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História Lobo em pele de cordeiro - Um grande e belo tormento


Escrita por: dokken

Notas do Autor


Aqui estamos com o último capítulo :(

Gostaria de agradecer a @louisat por ter me ajudado muito no desenvolvimento dessa história. Lou você é incrível, muito obrigada por cada conselho!

Enfim, sem mais delongas, fiquem com o capítulo que está cheios de surpresas e cenas bem quentes hehe

Espero que gostem <3

Capítulo 5 - Um grande e belo tormento


O teto parecia muito entediante. 

Não sei há quanto tempo estou inerte, na minha cama, olhando para cima depois de despertar de um sono de duas horas. Era de madrugada e Allie ainda não tinha chegado, na verdade acho que nem quando o sol aparecer ela estará presente, o que me dava um pouco de aflição. Quando a ruiva resolvia dormir fora, ela só dava o ar das graças ao anoitecer do dia seguinte.

Eu estava disposta a ficar atenta a toda movimentação que o indivíduo do quarto da frente viesse fazer, pois o meu plano de não encontrá-lo ainda estava em vigor. Mas o sono me nocauteou e me fez dormir por duas lindas horas e agora meu estômago roncava me lembrando que eu não me alimentava havia horas.

Eu acordei por causa da fome e não tinha coragem de levantar por medo de encontrar a figura morena. Eu estava sendo uma grande covarde, mas não conseguia evitar. Nenhum homem me deixava tão impotente e insegura como Jimin, e a gente nem ao menos conversava. Evitá-lo era estúpido e completamente infantil, porém na minha cabeça eu achava que evitar, ou melhor, fugir era muito mais fácil de lidar do que o contrário. 

Tentando olhar a situação fora da caixinha, percebo que eu não poderia viver para sempre fugindo, principalmente por morarmos no mesmo lugar, a não ser que eu pegasse minhas trouxas e me mudasse para outro apartamento, o que estava fora de cogitação porque eu não conseguiria me manter. Meu estômago ronca mais alto fazendo os meus pensamentos se dissiparem e eu reprimo um grito. Não dava para suportar mais, então, juntando meus dois por cento de coragem, levanto-me e me caminho à cozinha.

Abro a porta e não escuto nenhum som, para o meu grande alívio. A porta do quarto da frente está fechada, então suponho que o moreno já estivesse em seu décimo terceiro sono ou fazendo sei lá o que. Olho pro fim do corredor notando a luz da cozinha acesa, mas esse fato não me deixa nenhum pouco alarmada, pois deixar a luz acesa todas as noites, sem falta, era na verdade um pedido meu. Eu tinha pavor do escuro, então eu pedia para deixar a luz da cozinha acesa para quando eu quisesse usar o banheiro ou buscar algo na geladeira. Medrosa? Nem um pouco.

Em passos calmos, me encaminho até o cômodo onde eu poderia saciar minha fome em paz, porém, no momento em que dou um passo para adentrar o local, visualizo uma figura morena e intrigante encostada na pia e que agora me fitava sem pudor algum, dado as minhas vestimentas, ou a falta delas, me fazendo amaldiçoar internamente por ter escolhido apenas uma blusa grande para dormir. Os seus olhos me encaram com um brilho ansioso e não posso deixar de perceber um mínimo sorriso crescer em seus lábios carnudos. Engulo em seco e forço as minhas pernas a permanecerem onde estão, pois fugir agora seria como dar um tiro na minha dignidade, ou o que restava dela.

Depois de um tempo apenas nos encarando, finalmente consigo mandar comandos desesperados para as minhas pernas andarem, e fico feliz que elas me obedecem sem tremulações e assim me encaminho até a geladeira tentando não mostrar meu nervosismo e procuro algo comestível. Consigo sentir seus olhos me fitarem e meu rosto esquenta de tal forma que eu posso apostar que minhas bochechas estão vermelhas. Pego um pedaço de torta salgada que provavelmente Allie tinha comprado e levo até o microondas, tendo que passar bem em frente ao seu corpo que para meu completo desespero, se encontrava despido de qualquer camisa, apenas me dando a visão de uma calça de moletom preta e um abdômen sarado. Eu rio internamente tentando pensar se Deus estava mesmo me testando ou  na verdade castigando.

O barulho do microondas preenche o silêncio e eu tento não olhar para ele, mas meus olhos me traem. Ele tinha um corpo magro, mas conseguíamos notar alguns músculos, devido seus esforços na dança. A minha vontade era passar minhas mãos por todo o seu tronco e me deliciar com a sensação de sua pele em minhas mãos. Percebo que ele tinha algumas novas tatuagens distribuídas por seu abdômen e braços, sendo a maior na sua costela de uma frase com uma escrita um pouco bagunçada. O desejo de tocá-las me invade de uma forma assustadora. Desvio o meu olhar rapidamente tentando clarear meus pensamentos. 

— Está tarde, Aria. — Ele diz e sua voz está um pouco rouca. Subo meus olhos rapidamente para encontrar um sorriso estupidamente arrogante em seu rosto. — Não consegue dormir? 

— Não — demoro a responder. Limpo minha garganta e continuo. — Fiquei com fome, aí despertei.

— Deveria ter comido alguma coisa quando chegou, já percebi que você tem essa mania irritante de passar horas sem comer. — Franzo o cenho com sua fala.

Só agora que percebo que ele segurava um copo com um líquido preto dentro. Sem tirar os olhos dos meus, ele dá um gole do conteúdo, passando a língua nos lábios quando finaliza. Só Deus sabia quantas vezes eu sonhara com esses lábios e essa língua me explorando, me dando sensações que nunca ninguém havia me dado. Desvio o olhar novamente e dessa vez amaldiçoo Park Jimin por ser tão lindo, irresistível e por me fazer sentir essas coisas. 

O apito do microondas me desperta e eu quase corro para pegar a torta e sair dali o mais rápido possível, mas mãos com anéis são mais ágeis e abrem a porta do eletrônico antes de mim, para logo em seguida pegar o prato que estava há poucos segundos dentro do mesmo. 

— Você deveria esquentar um leite com achocolatado. — Ele coloca o prato e o copo que segurava em cima da pia e me olha por cima com um olhar de repreensão. Se ele se inclinasse mais um pouco, nossas testas se encostariam. — Comer esse tipo de coisa de madrugada faz mal.

— Eu já estou acostumada. — Digo tentando ao máximo não encarar seus lábios carnudos e rosados. Ele tinha virado minha babá agora?

— Você tem um péssimo hábito, sabia? — Ele sussurra olhando diretamente nos meus olhos.

O que ele estava tentando fazer? Me enlouquecer? Porque se for, estava conseguindo. Eu tento clarear a mente para dar uma resposta, mas meu cérebro não colabora e eu continuo em silêncio encarando seus pés. Não estou o vendo, mas tenho quase certeza que ele está com aquele sorrisinho arrogante que já começava a me irritar. Ele tinha mudado em questão de minutos de novo e eu não estava conseguindo acompanhar. O que ele pretendia?

— Olha, sobre aquele dia, do sábado, à noite, da semana retrasada, sabe, quando eu entrei no quarto...— Começo a falar sem pensar, e eu me xingo internamente por ter tocado logo no assunto que eu queria esquecer. Quando eu ficava nervosa ou sob pressão, meu cérebro me mandava fazer ou falar coisas estúpidas, como agora. — Você sabe, não foi minha intenção atrapalhar a sua...

— A minha?

— Você sabe, a sua...Aventura. — Nesse momento eu queria me jogar da varanda e desaparecer. — O que eu quero dizer é que eu deveria ter batido na porta, me desculpe. 

Ele só me encara com um mínimo sorriso no rosto e com isso sinto meu corpo todo arder em chamas. O blusão que eu vestia não era o suficiente para apaziguar o calor que no momento se apossara do meu corpo. Seus olhos me encaravam com um leve brilho cheio de sarcasmo, fazendo-me arrepender amargamente de ter tocado no assunto. Eu poderia ter falado qualquer coisa para evitar o silêncio constrangedor, mas aparentemente eu era péssima em começar um assunto 

— E por que não bateu? 

— Eu fiquei preocupada.

— Com o que?

— Com os gritos, ou, bem, os possíveis gritos. Eu pensei que alguém estivesse passando mal e que talvez estivesse precisando de alguma ajuda.

Ainda incapaz de encara-lo, sinto uma enorme vontade de sumir, pois fora exatamente isso que eu tinha pensado. Tinha certeza que Jimin agora estava debochando de mim com aquele olhar sarcástico, que me deixava ainda mais envergonhada. Aposto que me achava patética ou até mesmo burra, porque só assim que uma pessoa confundia gemidos por gritos de socorro. Mas em minha defesa, a música estava alta e então eu não pude decifrar corretamente. E de qualquer forma, eu agi por impulso.

— E alguém estava precisando de ajuda? — Jimin pergunta com um sorriso sacana no rosto. Ele estava zombando de mim. Como eu esperava, ele estava zombando de mim.

— Não, porque você já estava sendo um bom samaritano ajudando. — Respondo um pouco ríspida. 

— E pela sua cara, não ficou muito contente em presenciar eu sendo uma boa pessoa, não é mesmo? — Ele cruza os braços. Por Deus, o que tinha dado nele? 

— Eu só me assustei, não poderia imaginar você em uma situação daquelas. — Respondo e franzo o cenho me perguntando do porquê ele não havia apenas concordado e esquecido esse assunto.

Na verdade, pensar nele daquele jeito não era muito difícil, mas em meus pensamentos ele era gentil e carinhoso, o que eu duvidava muito que ele fosse dado o fato de como seus dedos puxavam o cabelo de Paige e seu quadril se movimentava freneticamente, fazendo a loira gritar. De repente, sinto o calor aumentar. 

— E por que não? 

— Porque você parecia ser diferente.

— Diferente como?

— Eu não sei, ok? Agora me passa a torta!

Estendo a minha mão pra ele e o encaro firmemente. Eu queria sair dali o mais rápido possível, mas algo em sua expressão me dizia que, dessa vez, eu não conseguiria fugir tão facilmente. 

— Você quer dizer que eu não aparentava mais ser o garoto bonzinho e angelical de sempre? — Ele sorri e balança a cabeça. — Elas costumam dizer muito isso pra mim. E eu detesto essa coisa de anjo, me irrita pra caralho.

— Isso realmente não me importa, agora poderia, por favor, me passar a torta? 

— Você não consegue mesmo disfarçar o nervosismo, não é? — Ele pergunta ignorando meu pedido, olhando para minha mão trêmula estendida na sua direção. — Eu já disse que eu não sou inimigo e não mordo, Aria, aliás só se você pedir.

Prendo a respiração e volto com minha mão para ao lado do meu corpo. Fecho-as em punhos bem cerrados e tento ao máximo fingir que eu não tinha escutado o que eu realmente tinha escutado. O Jimin que só me dirigia meio sorrisos, se transformara nesse Jimin que me fitava com um olhar malicioso e sorriso arrogante. Eu estava alucinando, só podia ser.

— O que você está tentando fazer? — Pergunto já me cansando.

— Tentando te desarmar, mas parece uma tarefa quase impossível quando se trata de você. — Ele se aproxima. — Mas eu não desisto tão fácil.

— O que você quer de mim?

— Muitas coisas, mas primeiro eu já ficaria satisfeito com a verdade.

— Que verdade?

— Do porquê de você me evitar desde quando eu pisei na porra desse apartamento, eu até desconfio do motivo, mas eu quero que você me diga.

— Eu não evito você, por que você não tira essa ideia de uma vez por todas da sua cabeça?

— Você mal olha pra mim, Aria, pelo amor de Deus! — Ele exclama e abre os braços. — É só eu chegar perto que você foge que nem o diabo foge da cruz, então eu gostaria que você fosse mulher o suficiente pra olhar na minha cara e...

— Porque eu gosto de você! — O interrompo. — Porque desde o momento em que te vi, eu não fui capaz de parar de pensar em você, de sonhar com você, e isso só piorou depois daquela maldita conversa, onde eu pude conhecer mais um pouco do cara incrível que você é. — Respiro profundamente quando me falta ar e continuo. — E por você ser quem você é, reforçava que eu nunca iria ter qualquer chance. E que quando eu te vi com a Paige, tudo o que eu só conseguia pensar era que deveria ser eu ali, não importa se fosse errado ou estranho, eu queria que fosse eu porque aquela cena já tinha passado tantas vezes na minha cabeça que eu até tinha perdido as contas, e ver acontecendo sem ser comigo, me abalou ao ponto de eu não conseguir mais te olhar — fecho os olhos. — Te evitar me pareceu a alternativa mais fácil, porque estar perto de você me fazia sentir coisas que eu não queria sentir.

Respiro fundo recuperando o fôlego e desvio meu olhar do seu por não suportar a intensidade dos seus olhos. Eu estava em pânico e ao mesmo tempo aliviada por ter finalmente contado, apesar de eu imaginar que agora tudo mudaria e que, talvez, um de nós teria que se mudar. Jimin me encarava sem expressão alguma, me causando aflição. 

— Alternativa mais fácil, mas muito estúpida — Ele diz com um tom de voz irônico e um pouco raivoso.  — Como você quer que eu aja ouvindo você falando essas coisas e ainda vestindo apenas uma blusa? 

Seus olhos tinham adotado um brilho malicioso e perigoso. Ele estava muito sério e isso despertou um leve medo dentro de mim. Eu pretendia segurar isso até o dia que eu finalmente tivesse o superado, então eu não sabia o que fazer já que agora ele sabia. Se ele me rejeitasse, eu iria entender, até porque eu estava um pouco acostumada, mas o sentimento de culpa iria me acompanhar por bastante tempo. 

— Você me deixou no inferno por meses, Aria — ele esfrega o rosto visivelmente irritado. — Pra sua informação, eu pensava a mesma coisa de você, mas por você simplesmente fugir sempre de mim, eu passei a tentar ser indiferente e esquecer.

Fico paralisada vendo sua expressão raivosa. Tentando processar que eu tinha escutado certo. Suas palavras me acertam em cheio e meu coração acelera. Um sentimento de euforia começa a crescer dentro de mim, mas não permito demonstrar.

— Eu geralmente tenho autocontrole, Aria, mas no momento você está tornando tudo muito difícil pra mim — ele olha para minhas pernas desnudas novamente e eu prendo a respiração. — Olhar pra você agora me deixa muito irritado e com muita vontade de te arrastar pro meu quarto e te punir por ter sido tão má comigo.

O tom agressivo misturado com seu olhar cheio de luxúria sobre mim quase me faz sair correndo dali o mais rápido possível. Eu não sei se aquilo tudo seria uma boa ideia, porque eu realmente não estava preparada, o medo de me magoar aparece freneticamente em meu cérebro, me fazendo lembrar do passado. Olho para o corredor ponderando minhas opções, mas não tenho tempo para pensar muito, pois sou prensada na mesa de mármore no centro com força.

— Não pense que vai fugir de mim de novo, linda. — Ele segura minha cintura com certa força, mas não chegando a me machucar. 

— Jimin, o que você está fazendo?

— O que eu deveria ter feito há muito tempo.

Então suas mãos apertam meu quadril com força, fazendo eu soltar gemido de suspresa. Seus lábios chocam com os meus de uma forma violenta, como resposta seguro em seus braços, pois penso que minhas pernas podem ceder a qualquer momento. Sua língua me invade sem permissão e eu fico desnorteada por alguns segundos. Nossas cabeças se movimentavam com vigor em uma dança molhada e cheia de luxúria. Os seus lábios eram macios, mas me invadiam com tanta rudeza que me fazia querer gritar. Quando eu o afasto para tomar um pouco de ar, uma sensação de vazio logo me preenche, não demorando muito para que eu o puxasse novamente. Eu poderia beijá-lo pelo resto da minha vida, e só assim poderia morrer feliz. Minha mente traiçoeira imaginara tantas vezes esse momento, mas nada se comparava com sentir de fato. 

Jimin me coloca sentada sobre a mesa com uma facilidade surpreendente, não parando de me beijar. Suas mãos descem por minhas coxas e eu sinto minha blusa subir até minha cintura, revelando minha calcinha preta lisa. Praguejo mentalmente por ter me entregado tão facilmente e por minha calcinha já estar completamente encharcada apenas com um beijo. Jimin me puxa mais pra ele, fazendo nossas intimidades se chocarem sem delicadeza. Ele roça sua boca na minha e eu gemo em protesto, claramente querendo mais de sua boca na minha.

— Me pede pra parar, Aria. — Ele resmunga esfregando seu membro já duro em minha intimidade.

— Eu não quero que você pare.

Ele avança em meu pescoço, passando suas mãos ágeis por meus seios por cima da blusa. Meus mamilos já estavam duros e necessitavam de atenção, então, sem pensar muito, com minha mente completamente extasiada pelo desejo, pego sua mão e a levo até um de meus seios dessa vez por debaixo da blusa. Sinto o sorrir em minha pele com minha ousadia repentina. Ele volta a me beijar e eu posso sentir meu corpo ficando frouxo, parecendo que com seu beijo ele estivesse sugando todas as minhas forças.

Sinto suas mãos descerem até a ponta de minha blusa, me fazendo o encarar em seguida e visualizar em sua expressão a pergunta silenciosa e tentadora. A minha blusa era a única coisa que impedia seus olhos de me observarem do jeito que vim ao mundo. A luz clara em cima de nós me faz lembrar que nada ficaria escondido, Jimin teria a visão completa, e isso me faz ficar ansiosa e ao mesmo tempo insegura. Eu hesito por um instante, mas depois sorrio dando permissão, fazendo ele no segundo seguinte puxar minha blusa de uma só vez. Assim que seus olhos repousam em meus seios descobertos, sinto minhas bochechas ruborizarem e a vontade de me cobrir aumentar. Não era a primeira vez que eu ficava seminua em frente a um homem, mas isso não me deixava menos tensa, muito pelo contrário. Eu o encarava com medo, mas o que vi em seus olhos me deixou sem fôlego. Ninguém nunca me olhou como Jimin estava me olhando agora, como se eu fosse a coisa mais linda do mundo.

— Eu soube no momento em que te vi, que você se tornaria um grande e belo tormento na minha vida. 

Ele me olha com ternura e malícia, tudo ao mesmo tempo. A vergonha já não era presente, apenas restando uma sensação incontrolável de quero mais que me fazia quase explodir. Eu não era nenhuma virgem, mas sexo sempre foi uma coisa complexa pra mim. Estar exposta para outra pessoa me deixava paranóica, mas com Jimin estava sendo diferente. Eu me sentia desejada. O medo também já tinha ido embora, porque de alguma forma estranha, eu me sentia segura em sua mãos. 

— Você é linda — ele sussurra em deleite. — Eu poderia passar horas só te olhando.

Jimin se aproxima devagar e leva suas mãos para os meus seios novamente, apertando-os levemente. Ele se inclina e sua boca vem de encontro ao meu mamilo direito junto com sua língua. Os movimentos circulares são delicados, e dessa vez não consigo evitar gemer seu nome. Puxo seus cabelos e peço para que ele não pare. Sinto sua mão subir por minha perna direita até a minha calcinha, me causando uma expectativa sem precedentes. 

— Merda, Aria, você está encharcada.

Eu estava me entregando para ele, de corpo e alma, e pela primeira vez sem me importar muito com as consequências. Seus dedos passam de leve por minha intimidade e eu suspiro em aprovação. Movimento meus quadris tentando mostrar para ele que era aquilo que eu precisava. Jimin volta a me encarar e eu mordo meu lábio inferior para não xingá-lo quando ele volta a pousar sua mão em minha coxa.

— Você quer isso? — Ele pergunta, apertando minhas pernas em volta de seu quadril. Eu sinto de novo seu membro duro, o que envia ondas de prazer por todo meu corpo. — Diga!

Quando ele volta a me estimular em uma velocidade irritantemente devagar, eu arranho suas costas sem dó. Jimin estava me torturando, mas eu não iria de jeito nenhum implorar. Seu sorriso petulante estava me dando nos nervos. Seus dedos voltam a fazer pressão em minha intimidade, mas depois param. Eu aperto meus lábios para não gritar seu nome.

— Vamos lá, amor — ele sussurra em meu ouvido e depois morde meu lóbulo. — Não seja tão teimosa.

Me irrito ainda mais quando vejo que ele não iria ceder. Suas mãos descem por minhas pernas novamente.

— Porra, eu quero que você me toque! — Solto com força, implorando para que seus dedos me explorassem no lugar certo como imaginei muitas vezes. 

— Onde? 

Eu rosno em resposta e em um rompante, pego a sua mão e a levo até minha intimidade encharcada. Eu o encaro num misto de excitação e expectativa. O sorriso convencido aumenta em seu rosto, me dando vontade de estapeá-lo.

Suas mãos envolvem minha calcinha, então me inclino para cima para que ele a retire. Jimin é rápido, seus dedos vão de encontro ao meu clitóris, fazendo movimentos circulares. Eu solto um palavrão alto, não conseguindo conter o balançar do meu quadril junto com seus dedos. Ele me olha com luxúria e eu imploro para que ele não pare. Sua boca volta a dar atenção ao meu seio, enquanto sua outra mão aperta meu outro. Não consigo ter controle sobre meus quadris, que balançam freneticamente de acordo com os movimentos de seus dedos. Fecho os meus olhos e solto mais um gemido, percebendo que eu não demoraria muito para chegar aonde nós queríamos.

— Eu preciso te provar. — Ele me olha nos olhos. — Eu preciso mesmo te provar.

Meu corpo dá um solavanco para trás quando sinto sua língua bem no meu ponto mais sensível. Abro mais as pernas para dar lhe mais acesso, enquanto o sinto enfiar um dedo em minha entrada bem devagar. Ele me chupa com maestria e delicadeza e seu dedo mantém um ritmo devagar que me fazia ir até o inferno e voltar. Seus movimentos se intensificam, deixando meu cérebro enevoado, fazendo com que eu só fosse capaz de soltar gemidos altos. Meu coração acelera e eu quase perco as forças quando sinto um segundo dedo me invadir, fazendo eu me contorcer ainda mais. Eu sinto minhas pernas começarem a tremer, e espasmos consumirem todo o meu corpo. Ele me prendia fortemente com seus braços, mas eu não conseguia evitar continuar movimentando meu quadril. Agarro seus cabelos e gemo seu nome alto, enquanto sinto gozar violentamente na sua boca.

Meu peito sobe e desce em puro êxtase. Eu encaro o teto não acreditando no que tinha acabado de acontecer. Fecho os olhos por um momento e tento, mais uma vez, fazer meu cérebro entender que sim, eu tinha acabado de ter um orgasmo incrível e que Park Jimin era o responsável por isso. Ao abrir meus olhos, encaro um Jimin completamente descabelado e um  sorriso convencido no rosto. Ele limpa o canto de sua boca e suga seu dedo sem se importar de estar sendo observado. Sua expressão agora me lembrava daquela de sábado a noite. Quem o conhecia com aquela cara simpática e até mesmo angelical, nunca poderia imaginar do que ele era capaz quando estivesse em quatro paredes. 

— Como eu suspeitava, você é deliciosa. — Jimin me puxa pra ele e eu rio em seu pescoço.

— Eu não acredito que fizemos isso! 

— Pode acreditar, amor. — Ele se aproxima me olhando intensamente. — Mas eu não estou satisfeito.

— Ah não? — Pergunto arqueando uma sobrancelha, desafiando-o.

— Nem de longe. — Ele me pega em seu colo, me fazendo dar um gritinho.

— Aonde você está me levando?

— Para o meu quarto. — Ele faz uma pausa e sussurra em meu ouvido. — Porque eu pretendo fodê-la a madrugada toda, pra te dar uma lição e principalmente te mostrar que o que falam de mim é verdade. 

Assim que escuto sua voz sedutora, sei que eu não conseguiria mesmo fugir. E assim que ele fecha a porta do seu quarto, e me olha com aquele olhar de predador cheio de malícia, eu entendo que a madrugada só havia começado e eu não queria que ela terminasse tão cedo.  
 


Notas Finais


Eu escrevendo esse capítulo: "o neném não é neném" hahahah

Queria eu ser a Aria para conhecer esse lado do Jimin, mas como querer não é poder, sigo firme aqui fantasiando.

Confesso que esse capítulo deu um pouco de trabalho, porque não estou muito familiarizada em escrever cenas picantes com tanto detalhe, foi uma experiência bastante interessante ahaha

Espero de verdade que tenham gostado, obrigada a quem leu até aqui!

Se cuidam! <3


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