História Livin' on a prayer - Por enquanto

  Alguém acha mesmo que eu consegui dormir à noite depois do trauma de ontem? Porra, tudo culpa daquele gato! Vou matar ele.

Estava tudo ótimo, tudo lindo, aí o maldito aparece sei lá de onde e acaba com todo o clima. Sempre dizem que pra tudo tem uma primeira vez, e que em algum momento da vida um homem irá brochar; Mas, cacete, não dava pra isso acontecer, assim, na hora da punheta? Por que tinha que acontecer na frente de alguém?

Minha dignidade já era, isso é um fato consumado. Segunda-feira vou ter que olhar pra cara da Izumi e nem sei como vou fazer isso, pois ainda estou com muita vergonha. Fiz toda aquela propaganda de que o negócio seria bom, aí eu brochei.

Itachi, pare de pensar nisso! Ora, é perfeitamente natural um homem perder a ereção durante o sexo. E quem consegue não deixar a peteca cair quando se tem um gato maligno do lado? Ah, Izumi vai me compreender, sei que vai… ou vai me zoar pela eternidade.

É loucura demais eu querer que a Samara apareça agora? Sério, é um ótimo momento pra se morrer.

Droga, o Sasuke que é o Sasuke levou uma garota pra cama! Porra, cara, meu irmãozinho virgem não é mais virgem… minha vida perdeu o sentido agora. Vou zoar com o quê?

Hoje eu só queria me recolher juntamente com a minha tristeza e insignificância, mas tenho roupas pra lavar, fora que a casa também não se limpa sozinha, né?

Levantei da minha cama e fui até a sala, onde encontrei Sasuke de boa, deitado no sofá e mexendo em seu celular.

— Já lavou suas roupas? — Questionei sério. Não estou mais tão puto com ele, mas o negócio é manter a pose.

— Estão batendo na máquina. — Sasuke respondeu sem ao menos tirar os olhos da tela do celular.

— A gente tem que limpar a casa hoje. — Lembrei.

— Não, só mais tarde.

Como é? Desde quando o Sasuke decide os horários de limpeza da casa?

— Eu quero ficar livre mais tarde, vou começar a limpar agora. — Resmunguei.

— A Sakura vem pra cá daqui a pouco, deixa pra limpar quando ela for embora.

Ah, pronto, agora a Sakura vai morar aqui?

— Vocês transaram ou casaram, hein? Que porra é essa? — Briguei.

— A gente tá namorando. — Sasuke retrucou seriamente, então arregalei os olhos em surpresa.

Sasuke, meu irmão, namorando com alguém? Claro, não que eu esteja totalmente infeliz por isso, mas por que tinha que ser logo a coisa rosa de Humanas? Tanta mulher bonita no mundo, ele escolhe logo uma de Humanas.

— Ai, Sasuke, você não sabe escolher namorada. — Falei penalizado.

— Ora, eu gosto dela, qual é o problema?

— Estudante de Direito já é uma coisa chata por natureza. Daqui a pouco ela vai exigir que você a chame de doutora. — Fiz uma careta — Se o relacionamento acabar, você ainda pode receber um processo por danos emocionais.

Sasuke revirou os olhos.

— Me poupe, tá?

— E você pode conseguir coisa melhor. — Dei de ombros — Não que a Sakura seja feia, mas existem mais bonitas…

— Mas eu quero ela. — Sasuke respondeu sem paciência.

Eu não quero ela como cunhada.

— E aí, você conseguiu encontrar os seios dela? — Provoquei — Confessa que você se decepcionou na cama.

— A decepção com certeza foi bem menor do que a que Izumi teve com você. Seu brocha!

Agora ele tocou na ferida! Quem esse infeliz pensa que é? Não basta o desprazer de ter a coisa rosa como cunhada?

Ah, ele me paga! Ah, se paga!

Virei as costas e saí, deixando Sasuke sozinho novamente. Ele ganhou apenas uma batalha, mas não a guerra.

Comecei a arrumar as coisas que vou precisar daqui a pouco. Baldes com água, vassoura, rodo, pano de chão… Enfim, eu vou limpar essa casa com ou sem Sakura. Agora é guerra!

Claro que esperei o momento certo. A coisa rosa logo chegou, Sasuke foi recebê-la com aquela cara de tapado que ele faz toda vez que ela está por perto, então foram para a sala.

Ai, que melação do caralho! Sei que meu irmão certamente tem alguns problemas, mas ele é meu irmãozinho, preciso aceitá-lo como ele é.

Enquanto o casal se curtia na sala, apareci com um balde cheio e joguei a água no chão.

— Itachi, o que é isso? — Sasuke repreendeu espantado. Os dois se assustaram com a minha aparição.

— Dia de faxina. — Falei.

— Itachi, tá molhando os móveis! — Sakura brigou — Pra que tanta água?

A coisa rosa se pôs de pé.

— Tem sabão na água, você vai escorregar. — Alertei, mesmo que no fundo esperasse ver ela caindo pra poder rir muito, afinal, Sakura também me chamou de brocha ontem.

— Eu disse pra limpar a casa depois. — Sasuke disse entre dentes, massageando as têmporas.

— Pra que esse rodo, Itachi? — Sakura bateu na própria testa. Ah, pronto, agora a coisa rosa vai querer ficar botando moral pra cima da minha faxina!

— Pra puxar a água, ora! — Respondi como se fosse óbvio, então a criatura soltou um longo suspiro.

— Você vai simplesmente puxar a água sem esfregar o chão? — Questionou indignada, unindo as sobrancelhas.

Bufei.

— Não se mete na minha faxina!

— Me arruma uma vassoura. — Pediu.

— Vai voar pra onde?

— Itachi! — Sasuke me repreendeu.

— Vou quebrar o cabo dela na sua cabeça! — Vociferou a rosada — Eu ia ajudar, mas agora se vira sozinho!

— Ah, qual é, cunhadinha? Não me julgue, eu ainda não sei limpar casa. — Dramatizei.

Sakura me encarou com a cara fechada e os braços cruzados em frente ao corpo.

— Pois aprenda! — Disse curta e grossa.

— Olha só, eu não sou mulher. — Retruquei — Eu não venho com esse acessório de fábrica.

Ela arregalou os olhos, o queixo quase foi parar no chão.

— Ainda por cima é machista! — Disse indignada — Agora é que eu não ajudo mesmo! Se vira, Itachi.

— Olha aí, Sasuke, não dá pra namorar uma pessoa politicamente correta demais e que não sabe levar as coisas na brincadeira. — Bufei — É isso que você quer pra sua vida?

Sasuke está sério, nitidamente puto de raiva.

— Quem vê até pensa que você sabe levar as coisas na brincadeira. — Ele se levantou do sofá e segurou na mão da… ai… namorada. Ainda não me conformo com isso — Vamos pro meu quarto, Sakura, deixa o Itachi aí.

Os dois estressadinhos foram para o quarto de Sasuke, me deixando sozinho com toda essa água pra puxar e o resto da casa pra limpar… Merda.

Ah, esse casal se merece, são dois chatos, ficam com raiva de qualquer coisa. Sério, meu irmão não podia namorar uma garota legal?

Ora, machista, eu? Sério? Porra… Foi só uma piada, não tenho culpa se ninguém mais tem senso de humor. O povo hoje em dia anda muito chato.

E quem se fodeu mais uma vez? Eu, claro, como sempre, só pra não perder o costume. Porque enquanto meu irmão está no quarto com a namorada dele, eu estou aqui, tendo que lidar sozinho com a limpeza da casa… É muita palhaçada com a minha cara, viu?

Pior é que quando a Sakura aparece, o Sasuke fica mais palerma do que já é. O animal esquece todo o resto do mundo, é incrível um negócio desses! As roupas dele estão lá na máquina, limpas há séculos, mas alguém acha que ele foi tirar? Não, porque a namoradinha cor de rosa chegou.

Tô nem aí, por mim aquelas roupas podem apodrecer, eu não vou fazer nada, ele que se vire. Vai acontecer que nem as meias dele que ficaram uma semana de molho e ele não teve nem a decência de esfregar pra sair a sujeira.

Vêem como é difícil a minha vida? Ainda tem gente que se acha no direito de me julgar por fazer umas brincadeiras de vez em quando. Eu mereço, porra!

E quando foi que as coisas começaram a dar errado? Foi no exato momento em que o Sasuke pegou aquela carniça daquele gato e trouxe pra casa. É tudo culpa dele, ele é agente do anticristo, encarnação do coisa ruim. É ele… Tudo culpa dele. Aquele gato dá azar, ele está alterando o curso natural das coisas, e a prova disso é que o Sasuke perdeu a virgindade e eu brochei. Isso não está normal, minha gente, tem alguma obra maligna por trás, e eu creio que seja o Floyd.

[...]

Não tenho televisão no meu quarto, mas tenho o notebook e está carregado, então Sakura e eu podemos ver alguma coisa caso ela queira.

Sentamos na minha cama, onde o Floyd está dormindo perto do meu travesseiro. Sakura riu e acariciou a barriga do bichano que dorme todo arreganhado.

— Ele é tão bonitinho… — Comentou — Não sei por que seu irmão implica tanto com ele.

Itachi diz que gato preto dá azar, mas eu acho que ele nem acredita nessa superstição ridícula. Ele só precisa de um motivo pra implicar com alguém.

— Com quem meu irmão não implica?

Ela bufou e revirou os olhos. Acho que ainda está com raiva por conta do comentário do Itachi.

— É, isso é verdade.

— Ei, foi mal pelo que ele falou… — Esbocei um sorriso sem graça — O Itachi é sem noção. Mas a maioria das coisas que ele diz é da boca pra fora, então não leva a sério, viu?

— É, eu sei, mas alguns comentários são tão idiotas…

Alguns? Não seriam todos?

— Não dá bola… — Suspirei — Sabe… ele acreditou na mentira que você contou.

Sakura riu.

— Que bom, né? Zoar você por ser virgem ele não pode mais.

Suspirei.

— Eu não me sinto bem contando mentiras. — Admiti.

— Mas quem contou fui eu.

— Mesmo assim… — Falei sem jeito — Sei lá… Não gosto de sustentar mentiras.

Sakura sorriu sapeca.

— Ah, mas podemos transformar essa mentira em verdade…

Ela se aproximou de mim e beijou meu pescoço, levando lentamente uma de suas mãos pra dentro da minha camisa.

Respirei fundo.

Segurei em sua mão e a afastei de mim.

Cacete, senti meu sangue gelar agora.

— Sakura, não… Calma.

— Que foi? — Ela perguntou com aquela carinha inocente, como se realmente não soubesse o que está acontecendo.

Eu sei que ela quer dar esse passo, e confesso que também quero muito, mas eu… eu…

— Eu tenho medo. — Admiti, abaixando o olhar. Sinto meu rosto queimar de vergonha.

— É um medo bobo, sabia? Você já me contou que é virgem, eu já disse que não tem problema nenhum. E eu sei que você quer tanto quanto eu, mas fica se torturando sem motivo.

Ora… Não é sem motivo. Eu não tenho experiência alguma com sexo, mas a Sakura tem! Transar comigo vai ser horrível pra ela.

— E se você não gostar? — Questionei — E se for ruim pra você? E se eu for péssimo?

— Tem coisa que só se pega o jeito com a prática, sabia? — Ela riu — Relaxa, vai… Eu te ensino direitinho.

Só a Sakura mesmo pra conseguir achar graça de uma situação dessas.

Bem… Ela diz que gosta de mim, mesmo que eu seja horrível na cama, não será motivo forte o suficiente pra ela me largar, né? Eu espero que não seja…

— Promete que não vai me largar mesmo que a minha performance na cama seja horrível?

Ela gargalhou alto.

— Prometo… — A Haruno mordeu o lábio inferior — Mas nós não precisamos ir com pressa, sabia?

Essa expressão…

— Onde você quer chegar?

— Eu sei direitinho o que vai te fazer relaxar, Sasuke…

Ela tirou o Floyd de cima da cama, colocando o bichano no chão, então fez eu me deitar com a cabeça sobre o travesseiro.

— O que você vai fazer? — Questionei, unindo as sobrancelhas.

— Só relaxa. — Sakura me deu um selinho nos lábios antes de desabotoar minha bermuda — Curte o momento.

Arregalei os olhos em surpresa quando ela puxou minha bermuda e minha cueca para baixo, expondo minha nudez. Jamais pensei que Sakura fosse fazer isso assim, quase que sem aviso prévio.

Inicialmente fiquei um pouco constrangido, claro, não é porque eu gosto da Sakura que não vou ficar com vergonha de ela me ver pelado.

Suspirei baixinho quando senti a rosada me estimular com as mãos carinhosamente, massageando o pênis flácido. Apertei os lábios entre os dentes para evitar reações mais audíveis, apertei o lençol da cama com as mãos e fechei os olhos. Essa sensação é boa.

Não deu pra segurar, fiquei rapidamente excitado.

Tentei esvaziar minha mente e não pensar em nada, apenas desfrutar do momento. Se estou tendo essa oportunidade, então vamos curtir… Por um instante eu até esqueci que estava constrangido.

Não contive um gemido prazeroso quando senti a maciez dos lábios de Sakura sobre a glande, região extremamente sensível. Ela chupa devagarinho, com vontade, isso está me deixando louco.

Eu estava controlando minha boca, não queria fazer barulho, mas foi impossível segurar os gemidos e suspiros que queriam escapar por conta dos estímulos.

Se continuar assim eu vou acabar gozando na boca dela… Será que ela não se importa, não sente nojo? Ah, se a Sakura não se importar, eu não vou.

Ela continuou me chupando lentamente enquanto suas mãos pequenas também me estimulavam, vez ou outra massageando os testículos suavemente.

— Sakura… — Falei com a voz arrastada — Eu vou… Eu tô quase…

Antes que eu pudesse concluir o que ia dizer, ouvi o barulho da porta do quarto se abrindo, logo em seguida senti uma dor desgraçada e deixei que um grito doloroso escapasse.

— Sasuke! — Sakura berrou desesperada e em seguida ouvi a porta do quarto se fechando.

Gemi de dor, me encolhendo sobre a cama.

Eu acho que a Sakura se assustou com o barulho da porta sendo aberta, é a única explicação, pois ela não faria isso de propósito. Não chegou a morder, mas raspou os dentes com força, em cima da glande, e doeu pra caralho!

Isso é um aviso, certeza.

— Você me machucou. — Falei com a voz arrastada de dor, quase chorosa.

— Deixa eu ver.

— Não. — Mantive as mãos sobre meu companheiro, mole e machucado.

Não basta só o ovo, agora o pau também? Porra, isso só pode ter sido alguma praga que jogaram em mim!

— Eu quero ver se machucou, Sasuke. — Insistiu.

— Porra, você praticamente mordeu a cabeça do meu pau, acha que não machucou?

Ai, tá latejando…

— Deixa eu ver se feriu, cabeça dura!

— Não, deixa quieto. — Puxei minha cueca pra cima e depois minha bermuda, vestindo as duas decentemente — Já foi humilhação demais pra um dia só.

Droga, já era o meu dia! Como é que eu vou olhar pra cara da Sakura agora? Sem falar que ela com certeza também está morrendo de vergonha.

— Desculpa… — Ela abaixou o olhar, nitidamente triste — Seu irmão abriu a porta e eu me assustei. Perdão, Sasuke.

Droga, agora ela ficou triste.

O que o Itachi queria aqui? Ah, maldito!

Calma, Sasuke, respira fundo. Não é nada que vá precisar de amputação, e a intensidade da dor está diminuindo.

Merda, bem na hora que eu ia gozar.

— Tudo bem, relaxa… — Falei enquanto me sentava — Já tá até parando de doer. — Respirei fundo — Foi uma situação chata, mas, bola pra frente.

— Desculpa mesmo, eu não queria te machucar.

— Doeu, mas acho que não machucou. — Eu espero que não tenha machucado. Se bem que ela não chegou a morder mesmo, só deu uma raspada um pouco forte com os dentes — Fica de boa e vamos esquecer isso.

— É, melhor esquecer mesmo… — Ela suspirou, cobrindo o rosto com as mãos — Ai, que vergonha!

Mais vergonha do que eu? Ah, com certeza não.

— Eu acho melhor a gente não tentar transar por enquanto. — Suspirei.

— Por enquanto?

— É. — Assenti — Talvez isso seja um sinal. — Dei de ombros.

— Sinal de que a gente não deve transar por enquanto?

— Ah, sei lá. — Bufei — Eu ainda fico um pouco desconfortável com isso, então acho melhor esperar um pouco.

Mesmo que eu tenha gostado do oral que Sakura fez em mim — claro, tirando a parte sofrível depois —, eu não sei como iria lidar com o resto. Ainda acho que não tô pronto pra dar esse passo, ainda não é a hora. Preciso amadurecer essa idéia com calma, não é assim de uma hora pra outra que funciona.

— Tudo bem, você tá certo. — Sakura assentiu — Desculpa se pareceu que eu tô te pressionando… Eu vou ser mais paciente. — Sorriu.

— Eu agradeço por isso. — Tentei forçar um sorriso, mas acabei fazendo uma expressão de dor.

— Ainda tá doendo?

— Ainda. — Respondi — Menos, mas ainda dói.

— Eu vou pegar um pouco de gelo pra você.

Sakura se levantou e saiu do quarto, então aproveitei da ausência dela para dar uma checada no soldado ferido. Abaixei um pouco a bermuda e a cueca, então segurei no pênis flácido e puxei a pele para poder ver a glande que, como eu esperava, está um pouco vermelha. Não sangrou nem nada, mas feriu de leve, só que nada com o que eu deva me preocupar.

Olhei para o chão e vi o Floyd parado perto do meu guarda roupa, no cantinho próximo a parede. Acho que esse gato está traumatizado… ele tem uma cara de assustado que às vezes dá dó.

Me vesti rapidamente quando notei a aproximação de Sakura, logo ela entrou no quarto com um saquinho de gelo em mãos.

Engraçada essa minha preocupação de me vestir por causa de Sakura, sendo que há alguns minutos ela estava fazendo sexo oral em mim… Enfim, não quero ficar explicando as minhas lógicas, mas, mesmo com o que aconteceu há pouco, acho desnecessário ficar me expondo na frente dela.

Acho que algumas coisas vão além de simplesmente gostar, porque existe uma coisinha chamada intimidade, e eu sinto que Sakura e eu não somos tão íntimos assim. Intimidade não é uma coisa que dá pra forçar, pois se conquista com o tempo de convivência.

Sakura me entregou o saquinho com gelo e eu agradeci com um sorriso torto. Desabotoei a bermuda e abri o zíper, colocando o gelo em cima da cueca.

— Ai… — Fechei os olhos por causa da sensação incômoda que o gelo causou na região sensível.

— Eu me sinto culpada toda vez que você resmunga de dor. — Sakura falou penalizada, passando a mão por minhas costas — Desculpa mesmo.

— Não foi culpa sua, tá? — Respirei fundo — Relaxa.

— Quem tem que relaxar é você. — Brincou — Eu espero que essa dor passe logo.

— Vai passar…

Pelo menos pra adormecer o local esse gelo vai servir, né?

Acho que não vou pensar em sexo por um bom tempo.

— Você tem razão… — Disse ela — É melhor não pensar em sexo por enquanto. Começamos a namorar agora, vamos nos curtir de outras formas primeiro. Namoro não é só sexo.

Ah, e é preciso eu estar gemendo de dor pra ela chegar à essa conclusão?

— Sim. — Concordei — E vamos evitar tocar nesse assunto… Pelo menos por enquanto. E, o que aconteceu hoje, isso sim a gente pode esquecer que aconteceu.

Sakura riu.

— Sim, é melhor passar uma borracha nisso.

Eu falo assim, mas é impossível esquecer isso. Até quando eu estiver no banho e for lavar meu pau, olharei para a cabeça dele e lembrarei de hoje.

Foi uma situação muito chata, mas não dá pra voltar no tempo e fazer as coisas diferente. Pelo menos Sakura e eu conversamos e nos entendemos, realmente eu creio que o melhor seja esquecer a pauta sexo por enquanto.