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História Laços Inquebráveis - Pressentimento


Escrita por: Beikiss

Notas do Autor


E aí todo mundo! Demorei um pouco, eu queria postar na quinta passada, mas não tive como, sinto muito. Mas tudo bem porque esse capítulo ta cheio de revelações e perguntas pra vocês! Espero que gostem õ/

Capítulo 9 - Pressentimento


Depois de um tempo, Minho convence Teresa a voltar pra onde estavam usando Newt como explicação. Ela disse “tudo bem”, mas o que realmente pensava era algo como “não quero que Newt se envolva demais com aquela...”. Bem algo assim sabe.

Teresa realmente não queria voltar e a cada passo que dava parecia que o embrulho no estômago voltava. Quando chegaram à metade do caminho, quando pensou que iria ter um surto, Minho puxou a borda da camisa de Teresa enquanto ela ainda andava. Ela parou de andar aos poucos, suspirando no final por saber que Minho iria falar alguma coisa desnecessária. Mas ele sabia que ela estava tensa só pelo jeito que ela andava.

Ela se virou com as sobrancelhas levantadas.

– Posso te pedir uma coisa? – Minho perguntou com os olhos cautelosos.

– Claro. O que quiser. – Teresa respondeu de um jeito forçado e sarcástico. Minho suspirou fazendo careta.

– Não fica agindo estranha com a Brenda.

Teresa franziu os olhos, depois sorriu achando graça.

– Relaxa, Coréia. Não vou ficar “agindo” com ela de jeito nenhum.

Então ela se virou e começou a andar novamente, com Minho suspirando e andando logo atrás.

Teresa chegou determinada a evitar e ignorar Brenda completamente, assim como estava fazendo há um tempo, mas nem precisou porque quando eles viram estava apenas Thomas e Newt na mesa.

– Cadê a Brenda? – Teresa perguntou aos dois que estavam sentados enquanto se sentava também com Minho fazendo o mesmo.

Thomas olhou para um lado fazendo os outros olharem também, onde estava Brenda conversando novamente com Brandon.

Minho e Teresa se entreolharam.

– Acho que fiz merda. – Thomas olhou para os amigos obviamente aflito, mordendo os lábios daquele jeito que ele fazia.

– Normal, todo mundo faz. – Teresa respondeu despreocupada.

– Não. Vocês não estão entendendo. – Thomas respirou fundo e abriu a boca pra falar novamente.

– Você terminou com a Brenda? – Minho soltou antes que Thomas pudesse continuar.

– O que? Não, claro que não. Por que eu faria isso? – enquanto Teresa dava um chute por debaixo da mesa em Minho e Newt ficava olhando em volta deles observando tudo, Thomas continuou: – Eu menti sobre Newt pra Brenda.

Teresa e Minho franziram as testas. Newt parecia despreocupado, apesar da cara de aflição que Thomas estava fazendo.

– O que você disse? – Minho perguntou.

– Eu disse... Eu disse que Newt...

– O que Thomas? Que saco, como você demora pra essas coisas, socorro. – Teresa batia na mesa impaciente.

– Tenho que concordar.

– Eu disse que Newt é da Inglaterra e... Que ele ta aqui fazendo intercâmbio.

– O que hein?

– Teresa, calma... Que intercâmbio? Você ta maluco?

– Intercâmbio cultural...

Newt sorriu discretamente achando graça daquilo enquanto olhava para um lado. Thomas, Minho e Teresa eram realmente divertidos. Principalmente o que veio depois.

– Também disse que ele ia começar na nossa escola. – Thomas terminou batendo na mesa no final e ficou mordendo os lábios desviando o olhar dos outros dois.

Teresa e Minho ficaram imóveis, até Teresa suspirar. Uma, duas vezes.

– Desculpe! Só saiu!

– Eu vou matar você.

– Por que você mentiu pra Brenda? – Minho estava perguntando enquanto fazia careta sem entender quase nada.

– Eu não sei! Ela queria saber do Newt e eu fiquei em pânico!

– Você ficou em pânico do lado da sua namorada? Você é o que, uma barata?

– Vocês sabem que eu não sou bom nisso de mentir. Eu não sabia o que dizer... – Thomas engoliu em seco. Minho coçou a cabeça pensando enquanto Teresa encarava Thomas. – Eu achei que... Ela não precisava se envolver já que a gente que quis assumir ele como responsabilidade.

– É, tudo indica que você é um namorado muito legal, mas... COMO É QUE A GENTE VAI COLOCAR NEWT NO WINSCONSIN?

Newt que só prestava atenção na conversa com os ouvidos, estava olhando Brenda e Brandon conversando afastado do grupo. De vez em quando a morena de cabelos curtos olhava na direção deles e desviava o olhar porque percebia Newt olhando. Mas Newt parou de prestar atenção em Brenda e Brandon conversando e Minho, Thomas e Teresa discutindo.

Tinha uma pessoa olhando pra ele. E não era uma pessoa qualquer, era um cara. Um cara muito alto e de cabelos louros e ondulados cheios que a mente, a memória ou a consciência de Newt conheciam.

Newt piscou forte pra ter certeza que não era algo como antes.

Com certeza não era aquilo de antes. O cara estava olhando para Newt e agora dava um sorriso sarcástico.

O pior de tudo é que Newt sentiu que conhecia esse sorriso.

O que era isso?

Newt o conhecia.

Ele não sabia como, mas realmente o conhecia, ele sentia isso.

Flashes de sua memória piscavam em sua mente lembrando-se daquele sorriso enquanto estava na Regent Street andando. Newt lembrava de que como é uma rua movimentada era mais fácil de se esconder por ela. Ele tinha que olhar pra cima quando se referia ao homem porque ele era realmente alto. Ele olhou para o lado e viu seus antigos amigos andando com aquelas caras preocupadas e aflitas, sempre desconfiadas de tudo e todos.

Newt se levantou da mesa. Sem prestar atenção na discussão que Minho, Teresa e Thomas estavam tendo. Era como se eles estivessem falando atrás de uma porta porque o som saía abafado.

Ele não conseguia se concentrar em outra coisa que não fosse aquele cara.

Newt o conhecia. Além de que era a primeira vez que lembrava de algo específico daquele jeito, e Newt precisava de respostas. Talvez aquele homem pudesse dizer alguma coisa, qualquer coisa que fosse.

Sem perceber, Newt seguiu o homem. Ele andou até onde o louro alto estava ainda há pouco, mas o cara se vira e começa a andar também. Newt andou o mais rápido que podia para alcançá-lo, porém o cara vira pela máquina de pegar pelúcias e quando Newt chega lá ele já tinha sumido.

O louro olha a sua volta procurando o outro ainda mais louro do que ele, chega a andar um pouco na direção que ele poderia ter ido, mas ele não estava em lugar nenhum.

Newt apoia suas costas na máquina de pegar pelúcias e começa a pensar em várias coisas ao mesmo tempo, mas seus pensamentos são interrompidos pelo toque que sentiu em seu ombro.

– (...) Newt! Nossa cara, finalmente! – era Minho falando quando Newt finalmente olhou pra frente e reparou no mundo a sua volta. – Não fica andando por aí assim, você não conhece nada, vai acabar se perdendo.

– Desculpe, eu... Vi a máquina de ursinhos e fiquei com vontade de pegar um pra mim. – Newt fala a primeira coisa que conseguiu pensar. Minho ri.

– Sério? Você gosta de pelúcias?

– É. – Newt virou pra máquina e olhou os bichinhos lá dentro. – Ia ser legal ter aquele tigre branco ali todo peludinho. – Newt foi falando e apontando. Ele não sabia a mínima ideia do que estava falando, mas não importava muito porque Minho parecia ter gostado já que estava rindo.

– O que tem de bom em bichinhos de pelúcia?

– Ah... Eu não sei bem. Eles são fofos e estão sempre presentes nos filmes de terror ajudando os vilões ou sendo vilões. – Minho riu mais.

– Ele iria fazer uma chacina dos humanos. – Minho falou rindo.

– Ele? Ele quem?

– O tigre branco Newt, daer. – ele empurrou a cabeça loira do outro enquanto ele fazia careta.

– Por quê? Por que é um tigre?

– Não, porque estão quase extintos. Por causa de nós humanos. Em fim, deixa pra lá... – Newt fitou Minho. Ele parecia gostar do assunto. – Não fala de pelúcias e filmes de terror em frente a minha irmã porque ela adora essas coisas. Pffff. – Minho bateu no vidro da máquina olhando onde o tigre estava levantando uma sobrancelha.

Quando Minho olhou de volta para Newt percebeu que o garoto ficou calado por um tempo.

– O que foi Newt?

– Nada.

– Fala.

– Não. – Newt deu uma pausa. – Eu não sei por que eu tive essa reação, ta bom? – Minho ficou encarando.

– Mentiroso.

– Não. É sério. – Newt fitou Minho que bufou. – Olha, ta bem, vou falar... Eu tive... Uma irmã. Mais nova. Mas... Eu nunca soube ou lembro muita coisa sobre ela porque... Eu não sei. Só não lembro. – Minho estava com a testa franzida.

– Não entendi.

– Ela faz parte da minha infância. – Newt soltou. Não gostava de falar de nada daquilo. Mas era Minho e ele tinha uma irmã também, iria entender. – Só que não me lembro de quase nada da minha infância, sabe.

– Por que não?

– Eu não sei! Eu não me lembro, já disse.

– Você nunca perguntou para as freiras?

– Perguntei, mas sabe, essas mulheres são osso duro de roer. É difícil conseguir uma resposta delas quando não tem a ver com Deus, o Senhor e todas as suas boas ações. Pior que nem Dele recebemos respostas concretas. – Newt olhou para Minho de novo. – Você gosta de animais Minho?

Minho piscou pela repentina mudança de assunto.

– Sim, gosto. Aliás, esse tipo de pergunta devia ser proibida.

Newt o olhou com cara de pergunta.

– Te ofendi?

– Não seja idiota. Chega de conversa, você está me enrolando. Vamos voltar pra mesa. – Minho começou a empurrar Newt pelo ombro de volta, mas Newt dá uma rodadinha saindo.

– Espera aí... Eu quero aquele tigre.

Minho fica encarando.

– Você ta de brincadeira? – Minho perguntou, mas como Newt não respondeu ele teve que enfatizar: – Não está?

– Não. Eu quero o tigre.

– Você fala tão sério que assusta.

– Vai ficar mais sério se eu pedir “por favor”?

Minho revirou os olhos e deu um suspiro. Não era que Newt não quisesse voltar. Ele só queria se distrair agora pra poder se concentrar os pensamentos depois no homem louro.

– Falou, mas só uma tentativa hein.

 

– Eu vou procurar os dois. – Thomas falou levantando-se, mas Teresa segurou seu pulso. Os dois esperavam Minho e Newt na mesa depois de toda a discussão que tiveram. Thomas queria sair dali porque Teresa parecia irritada, mas naquele momento que ele olhou seus olhos azuis viu que ela na verdade estava aflita.

Sorte a dela que Brenda não fez questão de aparecer na mesa depois que Teresa voltou. Mas Teresa tinha quase certeza do porquê. Afinal, ela também não queria olhar pra cara da menina.

– Tom, eu preciso falar com você. – Teresa falou puxando o garoto de volta para o banco que se sentou direito sem demora.

– O que houve agora?

– Olha, não fala assim ta bom?

– Ta, desculpa... É sério assim?

– Não, não é sério. É só uma coisa que eu já devia ter te falado e não tive a chance.

– O que é?

– Eu só queria que você soubesse que... Eu ando saindo com seu irmão. – ela falou e olhou Thomas.

– Ah... Eu sei, vocês tem interesses iguais e tal. Normal, né? Sair de vez em quando? – Thomas falou como se fosse algo comum, e de fato, ele estava certo em sua maioria.

Teresa o encarou por um momento.

– Você não faz ideia, não é? – ela perguntou sorrindo. Thomas mordeu os lábios. – Você é muito raso mesmo... Eu não estou “saindo de vez em quando”, idiota. Estou, ahn, gostando dele entende?

– Mas você tem essa queda por ele desde os treze anos, não é?

Teresa respirou fundo.

– Tom, seu irmão me beijou. Entendeu agora?

Thomas parou por um momento e piscou por dois momentos.

– Mas... Mas você... Você! Quando que isso começou? Eu achei que só estivessem nas suas saídas normais de sempre!

– Estamos mas... Agora nos beijamos enquanto fazemos essas coisas.

– Será que você pode parar de falar essa palavra?

– Que palavra?

– Beijando!

Teresa franziu os lábios e fitou Thomas.

– Tudo bem... – ela falou cautelosamente. – Você... É contra?

– Não! Eu... Não sou contra. – ele deu uma pausa respirando fundo. – Você gosta dele mesmo? – Teresa soltou um risinho e deu de ombros.

– Você mesmo falou... Eu tenho uma queda por ele desde os meus treze anos.

– Mas o meu irmão não é bom com namoradas, você sabe disso...

– É por isso que não estamos namorando. Sacou?

– Estão ficando?

– Mais ou menos.

Thomas a encarou.

– Porque você só não admite o que é?

– Eu admitira, mas não é nenhum nem outro. Seu irmão com certeza vai dizer ficando, mas pra mim não é assim.

– Entendi... Você ta com medo de aquilo acontecer de novo?

– Shhhh Tom!

– O que foi? Eu não disse nada!

– Isso mesmo, é pra continuar sem falar nada. – ela avisou e olhou para o lado distraidamente e acabou trocando olhares com Brenda que desviou o olhar rapidamente. – Eu vou procurar Minho e Newt. Ainda quero jogar Guitar Hero e Rock Band hoje. Pra falar a verdade, se eles estiverem jogando algo sem mim eu vou dar na cara deles. – e com isso Teresa se levantou e saiu, depois disso não demorou pra Brenda voltar até a mesa.

– Ta tudo bem com você? Você anda meio distante. – Thomas falou pegando na mão de Brenda quando ela se sentou. Ela olhou para a mão dele em cima da dela e sorriu pra ele, com aquele sorriso grande e bonito que ela tinha.

– Está, eu só queria te dar um pouco de espaço com eles... E aí, algo novo? – ela perguntou.

– Não... Só uma preocupação que Teresa tinha. Coisa dela.

– Ah é? – Brenda procura a morena de olhos azuis em volta, mas não a vê. Só consegue ver um pouco os ombros e a cabeça de Minho. Mas depois ela consegue ver Teresa e Newt junto de Minho, bem longe de onde ela e Thomas estavam. – Entendi.


Notas Finais


Então gente, esse capítulo ia ter mais momentos com os shipps, mas acabei tirando tudo dele, mudei e coloquei no próximo capítulo, que aliás já está pronto também! Minha previsão é de postá-lo na segunda ou na terça, PODEM COBRAR À VONTADE.
Mas por enquanto me digam o que acharam desse? Críticas, elogios, quebra pau... BRING IT ON :D


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