1. Spirit Fanfics >
  2. Lilith >
  3. Cante para mim.

História Lilith - Cante para mim.


Escrita por: paradisepalvin

Capítulo 25 - Cante para mim.


Fanfic / Fanfiction Lilith - Cante para mim.

 

Lilith Ali Boomer 

Entorto o nariz ao ouvir meu estômago fazer um barulho tão alto e vergonhoso que ecoa pelo pequeno elevador. Bom, era culpa da quantidade de batatas-fritas e lanches que gritavam colesterol alto que continha no pacote de papelão em minhas mãos. 

Solto um suspiro de alívio quando as portas se abrem, fazendo a pequena sensação de sufoco ir embora e a felicidade por saber que vou devorar meu enorme lanche em paz chega. Praticamente corro até o apartamento no fim do corredor, batendo três vezes repetidas na porta e esperando ansiosamente até o momento em que ela se abra. 

— Você está ruiva! — Matthew constata o óbvio com seu sorriso bonito no rosto e uma mistura de confusão em sua expressão quando abre a porta do seu apartamento. 

— É, pois é.. — respondo com um sorriso amarelo enquanto passo por ele deixando um beijo rápido em sua bochecha, seguindo para o seu confortável e enorme sofá. 

— Você pode pegar alguma bebida para nós? Eu trouxe o seu favorito. — eu respondo olhando pra trás com um sorriso simpático, balançando o seu lanche ainda embrulhado pelo papel em minhas mãos. 

Matthew cruza os braços e me olha desconfiado. 

— Acabei de comer, anjo. Mas vou buscar algo pra você. — concordo com a cabeça enquanto levo algumas batatas até a boca. 

Ele volta e se senta ao meu lado, com uma garrafa de suco de laranja. Entorto o nariz. 

— Eu esperava algo como um refrigerante bem gelado e cheio de calorias — finjo decepção e Matthew ri com minha péssima atuação no momento. 

Eu continuo a comer, intercalo entre meu lanche gorduroso e minhas batatas com cheddar. Matthew quase fica sem mão quando tenta roubar uma das minhas batatas. 

— Está me olhando desse jeito porque, uh? — eu pergunto deixando minha atenção em seu rosto. Ele estava me analisando com seu sorriso bonito de lado. Eu sabia o que aquilo significava. Matthew queria me encher de perguntas, mas queria que eu começasse a falar. Sobre o cabelo, sobre a ligação que parecia mais um pedido de socorro para encontrar com ele, e meu deslize com a péssima alimentação. E porque eu estava aqui, com ele, e não pedindo socorro em silêncio para Justin. 

Bom, para todas suas perguntas a resposta é a mesma: Justin. 

— Você está linda.. — Matthew aumenta seu sorriso — E gostosa pra caralho. 

Reviro os olhos. 

— Meus dedos estão cheio de gordura e minha boca provavelmente está suja de molho, não seja um mentiroso para mim, baby. 

É a vez dele revirar os olhos com a minha resposta. 

Estico minhas pernas e as apoio em seu colo, sentindo um carinho parecido com massagem na sequência. 

— Não diga isso, meu anjo. Eu não quero problemas com o Bieber, você não deveria ter aparecido aqui com essa roupa que te deixa mais gostosa que o normal e nem com esse tom de cabelo que destaca esse seus olhos lindos e que te deixa com cara de quem pode mandar uma pessoa deitar e rolar no estalar dos dedos — Matthew diz isso com toda simplicidade em sua voz, sorrindo como se tivesse acabado de citar um poema. 

Aquilo provavelmente me faria rir, e eu faria uma piada em seguida. Mas apenas fez meu estômago embrulhar, me fazendo deixar o outro lanche que esperava ser devorado de lado. Não por causa do Matthew, e sim do outro nome citado. 

— Você gostou do meu cabelo? — eu pergunto remexendo nas batatas. Mas não espero sua resposta — Eu pensei em fazer uma tatuagem, mas o resultado seria "Eu odeio Justin Bieber" em letras bem grandes com setas coloridas no meio da minha testa — eu concluo e rio sem-humor. 

Meu olhar encontra o seu e Matthew me olha confuso. 

— Eu achei que estava tudo bem entre vocês — Matthew pressiona mais suas mãos em minhas pernas desnudas. 

— Eu também. Mas algumas horas atrás eu recebi a notícia que Justin seria papai... — os olhos de Matthew se arregalam seguindo até minha barriga coberta pela blusinha de renda — de um filho de outra garota. 

— Não acredito que esse babaca teve a coragem de te trair de novo, Lilith. Qual, é, eu posso socar a cara dele essa vez? Não posso? — seu tom de voz muda, assim como a coloração da sua pele que atingi para um avermelhado rapidamente. Eu o impeço de levantar por impulso, fazendo um peso maior com minhas pernas em seu colo. Mas ele as tira com cuidado, se levanta e fica me encarando esperando uma resposta.

Sua respiração está pesada. Matthew realmente estava irritado com isso. Talvez porque tenha acompanhado de muito perto toda a merda que passei quando Justin resolveu beijar a sua ex. 

Em outras circunstâncias, eu ficaria excitada com o Matthew exatamente agora. Não era fácil se controlar perto desse homem que possui quase 1,90 de altura, o tronco largo, os braços fortes que sempre são marcados pela camiseta. Além do rosto que se tornava irritante de tão bonito com o conjunto do maxilar marcado. Agora o imaginem irritado? Na minha mente pervertida ele ficava três vezes mais atraente. 

Mas estou chateada o suficiente para eliminar isso da minha cabeça. 

— Não, Matthew. Ele não me traiu, desta vez. Aconteceu enquanto nós estávamos... separados... — ainda doía dizer aquilo. 

— Isso não vai liberá-lo de tomar um ou dois socos, ele escondeu todo esse tempo? É como ele tivesse te traído de alguma forma. 

Eu desvio meu olhar. 

— Obrigado, Matthew. Eu não havia pensado nisso ainda. — eu ironizo, sorrindo amarelo. 

Ele se senta ao meu lado, passando seu braço pelo meu ombro, me fazendo deitar a cabeça em seu peito consequentemente. 

— Oh meu anjo, me perdoe. Como você esta reagindo a isso? 

— Acho que não quero expor em voz alta, vou soar como a vadia sem coração — murmuro sem ânimo o fazendo soltar uma leve risada. 

— Eu prometo não contar pra ninguém — ele sussurra fazendo um carinho de leve em meu cabelo. Eu solto uma risada pelo nariz concordando. 

— Na verdade, eu não sei o que estou sentindo. É algo como ciúmes e depois uma dor muito forte no meu coração. Não por conta do bebê, mas pelo fato dele estar se ligando eternamente com outra mulher, eu sinto que vou ser deixada de lado, junto com Dylan. Não quero que nossa família acabe desse jeito — eu solto um suspiro pesado, é como se tivesse acabado de tirar um peso de toneladas das minhas costas. 

Mordo meus lábios para segurar o choro de uma criança desesperada pelo brinquedo negado pelos pais que estava por vir. Os produtos da maquiagem em meu rosto eram muito caro para eu desgata-la desse jeito. Eu estava segurando até agora, precisava aguentar mais um pouco. 

— Eu não quero deixá-lo, Matthew, não sei se consigo passar mais algum tempo tão longe dele como da última vez, e olha que eu estava o odiando da última vez — rio sem-humor. 

— Você não precisa deixá-lo, meu anjo. Por mais que eu ache o Bieber um babaca e sinto vontade de falar mau dele por horas, eu não acho que ele irá deixar você e Dylan de lado — reviro os olhos com um sorriso mínimo no rosto — Você disse isso a ele quando ele te contou? 

— Bom, na verdade, eu lhe dei os parabéns e depois sai praticamente correndo, porque não sabia se chorava, conversava como adulta ou quebrava o vaso que estava ao meu lado e custa milhares de dólares. 

Escuto a risada gostosa de Matthew bem perto do meu ouvido. Este homem é uma tentação, mas eu aprendi a ter olhos só para o babaca do Bieber. 

— Você é tão madura e sensata, Lilith — ele ironiza, e penso que eu também adorava o modo como sua voz saía arrastada e calma ao dizer meu nome. Cacete. 

— É, eu sei. Talvez em dois dias eu crio coragem e volto como uma cadela arrependida. Dylan já irá ter chego do Texas, da sua viagem de visita aos nossos avós e ele não me chamar de louca bipolar ao lado do nosso filho — digo com um sorriso no rosto como se meu plano fosse brilhante. 

— Lilith, ele deveria agradecer pelo fato de você continuar ao lado dele mesmo com um bebê de outra garota — Matthew diz como se fosse óbvio, até era. 

— Ou ele deve estar planejando o quarto do seu novo bebê ao lado da mamãe do seu filho — eu digo com rancor levando minhas unhas até a boca, roendo-as. Inferno, eu havia feito elas hoje — Merda, será que existe alguma dificuldade com esse idiota em ser menos carente e não ter essa ideia de formar uma família? É capaz de ele estar pedindo ela em casamento nesse momento só pelo fato dela estar carregando o seu bebê. 

Eu nunca fui tão amarga. 

Merda. 

Eu não queria ridicularizar os desejos do Justin. Mas em minha cabeça cedo ou tarde ele me deixaria por não querer dar um bebê à ele quando chegasse a hora. E agora isso parece que está mais perto de acontecer. Não há como não sentir meu coração doer. 

— Me desculpe — eu murmuro para Matthew — Eu só não queria que isso estivesse acontecendo. 

— Você não precisa se desculpar, quem transou sem camisinha e te traiu meses atrás não foi você, meu anjo, é apenas culpa dele se isso está acontecendo — Matthew diz com acidez. 

Eu concordo e engulo seco com a verdade. A verdade que não queria aceitar agora e a verdade que deixei de lado, porque meu amor por Justin é maior. 

Matthew não queria me chatear me dizendo isso, ele queria que eu encarasse as coisas do jeito certo. 

Ele percebe meu silêncio e se levanta, e depois pega na minha mão, me levantando do sofá. 

— Eu não queria te chatear, me desculpa — ele segura meu rosto em suas mãos e beija meu rosto, me fazendo concordar e sorrir — Vamos sair e comprar alguns doces que você gosta, depois voltamos e você escolhe alguma coisa pra nós na Netflix, não queria dizer isso, mas eu posso ser seu amigo gay por uma noite. 

— Você é meu amigo gay, Matthew — digo com se fosse óbvio e com um semblante sério no rosto, o fazendo passar a língua pelos lábios e tensionar o maxilar em seguida. 

— Bom.. Mudança de planos, agora vou ter que passar a noite te provando o contrário — ele murmura baixinho, me pegando no colo tão rápido em seguida, me fazendo soltar um gritinho histérico e cruzar as pernas em volta da sua cintura. 

Matthew começa a andar comigo no colo me fazendo arregalar os olhos e gargalhar. 

— Onde você está me levando, maldito? Me solta — eu passo meus braços em volta do seu pescoço quando ele apenas me segura com uma mão e começa a nos levar para o corredor do seu apartamento. 

— Pro meu quarto, ué — Matthew responde com um sorriso maroto no rosto, reviro os olhos. 

— Pra essa noite eu estava pensando em algo como um lugar fechado, luzes neon, pole dance e muita bebida — sugiro mordendo os lábios e atraindo meu olhar. 

Ele levanta sua sobrancelha loura. 

— É sério? Tem certeza? 

— Sim, tenho mais duas noites de folga como mãe, preciso aproveitar. 

Não era sobre isso a sua dúvida, e sim sobre Justin Bieber e Lilith Ali Boomer, um casal e escândalos e supostas manchetes que sempre nos rodeavam. 

Mas até o fim da noite eu não queria pensar sobre isso.

 

{...}

 

Sorrio com os lábios fechados para Matthew quando as portas do elevador se fecham em minha frente. Aperto o botão que indica meu andar e fecho os olhos me escorando em qualquer parte do elevador. 

Eu não me lembrava em como beber além do seus próprios limites era ruim. Ou foi tão ruim porque nunca tomei um porre apaixonada. 

Não recomendo. 

Eu não quero reforçar minha memória para lembrar de cada minuto da boate depois que perdi o controle e fiquei realmente bêbada, até o caminho de casa, porque tenho a certeza que meu assunto foi: Justin, Justin e mais Justin. E quando não estava falando nele, estava fingindo prestar atenção no Matthew falava com calma e estava pensando no maldito do Bieber. 

Tenho certeza que minha maquiagem está borrada e meu cabelo desgrenhado. Meus saltos estão na minha esquerda e meu celular na direita. Não é uma boa combinação para uma mulher com o coração magoado e o nível de álcool no corpo um pouco alterado. 

Eu posso colocar de volta meus saltos e ir até a casa do Bieber com um táxi, ou ligar e choramingar. 

Eu percebo que escolhi a segunda quando escuto a voz da mulher da caixa de mensagens. 

As pessoas ainda deixam mensagem após o sinal? 

Bom, quem sabe ele não escute. Talvez seja o destino me ajudando a deixar tudo menos vergonhoso. 

— Eu estou ruiva! — falo com entusiasmo após o sinal.    Era coisa mais estúpida a se dizer e primeira que veio a minha cabeça. Me viro para o espelho do elevador, encarando meu reflexo — Eu estou muito bonita por sinal, segundo algumas strippers que mexeram comigo na boate. É. Eu fui até uma boate, sentia falta de dançar e estava querendo afogar as minhas mágoas em um litro de tequila. Mas então lembrei de você, de quando dancei pra você e como queria dançar pra você até meu corpo começar a ter pelancas e você não querer mais me ver sem roupa — eu pensei por dois segundos — Ok, isso não foi romântico, mas é meu jeito de dizer que quero passar o resto da vida com você. Não me importo com o bebê. Quer dizer, eu me importo. Nós vamos ser aquelas famílias modernas que.. 

Acabou o tempo. 

Até que eu falei demais. 

Aperto na tela do meu celular que estava escura, para ligar novamente, mas a bateria havia acabado. Ótimo. 

A porta do elevador se abre, e caminho até o meu apartamento. Passo alguns segundos em frente à porta procurando as chaves na minha bolsa. 

Por alguns segundos, penso estar louca ou bêbada demais por ouvir uma música tocada no piano vindo de dentro do meu apartamento. Pisco os olhos repetidas vezes e encosto a orelha perto da porta, fazendo o barulho ficar mais nítido. 

Ok, talvez não esteja louca. 

O apartamento é alugado, junto com alguns móveis, tinha o piano branco e tão bonito. Eu me perguntava todas as vezes como ele chegou aqui em cima. Ele nunca foi tocado, além de Dylan arriscar algumas notas que nem mesmo ele sabia o que estava fazendo. 

Finalmente consigo achar as malditas chaves. 

Abro a porta do apartamento tentando fazer o mínimo de silêncio. 

Fico surpresa e anestesiada quando encontro Justin tocando o piano. 

Eu sorrio. 

Meus desejos de bêbada foram realizados. 

Eu posso dizer que ele estava lindo, mesmo estando de costas. Justin infelizmente ou felizmente — ainda não me decidi — conseguia ser bonito em todos os ângulos. Notei que ele vestia calças jeans claras e justas, assim como a blusa branca de mangas longas. 

Ganho sua atenção e seu olhar. Não havia surpresa em sua expressão ao me ver ali, então talvez eu não tenha sido tão silenciosa com meus movimentos o tanto que fui em meus pensamentos. 

— Continue a tocar.. Cante para mim, Justin.. — murmuro, pedindo sem jeito, com um mínimo sorriso no canto da boca. O noto passar a língua pelos lábios devagar, e então ele volta a sua posição inicial, sem dizer ou concordar com nada, Bieber apenas começa a fazer o que eu tinha pedido. 

As notas suaves do piano ecoam pela minha sala, acompanhadas da voz de Justin. Eu sorrio com os olhos fechados quando reconheço a letra da minha música favorita. A parte de Holy Grail cantada por Justin Timberlake ficava ainda melhor no seu timbre de voz tão gostosa e pelo qual eu havia me apaixonado com o tempo. 

Me aproximo em passos calmos e quando chego perto do seu corpo eu repouso minha mão em seu pescoço desnudo. Prendo meus dentes no lábio inferior quando sinto sua pele se arrepiar com meu toque, mas ele continua cantando para mim. 

Faço um carinho devagar com o polegar em seu pele quente, eu faço questão de inalar o cheiro do seu perfume enquanto me sento ao seu lado na poltrona estofada. Faço um coque no alto da cabeça com meus fios de cabelo rebeldes e aproveito para ficar em silêncio enquanto a música está pela metade. 

— Eu amo você — quase soa como um sussurro, mas eu tinha toda a certeza do mundo. Não era papo furado de bêbada, por mais que eu estivesse, e pra caralho. Ele havia parado de cantar e tocar e agora eu tinha sua atenção — Eu amo você, Bieber. Eu não vou te deixar e não quero que você me deixe, está me ouvindo? 

Não havia notado que estava chorando, percebo apenas quando Justin toca meu rosto devagar para enxugar minhas lágrimas, beijando meu rosto em seguida. 

— Vem, amor, vou preparar um banho pra você — não estou em condições em negar, afinal, precisa tirar esse cheiro de bebida da minha roupa e da minha boca. 

Justin me leva no colo estilo noiva até o banheiro do meu quarto, o que me faz soltar um leve risada ao pensar na hipótese. Ele me olha com as sobrancelhas juntas e nego com a cabeça sorrindo de lado. 

Fecho os olhos por alguns segundos enquanto escuto o barulho do chuveiro sendo ligado. Acho que Justin adivinhou que não estava em condições de retirar nem a minha blusa, então ele começa a me ajudar. 

— Você vai me chupar? — eu pergunto sorrindo maliciosa quando ele está abaixado tirando meu shorts — Sabe, a visão daqui está ótima, é só você subir um pouco mais com a boca e afastar minha calcinha pro lado. 

Ok, eu havia mudado drasticamente de uma bêbada melancólica para uma bêbada safada. Mas eu não estava mentindo sobre a visão estar ótima. 

— Lilith, você não está me ajudando — ele murmura ficando novamente em pé e eu reviro os olhos — Levanta os braços, baby. 

Atendo o seu pedido e ele retira minha blusa. Com pouca dificuldade eu mesma abro o fecho do meu sutiã e jogo em qualquer canto do meu banheiro, entrando em seguida no box. 

Fico de costas, sentindo a água quente descer pelo meu corpo. Quase me assusto com a coloração vermelha que a água chega ao chão, mas lembro que era por conta do meu novo cabelo. 

Justin me acompanha no banho. Ele com cuidado lava o meu cabelo, depois o meu corpo. Sinto meu corpo de aquecer com o cuidado do seu toque. Eu quero sorrir pela ironia ao lembrar de tempos atrás, onde me negava tomar um banho ao seu lado depois do sexo, porque não queria criar laços e intimidade. E bom, agora ele está ensaboando meu corpo porque estou bêbada demais para isso. 

— Isso é por minha causa? — Justin pergunta com a voz rouca, passando seu dedo pelo meu rosto. Eu continuo olhando para sua boca, assistindo pouca água cair em seu rosto, sem lhe dar uma resposta.

— Me responda, amor — ele pede calmo, me fazendo desviar o olhar, eu não seria capaz de mentir olhando nos seus olhos, eles são o meu favorito. 

— Me diz, Lilith, por favor. Eu não posso insistir em você assim, eu não quero continuar te magoando e não posso te prometer fazer o contrário, eu pareço estar ficar especialista nisso e não é bom — ele sorri fraco sem-humor — Então me diz, amor, por favor. Eu prefiro te deixar do que continuar fazer a mulher que eu amo se magoar desse jeito. 

Mordo meus lábios com força, quase sentindo o gosto de sangue chegar a minha garganta. Meus olhos se enchem de lágrimas e sinto a raiva dominar e esmagar meu coração. 

— Me deixa sozinha, Bieber, por favor — eu peço raivosa, praticamente rosno. Ele atente meu pedido. 

Queria xinga-ló de todos os nomes horríveis e palavrões que aprendi em todos os meus anos. Ele é um idiota. Eu não quero que ele me deixe, eu voltei depois de tudo e agora ele vem com esse papo de me deixar. Vai tomar no cu! 

Fico mais alguns minutos no banho, até que consiga ficar 1% menos estressada. Na verdade, a textura da minha pele já estava começando a me irritar. 

Desligo o registro, saindo do box. Enrolo uma toalha branca na cabeça e visto um roupão em seguida. Eu dormiria desse jeito, foda-se. 

Justin está sentado na beirada da minha cama, com a cabeça baixa. Eu poderia quebrar algumas coisas na cabeça dele agora, já que estou em minha casa. Mas prefiro dormir, a briga poderia ficar pra amanhã, minha cabeça está começando a doer. 

Eu me deito e praticamente gemo em satisfação ao sentir a maciez da minha cama. 

— Você vai dormir com essa toalha enrolada na cabeça Lilith? Você pode amanhecer com um resfriado — ele pergunta se levantando. 

— Sim, vovó — ironizo fazendo ele revirar os olhos. 

— Me deixei pentear seus cabelos pelo menos — ele ordena caminhando até minha penteadeira, volta e se senta ao meu lado na cama com uma escova em mãos. 

Eu tiro a toalha do meu cabelo, jogando no chão do quarto sem cerimônias. Ouço um resmungo do Justin, o que me faz rir. 

Ele penteia meus cabelos com todo o cuidado, me fazendo ficar apaixonada por ele mais vez, se for possível. Cretino. 

Quando ele termina, eu praticamente o jogo em meu lado na cama, deitando em seu peito em seguida. 

— Eu amo você seu babaca, você não irá se livrar de mim, apenas quando eu querer — eu murmuro sonolenta, me fazendo duvidar se havia realmente dito aquilo, mas caio no sono com a sua risada na minha cabeça.


Notas Finais


Obrigada a todos os comentários ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...