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História Ligados Pela Liberdade (Imagine Ten) - Aceitação


Escrita por: Xuchittaprr

Notas do Autor


Gente ques comentários lindos <33 no último capítulo, ceis tão sofrendo comigo, com o casal, com todo mundo... ai...

Capítulo 37 - Aceitação



 

Talvez precise te interpretar melhor

Talvez precise de um despertador

Ou de um café mais forte

Talvez precise encontrar alguma coisa em ti que não me agrade

Vai ver eu preciso é de você

(Sobre Cafés e Você - Menores Atos)

 



 

-Bom dia, S/n - Ah-ri disse assim que S/n entrou na cozinha.

-Bom dia - S/n sorriu fraco.

-Aproveitei que Chittaphon não está em casa e fiz um café gostoso para você se animar - Sorriu amavelmente, entregando o copo à garota. S/n tentou afastar os pensamentos sobre Ten, pois até um simples café conseguia desestabilizar suas emoções já feridas.

Ela se sentou na bancada e checou seus e-mails pelo celular, se distraindo de seus próprios pensamentos.

-A casa está tão quieta esses dias sem Chittaphon, não é? - Ah- ri comentou.

-Acho que eu prefiro assim - S/n respondeu com a voz baixa. 

A cozinheira sentiu a amargura na voz de S/n e ficou triste com a resposta dela, mas preferiu não dizer mais nada, pois sabia que certamente a garota tinha seus motivos para preferir o silêncio.

O fato era que depois de oito dias, S/n já tinha aceitado que Ten não se importava, nem para mandar uma mensagem dizendo como estava, e que talvez não fosse voltar tão cedo. Ela viu que estava por ela mesma e não podia contar com ele, nem mesmo ser dependente dele ou dos sentimentos que havia criado. Depois da tristeza e da raiva, veio apenas a aceitação. O buraco em seu peito continuava aberto e talvez nunca fosse se fechar totalmente, mas ela estava cobrindo do jeito que podia. Apenas não podia mais esperar por algo tão incerto e se iludir. 

S/n não demorou muito e foi para a empresa. Estava distraída vendo algumas pautas da reunião de marketing, quando sua secretária ligou e avisou que Kun queria falar com ela. A garota não queria vê-lo, na verdade não queria ver nenhum amigo de Ten e nem ninguém que tivesse a ver com ele, mas mesmo assim pediu para Kun entrar.

-Bom dia - Ele sorriu fraco, fechando a porta atrás deles. Ele via S/n há dias com um semblante triste e começou a ficar extremamente preocupado. Kun não viajou com os amigos pois não podia abandonar as coisas do seu trabalho. Infelizmente não era privilegiado como seus amigos ricos e não podia sumir quando bem entendesse.

-Bom dia - Ela respondeu enquanto rasgava alguns rascunhos.

-Como você está? - Ele perguntou.

-Bem. E você? 

-Também - Respondeu pensativo enquanto achava um jeito de iniciar aquela conversa - Você…. Falou com o Ten? - Perguntou. 

-Antes de ele desaparecer, não - Respondeu sem vontade. Tem notou a pontada de sarcasmo na voz dela, e percebeu que S/n estava chateada com aquilo. Ela não se aguentou e perguntou, tentando não parecer interessada na resposta que ele daria - E você?

- Não também. 

-Ah, então não é só comigo - Disse com deboche.

-Quando Ten viaja para meditar ele se desconecta do mundo, é normal. Às vezes nem sinal ele tem, você não imagina os lugares que ele se enfia - Qian respondeu sorrindo, tentando passar tranquilidade a ela - S/n, sei que está chateada. Antes de embarcar ele me mandou mensagem dizendo que vocês tinham discutido. Mas Ten é sensível e você vai ter que aprender a lidar com isso. Eu também já briguei com ele, acha que não? Mas sei que ele tem um coração enorme e é capaz de fazer tudo por quem ama, ele só precisa de um tempo às vezes, pois acaba ficando sobrecarregado por absorver tanto as coisas a sua volta.

- Relaxa Qian, eu estou numa boa - S/n tentou fingir que não tinha sido afetada pelas palavras dele. Não queria admitir que estava sim chateada e que Kun tinha razão em tudo o que disse.

-Sério mesmo? - Ele perguntou de forma calma e gentil. S/n o encarou por alguns segundos, hesitante. Ele sabia como deixar alguém confortável e ser convincente - Eu sou gestor de RH, é meu dever garantir que os funcionários estejam confortáveis, principalmente a diretoria, e eu estou percebendo que você anda meio pra baixo - Ele sorriu fraco.

-Bem… Não fiquei feliz por ele sair desse jeito, mas tanto faz - S/n suspirou - E como você ouviu aquele dia, estou com uns problemas na empresa… - Ela disfarçou. Por mais persuasivo que Kun pudesse ser, S/n não ia dizer ao amigo de Ten o quando estava magoada. Ela não se abria facilmente, ainda mais depois de ter tido seus sentimentos machucados da última vez que o fez.

-Entendo…

-Inclusive… Não comente com ninguém, por favor. Eu vou resolver isso.

-Sou um padre aqui dentro, sua confissão está segura comigo - Ele sorriu gentilmente - Pode falar comigo se precisar de algo, ok?

-Obrigada - S/n sorriu fraco.

Kun saiu de sua sala e S/n o seguiu com os olhos. Assim que ele desapareceu de sua vista, ela alcançou seu celular e clicou no primeiro número que tinha salvo recentemente .

-Oi, meu nome é Lee S/n. Sou esposa de Chittaphon Leechaiyapornkul. Gostaria de cancelar nossa conta, como eu procedo? 




 

xxxXxxx




 

S/n entrou na sala de seu sogro sem nem ao menos bater na porta. Ela não se importava com formalidades naquele momento, e muito menos com a impressão que passaria à família de Ten.

-S/n… - Ele a encarou assustado pela forma como ela entrou sem aviso - Em que posso dar a honra da sua presença inesperada?

-Eu já sei do seu esquema - Ela puxou a cadeira e se sentou, o encarando séria, com as mãos cruzadas em cima da mesa.

-Não sei do que está falando - Khalan respondeu de um jeito cínico, porém S/n percebeu que ele ficou preocupado - Não faço a menor ideia. 

-Sim, você e aquele partido tailandês sabem muito bem do que eu estou falando. Acabei de cancelar suas contas. Acabou a farra.

Ele a encarou boquiaberto, não conseguindo reagir àquilo, e percebeu que de nada adiantaria tentar mentir. S/n sabia de tudo e seria apenas perda de tempo tentar se fazer de desentendido.

-Você… O quê?! - Perguntou incrédulo.

-Eu cancelei suas contas no nome do Chittaphon e transferi o pouco dinheiro que tinha lá de volta para a empresa. Eu estou controlando suas transferências, se você tirar mais um centavo ilegalmente dessa empresa, eu te denuncio.

-Menina… Você acha que é quem? - Ele riu debochado, se levantando de sua mesa.

-Não acho nada, sou uma pessoa com provas. E isso tem que acabar. Se eu descobri, qualquer um descobre e vamos a falência, e você vai preso. Aliás… Eu vou contar tudo ao conselho e você terá que deixar a presidência.

- Ah, claro - Ele riu - Só porque você quer?

-Só pra salvar essa merda. Uma hora irá acontecer de qualquer jeito. Mas se você for preso como presidente, a empresa já era - S/n se levantou e ficou de frente com ele - Deixe a presidência. Eu vou assumir. Eu tenho todas as provas, posso facilmente te denunciar e seu império já era. 

-E o que você ganharia ficando pobre? É isso quer quer?! - Disse irritado.

-Não. Só quero consertar a merda que você fez. Vou esperar suas ações virarem pó e comprar sua participação. Ou você deixa o cargo por bem, ou por mal. 

Ele andou de um lado para o outro da sala, enraivecido. S/n não esperava uma resposta de imediato, pois se tratava de uma decisão drástica, mas ela também não podia perder tempo.

- Vou marcar uma reunião com o conselho - Disse com a voz firme, tentando não mostrar o quanto sentia repulsa dele - Se você se importa pelo menos um pouco com o seu filho e com a sua família, vai renunciar - Disse antes de sair. 

S/n soltou o ar assim que entrou em sua sala e fechou a porta. Ela também não sabia se estava preparada para a presidência, mas não via outra opção. Caso Khalan fosse pego fora da empresa, o escândalo não afetaria tanto os negócios. Ela colaboraria com as investigações e ajudaria a limpar o nome da empresa.

Ela estava tão nervosa e ansiosa que nem percebeu seu celular vibrando em cima de sua mesa com um mensagem.


 

Mensagem de +88 78564291733 (via kakaotalk):

Oi S/n, aqui é o Hendery! Tudo bem?

 

S/n (via kakaotalk):

Oi, tudo, e você?


 

+88 78564291733 (via kakaotalk):

Também. 

Nós voltamos da Nova Zelândia hoje, mas o Ten foi para o Tibete.

Onde ele está não tem sinal, por isso ele pediu para eu te avisar.

Ele não sabe quando volta.

 

S/n (via kakaotalk):

Ok, obrigada

 

+88 78564291733 (via kakaotalk):

Está tudo bem por aí?

 

S/n (via kakaotalk):

Tudo ótimo.


 

+88 78564291733 (via kakaotalk):

Se precisar de alguma coisa, pode contar comigo.

 

S/n (via kakaotalk):

Valeu, você também.


 

S/n se sentou em sua cadeira e respirou fundo, passando as mãos pelo rosto. Se acostumar com a falta de Ten não era mais uma opção.

 


Notas Finais


S/n tá vivendo a vida pacata sem graça dela, Ten vai voltar logo, não fica assim minina

#Snparapresidente


Eu só queria ser o Ten...


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