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História Liberdade Condicional - Dramione - Madrugada de Reflexão


Escrita por: Smel

Notas do Autor


Oies! Como estão?

Me desculpem pelo atraso! Tive uns problemas familiares bem sérios!
Aproveito para pedir mais uma vez que orem, torçam e mandem suas energias positivas para mim! Tenho precisado muito!

No mais, aqui vai o capítulo! Espero que gostem!

Capítulo 13 - Madrugada de Reflexão


Hermione

O despertador, mais uma vez, me acordou assustada na manhã de terça-feira. Eu não havia conseguido dormir tanto quanto eu gostaria. Assim que cheguei em minha casa, após sair da casa do Malfoy, me senti completamente estranha. Quero dizer… a noite foi estranha, inusitada. 

Primeiro, eu me surpreendi ao ver Malfoy morando em um apartamento que ficava em um prédio de classe média-baixa, mesmo que fosse na cobertura. Segundo, ele foi extremamente gentil ao me deixar entrar e oferecer de sua comida. Nenhum dos outros vizinhos trouxas parecia estar em casa, ele foi o único que me atendeu, o que me dizia que, se ele não estivesse me oferecido aquele macarrão, eu teria comido algo pré-pronto ou uma refeição congelada de novo, porque eu tinha queimado todo o pacote de arroz por tentá-lo cozinhar com pouca água. Eu era um terror na cozinha. 

Terceiro, ele conversou comigo e não foi um arrogante idiota, como ele sempre era, em nenhum momento, o que realmente me surpreendeu. Ele até chegou a desabafar sobre a sua situação com a sua ex esposa e a sua relação com seu filho. Quarto, o macarrão estava uma delícia. Nem mesmo Ronald, e ousaria dizer até que nem mesmo a sra. Weasley conseguiria preparar um macarrão tão saboroso, nutritivo e bem temperado em tão pouco tempo. As habilidades culinárias de Malfoy realmente me chocaram. E, por último, mas não menos importante, ele havia aceitado me deixar cuidar do caso dele na justiça e eu estava terrivelmente empolgada, porque eu sabia que com um pouquinho só de aproximação ele se abriria comigo o suficiente para que eu conseguisse depoimentos e as provas necessárias para ganhar o caso perante a um juíz.

Quando eu me deitei, na noite anterior, fiquei rolando de um lado para o outro na cama por horas enquanto refletia e colocava todos aqueles fatos em uma balança. Malfoy parecia outra pessoa durante aquele jantar, mas eu sabia que a personalidade de uma pessoa não poderia simplesmente mudar de uma hora para outra, então comecei a pensar se eu não estava sendo preconceituosa em relação a ele. Talvez eu estivesse exagerando ao ficar tão irritada com o seu comportamento e talvez todo o nosso passado tenha influenciado em minhas reações. Mas eu não o via há anos e ele poderia ter realmente mudado o seu jeito e então eu, que sempre prezei pelo certo e pelo justo, estaria sendo injusta. 

Isso tirou o meu sono por algumas horas e, quando vi que estava inquieta demais para dormir, resolvi ir tomar um banho. No banheiro do apartamento havia uma banheira velha, mas que seria ideal para um banho relaxante. Fazia muito tempo que eu não tinha um momento daqueles só para mim, com espuma, hidratante de cabelo e água escaldante. Depois do banho, no entanto, eu consegui dormir, me sentindo bem melhor e bem mais satisfeita comigo mesma do que antes, mas ainda assim acordei exausta. 

Me levantei e fui praticamente arrastando os pés no chão para o banheiro e, ao me olhar no espelho, me assustei com as minhas olheiras enormes. Eu precisaria de um quilo de maquiagem para cobrir aquilo, mas em compensação, o meu cabelo estava divino, por conta da hidratação da noite anterior, então fiz o que deveria fazer, tomei um bom banho e gastei alguns minutos a mais que o normal me maquiando. Quando já arrumada, fui para o quarto escolher o que vestir e a opção do dia foi uma calça jeans preta, uma bota de cano alto e uma camisa de seda vermelha, já que, se eu precisasse, poderia vestir a farda do uniforme por cima. Como já estava prestes a ficar atrasada, peguei uma maçã na fruteira, a minha pasta com documentos, minha bolsa e saí de casa, fechando a porta com a chave. 

Eu não esperava pelo susto que tomaria quando algum outro morador do prédio descesse as escadas feito um desesperado e trombasse comigo, não me dando nem tempo de ver o rosto do cidadão. 

— Pelo amor dos Deuses! – Exclamei, me recompondo. – Para que toda essa pressa? 

— Me desculpe, Granger. – Malfoy disse, ofegante. – Eu estava atrasado, mas como a minha querida chefe ainda está aqui, vejo que não preciso ter pressa, não é?

— Você é muito cara de pau. – Disse, rindo comigo mesma. – Estamos atrasados, sim e precisamos nos apressar. Eu vou te levar para o ministério em uma aparatação acompanhada. 

— Eu não posso usar meios de transporte mágicos, lembra? 

— É, Malfoy, eu sei. – Rolei os olhos. – Mas sob a minha supervisão não haverá problema algum. Me dê a sua mão.

— Se você diz… – Ele encolheu os ombros de forma displicente e segurou minha mão livre, entrelaçando os nossos dedos. – Manda ver, chefinha. 

— Para de me chamar assim. – Rolei os olhos e aparatei para dentro da minha sala, levando-o junto comigo. – Prontinho, chegamos a tempo. 

— Não sabia que dava para aparatar aqui dentro. – Ele ergueu as sobrancelhas, curioso e eu dei um sorriso exibicionista. 

— Eu posso… 

— Ah, certo… entendi. – Ele deu um sorriso divertido. – Tudo bem, Granger, ostente o seu cargo importante… 

— Saia da minha sala, Malfoy. – Brinquei e ele riu, indo para a porta e a abrindo. 

— Seu desejo é uma ordem, Madame. 

— Por Deus, eu desejo que você cale a boca! – Gritei, fingindo indignação e ele abriu um sorriso ladino. 

— Tenha um bom dia, Granger. 

— Você também… – Sorri, esperando que ele saísse. Quando ele fechou a porta eu rolei os olhos, mas o sorriso não abandonou o meu rosto nem por um momento. Fui para a minha escrivaninha e comecei a avaliar todos os relatórios de casos que os aurores de plantão colocaram em minha mesa durante a madrugada. Houve uma denúncia de maus tratos aos elfos, uma denúncia de contrabando de objetos mágicos, uma denúncia de barulho após o horário de silêncio em um condomínio bruxo, um roubo a uma loja em um vilarejo, jovens usando poções proibidas… nada muito além do comum. Protocolei e separei todos eles em pilhas de casos solucionados e casos em andamento. Os que estavam solucionados, eu arquivei e os em andamento eu segurei em minhas mãos e saí da sala, indo até a mesa de Draco. 

Ele sorriu ao me ver. 

— Oi. 

— Oi… – Sorri de volta, rolando os olhos. – Pode me fazer um favor? 

— É claro, chefinha, estou aqui para isso. – Ele piscou um olho e eu cruzei os braços, em um pedido silencioso para que ele me levasse a sério. Ele entendeu o recado e assentiu. – Pode falar, srta. Granger. 

— Preciso que você pendure estes relatórios naquele mural. – Apontei. – Lá é onde ficam os casos simples que ainda não foram solucionados. 

— Entendi. – Ele assentiu, pegando os papéis de minhas mãos e lendo um deles. – Jovens estão usando poções proibidas em Hogwarts?

— A juventude está cada vez mais rebelde. – Comentei, distraidamente e ele riu. 

— Olha só quem fala… A que preparou Polissuco no segundo ano. 

Aquilo me deixou completamente sem resposta e uma risada incrédula veio à tona. 

— Cala a boca, Malfoy. – Me apoiei em seu balcão enquanto o observava ir, rindo, até o mural, fazer o que eu tinha lhe pedido. 

— O que você está olhando? – A voz familiar me fez pular de susto e, como um reflexo, minha mão acertou o ombro de Rony, que agora ria de mim. 

— Por Deus! Você quer me matar ou o quê? – Disse, ainda exaltada enquanto ele gargalhava. – Filho da puta, para de rir. O que você está fazendo aqui? Não tem serviço pra fazer, não? 

— Eu vim rapidinho te perguntar uma coisa… 

— Então pergunte e suma daqui. – Brinquei, o puxando para um abraço apertado. Quando ele me soltou, eu sorri. – E então, o que quer saber? 

— Você não ficou chateada com a notícia do jornal, não é? 

— Que notícia? – Franzi o cenho, confusa e ele pegou uma edição do profeta do dia anterior, me fazendo ler toda a reportagem que explicava com detalhes o que a enxerida da Skeeter viu em seu encontro com Samantha. – Ah, Rony, tudo bem… Não estou chateada, você tem mesmo que seguir a sua vida e, se ela te faz feliz, eu apoio. 

— Ufa… – Ele suspirou aliviado. – Tenho uma outra pergunta. 

— Você não quer entrar na minha sala e tomar uma xícara de chá? Essas botas malditas estão destruindo o meu pé. 

— Vamos. – Ele sorriu, indo em minha frente e abrindo a porta. Porém, antes que eu pudesse entrar, o Malfoy apareceu, bloqueando em meu caminho. 

— Prontinho, srta. Granger, precisa de mais alguma coisa? 

— Hum… Preciso sim. – Respondi. – Você pode pedir para que o auror Potter vá até minha sala, por favor? 

— É claro. – Ele assentiu, sorridente e saiu do meu caminho, permitindo que eu entrasse em minha sala. 

— Que prestativo. – Ronald zombou, assentindo exageradamente. – Gostei de ver… 

— Vá para o inferno, Rony. – Rolei os olhos, me sentando e soltando um suspiro de alívio pelos meus pés. – Ah, graças a Merlin… 

— O que deu em você para usar saltos? – Ele franziu o cenho. 

— Era o único sapato que combinaria com a camisa de seda. – Reclamei. – Por quê? Ficou muito ruim? 

— Não, você está deslumbrante, mas e se você precisasse sair correndo para uma emergência? 

— Eu tenho um par de tênis no meu armário. – Encolhi os ombros, fazendo-o rir. – O que você quer? 

— O que você vai fazer hoje à noite? – Ele perguntou e eu fiz uma careta. 

— Nada, eu acho… Por quê?

— Será que as crianças podem dormir na sua casa? Eu queria levar a Sam para um encontro, para deixar as coisas um pouco mais sérias… 

— Olha só… – Eu sorri. – Estou gostando de ver, Roniquito. É claro que sim… Estarei em casa às sete e meia da noite, pode deixá-los lá. 

— Certo. E eu busco os dois amanhã cedinho para levá-los para a minha mãe. 

— Combinado… – Eu sorri. A porta se abriu e Harry entrou, carregando uma bandeja com três xícaras de chá. 

— Malfoy me disse que estava tendo uma reunião da época de escola aqui. Trouxe o chá. – Ele sorriu. – Hermione, você está linda hoje. 

— Obrigada. – Eu ergui as sobrancelhas, surpresa com o elogio enquanto pegava a minha xícara e bebia um gole de chá. – Então… Como foi a revista na Mansão Malfoy? 

— O esquadrão encontrou alguns objetos suspeitos, que foram para a perícia. Mas vamos descobrir tudo amanhã, quando os laudos saírem e nós interrogarmos a Narcisa. 

— Uh, é desse tipo de caso que vocês estão tratando? – Rony se sentou, interessado. 

— É, mas é de sigilo completo. Não conte para ninguém. 

— É claro que não. – Ele rolou os olhos, bebendo o resto de seu chá. – Eu preciso voltar ao trabalho, vou deixar vocês debaterem seus casos secretos. Nos vemos na sexta? Um jantar? 

— Combinado. – Eu e Harry respondemos em uníssono antes de Rony desaparatar. 

— Vocês me parecem bem. – Harry considerou e eu assenti. 

— Estamos bem. Ele está com uma nova namorada e tudo mais. 

— É… – Harry fez uma careta. – Eu vi nos jornais. É difícil saber que o meu melhor amigo está namorando por uma notícia de jornal. 

— Não seja idiota. – Rolei os olhos. – Eles ainda não estão oficialmente namorando, aquele era só um encontro. Rony deu azar de ser flagrado… Seria estranho se ele contasse a você sobre todos os encontros dele. 

— É… – Harry arregalou os olhos, tendo uma imagem mental que o fez fazer uma careta de nojo. – E eu também não faço questão de saber disso. 

— Viu? – Brinquei, fazendo-o sorrir e dar um beijo em minha testa. 

— Vou voltar ao trabalho. 

— Divirta-se. – Sorri e acenei, acompanhando-o com os olhos até que ele saísse de minha sala. Em seguida, eu suspirei, voltando a fazer as coisas que eu precisava fazer.

 


Notas Finais


E ai?
Espero que tenham gostado e que comentem bastante!

Beijos e até semana que vem! <3


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