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História Learning to Love - GaaHina - Em revisão. - Rest in peace


Escrita por: isalorena09

Capítulo 17 - Rest in peace




Temari e Kankuro estavam no escritório do Kazekage quando receberam a médica responsável pelo tratamento da senhora Yuki. Como Gaara não estava no gabinete, a médica não teve outra alternativa a não ser relatar para os dois sobre o falecimento da paciente. Os irmãos receberam o pergaminho contendo o relatório sobre a saúde de Yuki desde que ela entrou no hospital. 


A médica deixou o pergaminho escrito por Yuki em cima da mesa do escritório e saiu, pedindo desculpas e fazendo uma reverência. Kankuro o leu em voz alta, pois Temari tentava controlar o choro por ter perdido sua segunda mãe. 


"No dia do sequestro, por causa da força aplicada na cabeça, junto com o chakra infundido para paralisar e colocá-la em um genjutsu, Yuki sofreu um traumatismo craniano, e a queda agravou mais o seu estado, fazendo ela ficar em coma. A cirurgia para diminuir a pressão intracraniana foi um sucesso, e só aguardávamos seu corpo se recuperar e sair do coma sozinho.

Na madrugada de hoje, Yuki acordou, nós fizemos exames enquanto ela tentava falar sobre os netos. Como os gêmeos iam visitá-la dia sim e dia não, nós a avisamos que eles passariam para vê-la na parte da tarde. Após saber que os netos a veriam, a senhora Yuki sorriu e se deitou na maca de novo, alegando já ter se despedido deles. 

Não entendemos o que ela quis dizer, mas constatamos que eram delírios, já que depois de quase três semanas em coma, aquilo era normal. A anamnese foi concluída, e depois que ela se hidratou, nós tentamos pedir para que ela descansasse, mas a senhora Yuki somente pediu um pergaminho para escrever para escrever uma carta.

Após meia hora escrevendo, a paciente terminou de anotar, e pediu para ser entregue ao Kazekage. E alguns segundos depois, ela teve uma convulsão. Nós a tratamos, a entubamos e ela novamente entrou em estado de coma. Mas ao refazer os exames, foi encontrado um coágulo no cérebro, que a levou à morte cerebral. 

A senhora Yuki ainda está sendo mantida nos aparelhos, como a única família da paciente são os gêmeos, o hospital decidiu pedir a permissão do Kazekage para usar o corpo como estudo científico, onde pretendemos fazer o transplante dos órgãos. Um programa que está sendo organizado pelo Hospital de Sunagakure em conjunto com o Hospital de Konoha.

Caso a resposta seja positiva, a paciente passará pelos procedimentos e logo depois o corpo será liberado para o enterro. Caso for negado, as máquinas que deixam seu corpo apto ao transplante, serão desligadas no fim da tarde, possibilitando o funeral somente no dia posterior. 

Dra. Ishi Yumeina"


Os irmãos se olharam, sem saber o que fazer. Eles sentiam muito com a perda de Yuki, mas o problema mesmo seria Gaara e os gêmeos. O ruivo ficaria abalado, pois a senhora foi a única ligação maternal que ele teve, já que Temari e Kankuro foram os únicos que tiveram a oportunidade conhecer Karura. E claro, tinha os gêmeos que já tinham perdido os pais na guerra, e não saberiam dizer como seria a reação deles.


Temari se recompôs e avisou a Kankuro que ficasse no lugar do ruivo, e foi para casa, levando o pergaminho de Yuki e da médica consigo. Ao encontrá-lo, não perdeu mais tempo, era melhor falar de uma vez, do que ficar enrolando com uma notícia tão importante.


— A médica responsável pela Yuki foi ao prédio para falar com você, Gaara. — Respirou fundo, tentando controlar as lágrimas que queriam sair. — Yuki faleceu agora pela manhã.


Hinata tentava controlar o choro enquanto olhava para o corpo do noivo parado, tenso ao segurar os pergaminhos que Temari lhe entregou. Ela chegou perto dele, colocando a mão no seu ombro, mas Gaara se afastou do toque, saindo da cozinha sem olhar para as duas. 


— Os gêmeos ainda estão aqui? — Temari perguntou, preocupada.


— E-eles já foram com Hanari. — Hinata abraçou a loira, as duas tentando consolar uma a outra. — O que tem nos pergaminhos?


— O relatório médico e uma carta escrita por Yuki antes de falecer. 


— Eu sinto muito, Temari-chan. Eu sei como ela era importante para vocês. Eu não a conheci por muito tempo, mas ela também era como uma mãe e uma amiga para mim.


— Obrigada, Hina. — a loira saiu do seu abraço. — Mas eu fico preocupada com o Gaara, não deixe que ele veja tudo sozinho.


— Eu cuidarei dele. — Hinata a abraçou de novo, saindo à procura do noivo.


A Hyuuga sabia que o único lugar que os irmãos não entravam era no seu quarto, e após confirmar que ele estava lá, ela entrou devagar, atenta ao ruivo que estava sentado no chão ao lado da cama. Hinata suspirou baixinho, ele olhava para os pergaminhos sem ao menos piscar, e suas mãos tremiam levemente.


— Gaara?


Ele não se mexeu e nem a olhou, então Hinata resolveu sentar do seu lado, se ele realmente quisesse ficar sozinho, ele tinha pelo menos que falar com ela. 


— Eu vou estar aqui com você, lhe dando apoio. — Ela colocou a mão sobre a dele, tentando buscar seus olhos. — Eu sei o que está sentindo, e entendo se quiser ver tudo sozinho, só olhe para mim e diga que está bem para fazer isso.


Gaara respirou fundo, colocou os dois pergaminhos em seu colo, jogando a cabeça para trás enquanto fechava os olhos e tentava controlar a respiração descompassada. Ficou assim por alguns minutos, com Hinata sem soltar sua mão.


— Eu estou bem. — Sussurrou, olhando para a morena que assentiu, e começou a se levantar, mas Gaara a parou. — Não quero ver sozinho, fique comigo, Hina.


A Hyuuga o olhou e lhe dirigiu um sorriso pequeno, se sentou novamente e entrelaçou o braço ao dele. Gaara engoliu em seco, e começou a ler o relatório em voz alta, respirando fundo ao chegar na parte em que ela insinuou que falou com os meninos.


— A-acho que os meninos tinham razão quando disseram que tinham falado com ela. — Hinata fungou, vendo ele enrolar o pergaminho depois de terminar de ler. 


— Eu… o-oque acha que eu devo fazer? Nós ainda podemos nos despedir dela antes do funeral. Os meninos… eu não sei como vão reagir a isso. 


— Nós estaremos aqui para os consolar, querido. — Hinata acariciou sua bochecha. — Eu acho que eles merecem uma chance de se despedir dela direito.


Gaara assentiu e respondeu o relatório, permitiu que o corpo entrasse para o programa de transplante, mas antes do procedimento eles iriam se despedir dela, já que da próxima vez, só poderiam senti-la através da lápide. Ao pegar o pergaminho da Yuki, Gaara exitou quando leu: "Para Shinki, Yato e os Sabakuno" Hinata o apertou, e ele a olhou com os olhos marejados, abaixou o pergaminho, não conseguiria ler aquilo.


— Hina… eu não consigo. — Ele a olhou, consternado. — Por favor… 


Ele não conseguiu terminar, engoliu o bolo que subia pela sua garganta, e entregou o pergaminho para a noiva. Hinata entendeu o recado, e enquanto Gaara a puxava para o seu colo, ela abria o rolo devagar. E começou a ler o conteúdo da carta:


"Eu estou escrevendo isso porque sei o que irá acontecer, estou sentindo uma dor de cabeça insuportável, mas não posso me dar o luxo de ir embora sem antes escrever para a família que eu acolhi e me acolheu há tanto tempo.

Eu poderia dizer que só acordei agora, mas o engraçado é que eu não estava dormindo. Pode parecer inacreditável, mas eu vi tudo o que acontecia ao meu redor. Eu vi quando levaram a Hinata de casa, vi quando Kankuro me trouxe ao hospital. Vi e senti a tristeza no olhar dos meus netos ao me visitarem pela primeira vez, e eu me sentia cada vez mais fraca por não conseguir sair da cama e acalentar o choro dos dois. 

Então vocês começaram a distraí-los, e eles passaram a me alegrar e me dar forças para tentar sair do coma, mas ao ver a minha filha e o meu ex-genro se juntarem a mim nesse quarto de hospital, eu sabia que era só questão de tempo para eu ir com eles. Então, só agradeci a Kami por permitir que eu acompanhasse meus netos junto dos seus pais, antes de finalmente ir embora. 

Confesso que a minha preocupação não era comigo, e sim com o bem estar deles, e como eu vi tudo que aconteceu até agora, não tenho mais porque ficar preocupada com o futuro sem que eu esteja ao lado deles. 

Desde que eles perderam os pais, você os acolheu, Gaara. Eu sei do seu ciúmes, e você não deveria se preocupar. Eles acham que você é o herói deles, Shinki principalmente, então não ache que eles não dão atenção a você. Eles gostam demais, mas não sabem como demonstrar sem se sentirem tímidos com sua presença. 

Eu fico feliz que você vai ser pai, e não tenha medo do que possa acontecer, viva o momento. Eu sei que, junto com Hinata, vocês serão os melhores pais que puderem, e eu tenho certeza disso, pois sempre observei o modo que tratavam o Shinki e o Yato. Eu sei que era você que sempre cuidava da gente de longe, e eu nunca tive a oportunidade de agradecer por tudo que fez pela gente, então, muito obrigada, Gaara. Minha vida não seria a mesma se você não tivesse entrado na minha vida, e você acabou se tornando um filho para mim. 

Sei que o provável é que os gêmeos vão ser encaminhados ao orfanato, já que eu sou a única família dele. Então, como avó, eu só peço que cuidem dos meus netos. Eles amam vocês dois, e eu serei eternamente grata se cuidarem deles, mesmo que de longe.

Temari: Seja mais gentil, você vai acabar espantando o pobre do Shikamaru; embora eu tenha pego ele dizendo que ama brigar com você. Mas não diga que eu contei isso, ok? Eu espero que você seja feliz em Konoha, tenho certeza que encontrará grandes amizades lá, e sua família será grandiosa.

Kankuro: Meu filho, eu sei que você adora ficar de caso com o pessoal da vila, mas sei que faz isso para chamar atenção de um dos secretários do Kazekage. Eu não irei falar o nome aqui, se não Temari não irá mais deixar você em paz. Mas ele gosta de você, e só não o chama para sair porque pensa que você não quer se apegar a ninguém. Então, saia dessa vida e corra atrás do seu amor. Ou então, como sua irmã falou, você vai ficar para titio.

Yato e Shinki, vocês são os melhores presentes que eu poderia ter ganhado. Quando vocês nasceram, eu passei a ser avó e mãe de vocês, por causa das constantes missões dos seus pais. E não há nada na minha vida que tenha sido melhor do que criar vocês dois. Eu sei que fiz o melhor para cuidar de vocês até agora, e fico tão orgulhosa do quão fortes vocês se tornaram. Não vejam minha partida como algo triste, pois eu estarei num lugar bom, e nunca esquecerei de vocês. Sei que cuidarão um do outro, e eu continuarei cuidando de vocês, jamais vou abandoná-los, assim como seus pais sempre ficaram do nosso lado, eu também estarei com vocês.


Com amor e saudades,

Yuki Shiroi."


Hinata terminou de ler o pergaminho com as lágrimas presas, mas não queria chorar agora pois precisava ser forte, não só para si, mas para Gaara e os gêmeos, que ainda nem sabiam da notícia. Ela olhou para o noivo, ele estava com a cabeça encostada na cama, os braços em volta dela, mas os olhos estavam perdidos em algum canto do guarda-roupa. 


— Querido… — Hinata o chamou, e Gaara fechou os olhos, balançando a cabeça em negação. — Eu sinto muito.


Hinata o abraçou, tentando confortá-lo. O ruivo a soltou, trazendo seus braços para o rosto, limpando as lágrimas que ele nem sabia que já estavam ali. Ele tentou tirá-la do seu colo, mas ela o impediu.


— Não… Gaara, não passe por isso sozinho. — Pegou seu rosto, os dois choravam. — Eu sei como é me perder pela culpa, não faça isso.


— E-eu… mas se eu tivesse deixado a casa em segurança como agora… ela não… ela não… — O ruivo conseguiu tirá-la do seu colo, e se levantou, ofegante.


— Você não tem certeza disso. E se os guardas fossem detidos? — Ela o puxou pela camisa, o fazendo ficar parado — Tudo acontece por um motivo, Gaara.


— E qual o motivo dela morrer assim?! — Gritou, assustando-a. — Shinki, Yato eles… eles ainda nem completaram quatro anos! Qual o motivo de perder tudo tão novos?!


Hinata o soltou, e deu dois passos para trás, sua mão indo em direção ao coração. Ele estava revivendo tudo o que passou quando era mais novo, e a emoção que passava por seu rosto não era mais de tristeza, e sim de raiva. A sua pele estava começando a descascar, a areia saindo do seu corpo a cada lufada de ar que ele dava, e o chakra ficava cada vez mais alterado.


— Gaara, sua armadura… — Hinata voltou para perto dele, colocando suas mãos no seu rosto com força. — Você não pode se segurar assim, está lhe matando por dentro. — Ela o abraçou, sentindo sua pele voltar ao normal aos poucos. — Chore, fique vulnerável, e não tenha medo, eu estou aqui para segurar você. 


Gaara a abraçou de volta, enterrando o rosto em seus ombros, finalmente se permitindo chorar. Ele chorava alto, lágrimas de dor e pesar, e Hinata nunca mais queria ouvir o desespero que ele tinha na voz ao dizer que perdeu a única mãe que teve. Ela tentou acalmá-lo, o segurando cada vez mais forte, tentando passar conforto somente com o toque. E quando ele diminuiu a intensidade do choro, ela passou a confortá-lo com palavras, dizendo que precisavam ser fortes e que tudo ficaria bem.


Eles ficaram abraçados durante muito tempo. Gaara fungou baixinho, mas não chorava mais. Ela saiu do seu abraço, levantando seu rosto para limpá-lo, e quando ele abriu seus olhos para vê-la, ela deu um sorriso pequeno, fazendo seu coração relaxar, sabendo que poderiam passar por aquilo juntos.


— Me desculpe por ter gritado com você. — Sussurrou baixinho, acariciando sua barriga.


— Você precisava extravasar, não se preocupe com isso. — sorriu, e colocou a mão junto à dele. 


— Shinki e Yato… ela achava que eles iriam para o orfanato… 


— Mas você vai querer ficar com eles, não é? — Hinata completou sua linha de raciocínio. 


— Eu nunca os colocaria para adoção, Hime. Eles fazem parte da nossa família, e eu os amo, assim como amo os nossos bebês. Você também se sente assim? — a olhou, confuso, e Hinata sorriu.


— Sim, querido, eu também os amo...


— Eles já moram com a gente desde o sequestro, e eu não quero que eles saiam de perto da gente. — A cortou, nervoso.


— Você pretende adotá-los, não é? 


— Eu… sim. Você aceitaria isso? Quero dizer, mais duas crianças assim em casa… Eles seriam nossos filhos adotivos, mas… eu sei que teremos mais dois bebês, eu entendo se não quiser… 


— Querido. — Hinata riu, colocando a mão sobre sua boca, fazendo ele se calar. — É claro que nós podemos adotá-los. Mas nós pensamos nisso depois, precisamos contar tudo aos dois e dar tempo para entender o que está acontecendo. — Gaara respirou fundo, e assentiu. 


— Eu preciso devolver o pergaminho para a Dra. Ishi, e organizar a visita e o funeral. Eu vou tentar voltar antes dos gêmeos chegarem da escola. Vou fechar o gabinete por hoje, Kankuro e Temari precisam estar com a gente também.


Hinata assentiu e se despediu dele. Pegou o pergaminho de Yuki e o fechou, o guardando no guarda-roupa. 

---☆---


Quando os gêmeos voltaram com Hanari, eles ainda estavam com os semblantes tristes. Hinata estava na cozinha quando os viu, os chamou para se sentarem com ela para almoçarem. Eles fizeram tudo em silêncio, e o coração da Hyuuga se apertava cada vez mais. De alguma forma, Hinata sabia que eles já tinham uma ideia do que aconteceu, e a prova disso foi o que aconteceu na madrugada.


— Hina-chan, nós ainda vamos ver a vovó como você disse ontem? — Yato perguntou baixinho, vendo a Hyuuga lavar os pratos.


Ela não queria falar sobre aquilo sem que todos estivessem presentes, mas os dois a olhavam ansiosos e preocupados, e ela não poderia mais esconder nada deles.


— Sim, nós iremos vê-la, mas… — os sorrisos deles eram tristes. — A avó de vocês veio se despedir ontem, não foi? — Ela se abaixou, ficando na altura dos dois. Eles assentiram. — Ela foi para o céu, mas nós ainda podemos nos despedir dela.


— Mas… porque ela deixou a gente, Hina-chan? Porque não levou junto? — Shinki chorou junto ao irmão. "Não diga isso" Hinata pensou, sentindo os olhos arderem.


— Ela não podia levar vocês...


— M-mas ela deixou a gente sozinho e não vai mais cuidar de mim e do nii-san. — Yato se agarrou a Hinata, e Shinki a olhava assustado, mas ela também o puxou para abraçá-lo.


— Ela não os deixou sozinho, ela ainda cuida de vocês, assim como seus pais, só que de longe. — Ela se sentou no chão, puxando os dois para seu colo. — E eu nunca vou deixar vocês sozinhos. — Ela limpou as lágrimas dos dois, dando um sorriso pequeno aos vê-los corarem. — Vocês tem a mim, o Gaara, a Temari e o Kankuro, nós vamos cuidar de vocês. 


— Você promete, Hina-chan? — Shinki perguntou baixinho.


Nós prometemos. — Os irmãos disseram juntos, já dentro da cozinha.


Hinata e os gêmeos olharam para eles. Gaara ainda tinha o rosto inchado, Temari também não estava diferente, e Kankuro não possuía os olhos inchados, mas sua maquiagem estava borrada, dando indício que as lágrimas passaram por ali.


Yato se aninhou no colo de Hinata, enquanto o irmão ia direto para as pernas de Gaara, o abraçando enquanto chorava. O ruivo se abaixou, o pegando no colo e o abraçando, tentando a todo custo não chorar junto ao menino. Temari e Kankuro olhavam a cena numa mistura de felicidade e tristeza. Era bom saber que os meninos não iriam ficar sem ninguém para ajudá-los, e pois mais que a loira fosse se mudar para Konoha em breve, sabia que os irmãos e Hinata formariam uma bela família com os pequenos.


— Vocês vão ver a vovó com a gente? — Yato se pronunciou no colo da Hyuuga, chamando a atenção de todos.


— Sim, nós iremos junto com vocês. — Kankuro respondeu.


— Até você, tia Temari? — Shinki perguntou dando uma risada baixinha.


— Claro que vou, moleque! — Respondeu, fazendo cosquinha no menor, que tentou se esconder no colo de Gaara. 


E como se nunca tivessem chorado, os meninos começaram a brincar com Temari e Kankuro, os colocando para correrem atrás deles. Hinata olhou para Gaara, dando um sorriso compreensivo. Eles eram muito novos para se deixarem levar pela tristeza, e como Yuki sempre dizia, eles eram fortes, e com o apoio certo, superariam mais essa perda, voltando a seguir em frente.

---☆---


Quando chegaram ao hospital, os meninos voltaram a ficar calados. Não era possível entrar com mais de três pessoas, então Temari e Kankuro foram se despedir primeiro. Como as crianças não contavam como acompanhantes, elas entraram junto de Hinata e Gaara.


— Oi vovó. — Yato chegou perto da avó, que ainda parecia estar dormindo. — Nós vinhemos se despedir de você, não é, nii-san? — Ele chamou o irmão, que ainda estava agarrado em Gaara, tentando não chorar. 


O ruivo o pegou no colo, e chegou mais perto de Yuki. Hinata o acompanhou, e Yato também pediu para ser levantado, e agora todos podiam ver o corpo da senhora, que estava coberto, mostrando somente o rosto com o respirador. Gaara colocou sua mão sobre a dela, que ainda estava quente.


— Eu vou sentir sua falta, Yuki-chan. Eu agradeço por estar na minha vida quando eu mais precisei, por ter me aguentado e ter me ensinado a ser um bom homem. Você sempre será a mãe que eu nunca tive… Então, aproveite o céu aí de cima. — A última parte saiu entrecortada por causa do choro.


Shinki olhava para a avó e depois para Gaara, prestando atenção em tudo que ele dizia. Voltou a olhar para Yuki e sorriu.


— A Hina-chan e o Gaara vão cuidar da gente vovó, então descanse tá bem? 


— É! E no céu deve ter bastante coisa para brincar vovó… aproveite. — Yato completou, sorrindo para o irmão. 


Hinata e Gaara os olhavam com carinho. Eles sempre protegiam um ao outro, Yuki tinha razão. 


— Sim, nós ficaremos juntos, Yuki-chan. Cuidaremos deles, então não se preocupe, eles estarão seguros com a gente. — Hinata falou, deixando os gêmeos ainda mais sorridentes.

---☆---


Após todos os procedimentos serem feitos no corpo de Yuki, já estava tudo pronto para o funeral. Todos já estavam vestidos com yukatas pretas, evidenciando o luto. A cerimônia foi simples e bastante discreta, pois não queriam chamar atenção e fazer com que os gêmeos se sentissem desconfortáveis. 


Desde que saíram do hospital, os meninos voltaram mais leves, conseguir se despedir da avó foi bom para eles, que não puderam dizer adeus aos pais que morreram na guerra. 


Quando chegaram da cerimônia, eles foram direto para o quarto que eles estavam ficando enquanto a avó estava no hospital — o antigo quarto de Hinata. A Hyuuga já ia atrás deles para ver o que aconteceu, mas eles voltaram sorrindo, com a boneca da avó nas mãos. 


— Para quando sentir saudade, não é, Hina-chan? — Yato falou, ao se sentar no tapete junto com o irmão. 


— Claro que sim! Querem que eu brinque com vocês? — Os meninos assentiram, e ela foi buscar os seus bonecos.


— Você também v-vem brincar, Gaara? — Shinki perguntou, quando Hinata voltou.


— Vou sim. — Respondeu corado, arrancando uma risada baixa da noiva.


Depois de passar muito tempo distraídos com os brinquedos, Hinata chamou todos para jantar. Os meninos ainda estavam bastante agitados, e como Hanari só ficava com eles até o horário do almoço, quem ficava responsável pelos meninos o restante do dia era Temari, enquanto Kankuro e Gaara ficavam a noite com eles. 


Temari ajudou Hinata a dar banho nos dois e colocar os seus pijamas. A loira a deixou brincando com eles no quarto e foi se ajeitar para dormir. Gaara chegou, vendo os dois pulando na cama, enquanto Hinata ria ao ser balançada pelo peso dos dois.


— Já está tarde para tanta bagunça, não? — Gaara falou rindo, sentando ao lado da noiva.


— Eu acho que não deveríamos ter deixado eles comerem todos aqueles dangos, querido. — Hinata riu.


— Hmm… o dango tava muito bom, Hina-chan! — Yato riu, e se desequilibrou no irmão, sendo jogados no colchão, arrancando risadas de todos.


— Nii-san, assim você me quebra. — Shinki tentou reclamar, mas acabou rindo.


— Tudo bem, vocês já brincaram demais, e já está na hora de dormir. — Hinata falou, puxando os dois para fazer cócegas. 


Gaara riu, e entrou na brincadeira, fazendo os dois rirem cada vez mais, e eles pediram para pararem pois iriam dormir. Eles os soltaram, e quando eles voltaram a respirar normalmente, colocaram os dois debaixo das cobertas. Hinata pegou as bonecas que tinham caído no chão e colocou no meio dos dois, que logo a abraçaram, suspirando cansados.


— Nós… — Gaara respirou fundo, fazendo Hinata e os meninos o olharem. — Nós queríamos saber se vocês querem morar com a gente a partir de agora. Queremos adotar vocês.


Yato olhou para Shinki, eles pareciam conversar telepaticamente. Alguns segundos depois, eles sorriram e olharam para os mais velhos, assentindo. O casal sorriu para os dois, beijaram o rosto de cada um e desejaram uma boa noite. 


Hinata e Gaara já estavam deitados na cama, o ruivo passava a mão pelo ventre da noiva, sorrindo ao pensar o quão era sortudo por construir uma família tão grande ao lado dela.


— Hime? — sussurrou, e sorriu ao vê-la já dormindo. — Obrigada por estar ao meu lado. Eu amo você. — Beijou sua testa e a  aninhou, deixando o sono abraçá-los.





Notas Finais


Espero que gostem, boa noite 😍❤


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