1. Spirit Fanfics >
  2. Linha Tênue >
  3. Certo ou errado - Emma

História Linha Tênue - Certo ou errado - Emma


Escrita por: moniquetayahh

Notas do Autor


Muito boa leitura!!

Capítulo 8 - Certo ou errado - Emma


Estávamos caminhando em direção ao acampamento de Pan com Tinker nos guiando. Já que tínhamos como sair daquela ilha a fada estava disposta a nos ajudar. Teríamos que ser bem rápidos, resgatar Henry e partir de volta para Stoybrooke... Mas tinha Regina também, eu não podia deixa-la. Eu tinha que encontra-la antes de ir.

Não fazia muito tempo que Regina havia partido, talvez algumas horas, mas eu sentia como se tivesse a perdido há muito tempo. Meu coração estava apertado e eu queria muito que ela estivesse comigo, queria ela me irritando, ou reclamando, queria ela até mesmo sarcástica e mandona... Eu só não queria que ela tivesse ido embora daquele jeito, eu me sentia culpada, mesmo sem entender o motivo.

Além de me preocupar com Henry naquela ilha, naquele momento eu também estava me sentindo responsável por Regina, que estava sozinha e sem ninguém no meio daquele lugar tão sombrio. Mas por mais apreensiva eu estivesse sem ela perto de mim, era como se eu pudesse sentir que ela estava bem e que a qualquer momento ela voltaria, ela me acharia de novo, ou eu mesma faria aquilo. Porque eu não partiria sem ela de jeito nenhum. Nem que eu ficasse só para resgata-la. Eu era a salvadora não era? Então, eu teria que salvá-la se fosse preciso.

Era como aquela coisa de Mary e David, que eles sempre se encontravam onde quer que estivessem. Não que eu pudesse comparar a relação de amor verdadeiro que meus pais tinham com o que eu tinha com a mãe adotiva de Henry. Não, eu realmente não podia, não devia e não queria... Mas o que eu podia fazer se era o que eu sentia lá no fundo. Eu sabia que ela estava bem, mesmo longe. E aquilo me deixava menos preocupada.

— Hey, David! – Eu o chamei baixinho fazendo-o se aproximar de mim e andar ao meu lado. – Sabe aquela coisa... como é que vocês sentem, como sabem que vão se achar? – Ele me olhou confuso como se eu não tivesse dito nada com nada. - Quero dizer... Eu sei que vou encontrar Henry, ele é meu filho e eu sinto que sempre vou encontra-lo seja onde for. Mas você e Mary Margaret, como foi que isso surgiu? – Eu tentei ser mais clara.

— Bem Emma... – Ele parou para pensar por alguns segundos antes se prosseguir. – Eu e sua mãe nos conhecemos em uma situação um tanto embaraçosa. – Inevitável não pensar na primeira vez em que vi Regina. - Digamos que ela tenha me roubado algo e eu corri atrás dela sem saber que ela era... que era uma mulher. – Ele disse com um sorriso na voz. - Eu estava disposto a tirar a vida do sujeito se fosse preciso, eu não podia perder o anel que minha mãe havia me dado para dar a minha esposa. Aquilo era herança de família, tinha sentimentos para mim... Mas quando eu consegui derruba-la e tirei o capuz de seu rosto, naquele instante, em que nossos olhos se cruzaram pela primeira vez... mesmo sem eu entender, eu soube que minha vida havia mudado para sempre. – Ele me olhou rapidamente dando-me um sorriso reconfortante. Eu estava gostando de ouvir aquilo. Era como se mesmo depois velha, eu ainda pudesse sentir a emoção da famosa história de “como vocês se conheceram?” – Era como se a vida inteira eu estivesse esperando por ela... e quanto nos encontramos uma ligação foi formada. – Senti meu coração de apertar com aquela parte da história e instintivamente lembrei de Regina, lembrei novamente da primeira vez que nos vimos, lembrei de pensar exatamente aquilo, de que minha vida tinha mudado completamente. Balancei a cabeça tentando espantar aquela imagem. – Naquele dia ela me bateu com força na cabeça e conseguiu escapar, mas eu a encontrei em seu esconderijo, e foi naquele momento em que tive certeza que eu sempre a encontraria, onde quer que fosse... Era a nossa tal ligação que sempre nos fazia isso, bem ou mal, de um jeito ou de outro, a gente se achava, eu apenas me deixava levar e eu a achava, ou a fazia me achar. – Foi como da vez que Regina saiu sem dizer nada e eu fui atrás dela. Pouco antes dela ir embora de verdade. Eu não sabia como, mas sabia que estava no caminho certo. - Confesso que demorou um pouco para descobrirmos o que era aquilo entre a gente. Mas com o tempo vimos que não era uma simples ligação. E sim o amor verdadeiro. Essa sim é a ligação mais poderosa de todas.

— Mas é possível sentir isso por outros pessoas... digo sem ser amor verdadeiro? – Eu perguntei morrendo de medo da resposta.

— Acredito que não Emma... mas também acredito que exista vários tipos de amor verdadeiro... - Ele fez uma pausa como se tentasse achar uma forma de explicar. Eu estava nervosa, como se aquilo fosse mudar alguma coisa. – Você sabe que vai encontrar Henry, porque tem essa ligação com ele, e essa ligação é seu amor verdadeiro por ele. Assim como ele tem amor verdadeiro por você, que é mãe dele.

— Então se... – Eu estava com vergonha – Não deixa...

— Pode falar minha filha. – Tentou ser o mais amigável possível. – Vou fazer o possível para tirar suas duvidas... Sei que as coisas ainda são meio novas para você.

— É... – Eu sorri para ele ainda constrangida por um motivo que nem eu sabia. – Mas se eu sentir essa tal ligação por alguém que não é da minha... família? Digamos que alguém... – Eu dei de ombros. – Um desconhecido.

— Se você sentir essa ligação por um desconhecido, você tem que ficar feliz, porque nem todo mundo encontra seu amor verdadeiro, Emma. – Ele parou de andar ficando de frente para mim. Meu coração estava celerado, não era possível eu ter aquele tipo de ligação com a Regina, quer dizer... eu tinha uma ligação com ela, mas não era possível ser aquilo que ele estava falando. – Esse sentimento de ligação é único, não tem como confundi-lo. Podemos ficar confusos e não entende-los de inicio, até mesmo lutar contra, mas nunca vai conseguir deixar isso passar. Porque é real... e quando se sente, temos que agarrar com todas as forças. O amor verdadeiro é para poucos.

— Mas... essa ligação de saber onde está, sempre encontrar, saber se está bem ou não, de querer bem, e se sentir... segura... sentir... vontade de está perto... – Eu falava como se quisesse recapitular meus sentimentos. – Isso é...? – Eu não consegui completar a frase.

— É exatamente isso Emma. – Ele disse com um sorriso no rosto, seu sorriso me passava tanta segurança... Mas mesmo assim eu estava me sentindo um furacão por dentro – Tudo isso faz parte, tudo isso é amor verdadeiro. – Ele colocou a mão em meu ombro ainda sorrindo. – É exatamente assim que me sinto com sua mãe. – Ele retirou sua mão de meu ombro. - Me sinto seguro, me sinto em paz, eu sei que onde quer que eu esteja ela vai me achar, assim como eu também vou encontra-la. – Minha cabeça estava girando e girando. Mil imagens de Regina se passavam em minha mente ao mesmo tempo. Aquilo não era possível, tinha que haver outra explicação. – Esse sentimento é tão puramente único, que até mesmo os defeitos dela eu admiro. Eu a aceito exatamente como ela é. – Aquela ultima frase me quebrou completamente.

Todas aquelas coisas que ele havia acabado de me dizer, todas aquelas informações sobre amor verdadeiro e a tal ligação de sempre se encontrarem, me deixou até tonta. Uma confusão mental me tomou por completa. Aquilo não estava acontecendo, todas aqueles sentimentos por Regina não podia ser aquilo. Não tinha como ser... ou tinha?

Sempre soube que existia alguma coisa a mais entre eu e ela, mas confesso que nunca pensei que fosse aquilo. Mas depois daquele diálogo e de repassar tudo que vivi com ela em segundos, tudo fazia sentido em minha cabeça. Tudo fazia sentido no meu coração. O grande problema daquilo tudo era... Porque diabos tinha que ser com Regina? E será que essa coisa da para se sentir sozinha?

— Ai estão vocês, porque ficaram para trás? – Mary Margaret perguntou ao se aproximar. – Aconteceu alguma coisa?... Porque está com essa cara, Emma?

— Oi? – Minha confusão estava nitida. – Só estávamos conversando.

— Estava contando para ela como nos conhecemos e explicando algumas coisas de amor verdadeiro.

— Ah, mas porque você está com essa cara, Emma? – Ela perguntou pela segunda vez fazendo David me analisar.

— Falei alguma coisa que não devia, filha? 

— Não, só estou preocupada com Henry. - Eu respirei fundo e tentei focar em meu filho, toda essa besteira de amor verdadeiro nem deveria ser tão real assim. Talvez eu fosse diferente. – Vamos voltar, antes que a gente se perca deles. – Eu disse voltando a caminhar os deixando para trás.

Regina, Regina, Regina... Era só nisso que eu conseguia pensar, independente de como eram aquelas “regras” eu só queria que ela estivesse ali comigo para acharmos nosso filho...

Nosso filho...

As coisas eram mais concretas do que eu imaginava. Eu estava mesmo era muito ferrada com tudo aquilo. Certo ou errado, querendo ou não... foi como David disse, eu podia lutar contra isso, mas nunca ia conseguir deixar  passar.

Confusa eu estava e muito, mas também me sentia leve, era como ter tirado um grande peso das costas. Eu conseguia entender, conseguia ver as coisas com tanta clareza em minha mente, que chegava a ser ridículo eu nunca ter vistoaquilo antes. Era como se eu estivesse no automático todo esse tempo, mas com apenas um estalar de dedos eu fui despertada para a  realidade, onde as coisas se encaixavam perfeitamente como um quebra-cabeça.

A parte mais estranha de tudo aquilo era... eu finalmente estava me sentindo parte daquele conto de fadas. O acaso não existia, mas o destino sim... aquilo era algo que tinha aprendido só depois de ter entrado naquele mundo louco.

Caminhei até encontrar os outros, logo meus pais surgiram atrás de mim. Levou apenas o tempo de todos se reunirem para ouvirmos pessoas saindo da mata. Com pressa todos puxaram suas armas. Pensei que fossem os meninos perdidos já nos esperando para uma emboscada. Mas para a alegria do meu coração confuso, era apenas Regina e Rumple...

Ela havia me encontrado.

Nossos olhos se cruzaram rapidamente, alguma coisa nela estava diferente e... mais fechada também. Aquele pouco tempo que estivemos separadas, foi o suficiente para que ela levantasse todas as suas barreiras... Logo quando eu achei que estava quase derrubando aqueles malditos muros.

Em seguida seu olhar parou em Neal. Um olhar de raiva e de tristeza. Mesmo com seus muros reforçados eu ainda conseguia lê-la... Mas porque será que ela estava daquele jeito, na verdade eu ainda não tinha entendido muito bem o motivo dela ter partido. Como eu havia pensando, não era de Henry que se tratava. Tinha algo a mais ali. Algo que me dava enjoo só de pensar... ou seriam as famosas borboletas no estomago?

Menos Emma...

Eu estava me sentindo uma idiota com tais pensamentos...

Mas aquele olhar de Regina eram tão intensos e decepcionados... Que senti vontade de abraça-la e dizer que ia ficar tudo bem... E pela primeira vez, eu não fiquei confusa com querer aquilo. Eu apenas queria... mas não podia.

As coisas depois daquele instante foram muito corridas... Tão corridas que eu só consegui parar para pensar quando estávamos Neal, Rumple, Regina e eu naquele barquinho indo para aquela coisa com o formato de caveira.

Na última hora depois de reunir todos. Invadimos o acampamento de Pan, mas tanto o próprio como meu filho não estavam lá. Achamos Wendy que de inicio não queria nos ajudar, mas acabou nos contando todo o plano de Peter. Incluindo a morte de Henry. O que nos fez ficar ainda mais desesperados. O grupo se separou e lá estávamos nós quatro descendo do barquinho dentro daquele ‘crânio’ gigante.

Pan havia feito uma barreira invisível, do qual apenas pessoas sem sombras poderiam passar para a outra parte da caverna, Rumple foi o único que conseguiu seguir. Nos deixando para trás, como se fossemos nada.

Tínhamos que pensar, tínhamos que arrumar um jeito de passar para o outro lado, tínhamos que pegar Henry de volta antes que fosse tarde demais. Eu precisava arrumar uma saída para aquilo.

Ao olhar para a Lua de onde estávamos, a ideia mais brilhante e idiota do mundo me veio a cabeça... Se só se pode passar as pessoas que não tem sombra e é a luz que causa a sombra, a única coisa que tínhamos ali para nos iluminar ela a Lua, logo se Regina conseguisse tampa-la... Talvez tivéssemos uma chance.

— A Lua. – Eu disse fazendo-os me olhar e em seguida para a Lua.

— O que tem a Lua, Emma? – Neal perguntou sem entender.

— E se... – Eu senti medo deles rirem de mim, mas tentei tomar coragem para dizer. – É a Lua que causa as sombras... e se... – Aquilo realmente parecia loucura demais, eu não conseguia prosseguir.

— Um Eclipse... – Regina disse me olhando de um jeito estranho, assustada talvez, mas parecia um assustada... feliz? – Pode ser que de certo. – Ela entrelaçou seus próprios dedos uns nos outros, como se estivesse... nervosa. Seus olhos se fixaram na Lua que brilhava naquele céu tão único. – Você me ajuda? – Ela perguntou sem me olhar, eu podia sentir que ela estava fazendo um grande esforço para não deixar suas barreiras caírem novamente. Confesso que me assustei com aquilo. Ela estava mesmo pedindo a minha ajuda?

— Com magia? – Perguntei confusa olhando para ela que me encarou em seguida.

— Sim Emma... – Seus olhos estavam tão confusos que quase perguntei o que ela tinha. – É preciso de muita força para fazer um eclipse, não sei se consigo sozinha. – Eu tentei ler mais seus olhos, mas ela voltou a olhar para a Lua... Regina estava me evitando, isso já era nítido. – Vamos ver se você aprendeu mesmo alguma coisa com o que eu te ensinei. – Seu sarcasmo na voz me fez sentir vontade de sorrir, mas me mantive séria. – Então, Emma, apenas faça o que eu fizer. – Ele levantou as duas mãos em direção a Lua, fazendo-me imita-la em tudo.

Foi estranho, mas prazeroso. Na verdade fazer magia era realmente uma coisa muito boa, o sentimento de poder em suas mãos era único, que chegava a ser inexplicável. De certo modo eu estava começando a entender o porquê de Regina amar tanto sua magia. Mas também confesso que tinha medo de passar para o lado negro da força.

Juntas, fizemos o eclipse, aquilo era tão incrível... a maneira como nossas energias se entrelaçavam, fazendo uma conexão que parecia não ter fim entre nós. Eu poderia encher o universo com aquela coisa tão complexamente maravilhosa fluindo de nós.

Subimos os três correndo... e a cada segundo que eu estava mais próxima de encontrar meu filho, mas apavorada eu ficava.

E lá estavam eles. Por alguns segundos minha esperança tomou conta de mim, mas ao ver o que Henry havia acabado de fazer, me deixou sem palavras. Ele havia arrancado seu próprio coração e ia entrega-lo ao Peter, porque só assim Pan se tornaria imortal.

— Henry espere! – Neal gritou no mesmo instante. – Pare... O que quer que o Pan tenha mandado você fazer não faça!

— Pai? – Ele disse assustado com seu coração em sua mão – Você está vivo?

— Estou amigão. – Neal disse com calma, tentando não assusta-lo. – E quero que me escute! Pan está mentindo para você!

— Prazer em vê-lo também, Bealfire. – Peter disse com deboche olhando para Neal. – E a salvadora... –  No mesmo tom olhando para mim. – E a Rainha má. – Com nojo na voz olhando para Regina. Eu tentei sair daquele momento de choque, eu tinha que afasta-lo de Pan.

— Henry, você precisa sair de perto dele agora. – Eu tentei não passar meu nervosismo em minha voz. – Ele quer machucar você.

— Não! – Henry estava convicto. – O coração do verdadeiro crédulo. – Ele levantou de leve seu coração para nos mostrar. – É o que vai salvar a magia, vai salvar todos vocês... – Ele realmente acreditava naquela mentira, o que me fazia ficar ainda mais apavorada. Porque aquele menino quando colocava uma coisa na cabeça não tinha quem tirasse.

— Não, não vai! – Foi Regina quem disse, era a vez dela de tentar alguma coisa. – Isso nunca foi sobre magia, Henry. – Sua voz estava um pouco tremula, ela também estava apavorada com aquilo. – Você precisa acreditar em nós! O único quem o Pan quer salvar é ele mesmo! – Ela disse mais dura do que devia, era o nervosismo falando mais alto.

— Não, isso não é verdade. – Henry acreditava mesmo que a magia tinha que ser salva.

— Claro que não é! – Peter Pan disse se colocando em frente ao meu filho.

— Sim é verdade! – Neal também estava com medo, sua voz mostrava o quanto aquilo era realmente complicado. – Pan morrerá se você continuar vivendo. E se der seu coração para ele você vai morrer. – Estávamos todos tão tensos, meu coração batia tão forte.

— Eles estão tentando te enganar, Henry. – Pan disse para ele em tom baixo, como se fossem amigos. Mas eu conseguia ver que também estava com medo, medo de Henry deixar de acreditar nele. – Não deixe que eles façam isso... Lembre-se que todo herói passa por testes assim. – Ele colocou a mão no ombro do meu filho e eu tive vontade de socar a cara ele. Como alguém é capaz de fazer isso com outra pessoa?

— Henry... – Eu tinha que fazer com que ele acreditasse em nós. – Eu sei como é ser uma heroína e não é assim...

— Porque eles mentiriam? – Henry perguntou ao Pan.

— Porque é o que os adultos fazem, Henry! – Ele disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo. – Sabe disso melhor do que ninguém.

Ele nos analisou por alguns segundos. Por mais que ele acreditasse em Peter, e em toda essa porcaria de salvar a magia. Ele também sabia que não podia duvidar de nós.

— Henry... – Regina disse dando meio passo a frente. – Precisa acreditar em nós. – Ela disse com aquela voz chorosa, mas convincente.

— Eles não se importam com Neverland. – Pan argumentou – Sabem que se der seu coração para salva-la, você terá que ficar. – Meu sangue ferveu, ele estava mentindo descaradamente. – Estão sendo egoístas porque não querem perder você. – Mas que demônio, ele realmente sabia levar as pessoas nas palavras. E por isso meu filho acreditava tanto nele.

— Henry, precisa confiar em nós. – Eu disse tentando manter a calma.

— Confiar? – Pan gritou comigo, mas logo voltou a olhar meu filho. - Sou o único que sempre fui honesto com você, Henry. O único que acreditou em você! Essa escolha é sua e não deles. – Ele tinha que acreditar na gente. – E tem que escolher agora. – Ele disse olhando para uma ampulheta gigante que tinha ao lado direito de onde estávamos. – O tempo está acabado... Vamos lá Henry...

— Nós acreditamos em você Henry... – Neal disse tentando passar confiando para ele.

— Porque o amamos... – Eu completei o que Neal disse.

— Mais do que tudo. – Regina completou o que eu disse. Todos nós nitidamente com medo de tudo aquilo, ele era nosso filho, nosso amor mais verdadeiro.

— Eu amo vocês também. – Ele disse para gente, me fazendo sorrir com esperança. – Mas preciso salvar a magia.

— Não, não, não, não... – Neal disse nervoso.

— Me desculpem. – Henry disse antes de se virar para Peter e enfiar seu coração no peito dele.

— Não! – Todos nós gritamos em conjunto desesperados com o que ele tinha feito. De imediato uma magia passou por todos nós, nos fazendo cair de tão poderosa ela era.

Henry, Henry, Henry... Minha cabeça estava latejando, e meu coração parecia ter se tornado negro com a dor que sentia. Ele estava caído no chão, desacordado, ele não podia está morto. Não podia...

Nós três levantamos correndo e fomos em sua direção.

Regina de um lado de Henry, eu do outro, Neal um pouco atrás de mim. Eu não sabia nem o que pensar. Eu me sentia destruída por dentro, e pela segunda vez, lá estava meu filho sem vida na minha frente. Aquela dor era tão insuportável, mas tão desesperadora que eu nem pensei se era certo ou errado, mas eu peguei na mão de Regina que estava sobre o peito do nosso filho e a apertei tentando não me sentir tão sozinha e perdida naquele momento. Ela não olhou para mim e nem mesmo retirou sua mão como achei que faria, muito pelo contrário, ela apertou a minha da mesma maneira que eu a dela.

Aquele contato tão simples e reconfortante fez com que eu me sentisse realmente segura, e além disso, eu consegui sentir algo muito mais forte, eu pude sentir que juntas a gente traria Henry de volta a vida.


Notas Finais


E ai? Como estamos? A fic está quase chegando na parte em que se desprende da série e toma um outro rumo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...