ E AQUELA VAGABUNDA COM QUEM VOCÊ TRANSA! - eu estava gritando a plenos pulmões


- CALE A BOCA! - e então o tapa veio certeiro, pegando em cheio minha face direita, me derrubando no chão


- VOCÊ É UM CRETINO! - gritei, agarrei a primeira coisa que consegui e fui para cima dele, segurando o caco de vidro do copo que eu havia derrubado mais cedo eu tentei acertá-lo

Em questão de segundos eu estava sendo segurada pelos braços por dois grandes enfermeiros que tentavam me acalmar, mas eu ainda não tinha desistido de machucar aquele homem, foi então que tudo começou a girar e ficar longe, olhei para meu braço e a seringa espetada nele estava fazendo um ´ótimo trabalho em me apagar.

Comecei a abrir os olhos e tentei me mover, senti minha mão presa a algo e por um milésimo de segundo tive a sensação de ter acordado de um pesadelo e de que eu ainda estaria na pequena casa no meio do nada, mas a ilusão só durou até eu abrir os olhos e me ver no triste e solitário quarto da clínica onde eu estava morando atualmente.

As luzes do quarto estavam apagadas assim como as luzes do corredor do lado de lá da porta. Corri os olhos pelo quarto até encontrar o pequeno relógio vintage que eu tinha sobre a penteadeira e ele marcava 4:20 a.m. De repente parecia como se o peso do mundo estivesse sobre meu peito. 

Eu não queria estar aqui, eu não queria estar sozinha, eu não queria que Bill tivesse morrido e no meio de tudo isso a porta de meu quarto abriu e fechou-se rapidamente. Consegui ver que alguém tinha entrado, mas a escuridão do quarto não me permitiu ver quem era.


- Meu amor - a voz baixa e terna que ouvi fez todo meu corpo tremer, me fazendo pensar em alucinações. - Anda, vamos....


- B-bill? - murmurei


- Esperava mais alguém? - o tom divertido de sua voz me fez chorar e eu queria abraça-lo, independente se ele fosse uma alucinação minha ou não. 

Bill acendeu uma lanterna e mirou bem em meu rosto me cegando por alguns minutos, percebendo meu incomodo ele trocou o foco para meus braços, vendo que eu estava presa a cama.


- O que fizeram com você? - ouvi a pena e a compaixão em sua voz. Isso só me fez chorar ainda mais - vou te soltar e te tirar daqui

 

O loiro soltou-me, primeiro desprendendo os pés, seguidos pelas mãos. Assim que pude me coloquei em pé e o abracei, sentindo o cheiro que só ele tinha, sentindo a pele fina e lisa, o toque, tudo aquilo que era meu.


- A gente não tem tempo - puxou-me pelo braço para fora do quarto, com apenas a luz da lanterna nos guiando

Mais uma vez eu não fazia ideia dos planos dele, mas eu confiava com tudo o que eu tinha que nós estávamos perfeitos, que tudo estava sob controle e que daqui pra frente seria apenas o começo.

Minhas pernas não acompanhavam o ritmo tão bem quanto as dele, certamente ainda existia calmantes em meu corpo. Mas me esforcei ao máximo.


- Por aqui! - reconheci Raul pela voz, pois tudo estava muito escuro para eu conseguir enxergar sem que a lanterna de Bill iluminasse

O enfermeiro acendeu sua lanterna quando nos aproximamos, ele começou a correr conosco até sairmos par o jardim, onde eu não me recordava de nenhuma saída por ali.

Senti a grama em meus pés até nos aproximarmos do muro que dava para a rua. Ele era alto demais para pular e recoberto por trepadeiras.


- Eu não vou conseguir pular isso - olhei para onde supus que estava o rosto de Bill


- Não é pra pular - Raul murmurou passando a mão pelo muro até que afastou a folhagem e apareceu uma pequena porta de metal - aqui é por onde descartamos o lixo, sai direto na calçada


- Ótimo, você ajudou muito! - o loiro a meu lado entregou um bolo bastante gordo de notas verdes para meu enfermeiro que ainda abriu a portinhola para passarmos.

 

A porta era metade do meu tamanho, o que me obrigava a abaixar e Bill a quase se ajoelhar no chão.

Atravessamos a passagem e estávamos na calçada escura, mas já era mais iluminado do que dentro da clínica.


- E agora? - olhei para Bill e notei que essa era a primeira vez que eu o olhava depois de tudo. Ele havia mudado o cabelo, estava curto, normal e loiro, mas todo o resto continuava o mesmo; perfeito.


- Ali! - apontou um Honda prateado estacionado na sombra de uma árvore

Andamos até o carro e eu me enfiei no banco de trás, sentindo todo meu corpo relaxar com a noção de segurança que eu estava tendo.

Bill entrou pelo lado do passageiro e olhou por cima do ombro para me ver.


- Achei que você estaria pronta quando eu chegasse - deu um meio sorriso


- Tive uma briga com meu pai, tentei acertá-lo, me sedaram e me deixaram daquele jeito que você encontrou no quarto. - suspirei


- Nao leu minha carta?  - arqueou uma sobrancelha


- Então, houve um pequeno incidente com a carta..... -cocei a nuca


- Nós ja vamos para o aeroporto? - apenas com o soar de uma nova voz eu tinha notado que havia mais uma pessoa no carro


- Sim, para o aeroporto - Bill respondeu


- Quem é esse? - murmurei para Bill


- Esse é  o meu gêmeo, Tom 


- Muito prazer - Tom deu um pequeno sorriso que eu vi pelo retrovisor central


- O prazer é meu - acenei com a cabeça


- Durma meu amor, quando chegarmos ao aeroporto eu te acordo - Bill acariciou meu rosto e eu fiz o que ele pediu

[ Bill pov]

 

Tudo tinha corrido perfeitamente bem, o carro havia explodido, o corpo carbonizado, o legista tinha sido pago, tudo estava sob controle...menos Lana. Da moto em que eu fugi pude vê-la correndo em direção a explosão e depois sendo pega e detida. Tive que juntar toda a força da minha alma, um esforço no mínimo sobrenatural para não voltar lá e levá-la comigo mais uma vez.

Depois da fuga finalizada fui para uma pequena casa em Nova York, nada muito grande apenas com as economias que eu tinha antes de ser preso, nada de mexer com o dinheiro ganho no sequestro, esse seria para outra finalidade.

Cortei meu cabelo, passei a me vestir mais discretamente exatamente para não me destacar, não frequentei locais muito cheios e nem muito vazios, para que ninguém conseguisse realmente me notar.

Passei todo aquele tempo arquitetando mais uma vez minha fuga para outro país, onde eu levaria Lana comigo, mas ela estava internada em uma clínica de recuperação, onde tudo e todos eram monitorados, visitas, presentes, entregas, tudo. Pensei em mandar cartas sem remetente e isso me pareceu uma boa maneira de comunicá-la sobre meus planos

Com a ajuda das redes sociais consegui localizar um dos enfermeiros da tal clínica e convence-lo foi mais fácil do que eu imaginei, depois de comprar para ele uma bela moto, claro.  Feito isso enviei minha primeira e única carta, calculando exatamente o dia em que ela chegaria e seria entregue, para que não corresse o risco de alguém pegá-la antes ou depois e descobrisse o que eu tramava. Rezei para que Lana entendesse e não surtasse com tudo o que eu havia escrito.

Peguei um avião para a costa leste com um passaporte falso, me hospedei em um hotel próximo o suficiente da clínica e esperei até que Raul me desse o sinal. As quatro da manhã o enfermeiro me ligou e explicou a situação, corri para lá, entrando com uma certa facilidade que tinha sido feita por Raul.

Fui levado até o quarto dela para pegá-la enquanto Raul nos esperaria na rota de fuga. Ao entrar no cômodo e mirar a lanterna para a cama e vê-la amarrada, meu corpo todo foi possuído por ódio, raiva e todos esses sentimentos. Isso não devia acontecer com ela, não com ela...


- Meu amor? - disse baixo me aproximando da cama 

Ela gaguejou ao dizer meu nome então meu coração bombeou sangue com tanta voracidade que eu pensei que eu pudesse explodir, desatei aquilo que a prendia pelos braços e tornozelos e assim que a soltei ela estava com os braços ao redor do meu abdomên, me abraçando com tanta saudade, devoção e carinho que eu quase me esqueci da nossa missão. Escapar.


- A gente não tem tempo -  segurei pelo braço e a arrastei para fora do quarto.

Ela não tinha pernas tão longas quanto as minhas mas ela tentava acompanhar, corremos até chegar ao enfermeiro, saímos e entramos no carro onde Tom nos esperava.

A primeira parte do plano estava feita, agora era só chegar ao aeroporto e embarcar no nosso avião fretado.

Ela dormiu durante todo o trajeto até o aeroporto, eu a acordei abrindo a porta de trás e a dando um selinho.


- Meu amor, temos que aproveitar que ainda está escuro - falei em um tom suave, para que ela não se apavorasse muito


- Ahan - ela murmurou ainda sonolenta,sai do carro e ela fez o mesmo. Andamos até o salão de espera, passando pelo embarque e depois indo direto para o avião, só eu e ela; Tom ficaria para ter sua vida.

 

Entramos na aeronave, escolhemos nossos assentos e de repente ela me encarou, no fundo dos olhos, como sempre fazia e então começou a chorar e se agarrou em mim com toda a força que seu corpo frágil podia. Ela havia colocado tantos sentimentos naquele abraço que em outra situação eu pediria para afrouxa-lo, mas não nessa, não agora. Eu sentia tanto a falta dela, eu a queria tanto, a amava tanto que doía em mim ver aquelas lágrimas caírem de seus olhos.

Lana passou longas horas chorando, agarrada em mim, como se fosse uma criança assustada, mas aos poucos foi se acalmando, me contando coisas do dia a dia dela, sobre a água derramada na carta, sobre o surto com o pai dela


[ Lana pov]

Eu estava atordoada até que me vi sentada em um avião com o amor da minha vida, vi que ele não estava morto, que ele estava ali, vivo, respirando, bem.

Uma dor e uma alegria tão fortes me assolaram, que eu só conseguia chorar, nada mais passava pela minha mente, eu só chorava e eu me irritava com isso por não estar conseguindo enxergar nitidamente o homem ao meu lado, eu o abracei com toda minha força, querendo realmente entrar no corpo dele, me alojar em seu peito e ficar ali para sempre. 

Minha confusão de sentimentos era tão grande que não consegui parar de chorar e de abraçá-lo antes de três horas de viagem. 

O tempo foi passando e eu fui me acalmando, mas mesmo assim eu estava pendurada nele e só então eu percebi que não sabia onde íamos e ele pareceu notar isso pois abriu um sorriso sacana pra mim.
 


Notas Finais


Bem gente, infelizmente eu não sei qual é a sensação de ter descobrir que a pessoa que você ama não está morta de verdade, embora as vezes eu quisesse muito isso....sinto saudades do meu amigo e tenho que dizer que lembrei muito dele hoje/ontem (dia 5) que é o dia do meu aniversário...mas enfim...
o que acharam?


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