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História Legendary - Fated


Escrita por: findapurpose

Notas do Autor


HELLO, GIRLSSS!! Demorei, mas cá estou eu com outro capítulo, finalmente.

MUITO obrigada aos 100 favs e a todos os comentários maravilhosos que vocês sempre deixam por aqui, eu amo interagir com vocês! <3

Sem mais delongas, aproveitem o capítulo!

Capítulo 8 - Fated


“A realidade quebrará seu coração, a sobrevivência não será a parte mais difícil. Está mantendo todas as suas esperanças vivas, quando todo o resto de você morreu. Então, deixe quebrar seu coração. Portanto, segure-se na esperança, se você tem, não a largue por ninguém.”

— 26, Paramore

 

Justin Bieber • 22ºC

Eu me sentia sujo por deixar a Brooklyn alimentar esperanças daquela forma, não existia uma cura, e eu sabia disso porque já a procurara desesperadamente, e minhas buscas sempre terminavam do mesmo jeito: em total frustração. Não foi fácil me acostumar com a ideia de que, em determinado momento, minha vida seria encerrada e eu seria obrigado a deixar quem sou e todos que amo para trás. Então, assim como ela, eu estava decidido a achar uma saída, não importa quão difícil e cansativo isso fosse.

Passei meses pesquisando, lendo artigos científicos, livros e até lendas, mas isso não me levou a lugar nenhum, serviu apenas para me desiludir daquela ideia idiota.

Eu queria tanto quanto ela achar uma cura, mas estava cansado de sonhar com algo que nunca aconteceria.

 

– Droga, Brooklyn! – Exclamei quando a garota começou a soluçar recostada na porta. A abracei forte, apertando seu corpo contra o meu, ela apoiou a cabeça em meu peito e fechou os olhos, mas as lágrimas continuaram a correr por sua bochecha. Deslizei minha mão pela extensão das costas dela e suspirei, descontente por não conseguir acalma-la. – Eu vou estar com você, como sempre estive... – Sussurrei, na tentativa de convencer a mim mesmo disso, e beijei o topo de sua cabeça. 

 

Desfiz o abraço, soltando-a lentamente, e segurei em sua mão, que imediatamente apertou a minha. A guiei até a cama, me sentei e ela deitou com a cabeça em meu colo. Mergulhei os dedos em suas mechas macias de cabelo e deixei que ela chorasse, esvaindo toda sua frustração.

 

***

 

Brooklyn permanecia em meu colo, mas já não chorava mais. Ao invés disso, tinha os olhos fechados, suas pálpebras inchadas escondendo os olhos vermelhos, e resmungava carente todas as vezes em que eu parava de fazer cafuné em seu cabelo, mesmo que por meio segundo. O som de malas sendo arrastadas pelo corredor nos alertou que sua mãe estava de saída. A loira me lançou um olhar assustado e rapidamente se pôs de pé assim que dois toques foram dados na porta.

 

– Já estou indo, mamãe. – Brooklyn disparou em direção a porta e apontou para o banheiro, já tendo a maçaneta em mãos. Revirei os olhos, cansado de brincar de esconde-esconde com sua mãe, me arrastei até o banheiro e me tranquei ali fazendo o máximo de silêncio possível.

 

Brooklyn Cartier • 22ºC

Não me preocupei em disfarçar a cara de choro, minha mãe não era muito de reparar nesse tipo de coisa. Quando abri a porta, ela apenas me deu um beijo rápido no rosto, disse que ela e meu pai ficariam fora por uma semana e foi tropeçando na escada com uma mala em cada mão.

Soltei um suspiro agradecido quando ela deixou a casa, batendo a porta atrás de si, e um sorriso se formou em meus lábios. Eu não podia tê-lo para sempre, mas faria nossos finitos dias serem inesquecíveis. Aquela seria a nossa semana. Não sei quanto tempo ainda nos restava, mas, em compensação, tinha a certeza de que nós o aproveitaríamos da melhor forma possível.

Seríamos apenas ele e eu, até que a transformação nos separasse.

 

***

 

– Jus? – Sussurrei, esperando que ele ainda estivesse acordado. Um turbilhão de pensamentos e sensações ocupavam minha mente e me impediam de dormir. – Está acordado? – Mordi a parte interna do meu lábio inferior e semicerrei os olhos para enxerga-lo em meio à escuridão.

– Não consegue dormir? – Ele abriu os olhos e eu balancei a cabeça num movimento negativo. – Vem cá. – Justin envolveu minha cintura, fazendo nossos corpos se unirem, e pressionou seus lábios contra os meus num selinho demorado. – Quer que eu cante para você dormir? – Sua voz estava mais rouca do o que normal por conta do sono.

– Isso ajudaria muito. – Ele sorriu e me puxou carinhosamente para junto dele. Me aconcheguei em seu abraço e respirei fundo, inalando seu cheiro que agora estava impregnado em minha cama, minhas roupas, minha pele e meu coração.

You know that I care for you, I'll always be there for you. I promise I'll just stay right here. – Ele começou a cantar baixinho em meu ouvido e um arrepio percorreu todo o meu corpo. – Baby, we can make it through anything, cause everything's gonna be alright, be alright... – A música continuou a ser sussurrada por ele e, pela primeira vez naquele dia, minha mente não divagou por nenhum problema sem solução. Seus dedos agora deslizavam pelo meu couro cabeludo, eu encarei seus olhos amarelos e ele soltou um suspiro audível antes de continuar. – Through the sorrow and the fights, don't you worry, – Minhas pálpebras pesaram e minhas piscadas foram ficando cada vez mais demoradas. – cause everything's gonna be alright, be alri... – O sono tinha chego, e eu me rendi a ele.

 

***

 

 O despertador apitou às seis horas da manhã, como era de costume. A escola me esperava, mas eu apenas tateei o criado-mudo até encontrar o causador de todo aquele barulho e o desliguei. Me virei para o Justin, que tinha o rosto amassado contra o travesseiro, e mordi meu lábio inferior num sorriso, notando pela milésima vez o quanto ele era lindo.

 

– Para de me encarar! – Ele murmurou com a voz arrastada e eu pulei de susto. Seus olhos se abriram e ele me encarou com um sorriso divertido nos lábios. – Você devia estar se arrumando para ir para a escola.

– Não vou para a escola hoje. – Dei de ombros. – Vou ficar com você, preguiçoso. – Devolvi dando ênfase no “preguiçoso” quando percebi que ele tinha os olhos fechados, já quase adormecido. Roubei um selinho de seus lábios entreabertos e me levantei. Tinha planos para aquele dia, e precisa colocá-los em prática.

 

Justin Bieber • 17ºC

O calor do dia anterior acabara, dando lugar ao vento gélido que penetrava o quarto através da janela aberta, me causando calafrios. Brooklyn tinha saído da cama há algum tempo, deixando que eu dormisse um pouco mais, e agora, enquanto eu fitava o teto branco do quarto, podia ouvi-la preparar alguma coisa na cozinha.

 

– Bom dia, shawty! – Pronunciei conforme fui adentrando a cozinha e bocejei, ainda sonolento. – O que você tá aprontando aí? – Me aproximei dela, a abracei por trás e depositei um beijo em seu pescoço fazendo com que ela se encolhesse, arrepiada.

– Chocolate quente. – Ela se desvencilhou de mim e abriu as portas do armário. Ri quando ela ficou na pontinha dos pés para alcançar uma caneca e facilitei seu trabalho, pegando-a e colocando sobre o balcão. – Obrigada, gigante. – Ela me lançou um olhar provocador, abriu um sorriso largo e eu gargalhei novamente.

 

Fiquei observando-a enquanto ela despejava chocolate quente em ambas as canecas, admirando cada detalhe do seu rosto angelical, e ela ergueu o olhar para mim, corando ao perceber que eu a encarava. Esbocei um sorriso fraco no canto dos lábios, disfarçando o vazio que se apossara do meu peito, e suspirei soltando todo o ar dos meus pulmões.

Ela era meu passado e presente, mas não faria parte do meu — predestinado — futuro.

Brooklyn empurrou a caneca para mim, e eu a levei até a boca, tomando um gole curto do líquido marrom. Apertei os olhos e soltei um palavrão ao ter a língua queimada pela bebida quente, fazendo com que a garota em minha frente risse sem parar.

 

– Você me morderia? – Ela murmurou com os olhos fixo no conteúdo de sua caneca, acabando com o silêncio que se instalara no recinto. Levei algum tempo para processar o que ela dizia e arregalei os olhos, quase cuspindo o chocolate quente que estava em minha boca.

– Eu o que?! – Questionei, incrédulo. Ela se remexeu no banco, inquieta, e prendeu o lábio inferior entre os dentes.

– Me morderia... – Seu olhar agora estava fixo em meu rosto e ela fez uma longa pausa antes de continuar. – Para que nós dois pudéssemos ficar juntos. – Fechei os olhos e respirei fundo, pulando do banco em que estava sentado.

– Eu nunca faria isso com você! - Vociferei e soquei a mão contra o balcão de madeira maciça. O corpo dela saltou com o susto e ela me encarou, espantada. – Isso é como uma sentença de morte, Brooklyn. – Travei meu maxilar e mantive meus olhos firmes nos dela. – Você acha que eu quero ter que abandonar minha vida, minha família, meu futuro, meus sonhos? – Poças de lágrimas começavam a se formar em seus olhos agora, mas eu estava fora de mim e não hesitei antes de continuar. – Estou indo para o fundo do poço, Brooklyn, e não estou disposto a trazer você junto comigo. – Cuspi as palavras, insano, e dei as costas para a loira.

 

A corrente de ar frio fez meu corpo estremecer quando rompi porta a fora, sem dar à ela a chance de me responder. Abracei meu próprio corpo numa tentativa falha de me aquecer e apoiei minha testa contra a parede, fechando os olhos e respirando fundo para recuperar minha sanidade.

As lágrimas surgindo em seus olhos castanhos e a expressão de pânico em seu rosto martelaram em minha cabeça e a sensação de arrependimento floresceu dentro de mim. Eu me sentia um monstro por ter dito tudo aquilo a ela, ela de fato precisava parar de alimentar falsas esperanças, mas eu não precisava ter sido tão estupido.

Quando o frio se tornou insuportável, retornei à cozinha e me deparei com ela ainda sentada no mesmo banco, seu olhar perdido em algum ponto do cômodo.

 

– Brooklyn. – A chamei, ela balançou a cabeça, voltando a realidade, e direcionou os olhos a mim. – Me desculpa por ter explodido. Eu só... – Passei a língua entre os lábios, umedecendo-os, e engoli em seco. – Só estou cansando de ver você procurando soluções para um problema que não pode ser resolvido.

– Tudo bem... – Assentiu e um sorriso melancólico surgiu em seus lábios. – Eu sei que foi uma ideia sem noção, mas eu precisava tentar. – Ela abaixou o olhar para as mãos apoiadas em seu colo e suspirou, parecendo distante. – Era minha última esperança.

 

 

Brooklyn Cartier • 17ºC

Minhas expectativas se dissiparam, ele me convencera de que não havia solução para aquilo. Estávamos destinados a ser separados, fadados a viver um amor impossível — um lobo e uma humana — e nada do que eu fizesse mudaria esse fato. Ele estava aqui, mas logo iria embora, restando a mim só a maldita abstinência que a falta dele provocaria. 


Notas Finais


JUSTIN CANTANDO BE ALRIGHT PRA ELA, ALGUÉM ME AJUDA AAAAAA <3

Meus amô, vou indicar duas fics maras para vocês, uma delas está sendo escrita por mim e uma amiga, e a outra é escrita por uma leitora muito querida. Espero que vocês gostem!

• Irrational Love:
https://spiritfanfics.com/historia/irrational-love-8920251

• A Bela Esquecida:
https://spiritfanfics.com/historia/a-bela-esquecida-8904416

XX,
Isabella.


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