Decorreram quinze dias desde o início desta experiência, durante os quais, diariamente, nos dirigíamos àquela proeminente pedra. Ali, assentados com serenidade, entregávamo-nos à apreciação musical. Nossos encontros noturnos desdobravam-se em dias completos, fortalecendo a cumplicidade que florescia entre nós, alimentada por risos compartilhados, silêncios reveladores e a harmonia melódica que embalava nossos momentos.
Minha mãe teve a oportunidade de conhecê-la e manifestou expressivo apreço por sua presença, criando um ambiente propício.
No entanto, a dinâmica alterou-se quando Luíza tomou conhecimento da minha conexão com S/N, resultando em uma notável indisposição por parte dela. A iminente partida dos demais garotos, com exceção de Jackson, em um dia determinado, acrescentava um componente transitório à situação. Apesar desses desdobramentos, a maior parte do cenário mantinha-se equilibrada e propícia.
Eis que se aproxima o dia designado para a celebração em um notável quiosque de dimensões consideráveis. Antevê-se um evento de grande apelo, atraindo a presença expressiva de turistas e praticamente toda a comunidade local. A programação inclui apresentações musicais, prometendo uma experiência enriquecedora para os participantes. Além dos shows, está programada uma sessão de música eletrônica nas horas noturnas, conferindo à festa uma atmosfera vibrante e diversificada. O aguardado encontro promete ser um marco memorável na interação entre locais e visitantes.
A hora de comparecer à celebração se aproxima. Dirijo-me ao evento acompanhado de Jackson e dos demais garotos, ansioso por reencontrar S/N e suas amigas no local.
Ao chegar, percebo que a música já embalava o ambiente, com numerosas pessoas entregando-se à dança, criando uma atmosfera efervescente e animada. A experiência se revelava verdadeiramente cativante.
Ao ingressar na festa, meu olhar logo identifica S/N imersa em uma conversa com um homem de estatura notável. Fico discretamente à margem, contemplando a cena. Em meu íntimo, uma mistura de ciúmes e raiva começa a emergir, obscurecendo meu semblante. A atmosfera torna-se tensa quando ele a atrai para um beijo. Inicialmente, S/N tenta afastar-se, mas com o tempo, cede à atração, deixando transparecer uma complexidade de emoções.
- Não... não. Isso é brincadeira. Não vou acreditar nisso. Para, isso é zoeira. - eu dizia à mim mesmo, e meu coração estava apertando, respiração começando a ficar ofegante, lágrimas começam a escorrer - não vou aceitar isso.
- O que foi, irmão? Mark... o que foi? - Jackson pergunta segurando no meu braço.
- Nada. Só me deixa quieto. - eu respondo baixo.
- Calma, me fala o que acont...
- Não é nada, Jackson. Me deixa. - o interrompo, viro as costas e saio andando.
Um rapaz esbarra em mim. Ele estava com um grupo de garotas e quis pagar de machão.
- Olha por onde anda, moleque! - ele diz alto.
Se não o que? - olho bem para o rosto dele e pergunto.
- Está querendo apanhar, seu merda? - ele me empurra.
Nem respondo, só viro um na boca dele, faço um golpe de Taekwondo, subo em cima dele.
- Quer brincar, porra? Quer brincar? - eu gritava.
Recebo um chute na cara. Era um amigo dele, bombado.
- Fala aí, porra! Quer apanhar também? - eu grito.
Começam a me chutar no chão. Seguro umas das pernas e passo uma rasteira. Subo em um dos homens mesmo com outros dando chutes em minhas costas. Começo a encher a cara do rapaz de socos. Me jogam no chão e continuam a me bater. Nesse momento minhas forças acabaram. Olho bem para uma das pessoas, um deles era Jr. Começo a ficar zonzo, perder a noção de tudo, alguém gritando para parar, alguém me puxando no meio daquele povo. Eu apago...
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