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História L'amour en trois parties - Suavemente


Escrita por: Matsumoto-Ann

Notas do Autor


Boa leitura _o/

Capítulo 8 - Suavemente


Fanfic / Fanfiction L'amour en trois parties - Suavemente

Aquela era minha última chance, pensei enquanto me arrumava para a aula, depois de acordar em cima da hora novamente, no intervalo eu falaria com ele, ou na saída da aula? Saída não, Adrien poderia estar com pressa, melhor no intervalo. Mas como agiria na sala até conseguir encontrá-lo? Seria com certeza uma situação bem estranha, isso se Adrien não falasse comigo antes, mas duvidava que fosse puxar aquele assunto, o mais provável era que agisse como se nada tivesse acontecido.

 

Ao menos eu estava mais confiante hoje, depois da conversa, e dos amassos, com ChatNoir, que por sinal foram tão bons que eu achei que deveria sentir alguma culpa pela pegação da noite anterior, mas eu estava solteira, lembrei a mim mesma. 

Como Luka mesmo tinha falado, eu não o tinha pedido em namoro, e nem tinha aceitado o pedido duplo na noite anterior, e a parte de exclusividade também não existia, já que ele mesmo estava ficando com Adrien. 

Quanto a Adrien... Não devia nada a ele, até queria dever alguma satisfação, e realmente esperava que amanhã nessa mesma hora isso já fosse uma realidade, mas se não fosse ... Então era a hora de deixar aquilo para trás de vez, como eu tinha tentado fazer nos últimos meses, e que por sinal, eu estava quase conseguindo. 

Achava que estava indo bem, não acompanhava mais a agenda ou procurava seus ensaios, nada de fazer presentes, nada que não fosse normal para uma AMIGA. Já conseguia até mesmo conversar com ele como uma pessoa normal. E tudo que tive que fazer foi jogar fora tudo que me lembrava dele e começar a sair com outras pessoas, até encontrar Luka naquele dia. Tínhamos namorado, ou quase isso, a alguns anos, e permanecemos amigos mesmo quando o namoro não deu certo. Na época ele tinha dito que estaria lá por mim quando eu mudasse de idéia.

 

Dessa vez quando ficamos juntos as coisas pareciam... Certas. Estar com Luka parecia certo. Gostava de conversar com ele, e gostava ainda mais de seus beijos, que esquentavam todo meu corpo rapidamente. Naquela primeira vez que ele veio a minha casa, eu tive certeza que ele seria meu primeiro, e tinha feito o possível para tentá-lo a avançar. 

Luka era o mais velho em nosso grupo de amigos, o único na faculdade. Sempre foi bonito, mas ao crescer tinha se tornado maravilhoso. E eu, com 18 anos, a única virgem entre as meninas, achei que minha condição logo mudaria.

 

 

 

Já na sala de aula, tanto Alya quanto Nino estavam mais calados que o habitual, o que deixou a clima ainda mais estranho.

 Alya não fez perguntas, o que deveria ter exigido muito autocontrole, já que ela é uma das pessoas mais curiosas que eu conheço, mas eu notava a forma como olhava, de mim para Adrien, e como trocava olhares com Nino. 

 

Fiquei tentada a perguntar o que tinha acontecido depois que saímos, mas me mantive em silêncio. A julgar pelos olhares de Juleika e dos outros no fundo da sala, todos estavam curiosos para saber o que tinha acontecido, ao contrário dos nossos amigos, eu evitei olhar para Adrien tentando não perder a determinação de falar com ele no intervalo. Para piorar, minha imaginação a todo momento vagava para o tempo em que ele e Luka estavam juntos, e não conseguia evitar imaginar os dois naquele quarto.

 

Mesmo tentando não observar Adrien, tinha notado que ele fazia o mesmo, algumas vezes tinha começado a virar para a mesa de trás, e mudado de ideia no percurso, então voltava a se virar para frente e silenciava, enquanto Alya e Nino olhavam com expectativa.

 

Pensava em como faria para levar Adrien a um lugar isolado onde pudessem conversar, se é que existia esse lugar no colégio. Minha salvação veio quando a professora pediu um trabalho em dupla, que normalmente eu faria com Alya.

 

_ Adrien, vamos fazer o trabalho juntos, a Alya quer fazer com o Nino._ a atenção dos três se voltou para mim.

 

_ Claro que quero fazer o trabalho com o Nino_ disse ela me encarando_ vai ser muito mais divertido do que com a Mari.

 

_ tudo bem Mari_ ele deu de ombros sorrindo, e se virou para a frente, voltando a conversar com Nino.

 

_ o que foi isso amiga?_ Alya cochichou para mim.

 

_ eu só preciso falar com ele, e aqui não dá.

 

_ vocês não conversaram ontem? No carro dele...?

 

_ digamos que ontem ele não estava muito ... Receptivo._ fiz uma pausa, tamborilando a caneta na mesa enquanto pensava. _ Alya ... Você sabia do Luka e do Adrien?

 

_ então... Sabia, mas em minha defesa você não contou que estava saindo com o Luka.

 

_ não contei porque você iria se empolgar a toa se não desse em nada, eu não te conto de todo mundo que eu fico.

 

_ e eu não podia te contar do Adrien, vai que você tivesse uma recaída e voltasse a seguir ele?

 

_ acho que eu já tive uma recaída...

 

_ tá vendo? Eu estava certa em não te contar. Mas o que você quer fazer?

 

_ amanhã te conto._ respondi, porque o sinal tinha acabado de anunciar o intervalo.

 

Minutos depois estavamos todos em uma grande mesa no refeitório, com Kin e Alix discutindo e fazendo desafios. Os amigos que estavam na festa passaram a maior parte do tempo aos cochichos, os que não estavam no barco ficaram tagarelando, sem perceber que havia algo errado.

 

Adrien conversava normalmente com todos, menos comigo, o que já estava me deixando irritada, apesar de tê-lo evitado durante a aula, esperava ter uma interação ao menos mais normal durante o intervalo.

 

Adrien ria tão descontraído de alguma besteira de Kin que por um momento esqueci os acontecimentos da noite passada.

 

_Mari? _ Alya me acorda do meu devaneio, não sei quanto tempo tinha ficado parada olhando. Tomo coragem e me levanto, atravessando a mesa e indo até ele, paro ao seu lado e ele se vira, com aqueles olhos verdes me fitando.

 

_ precisa de alguma coisa, Mari?

 

Coloco uma mão na mesa para me reclinar sobre ele e toco seus lábios em um selinho, nada muito rápido, dou um tempo para que me sinta antes de me afastar. Observo quando ele passa a língua nos lábios, onde os meus tinham tocado os dele. 

Olhando naqueles olhos verdes seguro a gola de sua camisa, fazendo com que se esticasse para mim, e dessa vez não hesito quando o beijo novamente, deslizando minha língua em sua boca, sem me importar com a quantidade de gente que nos olhava. Tinha demorado anos, mas eu finalmente estava beijando Adrien.

 

O sinal toca e nos afastamos quando todos se levantam. Ele sorri para mim, um maldito sorriso presunçoso que nunca vi nele, mas que me lembrava de outro loiro convencido.

 

_ minha casa as 16h. Você tem duas escolhas Adrien. _ a essa altura já estávamos sozinhos na mesa _ Nós podemos fazer o trabalho, e fingir que nada aconteceu, ou podemos não fazer o trabalho, e fazer algo mais interessante que isso. — Ele parecia surpreso, e eu me afasto antes que me respondesse.

 

 

 

Corri para casa no final da aula, pretendia deixar aquele trabalho pronto até às 16h, apenas para o caso de não estudarmos durante a tarde. Primeiro me arrumei, depois me sentei ao computador para começar a pesquisa, com medo de perder a hora e ele chegar enquanto ainda estou trabalhando. 

 

Conforme o tempo passava aquela determinação ia sumindo, e eu pensei que merda estava fazendo, mas não conseguia evitar.

 

 

 

_ Marinette! O Adrien chegou! meu coração acelerou quando minha mãe chamou do andar de baixo, então salvei o trabalho, que não tinha finalizado, respirei fundo tomando coragem e desci as escadas.

 

Adrien acenou para mim, sorrindo, estava calmo, como se nada de estranho estivesse acontecendo.

 

_ Oi Adrien. Mãe, vamos fazer o trabalho lá em cima. _ me virei no meio das escadas para subir.

 

_ Marinette..._ cantarolou a voz de meu pai, aparecendo com um prato na sala.

 

_ sem lanchinhos, pai!_ a cara de meu pai, e de Adrien, era de desapontamento, mas ignorei os dois quando subi as escadas _ e sem interrupções _ gritei quando cheguei no quarto. Fechando o alçapão atrás de Adrien.

Sei que se dependesse de meu pai o que deveria ser um trabalho se transformaria em um café colonial, mas quase fiquei com pena de Adrien, que adorava os produtos da nossa padaria.

 

_ mudou bastante o quarto, faz tempo que não venho aqui. _ ele olhou ao redor, e por fim, se sentou no divã, já que havia apenas uma cadeira no computador.

 

 

Meu quarto tinha permanecido essencialmente o mesmo, continuava com os mesmos móveis e estilo, estava apenas um pouco menos... Rosa. Apenas isso já fazia uma mudança enorme no ambiente.

 

_ o que vai ser? _ perguntei sem rodeios, parada com os braços cruzados, não para parecer intimidadora, mas por não saber o que fazer com os braços.

 

Ele puxou a bolsa, que usava na aula, e quando começou a mexer nela tive a certeza de que faríamos o trabalho. 

Puxou um maçoa de papéis impressos e me entregou.

 

_ o trabalho_ falou apontando para os papéis.

 

_ quando você... _ perguntei confusa.

 

_ matei a esgrima, foi rápido de fazer.

 

_ não achei tão fácil assim, e nem consegui acabar._ ele sorriu e olhou o computador.

 

_ você também fez? _ descruzei os braços e andei até ele.

 

_ fiz. Mas não estava com a cabeça na pesquisa, então não deve estar tão bom quanto o seu._ ele não se moveu quando joguei os papéis sobre a mesa e me virei para ele, apenas levantou a cabeça para me olhar quando me aproximei o suficiente para ficar no meio de suas pernas.

 

Meus cabelos soltos caíram como uma cortina ao redor de seu rosto antes que minha boca cobrisse a dele.

 

Aquilo parecia tão certo, a forma como abriu a boca para mim e respondeu aquele beijo, foi como se tivéssemos feito isso várias vezes antes.

 

Fui arrancada daquele estupor quando as mãos dele envolveram minhas pernas, me puxando mais para perto, apenas então notei que mantinha meu corpo afastado, e levei minhas mãos ao seu pescoço, firmando aquele contato para aprofundar o beijo. Amei a sensação de seus lábios macios, o gosto de menta, a forma como sua língua deslizava na minha, sem urgência, apenas aproveitando o contato.

 

Relaxei o corpo contra o dele o máximo que a diferença de altura permitia, enquanto ele se esticava para me beijar, as mãos grandes segurando firmemente minhas coxas, um calor confortável cobria a área onde ele tocava.

 

Nos afastamos para tomar ar e ele sorriu para mim. Um sorriso tão bobo que eu soube na hora que aquilo funcionaria. E aquele sorriso me deu coragem para passar as pernas sobre as dele, apoiando os joelhos na cama e sentando em seu colo, meus seios convidativamente próximos. 

 

Estava totalmente consciente da minha ousadia, dessa vez quando o beijei, qdeixei minhas mãos percorrerem suas costas largas, que eu observava todos os dias por horas. Suspirei quando as mãos dele subiram por minhas coxas e pararam espalmadas em minha bunda, o aperto me puxando mais para si.

 

Aos poucos o beijo foi ficando mais ávido, quase urgente, e as mãos dele deslizaram sobre meu corpo, como se estudasse com a palma minhas curvas.

 

Estremessi quando as mãos dele subiram por dentro de minha blusa, me segurando logo abaixo do sutiã, ficaram paradas ali, apenas os indicadores se movendo sobre minha pele. Então ele diminuiu nosso ritmo, até estar usando os lábios para me beijar.

 

Girou meu corpo e me deitou de lado na cama, colocando o braço em baixo de minha cabeça, como um travesseiro e deixando minha perna sobre a dele. Puxou uma almofada para apoiar a própria cabeça.

 

Ficamos em silêncio, meus olhos fechados enquanto os dedos dele a acariciavam meu rosto, seus lábios tocaram os meus, tão suavemente que abri os olhos.

 

_ desculpe ter demorado tanto.

 

_ demorado pra que? _ perguntei confusa.

 

_ para achar você._ sua boca tomou a minha novamente, e sua língua deslizava suavemente sobre a minha em lambidas curtas, me provando. A sensação era como derreter, como se meu corpo ficasse mais leve com aquele toque.

 

_ o que vamos fazer quanto a Luka?_ na minha cabeça era certo que não eramos um casal, faltava ele para estar completo.

 

_ aí depende se você quer torturar ele um pouquinho.

 

 

 

Por fim decidimos esperar até o dia seguinte para encontrar Luka, e quando Adrien foi ao computador juntar nossos trabalhos eu desci e peguei o prato de aperitivos que meu pai tinha separado. O resto da tarde passou rápido, entre reescrever o que já estava pronto, comer tudo que havia naquele prato, e em outro que meu pai trouxe, e nos beijar em intervalos tão curtos que o trabalho já pronto demorou horas para acabar.

 

 

 


Notas Finais


prometo os 3 juntos no próximo, já está até escrito.


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