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História Like The Sea - 1T: I How Dare She I


Escrita por: Annie_215

Notas do Autor


Oi gente! Voltei ;)
Espero que gostem e boa leitura <3

Capítulo 2 - 1T: I How Dare She I


Fanfic / Fanfiction Like The Sea - 1T: I How Dare She I

 

"The waves of the sea are indomitable,

for the man who doesn't know how to swim."

 

O dia amanhecera, e os oficiais ingleses se encontravam presos ao mastro principal, traseiro e dianteiro do navio. Todos amarrados por cordas achadas pelos piratas, que andavam livremente pelo convés.

A embarcação negra que pertencia aos criminosos estava presa à da marinha, sendo conduzida igualmente pelos mares.

Perseu Jackson estava amarrado ao mastro principal, com Jason Grace e mais três outros homens ao seu lado.

Os olhos verdes do capitão estavam fixos a uma única pessoa no navio: a capitã pirata, que assumia o timão com maestria. A expressão dela era séria e concentrada, com uma linha dura traçando seus lábios. Seu corpo estava firme atrás da roda do leme.

Contudo, não era somente Percy que estava observando a capitã, espantado com o fato de uma mulher estar no meio dos piratas. Seus homens também não tiravam os olhos da loira.

- Tente não babar, marujo. - O capitão se assustou quando uma voz desconhecida falou.

Um rapaz magro e com a pele morena estava parado próximo de si. Ele possuía traços latinos em seu rosto, e visivelmente era um dos piratas, já que olhava para a sua líder com um sorriso. Seus braços eram cobertos de tatuagens, além da argola dourada que ele usava como brinco.

Perseu apenas ignorou-o e olhou para outra direção.

- Eu sei o que você está pensando. - O rapaz comentou, cantarolando como uma criança prestes a aprontar alguma travessura.

- Você não sabe de nada. - Perseu rangeu os dentes. O pirata tinha um hálito de rum.

- Acredite, marujo. Eu sei o que a maioria pensa quando se trata da capitã. - O rapaz afirmou, convencido.

- Eu não sou a maioria. E não me chame assim. - Percy retrucou, finalmente o olhando nos olhos. Suas íris eram castanhas e irradiavam malícia.

- Você pode pensar isso, mas as suas dúvidas são as mesmas que as de todos aqui.

- Então quais são as minhas dúvidas? Já que você se diz tão sábio, me responda isso. - O capitão desdenhou, querendo que aquele rapaz saísse de perto dele o mais rapidamente possível.

- Você se pergunta como uma mulher pode estar comandando um bando de piratas, não é? Está curioso sobre quem é ela, e quais são seus desejos. Não tente negar isso a si mesmo. - O criminoso falou, tranquilo.

Perseu engoliu em seco e praguejou em seus pensamentos. Aquelas eram exatamente as perguntas que ponderavam em sua mente no momento. Mas ele nunca daria o braço a torcer. Não a um pirata.

- Pare de importuná-lo, Valdez. - Uma voz feminina os interrompeu.

Percy voltou o seu olhar para a única mulher no navio, surpreso por não ter notado que ela se aproximara dos dois. A loira exibia um semblante sereno, mas ainda portava suas armas como se estivesse pronta para uma luta a qualquer momento.

- Como quiser, capitã. - O pirata riu e andou para longe.

A mulher se voltou para o capitão. Perseu analisou melhor o rosto dela, percebendo que a loira possuía íris acinzentadas belíssimas em seus olhos. Belas como nuvens de uma tempestade distante, porém à espreita, deixando em alerta todos os homens que navegavam em sua direção, chamando-os para si.

Venham, venham...estou esperando para desvendar seus segredos e afundá-los ao mar comigo.

O capitão afastou aquelas ideias. Provavelmente a loira era bela apenas de aparência, pois seu coração deveria ser podre. Assim como o de todo pirata era.

- É um prazer poder finalmente falar com você, capitão. - A pirata sorriu.

Percy apenas riu com desdém.

- Não posso dizer o mesmo.

A loira riu também, o que apenas fez com que o moreno ficasse mais irritado. Como ela ousava agir daquela maneira em sua presença, como se ele fosse nada?

- Pode me dizer o seu nome, capitão? Creio que assim ficará mais fácil para me dirigir ao senhor. - Disse ela, analisando-o por completo. O moreno sentiu ainda mais raiva ao vê-la abrir um sorrisinho a medida que seus olhos corriam por ele. Por todo ele.

- Não saberá o meu nome, nem hoje nem nunca. - Respondeu ele. - Logo, o rei dará falta dos seus melhores oficiais e mandará frotas inteiras a nossa procura. E você e seus piratas irão para a forca. - Perseu ameaçou, esperando finalmente que a loira baixasse seu ego e perdesse a postura repleta de superioridade a qual ela não tinha direito.

Mas a mulher de olhos acinzentados apenas sorriu mais uma vez, embora seu olhar tivesse endurecido após a simples menção do rei da Inglaterra.

- Veremos, capitão. Porque afinal, não sou eu quem está em desvantagem, amarrada a um mastro agora. Como um peixe preso a uma rede - A loira proferiu e lhe virou as costas. - Rapazes! - Ela gritou para os piratas. - Alimentem-nos. Não quero nenhum homem morrendo de fome neste navio. - Disse e se retirou do convés, rumo a cabine principal.

(...)

O sol estava se pondo, e a capitã não havia aparecido pelo resto do dia.

As costas do moreno doíam por estarem pressionadas ao mastro durante muito tempo, suas pernas não suportavam mais o seu peso e as marcas das cordas se avermelhavam sobre sua pele.

Perseu estava tão cansado que não notou quando, no mastro traseiro do navio, um de seus homens havia se soltado, deixando mais fácil para os que estavam amarrados com ele se desprenderem das cordas também.

O homem loiro, que Percy reconheceu se tratar de Octavian, um de seus tripulantes, portava uma adaga vinda de sabe-se onde, já que os piratas haviam confiscado todas as suas armas. Nem mesmo Perseu conseguira esconder uma mísera faca entre as dobras de suas roupas ou dentro de suas botas.

Octavian conseguiu render um dos piratas em um movimento rápido e quase silencioso, pondo a adaga contra seu pescoço e ficando pronto para cortar a sua garganta com apenas um movimento. Percy reconheceu que o pirata era o latino que falara com ele mais cedo.

Todos no convés perceberam o que acontecia e ficaram em silêncio, apreensivos. Octavian lutava com o pirata, que tentava se libertar a todo custo. Perseu queria gritar "pare!" para o loiro. Mesmo que o moreno não quisesse admitir para si mesmo, será que Octavian não conseguia entender que os piratas estavam em maior número e que, se matasse um deles, estaria condenando a todos os outros oficiais?

Perseu sabia que a capitã os havia poupado. Ela poderia muito bem ter jogado todos os ingleses ao mar para deixá-los morrer. Mas não o fizera. Não ainda. A misericórdia efêmera da loira não significava que não pudesse simplesmente mudar de ideia e deixar a tripulação de Percy Jackson nadando com os tubarões.

Dependendo do que Octavian fizesse, a decisão da pirata poderia mudar.

- Vocês vão se render agora, ou eu o matarei! - O loiro gritou, pressionando mais a adaga contra o pescoço do pirata.

Passos firmes ecoaram nas escadas que davam para a cabine do capitão, se tornando um eco macabro que se alastrou pelo deque em questão de segundos.

A loira apareceu no convés. Desta vez com seus cabelos soltos, portando apenas uma adaga presa ao cinto e com a roupa completamente desarrumada. Tão desarrumada, que o decote dela estava muito mais para baixo do que deveria estar e o seu ombro estava a mostra, exibindo mais um conjunto de tatuagens naquela região.

Percy desviou o olhar, mesmo que sua curiosidade o traísse, fazendo com que ele quisesse continuar olhando para a pirata.

- Não se pode nem mais dormir nesse navio? - A pirata reclamou alto, bocejando e se espreguiçando. Sua blusa subiu quando ela ergueu os braços para cima, e apareceu mais pele coberta por tatuagens.

Céus, ela tinha alguma parte do corpo que não tivesse aqueles desenhos?

Perseu notou que ficara olhando para ela por tempo demais apenas quando a mulher andou em direção a Octavian. O moreno voltou para a realidade.

- Não se aproxime de mim, sua vadia asquerosa! - O loiro gritou.

- Ele vai matar todos nós. - Percy ouviu Jason sussurrar, preocupado.

- O que você disse, seu... - Um dos piratas, um ruivo desta vez, tentou avançar na direção de Octavian, mas parou de andar apenas com um gesto da sua líder.

- Eu consigo pensar em xingamentos melhores do que "vadia asquerosa", mas enfim... - A loira respirou fundo. - Solte-o. - E proferiu em um tom diferente do seu habitual. Sua voz estava gélida, não irônica.

- Eu vou matá-lo! Rendam-se! - O loiro gritou, ignorando a ordem dada.

- Então você não vai soltá-lo? - A capitã perguntou, arqueando as sobrancelhas como se falasse com um garotinho desobediente. - Pois bem, se você diz que vai matá-lo, faça-o então. - Ela disse.

Perseu arregalou os olhos, assim como todos os outros marinheiros na embarcação.

Aquela pirata seria tão cruel assim? Ela sacrificaria um de seus homens pelo navio?

Octavian olhou para a capitã e depois para a adaga em sua mão, sem saber o que fazer diante da situação.

- Você não disse que iria matá-lo? Eu e meus homens não vamos nos render, então o mate. Mas você terá que lidar as consequências que virão depois. - Ela advertiu, bocejando de novo.

- Que consequências? - Octavian perguntou, com sua postura vacilando.

A loira tocou o cabo de sua adaga sutilmente, e Perseu olhou para o contorno que os dedos dela fizeram sob o cabo daquela arma branca.

- Se ele morrer, você também morre... - A líder disse, desembainhando sua arma e a erguendo de forma em que a lâmina passou rente ao seu rosto, brilhando sobre sua pele. - Prefere a vida dele ou a sua?

Octavian buscou os olhos de seu capitão, desesperado. Perseu o repreendeu com o olhar que transmitia o seu pensamento: você está sendo inconsequente, pare agora mesmo e volte quieto para o seu lugar.

Os piratas começaram a se aproximar de sua capitã, e Percy notou que Octavian afrouxava cada vez mais o aperto contra o pescoço do latino.

Então, em um movimento simples, o criminoso estava livre da lâmina, mas um pequeno corte sangrava em sua pele.

Octavian olhou para os piratas, sabendo que perdera o alicerce que ainda o mantinha vivo. Em um gesto de desespero, correu na direção da loira com a faca em punho, pronto para matá-la ao invés do garoto que tivera em suas mãos.

Percy olhou a cena e rezou para que o loiro parasse. Ele sabia que Octavian era bom nas lutas, mas aquilo se tratava de uma situação muito mais perigosa. Estavam lidando com piratas! Não existia nenhuma regra em relação a lutas. Não com eles. Os marginais não seguiam as normas.

Ninguém tentou parar o loiro, apavorando ainda mais o capitão, que tentou sem sucesso se desprender das cordas que o prendiam.

A loira desviou da adaga com rapidez. Ela se posicionou atrás do loiro e o derrubou no chão com um golpe em suas pernas, fazendo com que ele se ajoelhasse a sua frente. A pirata pegou a sua própria adaga e imobilizou o loiro, rendendo-o da mesma forma que ele fizera com o latino.

Percy prendeu a respiração. A capitã iria matá-lo, com toda a certeza. Sangue respingaria naquele convés.

- Você agiu de forma imprudente. - A líder falou, e um filete vermelho escorreu do pescoço de Octavian. - Eu poderia cortar sua garganta e apenas jogar seu corpo ao mar, assim ninguém no mundo precisaria se recordar de sua vida miserável... - Proferiu, com o timbre calmo de sua voz ficando mais assustador a cada palavra. - As criaturas do mar adorariam uma refeição, mesmo que seja com carne podre.

Percy percebeu que Jason engolira em seco, tão nervoso quanto ele.

- Mas, embora você tenha interrompido o meu sono, eu estou misericordiosa hoje. Não irei fazer isso. - A loira disse e Perseu deixou um suspiro aliviado sair por seus lábios. - Não sou eu quem decide o seu destino. É o seu capitão. - Ela voltou seus olhos para o moreno, assim como todos os outros presentes no navio. - Diga-nos, senhor. Qual será a punição que este infeliz receberá?

Percy respirou fundo, cerrando seus punhos e sentindo todo seu alívio ser substituído por raiva. Aquilo era covardia. Falar para ele condenar a um de seus homens era algo abominável.

Mas poderia ser pior. Ela poderia ter matado Octavian. Estava dando outra alternativa para o destino do loiro, ao menos.

O moreno pensou. Não podia mandar amarrarem-no ao mastro novamente. Provavelmente os piratas não aceitariam aquela punição, mas também ele não podia mandar matar o oficial inglês que o seguia.

- Amarrem-no no topo da vela. E não o alimentem amanhã. - Ele ordenou, olhando diretamente para a loira, desafiando-a a contestá-lo.

- Vocês ouviram, rapazes. Acatem a ordem. - A capitã sorriu de canto, e logo dois dos seus homens carregaram Octavian para longe do deque principal. - E se mais alguém fizer bagunça por aqui e não me deixar dormir, resolveremos o conflito de uma maneira mais rápida. - Ela falou, retribuindo o olhar direto de Perseu.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ;3
Desculpem se houve algum erro :(
bjs e até <3


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