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História Legalmente Loira - Legalmente disfarçado


Escrita por: Queridinho

Notas do Autor


Oie!
Olha quem finalmente deu as caras como se nada tivesse acontecido...
Eu estou repostando a fic no spirit por que muita gente prefere ler por aqui ^^
E pra quem caiu de paraquedas aqui, essa fic é inspirada em "As branquelas"
ESSE FILMAÇO
Ela também está no wattpad com muitos extras, quem quiser ler, vou deixar o link nas notas finais
Por enquanto é isso, boa leitura

Capítulo 1 - Legalmente disfarçado


Fanfic / Fanfiction Legalmente Loira - Legalmente disfarçado

Ultimamente minha vida anda mais chata que a segunda temporada de Insatiable

E olha que eu pensei que não existia nada que fosse pior que as piadinhas de mau gosto dessa série. Mas para minha surpresa essa semana conseguiu superar, porque não tem nada que eu odeie mais do que ficar sentado o dia inteiro em uma cadeira de escritório sem fazer absolutamente nadinha de útil.

É sério, quando eu fui recrutado para o serviço secreto coreano, realmente acreditei que seria um trabalho empolgante e cheio de emoção, pensei que iria correr atrás de bandidos o dia inteiro e pegaria pessoas que representam ameaça para o país. Até sonhei — como todo recruta do FBI — em me formar na academia e receber um diploma das mãos do próprio presidente junto com uma medalha de mérito e o distintivo oficial.

Mas a verdade é que nunca imaginei que teria que gastar metade do meu salário em sessões de Pump Up e massagem modeladora para deixar a minha bunda menos quadrada de tanto ficar sentado escrevendo relatórios e mais relatórios sem fim.

Em minha defesa gostaria de dizer que eu gosto de cuidar do meu corpo, tá?

E esse corpinho forte e musculoso — ok, não tão musculoso assim — merecia no mínimo estar participando de missões em campo, e não trancafiado dentro de um escritório como um lindo pardalzinho engaiolado. Eu devia estar prendendo criminosos e não estar preso aqui, então dá pra entender o quanto essa situação é triste?

Todos os dias recebemos casos de diversas delegacias de polícia, desde suspeitas de ataques terroristas, até possíveis invasões de espiões norte-coreanos, então em resumo esse lugar é um caos 24 horas por dia. Meu chefe, Kim Namjoon, só vive  andando pra lá e pra cá com sua xícara de café na mão tentando não ter uma crise de estresse por ser o líder da agência responsável pela segurança de todo país, enquanto eu… Bem, eu só fico aqui sonhando com o dia que vou pegar meu primeiro criminoso.

Poxa, foi realmente muito difícil me tornar agente secreto, então se você pensa que é só esperar uma ligação do Jerry de dentro do seu pó compacto cor de rosa, pode esquecer, até porque os agentes não são recrutados desse jeito. Tem que estudar, ter um bom condicionamento físico e o principal: entender tudo de leis e política. Eu posso considerar que tive muita sorte porque não sou muito inteligente — o que é irônico afinal eu trabalho para a Inteligência — e nem sei como consegui entrar, mas entrei. 

Em resumo, foi mais ou menos assim: depois de me formar na faculdade de Ciência da Tecnologia com uma nota bem mediana, eu cumpri o serviço militar obrigatório como todos os homens do país. Mas até que meu período no exército foi bom pra mim, porque eu acabei ganhando um abs e a oportunidades de prestar concurso público para ser um funcionário do Serviço de Inteligência Nacional. É óbvio que eu estudei feito um louco para passar no concurso e ser o próximo James Bond coreano e mesmo assim consegui entrar em último lugar. Então depois de exames médicos, testes físicos e psicológicos, eu passei a trabalhar para o governo a mais ou menos um ano atrás e até hoje nunca trabalhei fora desse escritório.

Mas eu queria. Céus, como eu queria! Por isso, assim que vi meu chefe chegando, com seu cafézinho na mão e aquelas olheiras enormes — seu charme especial —, eu grudei atrás dele do mesmo jeito que a cortina do meu banheiro gruda nas minhas costas toda vez que vou tomar banho.

— O que você quer, Park? — Ele me perguntou com a mesma cara de tédio de sempre.

— Eu quero dizer que você é muito lindo, inteligente, dedicado e especial. O país tem muita sorte de ter você! Olha, se não fosse pelo seu trabalho eu não sei o que seria da Coréia. Você dá seu sangue pelo nosso país e ainda sim consegue ser essa pessoa maravilhosa. — Como eu precisava amaciar o ego do meu chefe antes, tentei parecer bem amigável.

— Você… — O Kim me olhou de cima a baixo. — Você tá me paquerando? Eu sou casado, seu bastardo! Vai trabalhar e me deixa em paz! — Namjoon me deu as costas e já ia fechar a porta da sala, mas eu fui mais rápido e consegui impedir.

— Não! — Praticamente gritei enquanto tentava segurar a porta. — A Jinnie, quer dizer, a senhora Kim é uma mulher maravilhosa. Mas a questão não é essa…

— Então fala logo o que você quer porque eu preciso trabalhar — murmurou com raiva.

— Eu quero uma missão! Sabe, quero sair em campo — eu tentei não chorar com a cara que Namjoon estava fazendo, porque ele realmente me dava medo, mas precisava ser firme senão nunca sairia desse prédio. — Senhor Kim, eu fiz o treinamento, eu tenho as qualificações, por favor.

Fiz o meu melhor para não parecer um cachorrinho pidão, mas sim um agente sério e digno, que está tremendo até o último fio de cabelo.

— Então eu acho que tenho algo pra você — enfim falou, me analisando mais uma vez com uma sobrancelha arqueada seus olhos negros e cheios de julgamento. — Mas acho que é um pouco díficil…

— Eu aceito qualquer coisa — disse animado, quase pulando de alegria quando ele deixou a porta aberta para eu entrar. 

Namjoon foi até uma das pilhas de papel da sua sala e começou a procurar por alguma coisa no meio daquela confusão de arquivos. Mas teve que parar para virar a sua xícara de café em um único gole antes de se virar para mim novamente.

— Park, é sério, nenhum dos agentes que se encaixavam no perfil exigido quis pegar esse serviço — sua voz parecia um pouco mais calma depois do café, mas ainda dava medo.

— E qual é o perfil? 

— No caso eu precisaria de uma mulher na faixa dos vinte anos ou de alguém que tenha a mesma fisionomia, para se infiltrar disfarçado em uma Universidade de Busan — explicou calmamente enquanto voltava a vasculhar seus papéis.

— Eu posso fazer isso! — Respondi decidido.

— Você não está entendendo, eu estou falando de uma universidade cheia de pessoas ricas e esnobes. A maior dificuldade dessa missão é conseguir se encaixar no meio daqueles jovens mimados e privilegiados. 

— Eu consigo. Por favor, me deixa pegar esse caso, prometo que vou fazer o meu melhor!

— Certo. Mas se você falhar já sabe né?

— Escritório pro resto da vida. Entendi — não é como se eu tivesse algo a perder mesmo. 

— Ok, vai trabalhar que eu já levo a ficha pra você — ele não parecia tão convencido com a minha determinação enquanto me olhava com aquela expressão assustadora, mesmo assim me deu uma chance de pegar uma missão.

Um pouco depois do meu horário de almoço, Namjoon largou a ficha em cima da minha mesa e eu quase chorei de emoção por finalmente ter a chance de sair em campo pela primeira vez. É claro que precisava me recuperar do susto que meu chefe me deu assim que jogou aquela pilha de papéis contra a mesa fazendo um barulho alto, mas depois disso eu comecei a ler os relatórios com cuidado.

Bom, o suspeito principal se chama Jeon Jungkook: vinte quatro anos, pós-graduação em Economia, currículo perfeito e sem nenhuma mancha no histórico. 

Ele é do tipo de criminoso que ninguém desconfiava, eu também não suspeitaria dele depois de ver a foto que o serviço secreto tirou, mas veja bem, o seu carro foi flagrado por uma câmera de segurança enquanto fazia uma entrega de quase vinte quilos de droga, provavelmente contrabandeada do Brasil, pra piorar ele não possui nenhum álibi, e não estava no campus no dia do crime. Quer prova maior que essa? Porém a agência precisava de uma confissão, porque parece que só essas provas não são o suficiente para fazer uma acusação.

Mas na minha opinião ele deve ser um daqueles jovens mimados e insatisfeitos, que acham que usar ou vender drogas vai trazer alguma emoção para a sua vida. Ah fala sério, usar drogas pra quê, não é pra isso que existe comida?

— Nós criamos uma vida falsa pra você — Namjoon explicou enquanto eu ainda folheava os papéis, dessa vez me entregando uma outra ficha. — Você é uma garota na faixa dos vinte anos. Seus pais estão nos Estados Unidos e você veio sozinha pra Coréia. Ex líder de torcida, suas melhores amigas também estão na América, por isso você se sente sozinha e precisa de novas amizades.

— A amizade do suspeito, né?

— Exatamente! Agora nós só precisamos de um nome falso pra você — ele me olhou pensativo. — Algo que não pareça suspeito.

— Pode ser Rihanna? — Eu sugeri super animado, afinal quem suspeitaria da minha diva?

— Park... — Meu chefe respirou fundo, como ele adora fazer quando está perto de mim. Vai ver ele curtiu meu perfume.

Ou só está tentando não me matar.

— Ariana? — Arrisquei mais uma vez, vai que ele muda de ideia. — Ariana… Grande? — Sorri, porque esse também é um nome legal.

— Vamos apenas manter seu nome verdadeiro, huh? — Namjoon colocou as duas mãos na cintura me olhando com aquela carinha fofa que ele faz. A carinha de alguém que quer muito me jogar da janela do quinto andar, mas que ainda não fez isso porque todas as janelas tem grade. — Descubra tudo sobre o suspeito, e tente conseguir maneiras de pegar o delinquente em flagrante. Ah, e se perguntarem diga que sua família é muito rica, vai ajudar a fazer amizades. Eu também consegui documentos e um histórico escolar falso pra você, pegue junto com o seu distintivo.

— Eu tenho... um distintivo? 

— Sim, e por favor — o Kim massageou as têmporas. — Seja discreto.

— Pode deixar, chefe — fiz um joinha com os dedos, antes de levantar da minha mesa e literalmente sair correndo.

Fui até o almoxarifado, onde a chata da Bae Suji me olhou com sua cara de nojo de sempre na mesma hora que que me viu, mas nem isso acabou com a minha felicidade quando ela me entregou os papéis da missão, minha arma, um par de algemas e o meu lindo e maravilhoso distintivo. Ele era todo preto, de couro, com cheirinho de novo — sim, eu cheirei meu distintivo assim que peguei, mas a vontade mesmo era de lamber aquela coisa, de tão emocionado que estava — e por dentro tinha uma foto minha, junto com um emblema oficial do governo todo metalizado. Minha nossa, eu queria grudar aquilo na testa!

— Aí galera, eu tô saindo para uma missão disfarçado, não me liguem — eu gritei assim que entrei na sala de operações especiais, onde eu trabalho junto com mais dois colegas.

— Desculpa Yoongi, hoje a noite a gente não pode sair pra beber porque eu vou estar em uma missão — pisquei para o Min que me olhou de boca aberta.

— Hoseok eu adorei sua gravata, super combina com o meu distintivo. — Fui até a mesa dele e fingi limpar meu bebê de couro, só pra esfregar na cara dele que vou sair dessa sala. — Talvez eu deva comprar uma igual quando terminar a minha missão.

— Wow! Você vai pegar uma missão? — Yoongi perguntou impressionado.

— Disfarçado! — Completei, fazendo questão de esfregar esse fato na cara dele também.

— Cuidado, viu? — Dessa vez foi Hoseok que alertou. — Lidar com mafiosos pode ser bem perigoso.

— Eu não vou me infiltrar na máfia — peguei uma das canetas da mesa dele e comecei a apertar o botãozinho de cima sem parar, é uma mania estranha que eu tenho. — Mas sim numa faculdade de riquinhos. Só tenho que me vestir de mulher, encontrar o traficante de drogas e conseguir uma confissão, bem simples.

— Espera… — Yoongi arregalou os olhos antes de começar a rir e falar ao mesmo tempo. — Você ‘tá se gabando porque vai se vestir de mulher pra fazer o trabalhinho de um guardinha de polícia? Ah Jimin, você é uma piada! 

— Piada? Você vai ver quem é a piada quando ver meu suspeito atrás das grades, Yoongi! — Eu disse determinado, sem me afetar com aquilo. —Só me aguarde.

E com isso eu peguei meus papéis e meu lindo distintivo e saí daquela sala, pronto para partir para o meu primeiro caso.


Notas Finais


Caso você queira ler no wattpad, o link está aqui
https://my.w.tt/z4Yle7bdY3
Até mais ^^


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