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História Lessons Learned - Tell Me That You Love Me


Escrita por: captainbstabler

Notas do Autor


Demorei, mas voltei né amores??? Pois é, to aqui!!!

Obrigada pelos favs e pelos comentários, vocês são demais, serio!!!

A música desse cap é tell me that you love me - james smith (essa msc é tudo galera, ouçam)

Enfim, boa leitura!

Capítulo 6 - Tell Me That You Love Me


Fanfic / Fanfiction Lessons Learned - Tell Me That You Love Me

Tell me that you love me

The way you used to love me

Regina levantou pela manhã se sentindo extremamente péssima, seu corpo estava todo dolorido e machucado. Talvez não tenha sido uma ótima ideia pular do carro daquela maneira, mas ela nunca pensava com clareza quando estava perto de Emma Swan.

A advogada demorou a se arrumar para o trabalho naquela manhã, mas conseguiu cumprir com todas suas obrigações antes de chegar na empresa. Haviam inúmeros casos esperando-a em cima de sua mesa e a morena os usou para se manter focada, não poderia se dar o luxo de deixar Emma entrar em sua mente. Não novamente.

Zelena [11:38]: Sis, como está sendo seu dia? Espero que esteja bem e adoraria que você me ligasse para colocarmos o papo em dia, tenho uma ótima novidade para você. Não esqueça de almoçar. Te amo.

A mensagem da ruiva serviu para deixar Regina morta de curiosidade, mas não teria tempo livre naquele dia para absolutamente nada, estava atolada de reuniões com clientes e duas audiências. Provavelmente chegaria bem tarde em casa e teria que ligar para Granny ficar com as crianças. Era estressante e a morena se sentia péssima por trabalhar tanto, mas depois que se divorciou de Daniel Colter, não podia mais se dar o luxo de viver às custas de ninguém e precisava mais do que nunca se virar.

Não que ela não soubesse fazer isso antes, mas após o casamento com Colter, ela quase não trabalhava. Dedicava-se totalmente à filha que era pequena na época. Quando Henry nasceu e o casamento já estava em crise há algum tempo, Regina decidiu que seria melhor se voltasse a trabalhar em tempo integral, talvez conseguisse consertar o casamento, tentaria pelos filhos. Não queria que eles tivessem que passar por um momento traumatizando como o divórcio dos pais.

Funcionou durante quatro anos até que Regina não aguentou mais todas as traições e brigas por conta de nada, pediu o divórcio. Um ano depois, descobriram que o pai da morena estava com câncer e por isso ela decidiu que estava na hora de voltar para Las Vegas para ficar perto da família. Pensou que teria paz ficando longe de Daniel, mas o mesmo decidiu que se mudaria junto já que o famoso juiz Damien Colter da vara criminal de Las Vegas era pai do rapaz.

Foi um ano conturbado para a família Mills, Regina queria ficar perto dos pais, mas ao mesmo tempo não queria ter que pisar na cidade novamente. Não queria ter que correr o risco de encontrar com Emma Swan, mas não teve sorte e acabou por ter que conviver com a loira semanalmente. Malia nem sonhava sobre o passado das duas e a advogada preferia que continuasse dessa maneira, sabia que a filha ficaria magoada caso descobrisse que a mãe mentira durante um longo tempo e essa era a última coisa que queria.

– Senhorita Mills, o senhor Colter está aqui e deseja conversar com a senhorita – Ashley anunciou ao abrir a porta e a morena respirou fundo, não queria mais problemas.

– Ok, mande-o entrar – falou sem desviar os olhos dos papéis e escutou passos se aproximando de sua mesa.

– Bom dia, querida – cumprimentou com uma voz quase amorosa. Quase.

– O dia estava ótimo até você entrar aqui – respondeu ainda concentrada em seus papéis e Daniel rolou os olhos totalmente acostumado com o jeito arredio da quase ex-esposa – Tem algo para falar ou só veio para ficar me olhando?

– Na verdade tenho – disse se sentando e atraindo a atenção da morena para si, que não estava muito agradada com a atitude do ex-marido – Estarei indo para Londres amanhã visitar minha mãe e gostaria que Malia e Henry fossem comigo. Eles gostariam de ver a avó.

– Os dois têm aula, Daniel. Não podem faltar por capricho seu – falou rude retirando os óculos e o homem engoliu a raiva súbita que sentiu apenas para sorrir educadamente.

– Serão apenas três dias e eles estarão de volta – explicou – Minha mãe realmente quer ver os netos, pergunte a eles, se os dois não quiserem não irei insistir.

Regina analisou as feições do ex-marido procurando por algum indício de que aquilo pudesse ser um truque. Um truque para que, ela não sabia, mas é sempre bom ter cuidado. Porém., diferente de todas as outras vezes que olhara para Colter, dessa vez pôde ver a verdade estampada em seu rosto. Maria Colter era uma mulher muito dedicada à família, tão dedicada que obrigara o filho a se casar com a garota que ele havia engravidado e Regina sabia que Maria amava as netas incondicionalmente.

– Certo – concordou, mas sem deixar de lado seu tom suspeito – Quero-os de volta aqui no domingo, estamos entendidos?

– É claro, querida – Regina fuzilou-o com o olhar, mas Daniel apenas lhe lançou um olhar inocente e se levantou – Isso é tudo por hoje, buscarei as crianças hoje de noite – anunciou e se retirou da sala, deixando a morena desconfiada e muito aflita.

[...]

Emma entrou em seu fusca às duas da tarde, precisava acelerar muito se não quisesse chegar atrasada para a aula com seus pequenos. Amava demais dar aula de violão às crianças de 6 à 8 anos na escola de música, era o trabalho dos seus sonhos: ensinar música à crianças. É claro que sua escolha nunca agradou seus pais, Frank e Bárbara Swan, que queriam que a filha seguisse os passos do pai e assumisse a herança da família junto com a presidência de uma das maiores produtoras do país. Mas a loira sempre gostou do contato mais direto, de ensinar e aprender com seus alunos, era isso que gostava.

O dia não fora estressante, fora a parte que chegara atrasada para a aula, mas de resto ocorreu tudo bem. Chegou em casa já estava escuro e foi direto para o banho, precisava esperar a namorada chegar para decidirem o que iriam fazer pelo resto da noite.

– Em, Alice nos chamou para irmos naquele pub no centro hoje – Lily disse de olhos fechados com a cabeça deitada no peito da namorada, elas já estavam assim há algum tempo – O que acha?

– Por mim tudo bem, mas não posso voltar tarde – respondeu enquanto acariciava os cabelos negros de Lilith – Você quer?

– Uh-hu – falou concordando com a cabeça e Emma revirou os olhos com um sorriso leve no rosto – Que horas?

– Daqui a pouco – a morena disse e se levantou deixando a mostra suas costas nuas. Emma suspirou e sua mente viajou para bem longe de Lilith, bem longe de tudo isso.

Flashback on

– Não sei o que você espera que eu diga, honestamente – Ruby falou carregando uma das sacolas de compras enquanto elas andavam pelo estacionamento do mercado – Você fez merda, pediu desculpas e ela perdoou. Ok, resolvido, siga em frente.

– É, mas você ainda não está de boa comigo – Emma disse abrindo a porta do carro – E eu não sei como arrumar isso, por favor, me diga.

– Nada. Estamos bem, está tudo normal – Emma sabia que era mentira e ela nem precisava do seu superpoder para saber disso, ela simplesmente podia ler através de Ruby como um livro aberto.

– Ruby...

– Você quer que eu te diga o que? Que você estava certa? Que a Regina estava certa em perdoar você? Porque se é isso que você espero, lamento desapontá-la, mas não vai acontecer – a morena rebateu com o rosto vermelho, estava segurando isso há alguns dias – A maior burrada que a Regina fez foi perdoar você e sabe por quê? Porque você não vai mudar, Emma. Você vai continuar fazendo as tuas merdas sem se importar com os sentimentos da Regina, porque você não se importa com ela. Você só se importa com você mesma.

– Você deveria ser minha melhor amiga. Qual é o seu problema, Ruby? – Emma perguntou com raiva da morena. É claro que ela se importava com Regina, era sua namorada afinal de contas, porque todos continuavam dizendo o contrário?

– Eu sou sua melhor amiga e por isso estou lhe dizendo isso – alertou guardando as sacolas no porta malas – Não vou passar a mão na sua cabeça, não para isso que os amigos servem, pelo menos não os verdadeiros.

[...]

A formatura do último ano estava se aproximando, faltava menos de um mês e Emma já estava totalmente louca atrás de um vestido para dar de presente à namorada. Elas estavam bem, há meses não brigavam e as coisas não poderiam ficar melhores. Ambas iriam para a mesma faculdade – cursos diferentes, óbvio – e dividiriam um apartamento no centro. Emma estava feliz, se sentia realizada.

– Qual você acha melhor? – perguntou à mãe que caminhava ao seu lado com várias sacolas – O preto ou o vermelho?

– O preto, querida – Bárbara respondeu com um sorriso amável e a loira entregou para a vendedora embrulhar para presente – Tenho certeza que ela irá amar.

– Claro que irá, ela ama preto – falou a menina com um sorriso no rosto – Mãe, eu já decidi que vou de terno. Vou pegar aquele que a senhora comprou para mim pro casamento da tia Ingrid e eu usei só uma vez.

– Você fica linda nele, princesa – a professora acariciou o rosto da filha e após a loira pagar pelo vestido, as duas saíram da loja de braços dados – Ruby passou em casa hoje cedo junto com a Zelena.

– Passou?

– Sim – afirmou – Elas estão mesmo fazendo gastronomia juntas?

– Estão – concordou sorrindo – Ruby sempre foi apaixonada por cozinha, né? Deve ter apreendido com a tia Anita, mas a Zelena só pegou o gosto depois de ter conhecido ela. Zel já tinha começado medicina quando decidiu que iria trocar de curso e agora estão aí – explicou – As duas vivem cozinhando juntas e dizem que depois que terminarem a faculdade irão abrir um restaurante.

– Ai elas são lindas juntas – Bárbara comentou sonhadora, era uma amante de casais jovens, fã de carterinha do amor adolescente e sempre deixava claro para todos – Espero que dê tudo certo para elas.

– Também espero – a loira abraçou a mãe de lado e depositou um beijo em seus cabelos, afinal, ela era mais alta que Bárbara – Tia Cora que está orgulhosa, ela ama Ruby. E me ama.

– Cora é um ser humano maravilhoso, assim como as filhas. Você e Ruby tiraram a sorte grande.

– É o que sempre nos dizem, mas sorte não tem nada a ver com isso, mãe.

[...]

Emma saiu no final da tarde com um sorriso no rosto e uma rosa vermelha em mãos. Iria jantar com Regina, apenas as duas já que Cora e Henry iriam jantar fora e Zelena morava com Ruby. Elas ficariam sozinhas e a morena havia dito que estava preparando sua famosa lasanha. A comida favorita de Emma, certamente.

A loira atravessou a cidade tranquilamente, mas não antes de pegar um casaco e um guarda chuva pois o tempo estava fechado e de acordo com Bárbara Swan e seu sensor de mãe iria ter tempestade e Emma precisava estar preparada.

Como sempre, Bárbara estava certa e não demorou a começar a garoar. Foi fraco no começo, mas assim que Emma pisou na entrada da casa da família Mills, a chuva engrossou e a tempestade começou. Swan agradeceu por já estar na frente da casa e nem esperou Regina abrir a porta para ela, usou sua própria chave – havia ganhado uma quando completaram um ano de namoro – e entrou correndo. Sabia o pavor de tempestade que a namorada tinha.

Os trovões eram ensurdecedores e os relâmpagos iluminavam a noite escura. Emma encontrou a morena na cozinha com as mãos tampando os ouvidos e de olhos fechados. Apressou o passo e, deixando a rosa em cima do balcão, abraçou a namorada com força.

– É só uma chuva, meu amor, só uma chuva. Está tudo bem – sussurrou no ouvido de Regina enquanto lhe afagava as costas com carinho – Estou aqui e você está bem. Está tudo bem. A chuva está lá fora.

Regina abraçou a cintura da loira com força e afundou o rosto no pescoço da menina. Seu corpo inteiro tremia a cada vez que escutava o trovão. Odiava tempestades, sabia que não precisava ter medo se estivesse dentro de casa, mas ainda sim não conseguia se controlar. Era difícil agir racionalmente quando o medo lhe faz ser irracional, mas com Emma abraçando-a e murmurando palavras carinhosas em seu ouvido, tudo ficava mais fácil. Era sempre mais fácil com Emma do lado.

– Vamos, a lasanha vai esfriar – a loira disse segurando nas mãos da menina e sorriu quando os verdes se encontraram com os castanhos molhados – Como é possível você ficar linda até mesmo chorando?

– Idiota – murmurou e, sem soltar da mão da loira, foi até a mesa e se sentou fazendo a namorada sentar ao seu lado – Vamos comer, sei que ama essa lasanha – mais um trovão ecoou no ouvido das garotas e Regina fechou os olhos respirando fundo enquanto Emma apertava sua mão.

– Foi só um trovão, meu amor – assegurou e Regina esboçou um sorriso fraco – Estou louca para devorar essa lasanha, não existe outra melhor que essa.

– É bom saber que eu te conquistei pelo estômago.

– Se você me disser que fez a torta de maça pra sobremesa eu te peço em casamento agora – falou soltando da mão da namorada para servir-se de um pedaço da lasanha.

– E se eu disser que fiz mousse de chocolate?

– A gente levanta daqui agora e vamos adotar duas crianças.

Emma e Regina jantaram em silêncio, mas não precisavam de palavras, os olhares que trocavam diziam tudo o que elas precisavam saber. Era aquele silêncio confortável que você só tem com poucas pessoas, são poucas pessoas que te deixam confortável em meio a um silêncio. Na maioria das vezes, fica estranho e você tenta preencher com palavras, por mais banais que sejam, apenas para não ficar desconfortável. Mas existem aquelas pessoas que não precisa disso, não precisam de palavras para te fazer bem, a presença é mais do que suficiente e tudo o que você precisa.

É um privilégio para poucos.

– Dança comigo – Emma disse quando as duas estavam deitadas no sofá abraçadas.

– Sem música para nos inspirar? – perguntou a morena com um sorriso.

– Não preciso de música para me inspirar, você é minha inspiração – falou ao se levantar – Dance comigo, Regina Mills.

A morena não respondeu, apenas pegou na mão que lhe fora estendida e se deixou levar pela namorada. Não havia música, elas não precisavam disso.

– Eu não sei dançar – Regina disse com as bochechas vermelhas e a loira beijou-as.

– Suba nos meus pés, majestade – pediu e assim a menina fez – Fecha os olhos e imagine a música mais romântica que conseguir, não me fale qual. Eu também vou pensar em uma e dançar no ritmo dela.

Emma começou a balançar com a namorada nos braços. Para ela aquilo era bem mais que o paraíso, não havia uma palavra exata para aquilo, talvez nem precisasse. Para que se preocupar em descrever um momento quando você pode senti-lo totalmente em seu coração? Novamente, não eram necessário palavras, o silêncio delas já falava tudo e falava tanto que Regina esquecera de ouvir a tempestade lá fora. Era como nem tivesse existido.

Nada mais existia além dos braços de Emma Swan em volta de sua cintura, balançando-a levemente como se ela fosse a coisa uma pedra preciosa e segurando-a com tamanha proteção como se o mundo fosse acabar no momento seguinte e ela não quisesse perder nenhum segundo. Nenhum toque. Nada.

Flashback off

– Você deveria ter vergonha na cara – Belle ralhou com a amiga pelo telefone – Não pensou nas consequências?

– Você parece minha mãe falando – revirou os olhos deitada na cama – Eu pensei sim, mas não queria ficar mais lá. Lilith anda muito exigente ultimamente e você sabe disso, eu odeio me sentir cobrada de qualquer maneira.

Bela desculpa.

– Não é desculpa – Emma suspirou – Sei lá, estamos afastadas e eu não me senti bem no meio dos amigos dela.

Pensei que fossem seus amigos também – a francesa pontuou.

– Eu sei, mas eles nunca foram meus amigos. Só conhecia eles pela Lily e eu não queria ficar lá, só Deus sabe o quanto a Alice me odeia.

Isso porque ela era apaixonada pela Lily, sua estúpida. A garota nunca superou a paixão platônica – Belle riu e Emma acabou rindo junto – Mas sério, conversa com ela, vocês deveriam se entender sei lá. Eu não gosto da Lily e você sabe, me faria a melhor amiga mais feliz do mundo se você terminasse com ela, mas a vida é sua e é meu dever lhe apoiar.

– Obrigada, Belle – Emma se levantou da cama e foi se preparar para a aula com Malia, estava quase na hora de sair – Eu vou tentar falar com ela, ver o que eu posso fazer. Espero que seja só uma fase, gosto da Lily. Gosto muito dela e não quero ter que terminar esse namoro.

Tudo bem – Belle suspirou – Já está quase na hora da aula da Malia, não está? – Emma apenas murmurou concordando enquanto escolhia uma roupa para que pudesse usar – Como estão as coisas?

– Ótimas, Lia é uma garota excepcional – disse e Belle soltou uma risadinha debochada.

Você sabe do que eu estou falando – falou – Quero saber como estão as coisas com a Regina.

– Não estão. Ela não fala comigo – contou retirando a calça jeans preta de dentro do guarda roupa e logo pegou a blusa do nirvana para complementar – Bem que você fala que eu me visto feito uma adolescente.

Eu já imaginava, mas ela não te trata mal, ou trata? – questionou – Você é uma adolescente no corpo de uma adulta.

– Não trata, ela simplesmente finge que eu não existe – falou e colocou o celular no viva voz para se trocar – Não sei o que é pior, honestamente.

Melhor assim, evita conflito na frente das crianças – aconselhou – Vou deixar você se arrumar, minha aula vai começar.

– Amanhã te ligo, Belle. Eu te amo.

Je t'aime, mon cher – a francesa se despediu e Emma focou em se vestir.

Após estar devidamente vestida, pegou uma jaqueta preta com detalhes pratas pois estava chovendo e também estava bastante frio e calçou uma botinha também preta.

– Totalmente gótica, meu Deus, quanta decadência.

Vinte minutos depois a loira estava estacionando na frente da casa dos Mills sem muita pressa. Até havia chegado um pouco atrasada por conta da chuva que estava cada vez pior, mas não estava muito preocupada com isso, Malia entenderia perfeitamente. Emma correu até a porta da frente e tocou rapidamente a campainha, rezando para que Granny não demorasse a atender.

– Oh, menina Emma! – exclamou a senhora ao abrir a porta – Entre, entre. Está muito frio aí fora.

– Obrigada, Granny – sorriu carinhosa, amava a senhora desde o dia em que a conhecera.

– Vou chamar a dona Regina – a governanta falou antes que Swan pudesse protestar e sumiu escada à cima.

Emma ficou parada no meio da sala de estar enquanto aguardava. Estranhou o fato de Malia não ter vindo recebê-la imediatamente, ou até mesmo Henry, que adorava a professora da irmã com todas suas forças. A casa estava mais silenciosa que o normal e Emma não sabia o que fazer, estava inquieta e ansiosa pensando no que poderia ter acontecido, mas antes que sua mente pudesse formar possibilidades inusitadas, escutou o barulho de alguém descendo as escadas e viu Regina com uma calça de moletom e um suéter do mickey. A loira mordeu a parte interior de sua bochecha para evitar um sorriso, pois a advogada estava absolutamente adorável naquelas roupas.

– Oi – cumprimentou sem graça com um sorrisinho amarelo enquanto a morena sequer esboçou uma reação.

– Desculpe fazê-la vir até aqui, as crianças viajaram hoje cedo com o pai e eu esqueci completamente de avisá-la – desculpou-se com seu tom profissional, como se Emma fosse qualquer outra pessoa – Malia voltará somente no domingo.

– Oh – falou decepcionada – Não tem problema.

Regina meneou com a cabeça e as duas voltaram até a porta, mas assim que a morena abriu-a, a chuva se intensificou acompanhada de trovões e relâmpagos fazendo Regina pular para o lado. Emma a conhecia, era o pavor de tempestades que falava mais alto. Ela tentou esconder, fingir que não havia afetado, mas a professora de piano viu seus dedos tremendo em uma mão enquanto a outra apertava com força a madeira da porta. Ela estava tentando controlar, mas a chuva ficava cada vez mais forte, cada vez mais alta...

– Ei, calma – Emma murmurou retirando a mão da morena da porta e fechando-a – Tudo bem. É só uma chuva.

Emma sentiu o corpo trêmulo da morena ficar mais calmo assim que fechou a porta, mas não o suficiente para não se preocupar. Então ela fez a única coisa que sabia, esquecendo-se de todos os anos de ódio, de todas as desavenças e problemas, e abraçou-a com força afagando suas costas.

– Está tudo bem, a chuva está lá fora e você está aqui dentro. Sã e salva – disse - Shh, ok, ok.

Regina foi se acalmando aos poucos, parando de chorar a cada segundo, mas após um trovão barulhento e assustador, as luzes da casa se apagaram e novamente ela começou a tremer, se apertando ainda mais contra o corpo da loira.

– Calma, Gina. Calma – Emma sabia que era arriscado usar o apelido, mas havia escapado sem que ela pudesse controlar – A energia acabou, mas está tudo bem, ok? Eu estou bem aqui.

Elas continuaram mais alguns segundos naquela posição, não estava desconfortável e Emma não se sentia bem assim há anos. Há 18 anos para ser mais exata. Emma não se sentia bem assim há 18 anos.

– Você tem velas na casa? – perguntou baixinho e a morena concordou com a cabeça – Onde?

– No meu quarto – respondeu com a voz trêmula e Emma respirou fundo antes de afastar o corpo do da morena, mas antes que ela pusesse protestar, Swan envolveu-a pelo ombro com um braço enquanto o outro segurava o celular com a lanterna ligada.

– Vamos lá buscar – disse e quando ambas subiram as escadas, viram Granny com uma vela em mão enquanto acendia as outras – Oh, tem mais dessas?

– Tenho algumas no meu quarto – a senhora respondeu. Ela tinha um quarto na casa, mas raramente usava, apenas em emergências como essas onde não poderia ir para casa por conta da tempestade – Não são muitas, mas vou acendê-las.

– Nós vamos buscar mais – falou apertando Regina firmemente em seus braços e a governanta sorriu carinhosamente.

– É claro, meninas – disse e acariciou a bochecha da morena – Irei preparar um chá de camomila, criança. Fique tranquila, tempestades vem para levar a dor embora. Não precisa ter medo.

Will you stay with me tonight

And pretend it's all alright?


Notas Finais


Eitaaaaaaaa, que que será que vai acontecer ein? Emma vai ficar, Emma vai embora depois que achar as velas? O que vocês acham??

Até o próximo cap, bebes!!! Beijos e comentem aí ein....


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