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História Leom - Filho do capitão


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Eii gentee, então, como a maioria optou por ter um capítulo com o ponto de vista do Tae, eu fiz *-* ele ficou menor que os demais, mas eu coloquei bem o que está na cabecinha dele mesmo, o que ele está pensando e o que ele vai fazer para resolver as coisas.
Mais uma vez agradeço aos comentários e peço desculpas por não conseguir respondê-los, mas é que quando a gente fica em casa, não temos que ir trabalhar, mas o trabalho de casa nos chama, né? A gente aproveita para lavar uma roupa, fazer uma faxina, separar umas roupas para doação e etc kkkkk mas fiquem cientes que eu leio tudinho, tá? E agradeço imensamente pelo carinho.
Agora bora ler, e para quem está boiando e não lê as notas...
PONTO DE VISTA DO TAE

Capítulo 21 - Filho do capitão


Fanfic / Fanfiction Leom - Filho do capitão

O navio da marinha ainda está ao nosso lado. Eu posso ver um dos comandantes conversando com Jungkook, mas antes que eu possa pensar em qualquer coisa, vejo meu pai vindo até a mim e desferindo um tapa em meu rosto.

Dói. Ele nunca sente pena em me bater. Sempre agiu comigo como se eu fosse qualquer um da tripulação dele, e toda vez que tem que me castigar, faz sem pensar que sou seu filho.

Ainda estou chorando e ele me dá outro tapa. Sinto meu pescoço até estalar por causa da força dele em meu rosto, e mais uma vez, dói. Mas eu acho que se eu tivesse que colocar em uma escala, o tamanho das dores que estou sentindo agora, com certeza a desses tapas não se comparariam a dor que sinto no peito, por estar vendo Jungkook ir embora sem mim. Tudo o que planejamos, tudo o que prometemos um para o outro simplesmente acabou, porque essa marinha idiota nos encontrou antes que pudéssemos chegar à Coréia do Sul.

Meu pai está irritado, e eu não sei o que ele está pensando, já que Jungkook foi embora e agora não tem nada com o que se preocupar, mas ele quebra o silêncio e tira minha dúvida.

— Você se apegou ao príncipe, Taehyung. — Cuspiu as palavras. — Que nojo de você. Eu não acredito que te criei até hoje, para você me dar esse desgosto. Poderia se envolver com qualquer uma, mas não, um príncipe? Por quê?

Eu não respondo. É impossível contar a ele que estou apaixonado pela pessoa mais pura que conheci na vida.

— O que aquele bosta fez com você? Te seduziu, Taehyung? Fodeu com você e agora você se apaixonou? Olhe só para você! Sangue de pirata corre nas suas veias, garoto! Esse menino deve ter pena de você, por ver como é ingênuo. Acorda, Taehyung! Ninguém em sã consciência se apegaria a você dessa forma!

— Ele me ama. — Consigo responder baixinho, mas isso é o suficiente para fazê-lo gargalhar.

— Te ama? Olhem só rapazes, o príncipe ama ele! — Meu pai continua tirando sarro com minha cara, na frente da tripulação inteira, e todos riem, inclusive o maldito que eu arranquei os dentes. — Ele te ama, não é? Pois bem, olhe para lá.

Ele aponta para o navio da marinha. Eles começam a se afastar e Jungkook não está mais lá.

— Acha mesmo que se ele te amasse, ele deixaria a marinha ir embora sem te levar junto? Você realmente acha que é importante assim para ele?

— Ele me disse que me ama, pai. Eu acredito nele.

— Deixa de ser ingênuo. — Ele se aproxima de mim e segura meu pescoço, apertando com força. — Ninguém te ama, Taehyung. Você é um maldito pirata e apenas isso. Se ele disse que te ama, foi porque sentiu pena, ou porque queria te iludir mais uma vez, porque você deve ter ficado enchendo a cabeça dele com esse assunto cansativo da sua mãe.

Eu soluço. Mais lágrimas saem e eu não consigo nem respirar direito, por causa da força que ele usa em meu pescoço.

— Está vendo isso aqui? — Aponta para os outros que assistem tudo, com um sorriso nos lábios. — Não existe amor aqui, Taehyung. É um querendo comer o fígado do outro, e a gente só se junta para roubar o que tem de valioso fora daqui. Jungkook não te ama, ele conseguiu sua confiança para você não matar ele depois de encontrarmos o tesouro, e agora que o plano dele deu certo, ele foi embora sem pensar duas vezes.

— Isso não é verdade. — Eu não consigo parar de chorar, e me sinto um fraco por estar fazendo isso na frente da tripulação inteira. Meu pai gosta de ver as pessoas sofrendo e eu estou dando esse gostinho a ele.

— Eu não te criei para cair nessa história de amor. Amor só machuca as pessoas, olha só para você, que vergonha. Você vai para sua cabine e vai pensar nisso tudo. Espero que amanhã você levante com a cabeça no lugar e pare com essa besteira de amor. Coloque na sua cabeça que ele foi só mais um que te enganou.

Ele solta meu pescoço e manda que os outros me larguem. Eu olho para o lado e vejo Namjoon e Jimin me encarando. Eles não parecem sentir pena de mim, até porquê, seria bem humilhante alguém sentir pena nesse momento. Então eu dou as costas e saio andando para minha cabine, porque sei que se eu contestar demais, meu pai vai me enfiar numa cela fria.

Minha cabine já não tem mais graça. A cama está desarrumada e nosso joguinho de xadrez está todo bagunçado sobre ela. Me sinto péssimo. Sei que Jungkook me ama de verdade e sei que meu pai só falou essas coisas para me deixar desestabilizado, mas o que ele não sabe, é que isso me deu mais força. Eu sou um pirata, e se ele quer que eu aja como tal, eu agirei.

Serei o pirata que ele me ensinou a ser, e vou acabar com ele.

{...}

— O Hebi vai atracar em Geoje. O capitão quer saquear aqueles lados de lá, porque o pessoal tem dinheiro. — Namjoon está na cabine comigo, bebendo um pouco de rum.

Depois que vim “me esconder”, parece que meu pai andou dando algumas ordens, e a principal é ir para Geoje, pegar mais coisa valiosa.

— Ele não para. Já está com o Leom que tem muita jóia e ainda quer roubar mais.

— Qual seu plano para sair daqui? E nem me venha dizer que não tem nenhum, porque eu sei que tem. — Ele me encara de forma sugestiva.

— Jungkook deixou o Leom para trás e não foi à toa. — Dou um gole em minha bebida. — Eu sei que ele pensou em alguma coisa. Eu só preciso entender o que ele pensou.

— Se o Leom está aqui, ele deixou para você fugir. — Namjoon sorri. — Tae, as jóias estão nele, se você quiser…

— Você vai comigo? — Pergunto. — Eu não posso comandar aquele navio sozinho.

— Eu e Jimin. — Ele levanta três dedos. — Nós três.Sem ninguém mais. Tem alguns aqui que são gente boa, mas são fiéis ao seu pai, o John por exemplo. Se a gente falar isso pra ele, ele vai contar pro seu pai.

— Você acha que nós três conseguimos levar o Leom embora?

— Acho. Com as jóias e tudo mais.

— Então vamos esperar o Hebi atracar em Geoje. Depois a gente rouba o Leom e vamos para Busan. Vamos ficar em Busan pelo menos umas duas semanas escondidos, e só depois que a gente começa a fazer alguma coisa.

— Mas aí começa um grande problema. — Namjoon arqueia as sobrancelhas e coça a nuca. — Se a gente roubar o Leom, seu pai vai saber pra onde estamos indo. Primeiro lugar que ele irá, vai ser na Coréia.

— A não ser que a gente coloque outro plano em prática. — Sugiro. — Um lugar que ele não vai pensar em procurar a gente.

— Onde?

— Xangai. — Namjoon estreita os olhos, sem entender direito. Como ele não estava com a gente na procura da princesa, ele não conhece ela e não sabe como podemos nos infiltrar por lá. — Jimin é muito amigo da princesa Qian. Ela nos ajudou com algumas informações sobre o Leom, e com certeza vai ajudar a gente, se pedirmos.

— E você acha que o capitão não vai procurar por lá?

— Não. Meu pai vai achar que eu estou na Coréia, mas ele vai chegar lá e não vai encontrar ninguém. Ele pode procurar por muito tempo, mas vai continuar sem respostas, porque até a gente ir pra Xangai, e voltar, vai passar muito tempo.

— E quando chegar lá, pretende fazer o quê?

— Negociar com a Qian. Eu deixo o Leom e ela me ajuda com outra forma, sei lá, me fornecendo algum navio.

— E você acha que ela faria isso?

— Para os amigos dela? Com certeza. — Rio. — Você não conhece ela, Namjoon.

— Beleza, agora eu tenho outra dúvida. E sobre seus familiares? Não vai tentar falar com eles primeiro?

— Não sei como vão me receber. Eu não sei sobre a verdade deles e pode ser que façam alguma coisa comigo.

— Está com medo do que pode acontecer?

— Muito medo. Você não está? — Bebo mais um pouco de rum, e observo Namjoon com um certo medo no olhar.

— Eu estou. Você pelo menos é o filho da princesa, e eu que sou filho de algum empregado, que sei lá, pode ter sido um empregado que eles nem gostavam?

— Mas eu sou o filho do pirata que levou a filha dos reis à morte. Eu posso ser mais odiado que você. — Rio do meu próprio infortúnio. — Eu pretendo ir até lá, mas vou atrás do Jungkook primeiro. A gente tinha planos, e se era tudo real, ele vai ficar me esperando. Não será legal se eu demorar a ir.

— Você acha que ele realmente deixou o Leom para você?

— Nam, ele estava com uma frota enorme da marinha coreana aqui bem na nossa frente. A tripulação está a bordo só do Hebi. Eles podiam ter levado o Leom tranquilamente, sem problema algum, mas ainda assim, não fizeram. Com certeza isso foi ordem dele.

— Então, eu vou ousar te dar uma dica e passar por cima da sua ideia de filho do capitão. — Ele ergue o dedo indicador, antes de dar outro gole no rum. — Não vamos esperar o Hebi ancorar em Geoje. Vamos tomar o Leom hoje. A gente separa eles e deixa o Hebi seguir para a Coréia. Nós vamos para Xangai, e lá você negocia com sua amiga.

— É uma boa ideia, Nam. Quanto antes a gente sair, mais rápido, chegamos lá.

— Vamos esperar a tripulação dormir, e depois a gente entra em ação.

— E se o Leom não aguentar? — Pergunto, fazendo um bico.

— Ele aguenta. — Namjoon insiste. — Eu analisei cada canto daquele navio quando a gente entrou para ver as joias. Ele é firme e potente. Vamos chegar em Xangai com a metade do tempo que gastamos para chegar da última vez.

— Então a gente espera e já age.

— Ainda esta noite. — Namjoon assente, levantando sua garrafa e brindando com a minha. — Vai ser ótimo quando perceberem que nos perderam.

— E perderam o Leom. — Sorrio maliciosamente. — Com todo o tesouro...

{...}

Com a comemoração imbecil pelo fato de que Jungkook foi embora, estão todos caindo de bêbados, deitados esparramados nas redes abaixo do convés. Os únicos sóbrios são eu, Jimin e Namjoon, que por mais que tenha bebido, foi pouco.

Meu pai se trancou na cabine, com certeza também está péssimo de bêbado e não sentirá nossa falta, até que precise que a gente faça alguma coisa para ele no dia seguinte.

Eu estou na minha cabine, guardando numa bolsa e no meu baú do pé da cama, tudo aquilo que julgo ser importante. Peguei algumas roupas, os livros, meu diário, minhas bandanas, anotações, e inclusive, tudo o que tinha ali, que tivesse associação com o Leom. Deixei a cabine quase vazia, exceto pelos móveis.

Seguro a conchinha que dei para Jungkook, mas que infelizmente não deu nem tempo dele levar. Eu prometi para mim mesmo, que o entregaria em mãos, e estou me preparando para isso.

Ouço dois toques na porta, e quando abro, vejo Namjoon e Jimin, ambos com uma mochila pequena nas costas, já que eles não têm muitas coisas para levar.

— E aí? Tudo pronto? — Pergunto.

— Sim, estou levando comida pra gente também. — Jimin sorri, abrindo a mochila e mostrando alguns sanduíches que ele preparou com a carne que tinha na geladeira. — Peguei água também, tudo pode ser útil.

— É uma boa. — Levanto o polegar direito. — Eu estou levando bastante coisa. — Aponto para o baú. — A gente vai ter que dar um jeito de levar isso tudo.

— Fácil, é só carregar de dois, enquanto a gente passa pela prancha. Só é necessário tomar muito cuidado para não cair na água. — Namjoon alerta.

— Não, isso aí a gente faz rapidinho. — Balanço a mão, despreocupado. — Agora vamos levar tudo pra lá, que depois eu vou fazer uma coisinha para ganharmos tempo.

A gente sai de perto da minha cabine, na direção do convés. A madeira que meu pai usa para fazer de prancha, está bem ao canto, por sorte, próxima ao Leom, que vem navegando bem tranquilo atrás do Hebi.

Jimin e Namjoon coloca a prancha no lugar certo, posicionando de uma forma, que mesmo com o balançar dos navios, será impossível ela sair do lugar.

— Pronto, agora vamos levar o baú do Taehyung, e depois a gente já atravessa. — Namjoon volta e dá um toque em meu ombro.

— Jimin, vigia aí, já vamos voltar.

— Tá bom, vai lá.

Eu e Namjoon saímos correndo, voltando para minha cabine. Pegamos o baú com certa dificuldade por ele estar meio pesado, mas depois que o tiramos do chão, fica mais fácil de carregar. Levamos-o para o convés e nos posicionamos na prancha.

— Gente, vai andando, que eu vou guiando vocês. — Jimin recomenda. — Prestem atenção em tudo o que eu disser, porque se não vai vocês dois e o baú pra água.

— Beleza. — Assinto. — Pode falar, vai.

— Isso, vocês estão bem no centro dela. Continuem andando nessa direção. O Leom está bem pertinho, então aproveitem isso para chegarem lá mais rápido.

— Vamos, Tae. — Namjoon me chama, indo de costas para o outro navio, enquanto eu vou de frente.

— Isso, continuem. Vão com calma, que estão no lugar certo.

Continuamos andando e Jimin fica nos guiando, ditando esquerda ou direita. Passamos com facilidade, por um navio estar bem próximo ao outro e pelo mar estar calmo.

— Vamos colocar aqui em qualquer lugar, depois a gente se preocupa em guardá-lo. — Falo. — Jimin, manda as mochilas! — Peço, e imediatamente ele começa, arremessando uma mochila de cada vez, até que todas tenham feito a travessia.

Eu subo na prancha e volto para o Hebi.

— Vai pra lá e me espera.

— O que você vai fazer? — O loiro parece assustado. — Aonde você vai?

— Vou desligar os motores.

— O quê? Taehyung, está doido? — Ele segura meu braço. — Se alguém te pegar, você vai estar ferrado.

— Ninguém vai me pegar.

— Com certeza tem alguém vigiando a máquina, Taehyung.

— Bêbado igual todo mundo. Só vou desligar e cair fora.

— Tae-

— Relaxa, vai para o Leom e me espera lá. Se alguém me ver, eu pego a chave. — Dou uma risada perversa, mas ainda assim, ele não parece se convencer. — Vá para o Leom.

Saio correndo e acho que se ele pudesse, viria atrás de mim, mas não o faz, porque sabe que eu ficaria bem irritado se ele tentasse.

Desço as escadas, passo por cada um que está ali babando de tão bêbado. Desço mais um lance de escadas e encontro a chave, onde eu posso desligar o navio. Não tem ninguém por perto acordado, como eu imaginei, e minha tarefa se conclui com sucesso, quando giro a chave e o navio morre.

Eu saio correndo dali antes que alguém perceba que há algo de errado. Subo as escadas correndo e quando chego no convés, vejo Jimin e Namjoon acenando às pressas para que eu atravessasse logo.

Pulo na prancha e corro para o outro navio.

— Me ajudem a puxar! — Aponto para a madeira, e os dois me ajudam a trazer a prancha para o Leom.

Tiro a espada da bainha e corto as cordas que prendiam o Leom no Hebi.

— Pronto, está feito. — Abro um sorriso vitorioso. Para mim, não há nada de melhor do que ver o Hebi parado no meio do oceano, enquanto os ventos nos ajudam a ir para Xangai. — Lancem os remos. Vamos ganhar velocidade e sumir da vista deles.

Namjoon e Jimin descem correndo, para enfiarem os remos na água. Enquanto isso, pego minha bússola e a comparo com as estrelas. Giro a roda do leme para oeste e mantenho, até o navio tomar o curso que eu quero.

— Próximo destino: Xangai.


Notas Finais


Huuum, estão voltando para Xangai e eu acho que um certo capitão Kim vai ficar bem bravo quando acordar hehehe
me contem o que acharam, tá bom? Já vou começar a providenciar o próximo capítulo porque até eu estou ansiosa por ele hahahahahah beijão e até o próximo :*


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