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História Link - Ciúmes?


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Espero que gostem e boa leitura.

Capítulo 15 - Ciúmes?


Fanfic / Fanfiction Link - Ciúmes?

[Três semanas depois da festa de ano novo]

Eu estava andando pelo alojamento, quando vi Baek correndo na minha direção.

– Tae? – Ele chamou.

– Me deixem em paz. – Falei rispidamente e continuei andando.

– Taehyung, você precisa ver uma coisa. É o Jungkook.

– O que tem ele? – Perguntei assustado, ao me lembrar de que já havia uma semana em que o alfa tinha desaparecido do alojamento.

– Venha ver. – Baekhyun saiu correndo e eu o segui. Corremos até a sala do diretor, onde Jungkook estava sentado ao lado de uma ômega.

– Kookie? – Chamei, mas ele fingiu não me ouvir. – Onde você estava?

– Taehyung? – O diretor chamou. – Seu querido e amado alfa fugiu do alojamento com essa ômega, para viver com ela do lado de fora.

– O que? – Senti meus olhos lacrimejando e todos dentro da sala começaram a gargalhar ao ver minha situação.

– Você não pensou que alguém se apaixonaria de verdade por você, pensou? – Ouvi uma voz familiar e ao virar, encontrei meu primo de pé perto da porta.

– Kookie? Isso é verdade? – Falei em prantos.

– Não. – Ouvi a resposta, mas não foi ele quem respondeu. Foi o Baek. – Eu me apaixonei de verdade por você.

– Por que você fez isso comigo? – Dirigi a pergunta a todos que estavam na sala. – Por que vocês fizeram isso? EU ODEIO VOCÊS. – Soltei um grito e senti um calor crescer até demais. Meu poder tinha aflorado e eu taquei fogo naquele lugar inteiro, matando lentamente um por um.

**

Acordei nervoso e sentei na cama. Eu estava ofegante e suado.

– Tae? – Jungkook se sentou ao meu lado e tirou meus cabelos da testa. – O que foi?

– E-eu tive um pesadelo. – Falei.

– Calma, está tudo bem. – O moreno depositou um selar na minha bochecha e afagou meu rosto.

– Ele estava lá. – Sussurrei. – O Baek estava lá, meu primo, e você... – Não terminei a frase e engoli em seco.

– Calma. Baek nem está no alojamento. Fica calmo. – Jeon voltou a se deitar e me puxou para seu peito. – Deite aqui comigo. Eu estou aqui com você. Eu sempre vou estar aqui.

– Eu odeio sonhar com eles. – Cochichei.

– Mas foi só um sonho. – Kookie me fazia cafuné e beijava minha cabeça. – Foi só um sonho, Pretinho. Só isso...

**

Acordei na manhã seguinte ouvindo o barulho da chuva caindo no telhado. Jungkook estava abraçado comigo e eu tinha o rosto escondido no seu pescoço, o que estava me deixando bem quentinho.

Confesso que ficar ali na cama estava tão gostoso, que eu não tinha vontade nenhuma de levantar. Jeon estava especialmente cheiroso nesta manhã e aquele cheiro estava me agradando muito, além de me deixar confortável.

Decidi ficar mais um tempo ali, pensando no sonho que eu tive. Fiquei lembrando das vezes que eu tivera pesadelos e minha mãe estava lá para me dizer que tudo não passara de um sonho. Não contive e deixei algumas lágrimas surgirem em meus olhos, o que me fez piscar várias vezes para tirá-las de lá.

– Isso faz cócegas. – O alfa sussurrou e deu um riso soprado.

– Desculpa por te acordar... – Falei baixinho para disfarçar minha voz de choro.

– O que você tem? – Kookie se afastou e puxou meu rosto para cima, me fazendo olhar para ele.

– Eu só... sinto falta deles. – Suspirei. – Sabe? Meus pais.

– Eu te entendo. – O mais novo afagou meu rosto e ficou encarando meus olhos. – Mas agora você tem a mim, e eu vou cuidar de você aqui.

Sorri de lado e me afastei dele, sentando na cama e sentindo a brisa gelada entrar pelo quarto.

– Hoje está bem frio... só porque eu queria treinar. – Comentei.

– Mas existem coisas que podemos fazer que aumentam a temperatura. – Jungkook despreguiçou na cama e sorriu para mim.

– Você é um safado pervertido, não acha? – Falei incrédulo.

– Calma Taehyung, eu estava me referindo ao seu poder. Você não brinca com fogo agora?

– Sei viu. – Fiz um bico e tirei gargalhadas dele. – Para de rir.

– Ok, parei. – Ele segurava o riso e escondeu o rosto debaixo do travesseiro.

– Idiota. – Xinguei e me levantei da cama, indo tomar o meu banho.

Saí do banheiro e voltei para a cama, afim de esquentar, enquanto Jungkook fazia suas higienes matinais. Ainda estava cedo e o refeitório não tinha sido aberto, então, eu podia ficar ali e curtir o calorzinho da cama mais um pouco. Puxei as cobertas e aconcheguei no cantinho, onde o moreno estava deitado.

Eu e o Kookie estamos passando por um momento de aceitação. Resolvi que não ficaria irritado com qualquer brincadeirinha que ele fizesse e que tentaria ser mais paciente, já que a personalidade do garoto é de uma pessoa extremamente brincalhona. Seu senso de humor me cativa, já que antes de ele chegar, eu tinha que conviver com o Yoongi, coisa que era legal, mas era estressante, já que nós dois éramos o mau humor em pessoa.

Jungkook é diferente. Ele adora me encher o saco e quando eu fico bem estressado, ele me enche de beijos e diz que me adora. Depois da festa de ano novo, nós nos beijamos mais uma vez apenas, enquanto treinávamos nossa conversa em pensamentos. Confesso que foi até interessante, e o alfa já tentou fazer isso outras vezes, mas não sei se estou preparado para ficar beijando alguém todos os dias.

Kookie era legal, por mais que ele me tirasse do sério, por mais que fosse muito infantil às vezes, ele sempre me ouvia, não achava que eu estava sendo fresco ou exagerado – por conta das crises de ansiedade – e ele sempre me fazia rir, independente se o assunto fosse sério.

Talvez a nossa convivência seria assim: nós nos tornaríamos muito amigos, eu o ensinaria a lutar como eu, ele me esquentaria nas noites frias, um faria companhia para o outro, ele me faria chocolate quente, nós jogaríamos vídeo game, eu o ajudaria a vestir o kimono, nós ficaríamos juntos durante os cios, mas um sempre respeitaria o espaço do outro.

– Cio. – Pronunciei em voz alta.

– O que tem o cio? – Kookie saiu correndo do banheiro e pulou em cima da cama, enfiando debaixo das cobertas e me agarrando. – Ah me esquenta?

– Sai, Jungkook. – Reclamei.

– Ah é assim? Então vem me pedir para te esquentar de novo viu. – O alfa fez um bico e ficou me encarando.

– Ah, tá bom, vem? – Levantei o braço e deixei ele se aconchegar no meu abraço.

– O que você estava falando do cio?

– Eu não estava falando, eu só me lembrei que... você também... sabe?

– Por que você tem vergonha de falar isso? – Jeon riu soprado.

– Eu não acho apropriado. Acha que eu deveria falar como?

– Ah, ser mais direto, sabe? – Ele sorriu e passou os braços em volta da minha cintura. – Por exemplo: “Eu não estava falando do cio, só lembrei que você também vai entrar no seu e nós vamos ter que transar de novo, coisa que eu não quero porque eu odeio alfas e você é muito chato. Além do mais, alfas no cio ficam fora de si e é perigoso eu te matar, enquanto nós estivermos fazendo sexo”. Fala assim, que eu entendo.

– Eu nunca vou falar isso. – Respondi boquiaberto.

– Então significa que você quer transar comigo?

– Jungkook, você entendeu. Não se faça de bobo.

– Eu entendi, Marrentinho. Só estou brincando com você.

– Você brinca demais. Estou falando sério e você fica aí com esses assuntos, esse jeito chulo de dizer, essas...

– Já entendi. – Ele me interrompeu. – Da próxima vez eu falo assim: “Meu caro alfa Jeon Jungkook, estou desinclinado a aceitar a sua solicitação de passar o cio com você. Por obséquio, não me toque enquanto estivermos nos nossos aposentos”. Melhorou?

– Você é um mala, Kookie. E eu te odeio.

– Eu sei. – Ele gargalhou. – Mas continuando a conversa, você estava pensando no meu cio, por quê?

– Porque eu preciso saber disso direito. Nós temos que ver como iremos fazer e... sabe?

– Nós não vamos fazer. – Ele disse sério. – Eu não vou passar o meu cio com você.

– Por quê?

– Porque a única vez que eu entrei no cio, eu machuquei uma pessoa e não quero fazer isso com você.

– Kookie?

– Tae, por favor, não.

– Kookie, nós temos que ficar juntos no seu cio. E a marca?

– Não.

– Jeon?

– Não, Taehyung. Não.

– Você quer que eu sinta dor? – Resolvi apelar.

– Não, Tae, é por isso que eu não quero passar o cio com você.

– Sabe, o Jin me mandou uma coisa há umas semanas atrás e eu confesso que não tinha interesse em ler, até ver uma palavra que me chamou a atenção: CIO. Era um artigo que falava sobre várias coisas que aconteciam depois que um alfa marcava um ômega. A parte do cio era bem interessante. Lá dizia que depois da marca, em todos os cios, nós deveríamos passar juntos, porque um seria capaz de sentir a dor e a vontade do outro, e se nós não estivermos juntos, você pode atrair outro ômega e eu posso atrair outro alfa, coisa que poderia me matar, porque o alfa não seria você. – Fiquei calado por um tempo e percebi que ele estava roncando. – JUNGKOOK? – Gritei impaciente e ele gargalhou.

– Eu estou brincando, ouvi tudo o que você disse. Mas não me convenceu.

– Ah, bom saber que você me quer com outro alfa e depois, morto. Grande alfa você é viu, nossa.

– Eu não te quero morto e muito menos com outro alfa. Eu vou te trancar no quarto e evitar que qualquer um entre.

– Você podia agir como um adulto pelo menos uma vez na sua vida.

– Eu queria ser romântico na hora do cio. – Ele sussurrou e riu soprado.

– Por quê? – Não pude deixar de sorrir também.

– Porque você não vai deixar eu tocar em você fora do cio, então já que tem que ser feito, que seja feito direito.

– Você gostaria de tocar em mim, fora do cio?

– Você sabe que sim, Taehyung. – Um silêncio se instalou pelo quarto e eu fiquei sem graça.

– Pode me contar o que foi que você fez quando passou seu cio com alguém?

– Resumindo a história: meus pais queriam que eu marcasse a filha de um amigo deles, aí, quando eu entrei no cio, eles colocaram a garota dentro da minha casa, mais precisamente no meu quarto e saíram, deixando só nós dois lá. Como eu sou um alfa estúpido, eu fiquei com muita raiva, mas não consegui me segurar e fui para cima dela. Eu não fui nem um pouco cuidadoso e a deixei cheia de marcas roxas pelo corpo, e não eram roxos de chupões.

– Você fez isso porque quis, ou aconteceu?

– Quando nós alfas entramos no cio, nós meio que perdemos o controle e ficamos um pouco selvagens, mas nada que faria eu matar alguém. Eu a machuquei, mas não foi porque eu quis, simplesmente aconteceu. – Jungkook levou a mão direita para o meu rosto e ficou me encarando. – Eu não posso machucar você. Você é meu Pretinho frágil e eu tenho que cuidar de você.

– Eu não sou frágil. – Reclamei.

– É sim, Tae.

– Tudo bem, se você não acha que eu sou o bastante para passar seu cio com você...

– Taehyung, não fala assim?

– Mas é o que você me faz pensar, Jungkook. Fica me chamando de frágil, fica falando que vai me machucar... Lembra que o assunto era semelhante a esse quando o cio era meu? E não aconteceu nada.

– Ah não. Eu só te marquei e você não queria isso.

– Mas já estou marcado, não estou? Agora nós devemos seguir as coisas como devem ser seguidas.

– Tudo bem, Tae. Você venceu. – Jeon respirou fundo.

– O que?

– Eu quero que você passe o cio comigo.

– É sério isso?

– É sim, você fica comigo?

– Tá, tudo bem. – Sorri.

Mais uma vez, ficamos em silêncio absoluto. Eu sabia que Jungkook estava acordado porque ele estava acariciando meus cabelos, mas nenhuma palavra saía da boca de nenhum dos dois.

– Taehyung? – Kookie sussurrou e se virou, deitando em cima de mim.

– Oi. – Falei simples e fiquei o encarando.

– Você acha que nós dois podemos dar certo?

– Como assim? – Engoli em seco.

– Sabe, agora nós estamos ligados pelo resto da vida, será que nós vamos ser boas companhias um para o outro?

– E-eu acho que sim. É só esforçar que tudo se ajeita.

– Eu não queria que precisasse de esforço para isso. – Jeon fechou os olhos e sorriu. – Queria que fosse natural.

– Nós podemos dar um jeito nisso. – Cochichei e levei minhas mãos para seu rosto.

– Eu quero poder te beijar sem ter que pedir sua permissão, entendeu? – Ele se aproximou de mim e me deu um selinho, mas eu não o deixei se afastar. Iniciei um beijo, no mesmo momento em que emaranhava meus dedos nos seus fios negros.

Jungkook virou um pouco o rosto para facilitar e mordeu meu lábio, voltando a me beijar carinhosamente.

Suas mãos desceram para minhas coxas, e ele as puxou, flexionando meus joelhos e deixando nossos corpos perfeitamente encaixados. Kookie chupou meu lábio, enquanto ele acariciava meu corpo, até chegar nas minhas mãos, as quais ele colocou acima da minha cabeça.

Seus lábios se direcionaram ao meu pescoço e o ele chupou a marca, me causando aquele tão conhecido arrepio e me deixando muito afim de aprofundar aquele toque.

Mais um beijo se iniciou, ao mesmo tempo em que Jeon passou a se movimentar entre minhas pernas, estimulando a minha ereção com a sua. Com minhas mãos presas, eu estava impossibilitado de tocá-lo, mas devo confessar que estar completamente entregue a ele não era de tudo, ruim. Tudo o que eu estava sentindo era ele quem estava fazendo, eu simplesmente deixei que ele fizesse e passei a sentir. Mais nada.

O fato de eu estar de calça, não atrapalhou em nada na hora de sentir o estímulo do outro sobre mim. Kookie se movimentava com precisão e mantinha o ritmo, sem fazer algo muito lento ou muito desesperado.

– Ah Jungkook... – Gemi entre o beijo, provocando um sorriso vindo do outro.

Aquilo estava intenso demais, provocador demais e eu não tinha palavras para descrever o tesão que eu estava sentindo.

Jeon parou o beijo e apoiou sua testa na minha, deixando sua boca entreaberta e soltando gemidos baixinhos.

– Ah Tae... – Ele gemeu meu nome e se desfez em sua cueca. Vê-lo atingindo o orgasmo assim, acabou me fazendo chegar ao meu ápice também, deixando minha roupa de baixo toda melada pelo líquido quente.

Fechei um pouco os olhos para sentir todo aquele prazer que ele acabara de me proporcionar. Minha respiração estava pesada e eu meu membro pulsava de satisfação, por ter sido estimulado pelo alfa.

Abri os olhos e o encontrei me fitando profundamente, com um sorriso enorme ao ver a minha reação.

– Ai que vergonha. – Puxei minhas mãos das dele e escondi o rosto. – Eu gemi na sua cara.

– Até parece que eu não fiz o mesmo. – O mais novo sorriu e apoiou a cabeça ao meu lado. – Isso foi incrível, Pretinho. Eu adorei te ouvir gemendo meu nome. – Ele sussurrou e me beijou mais uma vez.

– Agora eu entendo o porquê de não podermos nos beijar em público. – Brinquei ao lembrar de quando nos beijamos no parque e ele me disse isso.

– É, pois é. – Jungkook abriu um sorrisão de deixar os olhinhos apertados. – O refeitório já deve estar aberto, vamos tomar café com todo mundo?

– Vamos. – Sorri.

– E como está chovendo, nós podemos ficar aqui jogando, o que acha?

– Tudo bem, pode ser.

**

Chegamos no refeitório e vimos que ele não estava tão cheio. Os meninos já estavam todos lá, inclusive Yoongi, que sempre dormia mais.

– Então quer dizer que resolveram dormir até mais tarde? – Jin me encarou sugestivo.

– Quem não dorme até mais tarde com um frio desses?

– Eu. – Yoongi sorriu perverso e se aproximou de mim. – Tae? – Ele me encarou, o que fez Jin se sentar perto de mim também.

– O que foi?

– Seus lábios estão muito vermelhinhos, não acha?

– É por causa do frio. – Cochichei.

– Estão fofocando? – Hoseok apareceu atrás de mim e falou aos sussurros.

– Estamos reparando que os lábios do Tae estão bem vermelhos. – Yoongi gargalhou baixo.

– E se você reparar bem, os do Kookie também estão. O que estava acontecendo a minutos atrás? – Hoseok também gargalhou.

– Nós estávamos nos beijando. – Jungkook apoiou os cotovelos sobre a mesa e também respondeu aos sussurros, fazendo nós quatro assustarmos.

– Sabia. – Jin falou animado.

– Calem a boca. – Repreendi. – Jeon Jung Linguarudo Kook, vá pegar café para nós, por favor?

– O que você quer comer?

– Qualquer coisa. – Falei rápido.

– Então tá. – Ele sorriu de lado e cutucou Namjoon e Jimin, que se levantaram junto com ele.

– Gente, disfarcem. Não espalha, por favor?

– Tudo bem. Esse assunto morreu aqui. – Yoongi falou simples e voltou a se sentar normalmente.

Dei uma olhada para Jungkook andando de longe e fiquei reparando o quão forte ele era e eu nem tinha notado.

Quando os três alfas estavam chegando na mesa de frutas, duas garotas que passavam esbarraram – propositalmente – no Kookie e quase derramaram seus sucos, que foram congelados pelo mais novo.

A garota que segurava a bandeja sorriu docemente para ele – que por sua vez respondeu com o mesmo gesto – e depois saiu cochichando com a outra.

– Não acredito que estou vendo isso. – Deixei escapulir.

– Você viu, Tae? Elas fizeram de propósito. – Jin falou boquiaberto. – Namjoon que não ousa a sorrir para outro ômega.

– E nem o Jimin. – Yoongi me olhou de lado. – Vai deixar assim, Tae?

– Ele vai se ver comigo. – Falei simples, quando notei que eles estavam se aproximando.

Jungkook colocou a bandeja do meu lado e se sentou ali.

– Trouxe bolo de chocolate para você. – Ele sorriu e afagou meu cabelo, mas eu afastei.

– Obrigado. – Peguei o bolo e comecei a comer.

– Tem suco de morango e de uva, de qual você quer?

– Morango. – Respondi sem olhar para ele.

Jeon colocou o copo perto de mim e começou a comer.

– Gente? – Jimin chamou. – Já que hoje está chovendo e o tédio vai tomar conta de nós se não fizermos nada, o que vocês acham de assistirmos um filme? Estouramos uma pipoca e ficamos lá no quarto.

– Ótima ideia. – Namjoon sorriu.

– Também acho, quero ver filme. – Falei simples.

– Nós não íamos jogar vídeo game? – Jungkook olhou para mim.

– Íamos. – Respondi seco.

– Então tá. – Ele deu de ombros e fitou o Jin, que também o encarava com um bico. – O que foi?

– Nada. – Jin respondeu, como se fosse óbvio.

Terminamos de comer e fomos para o quarto dos gêmeos para escolher o filme.

– Eu quero filme de ação. – Falei.

– Eu também. – Hoseok se jogou na cama.

– Eu quero de terror. – Yoongi falou simples.

– Ah, começou. – Revirei os olhos e sentei na cama do Hoseok. – Hoje nós vamos ser obrigados a satisfazer a vontade do Suga de novo.

– Eu também prefiro terror. – Jimin gargalhou.

– Ah não, podem ver aí porque e não assisto filmes de terror.

– Não, Tae. – Jin me segurou. – Eu também quero filme de ação. E você Nam?

– Quero ação, também.

– Aí, ganhamos. – Ele sorriu animado.

– Mas dessa vez não tinha uma votação. – Jimin fez um bico.

– Ah gente, assiste essa merda de terror aí. Eu vou para o meu quarto jogar. Quem quiser ir também... lá vai ser legal, porque nós podemos jogar os jogos que todos quiserem. – Falei sem ânimo algum e saí do quarto.

– Tae? – Kookie veio atrás de mim. – Vamos ver o filme com os meninos?

– Não quero. – Continuei andando.

– Ei? – Ele me segurou pela cintura e ficou na minha frente. – O que foi?

– Nada.

– Não, sério, o que aconteceu para você ficar assim?

– Jungkook me deixa? – Tirei suas mãos da minha cintura e voltei a andar.

– Taehyung? – Ele segurou meu braço e me puxou para ele de novo. – Fala comigo, o que foi? O que eu fiz?

– Ah nada, só achei engraçado você todo sorridente para a garota do suco congelado hoje no café.

– Está com ciúmes? – Ele sorriu.

– Deixa de ser convencido. – Cruzei os braços.

– Eu só fui educado, Tae. Não custa sorrir para as pessoas as vezes.

– É, você só não viu que elas esbarraram em você, de propósito.

– Não foi, Tae.

– Foi sim. Até o Jin viu.

– Tudo bem, me desculpe por sorrir para outras pessoas. – Ele falou sério.

– Não é isso, é só que... foi de propósito. – Fiz um bico.

– Tudo bem. Eu vou passar longe daquelas garotas. – Jeon colocou suas mãos no meu rosto. – Mas não se preocupe, porque eu sou apenas seu, tá bom?

– Acho bom. – Respondi sério.

– Então vamos ver o filme ou não?

– Eu detesto filme de terror.

– Eu te protejo. – Kookie gargalhou. – Não deixo os monstros te pegarem.

– Bobo. – Fiz outro bico e sorri de lado.

– Que biquinho mais fofo. – O alfa se aproximou e selou nossos lábios bem rapidamente. – Agora vamos.

Jeon entrelaçou nossos dedos e voltamos para o quarto dos gêmeos.

– Achei que eu ia ter que te buscar a força. – Yoongi estava arrumando as cobertas e almofadas no chão. – Escolhe o filme que você quer aí.

– Não, pode escolher. – Falei simples.

– Vai Tae, escolhe o filme. – Jimin insistiu.

– Hum, tudo bem. Quero Triplo X: Reativado.

– Esse filme é muito bom. – Hoseok deu um pulo da cama e foi colocar o filme para vermos.

**

Não preciso nem dizer que foi ótimo né? Eu que escolhi o filme e ele era muito bom, então eu já sabia que ia ser divertido.

Depois de assistir o Triplo X, resolvemos assistir um de terror, mas dessa vez, eu fiquei abraçado com o Kookie e fiz questão de não olhar para a TV nem uma vez.

– Está com medo? – Ele sussurrou.

– Já disse que detesto filme de terror. – Falei.

– Se você me beijar, esse medo passa rapidinho. – Ele sorriu e se virou para mim.

– Não, eles vão ver.

– Estão todos prestando atenção no filme. – Sua mão direita foi para o meu queixo e ele levantou meu rosto, me dando um selinho bem rapidinho. – Viu?

– Você é louco. – Resmunguei e ele sorriu, voltando a dar atenção para o filme, enquanto me fazia cafuné.

**

A chuva havia parado e o diretor resolveu colocar nosso jantar no refeitório externo. Eu desconfiava de que alguma coisa estava acontecendo, porque desde que os meninos vieram para o alojamento, ele anda inventando algumas coisas divertidas para podermos fazer e termos um momento agradável ali.

Apesar de não estar mais chovendo, o frio ainda estava bem forte, o que me fez colocar roupas bem quentes e obrigar Jeon a fazer a mesma coisa.

Parecia uma festa, todos estavam se divertindo e brincando, enquanto não sentávamos para comer.

– Prova isso. – Jungkook se aproximou de mim e colocou uma colherzinha com um doce rosa na minha boca. – Gostou?

– É bom. É doce de morango?

– Sim. Está gostoso, não está? – Ele perguntou, enquanto se sentava numa paredinha que tinha perto de nós.

– Está. – Respondi e fui para perto dele, enfiando no meio das suas pernas.

Ficamos ali conversando e tendo um clima super agradável.

– Tae, vamos pegar um suco? – Jin me chamou.

– Hum, tudo bem, vamos lá. – Saí com o mais velho e fomos pegar o nosso suco. Na volta, nós vimos as mesmas garotas da hora do café se aproximando do Jungkook.

– Seu nome é Jungkook, não é? – A mais sorridente perguntou.

– Sim. – Ele respondeu simples e ficou encarando as garotas.

– Eu queria agradecer pelo que fez hoje cedo. – Ela sorriu e beijou a bochecha dele.

– Que atrevida. – Jin arregalou os olhos.

– Relaxa. – Estalei os dedos e joguei uma chama na direção da garota.

– Que isso, Tae? – Ele gargalhou.

– Amiga? – Chamei alto. – Você está com fogo na bunda. – Apontei para a garota que deu um grito e saiu correndo.

– Excelente. – O mais velho sorriu e Jeon me lançou um olhar perigoso.

– Taehyung, você podia ter machucado ela.

– Não me interessa.

– Você não pode fazer essas coisas. – Ele continuou.

– Vai ficar defendendo ela? – Cruzei os braços e o fuzilei com os olhos.

– Não estou defendendo ela, mas isso que você fez não está certo.

– Vá atrás dela então. Joga um floquinho de neve na bunda dela e seja o herói.

– Ih, briguinha de casal. – Yoongi sorriu e abraçou Jimin por trás. – Que bonitinho, o Tae está com ciúmes do Kookie.

– Min? – Chamei. – Já experimentou ter um campo de força a vácuo na sua cabeça?

– Você não faria isso.

– Continua pra você ver se eu não faço.

– Tae? – Jungkook chamou e segurou meu braço. – Para com isso?

– Me solta. – Puxei meu braço e ele fez um bico. – Acho que você devia ir lavar o rosto. Tem marca de batom aí.

– Tae, meu bem, fica calmo. – Hoseok sorria de mim.

– Aí, está vendo? – Jeon levantou a mão. – J-Hope de chama de meu bem e eu não fico dando piti.

– Tudo bem, eu vou parar de chama-lo de meu bem. – Hoseok sorriu e piscou pro Kookie.

– Ele chama todo mundo de meu bem. – Jimin falou. – Não se preocupe com isso.

– Tae? – Jungkook chamou de novo. – Taehyung?

– Que foi?

– Vem cá? – Ele abriu os braços e me chamou.

Cheguei perto dele e comecei a esfregar seu rosto, sem o menor cuidado, onde a garota tinha beijado.

– Você está ridículo com essa marca de batom. – Resmunguei. – Devia descer daí pra eu limpar direito.

– Isso está doendo, mas eu vou deixar você limpar. – Ele sorriu e desceu da paredinha, me puxando pela cintura e me abraçando.

– Você é um idiota. – Xinguei.

“ E você fica lindo com ciúmes.” – Kookie pensou e me deu um selinho ali, na frente de todo mundo. – “E fica mais lindo ainda quando está corado.”

– Isso, continua com esse romantismo aí, porque as garotas estão olhando. – Yoongi gargalhou e eu sorri também.

“Então mostra para elas de quem eu sou. ”­ – Seu olhar foi para a minha boca e sem pensar duas vezes, eu selei nossos lábios ali, na frente de todos que quisessem e que não quisessem ver.

Resolvi não exagerar e ficamos só no selinho longo mesmo, mas foi o bastante para as garotas verem que ele já tem um ômega.

“Achei que nunca faríamos isso na frente de ninguém” – Ele sorriu e eu retribuí o sorriso.

“Não pense que será todo dia” – Fiz um bico de brincadeira e sentei na paredinha que ele estava; passando minhas pernas em volta da sua cintura e o puxando para perto.

Ficamos conversando por mais um tempo, até decidirmos comer. Servimos toda a comida e sentamos numa mesa do cantinho.

O tempo passava bem agradável e de longe eu via as ômegas cochichando e encarando nós dois.

Quando foi mais tarde, resolvemos ir dormir, já que o tempo estava bem frio.

Jungkook me colocou nas suas costas e me levou de cavalinho até o nosso quarto.

– Está com muito frio? – Ele perguntou, quando me colocou na cama.

– Estou com muito, muito frio. – Sorri e mordi o lábio.

– Vou pegar mais cobertas.

Enquanto Jeon preparava a cama para dormirmos, eu escovei meus dentes e coloquei um pijama quente. Quando ele acabou, eu corri para a cama, enquanto ele também fazia suas higienes e trocava de roupa.

– Está muito frio hoje. – Reclamei.

– Quer que eu faça um leite quente para você? Ajuda a esquentar.

– Não precisa, estou cheio. – Puxei as cobertas e cobri até a orelha.

– Deita aqui. – Ele me puxou e me aconchegou no seu peito. – Eu vou esquentar você.

– Obrigado. – Sussurrei, enquanto tremia.

Senti Jungkook me envolvendo com os braços e com as pernas, me deixando bem colado nele. O calor do seu corpo me esquentava e seu cheiro me acalmava, me deixando mais à vontade.

– Tae? – Ele chamou sério.

– Que foi?

– Eu... eu queria te dizer que... – Ele suspirou. – Que não precisa se preocupar com outras ômegas porque eu já estou com você e eu não poderia estar mais feliz.

– Você está comigo? – Perguntei na brincadeira.

– Você entendeu.

– Ah. – Gargalhei. – Tudo bem. Fico feliz por estar feliz.

– Que bom. Boa noite, Pretinho.

– Boa noite, Kookie.

“Só você para me fazer feliz de novo”


Notas Finais


Twitter: @kimiejeon
Beijos.


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