História Little stranger - Arriving in Atlanta

                           ATLANTA 

                               2004

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 Era uma noite calma, calma ate mais do que o normal, em Atlanta, chovia, ao chegar no centro da cidade ele ouviu o pipocar de armas de fogo em algum ponto, e logo apertou o passo. Nem hesitou em atravessar a praça; era um homem de um belo porte: Tinha um metro e noventa, vestindo jeans, jaqueta de couro e boné, uma sacola do exército no ombro.                                                                                   Um letreiro dizia Michaëlis Hotel, mas era mais um bordel do que qualquer outra coisa, do tipo usado por bêbados. Antes que pudesse bater na porta, uma Van preta passou por elee, com o motor engasgando, aquela van estava sem cobertura com homens dentro, entocados como ratos

 -Minha nossa, hoje eles estão loucos- falou um homem de meia idade na porta do hotel, dando um belo susto no homem 

 -Sim eles estão - ele disse sem se importar muito - Então, meu caro, ainda a vagas em seu umilde estabelecimento.

 -Com certeza meu senhor, com esse tempo incerto, os negócios estão difíceis e vagas é o que mais tem aqui. Ele abre caminho dando passagem para o homem  entrar no hotel. 

O lugar era podre, uma sala quadrada com o balcão de recepção e uma escada estreita do lado direito. O velho empurrou uma ficha de registro por sobre o balcão, para ele assinar. 

 -Regulamentos do hotel. Endereço residencial, próximo destino, o de sempre. 

 -Por mim, esta bem - ele preencheu rapidamente e empurrou a ficha de volta. 

 -Carl Johnson, Baltimore, Estados Unidos. Conheço bem Baltimore, porem não vou lá a muito tempo, bela cidade.

 -Sim, ela é - Carl pegou um cigarro e acendeu. O velho, logo em seguida pega uma chave que estava no quadro. 

 -Pelo menos lá a guerra ainda não chegou. Coisa doida, saírem em um carro sem cobertura, e nessa chuva. São um alvos fáceis! E suicídio, se você quer saber minha opinião

 -Na verdade não - Disse Carl. - É um velho truque dos militares. Eles andam de dois em dois, para vigiar o outro, e sem cobertura eles podem reagir a ataques. 

 -E como você sabe de uma coisa dessas?

 Carl deu de ombros.

-Todos sabem, irmão. Então, pode me dar as chaves?

 Então o velho percebeu os olhos mais frios que já vira e sem cor específica, por algum motivo sentiu medo. Naquele momento Carl sorriu e sua personalidade mudou. Estendeu a mão e pegou a chave. 

 -Me disseram que a um café decente aqui perto.

-Isso. Logo do outro lado da praça, na Manson Street. Fica perto. 

 -Eu encontro. 

 Em seguida Carl se virou e subiu a escada. Achou o quarto com facilidade, abriu a porta, cuja fechadura tinha sido forçada varias outras vezes. Era um quarto pequeno e cheirava a umidade, tinha uma cama, armário de parede e uma cadeira. Não havia telefone. Mesmo assim, com sorte seria apenas uma noite.

   Alguns minutos depois de Carl terminar de arrumar suas coisas, ele saiu a procura de um telefone descente naquela espelunca. Assim que acabou de descer as escadas ele avistou o velho no balcão, lendo um jornal. 

-Então - disse Carl a se aproximar do velho - a algum telefone por aqui que eu possa usar. 

 -Sim meu caro, aquela cabine ali no canto esta funcionando perfeitamente.

     Carl olhou para trás, e viu uma velha cabine telefônica, no canto da recepção, ele ficou espantado por não ter visto aquela cabine antes. Carl agradeceu, e foi para cabine, onde discou alguns números. Alguns segundos depois uma mulher atende... 

           Ligação ON 

 -Residência do senhor Jackson, em que posso ajudar. 

 -Eu gostaria de falar com o senhor Jackson, é um assunto urgente.

 -Eu irei ver se ele pode te atender.

 -Obrigada.

 Alguns minutos depois uma voz masculina fala ao telefone... 

-Já disse para ligar apenas no meu telefone pessoal, quer que eu desenhe. 

 -Calma Machael, acordou com o pé esquerdo hoje?

 -Aposto que você não me ligou para saber se eu acordei bem, vamos lá desenbucha.

 -Já cheguei a Atlanta, estou a uns 2 km do local, irei lá ainda hoje fazer um reconhecimento. 

 -Não esqueça do que eu te falei, seja cuidadoso, ou todo nosso plano ira por água a baixo.

 -Parece ate que não sabe com quem esta falando.

                Ligação OFF

 Carl desligou o telefone, e se dirigiu a saída do estabelecimento, indo ao tal café. Não demorou muito ate encontar um lugar onde um letreiro caindo aos pedaços dizia, Nancy Caffe, o lugar tinha pedaços de madeiras nas janelas, pelo menos ainda estava aberto. Carl entrou no recinto, uma onda de calor envolveu seu corpo, o lugar estava confortavelmente quente, diferentemente do lado de fora que chovia como o inferno. 

 Do lado esquerdo havia alguns homens tomando café ou algo parecido, no balcão havia uma mulher de meia idade, que o limpava como se fosse uma peça de prata. Logo Carl se aproxima dela e antes que ele possa dizer algo ela fala...

 -Não temos mais comida senhor, e iremos fechar em 20 minutos, se quiser beber algo, só temos café no momento -disse ela sem tirar os olhos do balcão. 

 -Tudo bem, eu vou querer um café - disse Carl, e logo a mulher olha para ele como se disse-se, "vá embora não quero atender mais ninguém hoje". Ela se vira e chama uma menina que depois de um tempo aparece na porta da cozinha.

 -Rihanna, por favor querida prepare um café para esse senhor. 

 -Sim Rosa, eu farei - disse a garota que olhou para Carl, e logo depois saiu em direção a cozinha. A Garota aparenteva ter 20 anos, alta, morena de cabelos longos e pretos é de olhos castanhos mais claros que caramelo, Carl ficou espantado com tamanha beleza.

 Era ela, ele sabia que era...

 Algum tempo depois ela voltou com uma chicará na mão, entregou a Carl e disse olhando em seus olhos.. 

 -Aqui esta senhor seu café, por favor não demore, fecharemos logo.

 -Sim senhorita - Logo apos ela sair de perto dele, a garota se dirigiu a tal mulher chamada Rosa...

 -Rosa, eu ja terminei tudo lá dentro, eu vou indo, Drake deve estar preocupado comigo.

-Tem certeza querida não quer que eu pessa ao Bill que te levi?

-Não precisa, eu vou terminar aqui e já vou indo.

Essa era a chance de Carl se aproximar da garota.