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História Laços Inquebráveis - Confiança


Escrita por: Beikiss

Notas do Autor


Eu disse antes que esse teria mais mistério e mais agitação, mas nem foi tanto assim, porque acabei mudando os planos heheh. Espero que gostem, então boa leitura! (:

Capítulo 7 - Confiança


– Acho que a gente podia ficar aqui mais uma noite... – Teresa murmurou enquanto eles se arrumavam pra ir embora.

– Ta maluca?

– É, amanhã tem aula. – Thomas lembrou.

– E você acha que eu estou aí pra aula? – Minho falou sarcasticamente. Teresa bufou olhando pra cima. – Por que você quer ficar aqui mais um dia? – ele perguntou olhando para Teresa.

– Porque... Sei lá, a gente podia ver a luz de novo e... Tal. – ela tentou sem parar de arrumar tudo.

– Ah ta, já basta você ter me chutado por uma noite, obrigado. – ele respondeu.

– De nada. – ela respondeu dando de ombros.

– Por que você tem que chutar tanto a noite? Terror noturno? – Minho estava falando.

– Ah, sabe como é... Chutar você acordada e enquanto durmo... Normal, né? – ela respondeu, sorrindo forçado para Minho.

– Ah, cala a boca...

– Não podia ser terror noturno, senão ela ia se machucar mais a si mesma, e não a gente. – Thomas explicou com tom amargo. Minho riu.

– Até você sofreu com ela? – Minho ria.

– Sim, e acho que termo certo para esse distúrbio é “espaçosa”. – Thomas continuou e Minho e ele riram juntos enquanto Teresa fazia um bico de mal humor.

– Ah, a gente podia se encontrar mais tarde, à noite. Ainda é domingo. – Minho sugeriu, colocando a mochila maior nas costas.

– E onde iria ser isso?

– Sei lá. – ele deu ombros.

– Eu acho legal que você sempre dá a ideia, mas nunca assume. – Teresa falou pegando o canteiro de água ainda um pouco cheio e abrindo o mapa.

– Beleza então, chata. Que tal a Practikal?

– A gente sempre vai à Practikal. – Thomas falou olhando os amigos.

– E daí? – Minho falou.

– Practikal? – Newt perguntou fazendo careta e olhando-os. Ele estava guardando a barraca que tinha acabado de ser desfeita por ele na mochila que Thomas carregava.

– É um lugar que a gente sempre vai no tempo livre. – Minho explicou. – O irmão do Thomas trabalha lá.

– Ah é? E o que tem lá?

– É um salão de jogos com lanchonete. – Thomas respondeu com um sorriso. – Graças ao meu irmão a gente sempre tem desconto... Em quase tudo. – Newt riu.

– Legal. – ele respondeu sorrindo.

– Vamos chegar praticamente à tarde em casa mesmo... Lá pras seis a gente podia ir pra lá. – Teresa sugeriu olhando os outros.

– Ok. – eles concordaram com a cabeça.

 

Eles andaram bastante até saírem da floresta e depois no asfalto chegaram num ponto em que tiveram que se separar, com Teresa e Minho indo pra um lado e Thomas e Newt para o outro.

– Minha casa não é muito grande, mas pode ficar à vontade... – Thomas falou com Newt enquanto abria a porta de casa dando um sorriso para Newt. Logo ele abriu a porta e entrou com Newt ao seu encalço. – Mãe! Ta em casa? – Thomas gritou deixando as coisas no chão e olhando em volta.

– Estou aqui! – Thomas conseguiu ouvir a voz de sua mãe em algum ponto da casa, logo ouviu passos vindo do fundo da casa e foram chegando mais perto. – E aí, como foi a trilha? – a mãe de Thomas apareceu para os dois meninos. Ela tinha um cabelo muito longo e a cor era castanha, como o de Thomas. Eles também tinham o mesmo nariz e olhos. Eram bastante parecidos.

A mãe de Thomas olhou o louro perto dele.

– Foi legal. – Thomas deu um sorrisinho e olhou para Newt. – Mãe, esse é o Newt. – Thomas mostrou Newt ao seu lado. – Newt, essa é minha mãe, Katia Deanfold.

– Muito prazer senhora Deanfold. – Newt sorriu estendendo a mão. – Eu sou Newton Graraham.

– Ah, você é um amigo novo de Thomas, não é? – eles apertaram as mãos.

– Newton Graraham? – Thomas olhou para Newt que apenas levantou as sobrancelhas para o outro. Então Thomas olhou para a senhora Deanfold novamente. – Mãe, eu preciso conversar com você.

– Tem que ser agora? Você sabe que fim de semana fico ocupada o tempo inteiro.

– Tem que ser agora. Vai ser rápido, ok? – Thomas estava fitando a mãe que olhou para Newt e deu um sorriso. – Newt, você me espera na sala?

A sala era logo ao lado do corredor em que estavam. Newt balançou a cabeça em afirmação e todos foram juntos até a sala. Katia instruiu Newt para que ficasse à vontade e o garoto sorriu torto balançando a cabeça novamente, sentando no sofá. Ela e Thomas foram mais nos fundos onde era a cozinha e os dois ficaram frente a frente.

– É sobre Newt. – Thomas foi direto ao assunto. – Ele... Ele é... Hãn... – Thomas procurava as palavras para explicar, mas como começar esse assunto? Até parecia que não tinha jeito certo. – Nós... Hum, eu, Minho e Teresa, nós achamos Newt. – ele ficou esperando a mãe falar alguma coisa, mas ela não mudou a expressão. – Ele... Pode ficar aqui? Por... Um tempo?

– Hum... – Katia encarou Thomas. – Você confia nele? – ela perguntou.

– Eu... Acho que sim. – Thomas respondeu e olhou para Newt pela janela da cozinha. – Mas, olha ele não vai ficar só aqui, Teresa e Minho vão ajudar também.

– Eu não ligo. Ele pode ficar o tempo que quiser aqui.

– Sério? Mas e as contas e...

– Não se preocupa com isso. Ele é seu amigo, não é? Não confia nele? Então não tem problema nenhum.

Thomas encarou a mãe. Sua mãe nunca impedia Thomas de fazer as coisas que quisesse, contanto que ele se responsabilizasse no final.

– Eu confio em você, como sempre. – ela disse e sorriu. – Ah, seu irmão está em casa. Apresente Newt a ele. – ela bagunçou os cabelos de Thomas, que já eram bagunçados e saiu. Pela janela da cozinha, Thomas pode ver Newt recebendo o mesmo tratamento que ele, com ela falando alguma coisa e passando a mão nos cabelos louros do garoto. E mesmo dali, Thomas conseguiu ver que Newt havia ficado meio rosa.

Ele andou até onde Newt estava e olhou pra ele.

– Você está vermelho. – Thomas falou sério e Newt olhou para ele.

– Sua mãe é legal. – Newt respondeu sem olhar os olhos de Thomas. Ele teve que sorrir ao perceber quanto Newt estava envergonhado.

– Vamos lá pra cima. Meu irmão está aí. – Thomas falou sorrindo e Newt se levantou.

Eles subiram as escadas e Thomas bateu a porta do quatro do irmão, que era em frente ao seu.

– Já vai! – eles ouviram a voz lá de dentro, não demorou muito e um cara, mais alto que Thomas abriu a porta. Ele tinha o cabelo mais claro que o de Thomas, mas tinha o mesmo bagunçado do dele. Os olhos também eram os mesmos, deixando claro que eram irmãos ou parentes, mas o resto era diferente. Essa diferença era o que fazia o irmão parecer muito mais bonito do que Thomas.

E provavelmente o fato de que ele estava sem camisa deixava isso ainda mais em evidência.

Ele mal olhou para Thomas e focou seus olhos em Newt.

– Oi, eu sou Brandon. – o tal Brandon estava sorrindo e dando a mão para Newt que apertou sem demora.

– Sou Newton Graraham, mas me chama de Newt. – o louro sorriu para Brandon de volta.

– Newt vai ficar um tempo com a gente. – Thomas explicou.

– Sério? E onde está suas malas? – Brandon procurou.

– Ah...

– Eu não tenho. – Newt respondeu sorrindo sem graça.

– Hum... Entendi. – Brandon falou como se soubesse de toda a situação. Ele olhou Newt novamente. – Trate de dar roupas pra ele, Thomas. – ele fitou Thomas.

– Cala a boca, eu sei... – Thomas desviou o olhar. – Ei, você por acaso vai trabalhar hoje? Ta com a calça de trabalho.

– Sim, vou.

– Nós vamos nos encontrar com Teresa e Minho lá depois.

– Ah é? Bem, eu vou sair agora. Tenho que ir mais cedo pra arrumar as coisas por lá antes dos clientes chegarem.

– Hum, então tudo bem. A gente se encontra lá.

 

Thomas fez Newt tomar um banho e deu as roupas dele para ele usar. As roupas de Thomas pareciam tudo a mesma coisa. Ele certamente não era do tipo que se importava com o que vestia, mas pelo menos coube em Newt. Antes de sair, Brandon entrou no quarto e jogou uma jaqueta para Newt. Era de couro, na cor marrom.

– Ah... Tudo bem eu usar isso? – Newt perguntou a Brandon.

– Eu não uso mais. Pode ficar com você. – Brandon sorriu para Newt e saiu.

– Seu irmão é simpático.

– É. Ele é do tipo que gosta de todo mundo e fala com todo mundo. E é ainda é músico. Imagina o sucesso que ele faz.

– Ele é músico?

– Ah, bem, não bem músico, mas ele toca em alguns lugares de vez em quando.

– O que ele toca?

– Violão, guitarra e um pouco de baixo. Ele sempre gostou de música e acabou aprendendo sozinho.

– Você não gosta?

– Gosto, mas não tanto a ponto de aprender por conta própria. – Thomas sorriu. – Mas então... Me explica seu nome.

– Você não achou mesmo que meu nome fosse só Newt, né?

– Por que não disse que seu nome era Newton Graraham?

– Vocês não perguntaram... E eu prefiro Newt.

– Hum... Eu também prefiro Newt. – Thomas falou sorrindo olhando Newt.

Os dois continuaram conversando sobre nada e rindo por mais um tempo até dar a hora de sair.

 

Já estava noite. Teresa nem tinha percebido a hora passar. Só percebeu mesmo quando ouviu um barulho na janela. Ela olhou, observando que lá fora já estava com estrelas no céu acompanhadas pela lua branca brilhante. Então ela viu as pedrinhas, batendo na janela fazendo um som de “tec” cada vez que uma batia no vidro.

Ela deixou o livro de lado e abriu a janela olhando lá embaixo.

– Finalmente! – ela ouviu Minho falar lá de baixo. – Nós perdemos a hora. Já são seis horas e mais um pouco.

– Sério? Porque não veio antes?

– Eu também não percebi a hora passar... Desce logo. Capaz de Thomas e Newt já estarem lá.

Então Teresa fechou a janela e desceu as escadas, pegou o casaco, colocou suas botas de combate numa velocidade incomum e saiu, fechando com a chave a porta atrás dela.

– Seu pai não está em casa? – Minho perguntou com a mão nos bolsos do casaco.

– Não. Ultimamente ele anda dando essas escapadas... – Teresa chegou perto de Minho e os dois começaram a andar pela mal iluminada. – Deve que conheceu uma mulher e não quer me contar ainda.

– Você acha?

– Tenho quase certeza. Quando eu pergunto ele responde que vai se encontrar com os veteranos. Já ta ficando até chata de ouvir essa desculpa. – Minho riu.

– E o que você acha?

– Meu pai é novo, deve ter uns quarenta e poucos anos, tem mais é que curtir mesmo. – ela falou sorrindo para Minho. – Eu na verdade fico feliz que ele está assim, sabe, seguindo em frente.

– É verdade. – Minho comentou e por um tempo eles ficaram em silêncio. – Ah! – ele fuçou o bolso do jeans e tirou um pirulito de lá. – Aqui. – ele estendeu o pirulito para Teresa.

– O que é isso? – ela pegou o pirulito. – Você não me dá algum doce da sua loja há séculos! Ah, já sei, já passou da validade e você está dando para mim certo?

– Essa é uma coisa que eu faria, com certeza.

– Imbecil.

– Não joga fora. Não é meu, é da Song-Jae. Ela que está dando pra você.

– Sério? – Teresa olhou o pirulito e tirou a embalagem colorida, mostrando o pirulito pequeno estilo caracol com ainda mais cores. Ela colocou na boca. – É bom. – ela disse com a boca cheia. Minho sorriu.

– Ela está com saudades de você. Vive dizendo “quando a Teresa vai vir, quero ver a Teresa, trás a Teresa pra cá”... Ta até chato.

– A Song é tão fofa! Eu tenho que ir vê-la logo... Será que dá pra ir na terça? Amanhã eu tenho treino... Ah, podemos levar o Newt! A Song vai gostar dele.

– Você acha?

– É, ele parece que tem jeito com crianças.

– Sei. – Minho olhou Teresa um tempo, mas voltou a olhar pra frente.

– Será que Brandon trabalha hoje? Talvez a gente veja ele né? – ela falou chupando o pirulito.

– Deve que sim. – Minho deu uma pausa. – Quando é que você vai contar pra Thomas?

O rosto sorridente de Teresa sumiu ficando numa expressão de raiva logo depois.

– Não tem nada pra contar.

– Para com isso Teresa. Você tem que falar logo.

– Não.

– Você vai falar hoje, quando a gente chegar lá.

Teresa ficou em silêncio chupando o pirulito, fazendo estalos com a língua. Depois ela olhou Minho que já estava olhando pra ela.

– Ta bom. Eu conto hoje. – ela respondeu fazendo bico. – Apesar de que eu já sei o que vou ouvir...

– Então acaba logo com isso.


Notas Finais


Ai cara, não tenho nada pra falar. Eu estou com muita dor de cabeça no momento, então to meio lerda. Digam suas opiniões, críticas e tal, é legal quando vocês fazem isso (: Em fim, beijoxxxx


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