Even when the heart won’t let show
You don’t have to say to let me know
O escritório era reconfortante. Mesmo que ela não quisesse estar ali, pelo menos a decoração a deixava um pouco mais tranquila. O doutor nem tanto, não gostava muito de olhar para ele, o achava um pouco... tonto demais.
– Por que você perdoou Daniel? – ele questionou e tudo o que Regina queria era mudar de assunto, se fazer de besta ou fingir que não tinha ouvido a pergunta.
Não era uma coisa fácil de responder, por mais que Mills soubesse exatamente a resposta, ainda era difícil dizer em voz alta. A tornaria mais real do que já era. Sem dizer para ninguém, conseguia pelo menos fingir que era mentira.
– Eu quis perdoá-lo. – suspirou olhando pela janela do prédio. As pessoas lá embaixo pareciam formigas indo de um lado para o outro, de tão pequenas que estavam aos seus olhos, mas ela estava me sentindo menor ainda – Então perdoei.
– Você me disse, há algumas semanas que queria perdoar a Emma também. – ele pontuou enquanto fazia algumas anotações em seu caderninho – Mas você não perdoou. Por que?
– Eu não sei. – a morena abaixou a cabeça balançando-a de um lado para o outro, mas o Dr. Hopper apenas sorriu daquela maneira compreensiva dele.
– Você sabe e eu também, mas você precisa aceitar e dizer em voz alta. – ele pediu. Ela queria correr daquela sala, para bem longe, estava até disposta a descer os quatorze andares pelas escadas.
– Com Daniel... – falou voltando a olhar a janela – Com Daniel foi fácil.
– Por que?
– Eu nunca o amei. – confessou – Pelo menos não da mesma forma que amei Emma. E ela me destruiu em maneiras inimagináveis.
– Mas Daniel traiu você e te abandonou com os filhos. – Archie tinha a mania de cutucar bem na ferida aberta para provocar uma reação nos pacientes.
– Sim, de fato. – concordou – Mas meu amor por Daniel nunca foi o amor de uma esposa por um marido. No máximo a de um colega ou amigo próximo. Ele não me destroçou, não destruiu meus sonhos e nem a minha vida. Emma sim, ela fez tudo isso durante anos. – olhou para Archie intensamente antes de continuar – Nunca depositei esperanças em Daniel por não ama-lo, então quando tudo desmoronou, eu permaneci em pé.
[...]
Já estava no horário de almoço quando Regina saiu do escritório do dr. Hopper. Estava um pouco frio, o vento gelado estava fazendo com que as bochechas da morena ficassem vermelhas assim como a ponta de seu nariz. Ela esfregou uma mão na outra após fechar bem seu sobretudo e atravessou a rua praticamente correndo. Não que Regina estivesse com pressa de chegar em algum lugar, não tinha muita coisa para fazer naquele dia, mas estava com bastante fome e pretendia parar em algum lugar para comer.
– Regina? – a morena se virou ao ouvir alguém chamando-a e se surpreendeu ao ver Emma parada ao lado de um dos carros. Estava saindo dele, aparentemente.
– Emma, oi. – ela sorriu para Swan e se aproximou – Tudo bem?
– Tudo ótimo. – Emma bateu a porta do carro e subiu na calçada, parando de frente para a advogada – Acabei de sair de uma aula particular de violão.
– Oh, teve ter uma agenda cheia. – a loira deu de ombros e continuou sorrindo – Eu acabei de sair do meu... – Regina não queria dizer que estava no psicólogo e muito menos que o assunto principal das últimas semanas era a mulher em sua frente – no meu cliente. Estou indo almoçar agora, gostaria de me acompanhar?
Emma adorava o jeito formal de Regina, desde jovem ela falava dessa maneira e a loira achava extremamente encantador. Era tão... Regina.
– Claro, eu adoraria. – Emma sorriu animada. Claro que ela acompanharia a advogada, em qualquer lugar que ela quisesse. Em qualquer hora.
O restaurante que elas escolheram não era nem um pouco longe e isso facilitou para ambas, que foram a pé juntas. Elas não disseram absolutamente nada durante o caminho todo, mas as duas tinham as expressões leves e um pequeno sorriso no rosto.
– Mesa para duas, por favor – Emma pediu à moça, que sorriu e anotou o nome das duas em sua frente – Se for possível, ao lado da janela.
– Com certeza, por aqui – a garota guiou as mulheres pelo restaurante até a mesa escolhida.
– Você se lembra. – Regina comentou deslumbrada ao se sentar e olhar a rua do lado de fora. Ela amava isso.
– Jamais esqueceria.
É claro que não demorou para as duas ficarem em silêncio novamente, afinal, nenhuma das duas sabia o que falar exatamente. Não era uma situação que elas imaginavam que poderia acontecer depois de tanto tempo. Regina queria conversar, mas não sabia sobre o que falar. Perguntar sobre os preparativos para o casamento? Isso era um assunto que ela gostaria de conversar sobre? A resposta era: não! Não queria nem ouvir o nome da... noiva... de Emma.
– Você lembra daquela vez que os seus pais viajaram para a Espanha e te deixaram sem chave e...
– Eu fiquei pra fora de casa e você precisou escalar até a janela do segundo andar que era a única aberta. – completou a morena já rindo e Emma a acompanhou na risada – Você quase quebrou o seu braço naquele dia.
– É claro! – rebateu – A princesinha não sabia subir nem em escada, então sobrou para quem?
– Para a melhor atleta da escola, óbvio. – Regina riu e afastou os objetos da mesa para o garçom colocar o prato que elas haviam pedido – Obrigada. Poderia me trazer um suco de maracujá com leite, por favor?
O garçom anotou e saiu, deixando as duas mulheres sozinhas novamente.
– Era a melhor atleta, mas não a melhor motorista – balançou a cabeça negativamente e Emma fez uma cara de indignada – Oras, não foi você que bateu a caminhonete do seu pai na BMW do senhor Hermann? – debochou fazendo a loira revirar os olhos.
– Foi uma batidinha pequena, um descuido, só isso. – se defendeu dando de ombros.
– E foi a batidinha pequena que fez você quebrar o pulso e ficar fora das semi-finais dos jogos do segundo ano, não foi, Swan?
– ARG, você me chamou aqui só para me humilhar, é isso? – dramatizou fazendo bico feito criança e Regina gargalhou da carinha da mulher. – Não ria. Foi por causa do meu pulso quebrado que o time masculino ultrapassou a gente em vitórias e eu tive que aguentar o último ano inteiro ouvindo aquele verme se gabar.
– Meu Deus, é verdade – Regina riu surpresa ao se lembrar de Robin Locksley e do tanto que ele odiava Emma Swan – Você sabe por onde ele anda?
– Quem? O Locksley? – perguntou após terminar de mastigar e Regina fez que sim com a cabeça – Oh, ele se casou com uma garota que conheceu na faculdade e a última vez que ouvi falar dele, ele tinha sido preso por um roubo de uma joalheria.
– Ele está preso? – a morena ficou chocada ao ouvir isso. Na verdade, nem tanto, afinal não esperava muito daquele rapaz.
– Deve estar ainda, parece que durante o roubo um dos caras que estava com ele matou uma pessoa, enfim, foi bem feio o caso – contou tentando se lembrar dos detalhes, mas já fazia algum tempo que tinha acontecido e Emma nunca teve uma memória muito boa para esse tipo de coisa – Acho que a esposa dele estava grávida quando ele foi preso. Robin acabou com a vida da família dele com isso.
– Realmente – Regina concordou e respirou fundo – Ele era um babaca, mas não acho que a esposa e o filho mereciam isso.
– Não mesmo. Mas chega de falar dele, vamos falar de coisa boa – disse abrindo um novo sorriso – Como o sr. Henry está?
– Bem, graças a Deus. – sorriu – Já está em casa e se recuperando muito bem. Minha mãe fica com ele vinte e quatro horas por dia e ainda tem uma enfermeira extra lá para poder ajudar. Os médicos disseram que ele não pode fazer esforço algum.
– Imagino que dona Cora não deixe ele nem espirrar sem pedir antes. – comentou rindo e Regina fez que sim com a cabeça. Cora foi enfermeira durante muitos anos e amava muito o que fazia, mas se aposentou e passou a viver tranquilamente com o marido.
Elas continuaram a comer falando sobre várias coisas, algumas importantes e outras nem tanto, mas conversaram o máximo que podiam. Até entraram em uma pequena discussão sobre quem pagaria a conta e, é óbvio que, Regina venceu e pagou.
– Então... – Regina começou quando elas pisaram do lado de fora do restaurante, não querendo ainda se despedir – Como estão os preparativos do casamento? – Emma engoliu em seco, não esperando aquela pergunta de maneira alguma.
– Honestamente, não faço ideia mais. – disse após um suspiro e Regina franziu o cenho – Eu tentei ajudar a organizar, dar opiniões, mas nunca está bom então deixei tudo pra ela. Funcionou.
– E sua mãe? Ela simplesmente permitiu isso? – Regina sabia como Bárbara era quando o assunto era casamento, principalmente dos filhos e achava difícil de acreditar que ela não faria nada.
– Minha mãe ajudou no começo porque eu pedi – deu de ombros – Ela não está muito animada com o casamento, mas enfim... – respirou fundo e sorriu, mas Regina percebeu que era um pouco forçado e que ela provavelmente mudaria de assunto – Preciso ir realmente. Preciso ir até a casa os meus pais.
– Tudo bem, eu preciso ir também. – Regina não sabia muito bem como se despedir, então apenas depositou um beijo rápido na bochecha da mulher e se afastou – Até mais.
Emma acenou e observou a morena se afastar cada vez mais. Quando Regina virou a esquina, Swan decidiu que estava realmente na hora de ir, pois ela realmente precisava ir até a casa dos pais ajudar Frank a consertar o piso da cozinha. Killian jamais faria esse tipo de trabalho e Rose não chegava perto nem de um martelo.
– Lily, vou passar na casa dos meus pais e assim que eu terminar lá, vou direto para o estúdio. Preciso pegar alguns papéis e também o meu violão que ficou lá. – ela disse e apertou no botão para enviar o áudio.
O trânsito na cidade estava péssimo e ela demorou mais de duas horas para chegar até a casa, isso que nem era tão longe assim. Tudo o que Emma estava precisando era quebrar algumas coisas para desestressar.
Emma estacionou na frente da casa dos Swan’s e viu Frank na garagem mexendo no Opala que estava ali estacionado há muitos anos. A loira se aproximou do pai e tentou chamá-lo, mas a música estava alta demais e Frank sempre foi um pouco surdo.
– Pai! – chamou mais uma vez após desligar o rádio, assustando o homem – Não vamos consertar o piso?
– Oh, vamos sim, querida – ele sorriu e abraçou a filha – Estava esperando você chegar. Demorou, ein?
– Trânsito – suspirou – Cadê a mamãe?
– Na cozinha, acho que ela está fazendo aqueles bolinhos que você gosta – ele sorriu para a filha – Então como foi a aula?
– Ótima, encontrei a Regina também e nós almoçamos. – ela comentou e Frank tentou se manter neutro para não fazer nenhum comentário, ele conhecia a filha e sabia que ela estava bem tranquila com o assunto e deixou assim – Henry não pode sair de casa.
– Sua mãe comentou sobre – ele concordou – Estava pensando naquele churrasco que marcamos de fazer aqui e acho que irei levar até ele.
– Como assim?
– Bom, eu pensei em fazer o churrasco lá, se Cora permitir, é claro e aproveitar com ele – disse – Vai ser ótimo, sua mãe disse que eles construíram uma piscina maior para os netos e reformaram a parte da churrasqueira inteira.
– Você é um ótimo amigo, pai. Ele vai ficar muito feliz. – Emma abraçou o pai sorrindo.
– Frank! – Bárbara chamou entrando na garagem e sorriu ao ver a filha – Oh, oi, querida. Como vai?
– Bem, mãe. – as duas se abraçaram e a mulher se virou para o marido segurando o telefone.
– Mamãe ligou, ela está vindo passar uns dias conosco – avisou – Precisamos organizar tudo para a chegada dela, então a reforma no piso da cozinha vai ter qu esperar.
– Ah, mãe! – reclamou a loira, mas Bárbara não se importou.
– Ela chega em duas horas e vocês dois irão buscá-la.
– Isso não é justo, eu tenho coisas para fazer, mande o Killian buscar a vovó. – Emma parecia uma criança reclamona e isso fez com que Frank começasse a rir.
– Killian viajou e só volta na próxima semana. Rose está ocupada demais para ir buscar ela.
Emma respirou fundo e não reclamou mais, estava feliz por poder passar alguns dias ao lado da avó, fazia alguns anos que não a via já que ela estava morando em um lar de idosos em São Francisco e dificilmente eles tinham tempo para visitá-la. Sempre quando a família Swan falava que Amélia estava morando tão longe e sozinha, as pessoas ficavam chocadas, mas ela quem escolheu o local e sempre dizia que não trocava isso por nada.
[...]
No final, quem foi buscar Amélia foi Emma. Frank estava ocupado com algo que Emma não sabia o que era e deixou a filha ir buscar a sogra sozinha.
O aeroporto estava lotado, como sempre, então foi um pouco complicado para Emma encontrar a avó. Amélia, por ser uma senhora já de idade, caminhava bem rápido e acabou achando Swan primeiro.
– Vovó! Que susto. – Emma disse quando viu Amélia parada atrás dela.
– Se você fosse mais esperta, não teria se assustado – rebateu a senhorinha entregando a mala para a neta – Aqui, leve isso. Estou velha demais para carregar coisas.
– Vovó. – reclamou, mas pegou a mala mesmo assim – Vamos. Mamãe está te esperando.
– Espero que sim, não me deram nada para comer naquela porcaria de avião. – falou entrelaçando o braço no de Emma fazendo a menina rir.
– Ela fez bolinhos, vovó. Tem bastante deles em casa – comentou – Então, como estão as coisas em São Francisco?
– Ótimas, ninguém me enche o saco.
Emma levou a avó até a casa dos pais, onde ela ficaria pelos próximos quinze dias e a ajudou a se instalar em seu quarto.
– Mamãe, venha comer – Barbie gritou do andar de baixo e Emma gargalhou para as caretas que a avó fazia.
– Mal cheguei e ela já está me dando ordens. – reclamou – Vamos descer antes que ela venha me buscar.
– O que é isso, vovó? – perguntou a loira revirando a bolsa da senhora em busca de doces, Amélia sempre tinha doces na bolsa, mas dessa vez haviam algumas cartas.
– Nada que lhe interesse – falou, mas Emma apenas riu e virou uma das cartas para ver o remetente.
– Harriet Mills? – Swan arregalou os olhos surpresas e olhou para avó – A senhora troca cartas com Harriet Mills, vovó?
– Não pergunte o que você não quer saber, querida – a senhora era velha, mas era debochada – Harriet e eu nunca perdemos o contato, mesmo depois daquela palhaçada toda entre vocês crianças.
– A senhora sabe que existe telefone, não sabe?
– É claro que sei, estúpida! As cartas são apenas uma tradição. Somos velha, Emma Swan e velhos gostam de cartas.
– Mamãe! – Bárbara gritou novamente e Amélia revirou os olhos.
– Eu vou envenenar ela, anote o que estou dizendo. – comentou e apontou para os papéis nas mãos da neta – Guarde isso, não quero que sua mãe veja.
Bárbara havia decidido fazer um jantar de boas-vindas para a mãe, mesmo a própria protestando contra isso e Emma achou que era a oportunidade perfeita para apresentar Lily para a avó.
– Vovó, eu quero que conheça minha noiva – disse trazendo Lily para frente da senhora – Esta é Lily. Lily, essa é minha avó Amélia.
– É um prazer conhecer a senhora, sra. Swan. – Amélia não disfarçou ao olhar a garota de cima à baixo e isso deixou ambas as mulheres desconfortáveis.
– É um prazer. – falou não muito animada e virou de costas murmurando algo parecido com “a última era mais bonita”, mas por sorte Lily não ouviu. E se ouviu, fingiu que não.
[...]
– Mamãe ficou sabendo que Amélia Swan está na cidade – Cora comentou com o marido, sentando-se ao lado dele com uma xícara de chá – Ela disse que virá também, quer ver a amiga novamente.
– Oh, essas duas juntas... – Henry riu balançando a cabeça – Será que finalmente vamos reunir as duas famílias como fazíamos antes? Com todo mundo junto?
– Acho que sim, querido. Só que dessa vez com netos e Emma com uma noiva diferente. – suspirou – Isso vai ser um desastre.
– Sua mãe e Amélia juntas, isso que é um desastre.
Cora riu e começou a prestar atenção no filme em sua frente e fez sinal para que o marido fizesse o mesmo. Sabia que não sairia nada de bom se Harriet e Amélia se encontrassem novamente, mas seria incrível ver todos se divertindo juntos como nos velhos tempos.
Já estava de noite quando a porta da frente foi aberta e Zelena entrou na casa com Ruby e a filha. Elas passaram o dia procurando apartamento para que pudessem comprar e se mudarem de vez para Las Vegas. Zelena não queria mais ficar longe da família e sabia que seria bom para a filha crescer perto dos avós.
– Meninas, como foi a busca hoje?
– Ótima, acho que encontramos o lugar perfeito – a ruiva comentou pendurando o casaco – Filha, tire os sapatos. – pediu – Fomos visitar um apartamento perto da casa da Gina e nos apaixonamos, não é, Ruby?
– Sim. – a morena concordou com um sorriso – Tem uma escola próxima e é um bairro super tranquilo. Falamos com a Regina e ela disse que é um ótimo lugar para morar.
– Que ótimo! – Cora sorriu – Ficamos muito felizes por vocês. Vai dar tudo certo.
– Sim, mãe, vai sim. – Zelena disse beijando o rosto dos pais – Mês que vem Ruby irá voltar para a Espanha para ajeitar as coisas e vamos manter o restaurante de lá aberto com uma amiga de confiança nossa cuidando dele. Vamos abrir outro aqui também.
– Se precisarem de qualquer tipo de ajuda, sabem que estamos aqui – Henry disse puxando a neta para o seu colo e a menina se aconchegou ali – Assim podemos passar mais tempo com essa preciosidade aqui.
– Pare de babar na menina, Henry. – Cora disse rindo – Venha, querida, a vovó irá fazer um chocolate quente para você se esquentar.
– Agora quem está babando em quem?
– Quieto, Henry Mills!
Flashback On
– Mamãe! – Cora esbravejou, assustando Harriet e Amélia, fazendo-as cuspir toda a bebida. – Isso é tequila?
– Não. – mentiu na cara de pau. – É água.
– Sim, eu consigo sentir o cheiro dessa água daqui – falou irritada – Francamente, vocês duas.
– Ei, o que eu tenho a ver com isso? Quem está bebendo é ela! – Amélia apontou para a amiga, mas suas bochechas coradas e a fala embolada a entregavam.
– Sim, sim. É claro. – Cora revirou os olhos – Bárbara, venha ver isso.
– Ora, sua traidora. Bárbara não precisa saber disso, ela é uma cha... Oi, filha. – Amélia sorriu falsamente quando Barbie apareceu na sala após ouvir Cora chamando-a.
– O que houve?
– As duas senhoras aqui... – apontou para as duas – Estão bebendo tequila mesmo sabendo que estão proibidas por conta dos remédios de pressão!
– Mamãe! – Bárbara falou.
– Ora, Bárbara não seja uma pé no saco.
– Me da isso aqui – a Swan puxou a garrafa transparente da mão da mulher e a despejou inteira em um dos vasos de planta que havia ali – As duas estão expressamente proibidas de chegar perto de qualquer bebida alcóolica, estamos entendidas?
– Não, não estamos. – Amélia cruzou os braços – Eu peço para as crianças comprarem pra gente.
– EMMA, REGINA, ZELENA, RUBY, ROSE E KILLIAN VENHAM AQUI AGORA! – Cora gritou extremamente brava e não levou dez segundos para que todos se reunissem na sala para ver o que estava acontecendo, morrendo de medo do grito da mulher – Me escutem com bastante atenção! Se algum de vocês, não importa quem seja, comprar ou dar bebida para as duas ali, ficarão todos de castigo por três meses! Sem sair, sem festar, sem piscina, sem filme, sem absolutamente nada, estão me entendendo? Isso vale para todos. Não importa o que elas prometam, vocês não irão ganhar e ainda serão castigados. Entenderam?
– Sim, senhora. – todos responderam ao mesmo tempo e isso deixou tanto Cora quanto Barbie satisfeitas.
Assim que as duas mulheres saíram, Harriet sorriu para a amiga e se virou para os adolescentes com bastante malícia no olhar.
– Quem quer ganhar dinheiro?
My love will not unravel
It’s unconditional, my indigo
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