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História Liberdade Opressiva - Verdades e Mentiras


Escrita por: Carolaines2

Notas do Autor


Oi peoples, como estão?
Ai vai outro capitulo para vocês.
Boa leitura!

Capítulo 7 - Verdades e Mentiras


Fanfic / Fanfiction Liberdade Opressiva - Verdades e Mentiras

P.O.V Lavonne

Não pensei que minha vida fosse mudar tão dramaticamente, virou literalmente de cabeça para baixo como se eu não tivesse planos e olha que eu tinha muitos objetivos em minha antiga vida. Mas isso não é tão importante agora, porque essas pessoas que dizem ser como eu, estão me falando nesse exato momento coisas da minha vida que nem eu mesma sabia e isso é surreal para mim. Descobrir coisas novas de pessoas que você viveu a vida toda, e saber que ela tinha segredos tão profundos que dependeria de nossas vidas se contassem, eu não sei o que eu penso ou sinto porque estou congelada no lugar, olhando para Megan, Adam e Andrew que revelaram quem é meus pais biológicos, ou minha mãe já que meu pai morreu há muitos anos.

Eu estou espantada por saber que meu pai é um humano que se casou com um monstro, mas isso nem é o mais chocante, minha mãe é a sra Lincohn, ela é uma vampira e o pior, ela é concluída.

- Mas o que tem demais nisso tudo de concluída? – Pergunto desconfiada com tudo isso.

- Existem dois tipos de vampiros em nosso mundo – Fala Megan, sempre culta e inteligente – Os concluídos e renegados, todos eles tem dons especiais e sempre alguns tem relações com mundanos e isso é extremamente errado na nossa lei fundamental, nós somos os renegados e como o próprio nome diz somos os excluídos de poderes extras, os concluídos são os mais poderosos e malévolos, você deve se afastar deles...

- Ou apenas lutar com eles, mesmo que sua chance seja mínima – Andrew fala de uma forma maliciosa e com um duplo sentido, não entendi, e nem quero entender o significado.

- Continuando – Ela revira os olhos em desinteresse – Eu não sei como isso ocorreu, mas a maioria das pessoas mistas acabam morrendo antes do nascimento, alguns sobreviveram, só não sei quantos – Ela finaliza com um olhar de pena direcionado a mim.

- Você está me dizendo que eu sou uma sobrevivente? – Pergunto.

- Podemos dizer que sortuda – Adam disse e como sempre ignoramos o comentário.

- O que eu vou fazer agora? – Pergunto mais para mim mesmo do que para eles.

- Devemos te mandar para longe, eles vão te procurar aonde for, mas temos um lugar seguro que podemos ficar – Assinto com a cabeça para ela, mais ela parece não ver, está parada olhando pela janela vendo algo que não consigo achar. 

- Tem alguém vindo ai Megan – Fala Andrew já pegando sua faca atrás da calça e saindo atento.

- O que? Quem tá vindo? – Dou um pulo da cadeira e aliso meu cabelo ainda úmido, que agora está vermelho do rio que pulei. Olho pela janela para ver se consigo captar alguma coisa, não vejo nada.

- Eles nos acharam, a ligação com sua mãe é muito forte agora, isso quer dizer que sua transformação está mais próxima do que imaginávamos – Adam pela primeira vez está falando algo sério e não é ignorado por isso.

Saímos todos da casa acompanhando Andrew, mas não fomos rápido o suficiente na fuga, eles estavam nos esperando e preparados em guardas, fiquei com medo admito, fui para trás de Andrew que apenas me empurrou com uma mão para me esconder dos outros, e sussurrou.

- Quando eu falar corre, você corre – Sussurrei um ok e olhei para a floresta onde seria meu abismo obscuro. 

Encaro a mulher que descobri ser minha mãe e ouço a breve conversa que aconteceu, mas logo em seguida tudo para no tempo, passou rápido demais para meu cérebro acompanhar, ouvi em câmera lenta um grito pedindo para correr e foi o que fiz. Corri em direção ao meu refúgio.

- Não adianta correr minha filha, eu vou te achar, está no seu sangue – Escuto essas palavras amargas, enquanto perfuram minha alma me causando desgosto. Me viro lentamente para dar a ela um pouco do veneno de minhas palavras.

- Você não é minha mãe, nunca foi e nunca será – Olho para Megan que assente, como para confirmar que estou certa sobre isso. 

- Não tente fugir da realidade, minha querida, agora pare de drama e vem aqui. Vou te levar de volta para casa – Ela fala isso tão casualmente que fico com raiva de toda essa loucura, isso está errado, o mundo conspirou contra mim? Quem sou eu? Quem é essa mulher? Quem são essas pessoas? 

Parece que minha cabeça vai explodir a qualquer momento, estou me sentindo estranha, sinto algo mudando dentro de mim, me fazendo ferver. Eu corro, eu corro em direção á lua, eu corro para qualquer lugar, eu corro muito rápido mais do que eu conseguiria correr.

Desvio de arvores e galhos, eles não machucam mais meu tornozelo nem minha perna, me sinto flutuando entre a terra, como uma folha leve que o vento carrega. Eu me sinto livre,  me sinto esgotada e desentendida, me sinto confusa, isso é um turbilhão de sentimentos, escuto meu próprio coração parando de bater e depois minha pele gelar como geleiras.

Só paro de correr para ver meu reflexo no rio vermelho, e entre tanta cor vermelha eu vejo meu rosto delicado lá, como uma rosa no deserto ou uma única esperança na visita da morte, como eu mudei tanto de um dia para o outro assim? Permito-me descansar e ter o privilégio de dar tempo ao tempo. Respiro fundo algumas vezes até ver a imagem de Andrew embaçado na água, meus olhos estão suplicando aos deles para fazer isso parar, sinto uma pontada de dor no peito, até ver que meu coração parou totalmente, eu não tenho coração mais. Vejo tudo ficar escuro e minha visão ficar preta, mas não antes de ouvi-lo falar.

- Não se preocupe você vai ficar bem, vou te tirar daqui – Ele não falou soando enigmático como sempre, e sim como se entendesse a dor que sinto. Apaguei ainda com dor no corpo, mas com sentidos alertas como se eu estivesse sentindo tudo só que com os olhos fechados, eles estavam tão pesados, Andrew me levantou e me carregou.



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