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História Liberdade Condicional - Dramione - Emoções


Escrita por: Smel

Notas do Autor


Vim mais cedo porque os próximos dias serão uma total loucura!

Espero que gostem!

Capítulo 30 - Emoções


Hermione

Nada poderia estragar o meu humor naquele dia. Draco tinha me pedido em namoro e eu estava me sentindo deslumbrante. Assim que eu cheguei ao ministério, dei a pilha de documentos que sempre estava sobre a minha mesa para Draco separar e fui diretamente para a sala de Mafalda Hopkirk, que já me esperava, porque eu tinha um horário marcado. 

Na minha madrugada de insônia eu aproveitei para escrever todos os detalhes da minha visita à França e protocolar no ministério, para que isso constasse como provas no processo, então eu anexei isso aos documentos de Draco, junto com o novo pedido de divórcio com as novas condições e o extrato de sua conta bancária. E, se Deus quisesse, teríamos o Scorpius conosco o mais rápido possível. 

Me sentei na cadeira em frente à mesa de Mafalda e tratei de contar a ela tudo, com todos os detalhes e ela prestou atenção em tudo, leu todos os depoimentos e todos os documentos com muita concentração antes de pigarrear. 

— O Senhor Malfoy está disposto a dar toda essa quantia à sua ex esposa em troca do menino? 

— Ele sacou um dinheiro para que possa arcar com as despesas de uns dois meses, mas sim, todo esse dinheiro vai ser dado em troca do menino, se for necessário. Scorpius não tem preço para o Draco, Mafalda. Eu garanto que, se ele pudesse, daria todo o dinheiro do mundo para ter o garoto. 

— Você tem certeza disso? – Ela me encarou como se pudesse ler os meus pensamentos e eu assenti com firmeza. 

— Eu os vi juntos. Eles são como alma gêmeas. – Sorri. – Draco é um pai incrível, Mafalda. E Scorpius o adora… Se você concordar, eu me disponho a ir até lá, pedir para que a Astória assine este maldito papel de uma vez por todas. 

— Por que você faria isso? 

— Porque eu não aguento mais ver Scorpius passando por injustiças e eu quero ver Draco livre. 

— Vamos fazer assim… Eu vou até a França averiguar a situação e levo estes documentos. Com sorte ela irá assinar isso hoje e o senhor Malfoy terá um problema a menos para resolver. – Ela sorriu e eu assenti. 

— Muito, muito obrigada, Mafalda. Leve um vidro de Veritaserum em sua bolsa, Astória pode ser difícil ao tratar desse assunto.

— Eu sou uma mulher prevenida, querida. Mas agora me diga uma coisa… – Ela sorriu. – Por que é que você se envolveu tanto nesse caso? 

— É complicado… Eu acabei me aproximando demais de Draco e vendo nele coisas que eu não via antes. – Encolhi os ombros e ela assentiu, como se já soubesse de tudo.

— Bom… eu preciso ir até a França resolver umas questões, querida. – Ela sorriu. – Aproveite o seu novo namorado. Felicidades.

Senti minhas bochechas esquentarem e me levantei de sua cadeira. 

— Obrigada mais uma vez. Scor é um menino incrível, ele merece coisa muito melhor do que está recebendo de Astória. Você está salvando uma criança de ser mal tratada. 

Com isso, eu saí da sala dela e voltei para a minha, ansiosa. Draco já estava à minha espera e quando eu cheguei ele segurou os meus ombros. 

— E aí? 

— Mafalda vai até a França averiguar a situação. Vamos torcer para dar tudo certo. – Respondi de uma só vez e Draco me puxou para um abraço apertado. – Se tudo der certo, Scor vai passar por uma assistente social e por uma pediatra, apenas para que ela faça uns exames que comprovem a agressão que ele sofreu e para que garantam que ele está bem. E então ele será todo seu. Se tudo correr bem, de noite iremos ao St. Mungus buscá-lo. 

— Eu nem sei como te agradecer, linda. – Ele beijou a minha testa demoradamente e me abraçou. 

— Eu fiz isso pelo Scor também. – Sorri, me afastando para olhar em seus olhos. – Agora só precisamos torcer. 

— Eu vou voltar ao trabalho antes que eu fique maluco. – Ele riu, nervosamente. – Você precisa que eu faça mais alguma coisa? 

— Preciso… Na verdade, é um trabalho bem chato. – Fiz uma careta e ele assentiu enquanto eu pegava uns envelopes sobre a mesa e uma prancheta com linhas em branco. – Preciso que você vá até o Beco Diagonal e entregue estes comunicados em todas as lojas e colha as assinaturas atestando o recebimento de todos os proprietários. Fazemos isso a cada seis meses. Os esquadrões vão verificar as lojas para ter certeza de que não há nada ilegal rolando por lá. Pode fazer isso pra mim? Se eu tiver qualquer novidade sobre o Scor, eu juro que te falo. E à noite nós vamos juntos buscá-lo se tudo der certo, ok? 

— Claro. – Ele sorriu e me deu um selinho. – Eu vou comprar um bolo de boas-vindas para ele. Quer alguma coisa? 

— Hum… você poderia fazer aquele macarrão. – Eu sorri e ele assentiu, rindo. 

— Ok, madame, eu passo no mercado. Mais alguma coisa? 

— Só isso. – Eu dei mais um beijo em sua boca. – Tome cuidado, tá? 

— Sim, senhora. 

— Divirta-se. – Brinquei e ele riu, saindo da minha sala.

Ao final daquela manhã eu já tinha organizado todos os relatórios da noite anterior, feito duas reuniões com esquadrões diferentes, cuidado da denúncia dos maus tratos em Azkaban, almoçado e feito uma outra reunião com Harry sobre questões burocráticas. 

Às duas e meia da tarde em ponto, três batidas soaram na minha porta e eu suspirei, tomando um gole do meu chá antes de responder. 

— Está aberta, pode entrar! 

A porta se abriu e Mafalda entrou, com uma expressão séria demais para o meu gosto, o que me deixou em estado de alerta.

— Você já voltou? – Arregalei os olhos, avaliando-a. – Por favor, me diga que poderemos ir buscar o Scor hoje de noite. 

— Infelizmente, não. – Ela disse e eu suspirei, derrotada. – Eu sinto muito, querida.

— Ah, não! Não me diga que ela não assinou! – Pedi, prendendo a ponte do meu nariz entre o polegar e o indicador.

— Não… Ela não assinou. – Mafalda respondeu e eu me irritei, dando um tapa em minha mesa para descontar a minha frustração. 

— Que ódio! O que mais ela quer de Draco? Qual é o problema daquela vadia filha da puta? 

— Controle o seu vocabulário, Hermione. – Ela sorriu, ansiosa e eu franzi os meus olhos em sua direção até que ela continuasse a falar. – Você não pode falar essas coisas perto de uma criança. 

— O quê? Mas você… – Franzi o cenho. Foi nesse momento que o pequeno Scorpius entrou correndo e rindo no meu escritório e praticamente pulou em meus braços. Com um grito de animação, eu o ergui no colo e dei um beijo demorado em seu rosto, mal conseguindo conter as lágrimas que saíam dos meus olhos. – Ah, meu Deus! Você está aqui! Você está aqui! Mafalda… Como? 

— Nós prendemos a senhorita Greengrass por abandono de incapaz e, diante de todo o processo, como o adultério foi comprovado, o casamento foi anulado pelo Ministério Francês e a guarda do garoto foi concedida ao pai sem que o senhor Malfoy tivesse que pagar um centavo. – Ela deu a boa notícia e eu senti como se cinquenta quilos tivessem saído das minhas costas. – Ele está livre desse processo!

— Graças aos Deuses! Graças aos Deuses! – Disse, beijando várias e várias vezes o rostinho de Scor, que gargalhou. – Ele passou pela assistente social? Passou pelos médicos? Ele está bem? 

— Está tudo bem com o menino. – Ela sorriu, me entregando um pergaminho. – Ele só precisará repor algumas vitaminas, mas ele está ótimo. Aqui está… 

— Que bom! – Suspirei, aliviada. – Muito obrigada, Mafalda. Eu nem sei como te agradecer! 

— Eu que agradeço, Hermione. – Ela deu um sorriso gentil. – Vou voltar ao trabalho. Com licença. 

Eu assenti e assim que ela saiu da sala eu voltei a abraçar o Scorpius, que estava super confuso com tudo o que estava acontecendo ao seu redor. 

— Onde eu estou? – Ele perguntou e eu coloquei-o sentado sobre a minha mesa para conversar com ele. 

— Aqui é onde eu e o seu pai trabalhamos, querido. 

— Meu pai está aqui? – Ele arregalou os olhos animadamente, procurando ao redor por seu pai. Eu sorri com isso. 

— Ele vai chegar logo e então você vai poder ficar bastante tempo com ele. Eu prometo. 

— Você também vai ficar com a gente? – Ele perguntou, pegando uma mecha do meu cabelo da mesma forma que seu pai costumava fazer. Eu ri com isso e assenti. 

— Só se você quiser. 

— Eu quero. – Ele assentiu. – Eu vou dormir na casa do meu pai? 

— Sim. E agora é para sempre. 

— Sério? – Ele gritou, arregalando os olhos e eu assenti. 

— Sério, meu amor! 

— E eu vou poder mesmo chamar você de mãe? 

— Você pode me chamar do que quiser, querido.

— Tá bom. – Ele abriu um sorrisão e começou a balançar suas perninhas. Eu mal conseguia parar de olhar para ele, ainda não acreditando que ele estava lá, são e salvo. – O mamãe… 

— Sim, meu amorzinho? – Sorri, secando as lágrimas do meu rosto. 

— Você pode me emprestar um pergaminho e uma pena pra eu desenhar? 

— É claro! – Eu assenti, colocando-o sentado em minhas pernas para que ele pudesse desenhar sobre a mesa. Ele ficou quietinho desenhando, enquanto eu apenas observava os seus movimentos e vez ou outra beijava o topo de sua cabeça de forma protetora. Ele merecia receber todo amor do mundo depois de tudo o que tinha passado nas mãos de Astória e eu iria garantir isso para ele. 

— Mãe… – Ele repetiu e eu funguei antes de responder. 

— Sim, querido? 

— Por que você não para de chorar? Você está triste?

— Não, meu amor. – Ri de sua pergunta. – Eu só estou muito feliz por você estar aqui. A sua nova mãe é uma chorona. 

— Eu também estou feliz, mas eu não vou chorar. – Ele respondeu, astuto e eu dei um beijo demorado em seu rosto. Antes que eu pudesse falar qualquer outra coisa a minha porta se abriu em um rompante e Draco passou por ela, distraído. 

— Estava um sol dos infernos lá no…

— Papai! – Scorpius gritou, correndo até ele e pulando em seu colo. Draco ficou em choque por alguns segundos antes de se abaixar e pegá-lo em seus braços, o apertando contra o seu corpo sem falar uma palavra sequer. Ele fechou os olhos e começou a soluçar e eu continuei chorando ao ver aqueles dois se abraçando por muitos minutos. 

Quando eles finalmente  se afastaram, ainda assim Scorpius continuou no colo do pai, que me olhava com os olhos brilhantes como nunca, protegendo seu filho com os seus braços. Eu não sabia o que dizer, então foi Draco quem quebrou o silêncio. 

— Você conseguiu. – Ele sussurrou e eu assenti, enxugando o rosto. 

— Nós conseguimos, amor. – Respondi, sentindo o meu coração acelerar. Scorpius esticou sua mãozinha na minha direção e eu ergui as sobrancelhas, confusa. – O que foi, querido? 

— Vem, mamãe! – Ele disse e meu coração quase saiu pela boca de tanta emoção. – Vem aqui abraçar a gente! 

Eu nem esperei um segundo convite, apenas corri até eles e esmaguei Scor contra o corpo de seu pai, que ainda não tinha parado de me olhar daquele jeito intenso. Franzi o cenho para ele e ele beijou minha testa antes de sussurrar: 

— Obrigado. 

***** 

Mais tarde naquele mesmo dia, depois do jantar, eu estava sentada no sofá da casa de Draco. Scor estava deitado com a cabeça em minhas pernas enquanto o seu pai lavava a louça. Malfoy estava radiante, cantarolando suas músicas esquisitas na cozinha enquanto eu acariciava o cabelo do meu mais novo filho, que estava quase dormindo. 

Draco se aproximou, sorridente e me deu um beijo rápido nos lábios, para então se dirigir ao seu filho. 

— O carinho da tia Hermione está bom, cara? 

Scor abriu um sorriso inocente e assentiu em resposta, me fazendo sorrir. 

— Ela não é mais a minha tia. – O pequeno corrigiu seu pai. – Agora ela é a minha mãe. 

Draco me olhou questionador e eu assenti, tranquilizando-o, então ele sorriu. 

— Você é muito espertinho, garoto. 

Scor abriu um sorriso orgulhoso e voltou a falar. 

— Posso dormir na cama grande hoje? 

— Hoje a Hermione vai dormir na cama grande com o papai. 

— Ah… – Ele franziu o cenho. – Cabe eu? 

Draco me encarou e eu dei um sorriso vitorioso. 

— Eu falei que não é fácil negar esse pedido. – Sussurrei e Draco suspirou. – É claro que cabe você, meu amor, bem no meio de nós dois! 

— Eba!!! – Ele comemorou, se levantando até me dar um beijo na bochecha. Ele era adorável e eu já estava apaixonada. E eu suspeitava que não era só por ele. 

 


Notas Finais


E aíiii?

O que acharam? Espero os comentários!!!

Quero desejar a todos vocês um explêndido e feliz natal! Cheio de amor e paz!

Beeijos e até o próximo!


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